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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Guiné 61/74 - P17623: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte XIII: Quarenta nos depois, continuavam a reunir-se e a homenagear os seus mortos...



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1. Continuação da publicação da brochura "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE ref José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp. inumeradas, il.) [, imagem da capa, à direita].(*)

José Rebelo, capitão SGE reformado, foi em plena II Guerra Mundial um dos jovens expedicionários do RI I1, que partiu para Cabo Verde, em missão de soberania, então com o posto de furriel (1º batalhão, RI 11, Ilha de São Vicente, ilha do Sal e ilha de Santo Antão, junho de 1941/ dezembro de 1943). 

Faria depois da Escola de Sargentos de Águeda, tal como o futuro cap SGE e escritor Manuel Ferreira (1917-1992), mobilizado como furriel miliciano pelo RI 7 (Leiria) (esteve no Mindelo entre 1941 e 1946). 

Promovido a alferes, o José Rebelo comandou a GNR em Tavira, até 1968. Colaborava com regularidade, no jornal "Povo Algarvio", onde o nosso camarada Manuel Amaro o conheceu, pessoalmente. Em 1969, já capitão, foi o Comandante da Companhia da Formação no Hospital Militar da Estrela, em Lisboa.

É  muito provável que já não esteja entre os vivos. De qualquer modo, é credor de toda a nossa simpatia, apreço e gratidão, cabendo-nos por isso honrar a sua memória e a dos seus camaradas, onde se incluíram os pais de alguns de nós, mobilizados para Cabo Verde, por este e por outros regimentos.


[Foto, à esquerda, do então furriel José Rebelo, expedicionário do 1º batalhão do RI 11]


2. A brochura, de grande interesse documental, e que estamos a reproduzir, é uma cópia, digitalizada, em formato pdf, de um exemplar que fazia parte do espólio do Feliciano Delfim Santos (1922-1989), que foi 1.º cabo da 1.ª companhia do 1.º batalhão expedicionário do RI 11, pai do nosso camarada e grã-tabanqueiro Augusto Silva dos Santos (que reside em Almada e foi fur mil da CCAÇ 3306 / BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73).

Recorde-se que se trata de um conjunto de crónicas publicadas originalmente no semanário regional, "O Distrito de Setúbal", e depois editadas em livro, por iniciativa da Assembleia Distrital de Setúbal, em 1983, ao tempo do Governador Civil Victor Manuel Quintão Caldeira.

A brochura, ilustrada com diversas fotos, dos antigos expedicionários ainda vivos nessa altura, tem 76 páginas, inumeradas. As páginas que publicamos hoje [cap XV],  não vêm numeradas no livro. [corresponderiam às pp pp. 52 a  57].

O batalhão expedicionário do RI 11, Setúbal, com pessoal basicamente originário do distrito, partiu de Lisboa em 16 de junho de 1941 e desembarcou na Praia, ilha de Santiago, no dia 23. Esteve em missão de soberania na ilha do Sal cerca de 20 meses (até 15 de março de 1943), cumprindo o resto da comissão de serviço (até dezembro de 1943) na ilha de Santo Antão.

Quarenta anos do seu regresso, os expedicionários do Onze  conrtinuavam a reunir-se e a homenager os seus mortos. É um ritual universal, que aontece em todos os países, em todas as épocas, em todas as guerras... (LG)

PS - Nesta cerimónia, realizada em Setúbal, em 9 de abril de 1981,  esteve presente  o cor inf Luís Casanova Ferreira (1931-2015) que fez duas comissões no CTIG (1964/66 e 1970/74) e foi um dos capitães de Abril. Provavelmente na sua qualidade de antigo comandante do RI 11, tendo passado à reserva justamente nesse ano de 1981.

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sábado, 22 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P15029: In Memoriam (236): Luís Casanova Ferreira (1931-2015), cor inf ref, com duas comissões no CTIG (1964/66 e 1970/74) foi ontem a sepultar no cemitério do Alto de São João, em Lisboa



Guiné > Região de Tombali > Catió > BCAÇ 619 (1964/66) > Grupo de oficiais à mesa, no famoso bar Tombali, em Catió.

Há dois palmeirins, da CCAÇ 728: o alf mil J.L. Mendes Gomes, o 2º a contar da direita, de óculos escuros; e o alf mil Gonçalves, o 1º a contar da esquerda. Os restantes pertenciam à CCS do BCAÇ 619, então sedeado em Catió, com destaque para o major Luís Casanova Ferreira [1931-2015],  de bivaque na cabeça e camuflado, ao fundo: era o homem grande da logística do batalhão e foi um dos mentores e atores do 25 de abril. 

 Da direita para a esquerda, são ainda visíveis o alferes de transmissões do batalhão, o Teixeira; a seguir ao J.L.Mendes Gomes, o alferes, do Pel Art, de apelido Maia); e por fim, o alferes Pires Marques, de cavalaria (Pel Rec). 

Foto do álbum do nosso camarigo J.L. Mendes Gomes.

Foto (e legenda): © J. L. Mendes Gomes (2006). Todos os direitos reservados.

1. Segundo notícia da agência Lusa, Luís António Casanova Ferreira foi ontem a sepultar no cemitério do Alto de São João, em Lisboa.  Morreu na sequência de doença. Tinha 84 anos.


[Foto à esquerda: Luís Casanova Ferreira, cortesia da página de Joaquim Evónio, Varanda das Estrelícias... Uma das raras fotos deste militar português, disponíveis na Net]


O coronel inf Luís Casanova Ferreira esteve ligado ao 16 de março de 1974 (, a revolta militar que predecedeu o 25 de abril). Foi um dos capitães de abril, ligado á ala spinolista do MFA. Foi preso na sequência do  11 de março de 1975, sendo na altura major, comandante da PSP de Lisboa. Foi libertado uma semana antes do 25 de novembro.

Casanova Ferreira fez duas comissões no TO da Guiné, em 1964/66 e 1970/74.  A Tabanca Grande, que reune centenas de amigos e camaradas da Guiné, cumpre o seu dever de curvar-se à memória deste militar português com quem alguns de nós conviveram e trabalharam no TO da Guiné, e apresenta sentidas condolências à família e amigos.

2. Nota biográfica de Luís Casanova Ferreira, segundo dados fornecidos pelo seu amigo e camarada de armas, o cor inf ref Manuel Bernardo:

(i) nasceu em Lisboa em 14 de frevereiro de 1931;

(ii) cumpriu quatro comissões de serviço em África: Moçambique (1961/64 e 1967/69) e Guiné (1964/66 e 1970/74);

(iii) uma semana depois de regressar da Guiné, participou no 16 de março de 1974, a chamada revolta das Caldas da Raínha, tendo estado preso na Trafaria até ao 25 de abril de 1974;

(iv) passou a comandar a PSP de Lisboa em maio de 1974, instituição que já tinha servido em 1958/60;

(v) foi preso no 11 de março de 1975,  sendo libertado uma semana antes do 25 de novembro de 1975;

(vii) comandou os regimento de infantaria nº 2 (Abrantes) (1977/79) e nº 11 (Setúbal), tendo passado à situação de reserva em 1981 e sido reformado em 1990.

(Fonte: adapt. de Manuel Amaro Bernardo, "Equívocos e Realidades, Portugal 1974-75", pp 425, 2.º vol., 1999).

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Nota do editor:

Último poste da série > 25 de julho de 2015  > Guiné 63/74 - P14930: In Memoriam (235): Manuel Moreira de Castro (1946-2015), ex-Soldado At Inf da CCAÇ 2315/BCAÇ 2835 (Bula, Binar, Mansoa, Bissorã e Mansabá, 1968/69)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9861: Cartas do meu avô (2): Segunda Carta: Em Catió (Parte I) (J.L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil, CCAÇ 728, Bissau, Cachil e Catió, 1964/66)



Guiné > Região de Tombali > Catió > BCAÇ 619 (1964/66) >  Grupo de oficiais à mesa, no famoso bar Tombali, em Catió. Há dois palmeirins, da CCAÇ 728: o alf mil J.L. Mendes Gomes, o 2º a contar da direita, de óciulos escuros; e o alf mil Gonçalves, o 1º a contar da esquerda. Os restantes pertenciam à CCS do BCAÇ 619, então sedeado em Catió, com destaque para o major  Luís [António Moura] Casanova Ferreira [, hoje coronel reformado,] de bivaque na cabeça e camuflado, ao fundo (era o homem grande da logística do batalhão e foi um dos mentores e atores do 25 de Abril).  Da direita para a esquerda, são ainda visíveis o alferes de transmissões do batalhão - o Teixeira; a seguir ao J.L.Mendes Gomes, o alferes, do Pel Art,  de apelido Maia);  e por fim, o alferes Pires Marques, de cavalaria (Pel Rec). Foto do álbum do nosso camarigo J.L. Mendes Gomes.

Foto (e legenda): © J. L. Mendes Gomes (2006). Todos os direitos reservados.


1. Continuação da publicação da série Cartas do meu avô, da autoria do  nosso camarigo Joaquim Luís Mendes Gomes, membro do nosso blogue, jurista, reformado da Caixa Geral de Depósitos, ex-Alf Mil da CCAÇ 728, Os Palmeirins de Catió, que esteve na região de Tombali (Cachil e Catió)  e em Bissau, nos anos de 1964/66, vivendo presentemente em Berlim.


SEGUNDA CARTA – EM CATIÓ (PARTE I)

Lichtenrade, Berlim,  14 de Março de 2012- 16h e 22m 


1- A Despedida do Cachil e a Entrada em Catió

Os nove meses que decorreram no Cachil deram para sedimentar tudo. A ambientação ao clima de guerra estava culminada. Ao cabo de várias substituições de comandante, - porque o primeiro, tão valente se aparentava, desertara escandalosamente, logo no nosso baptismo de fogo - tínhamos dado a volta ao quartel.

Tornámo-lo habitável. Até uma pista de aviação se conseguiu montar umas dezenas de metros ao lado da paliçada leste. Dava para recebermos os abastecimentos mais prementes através da Dornier. Legumes frescos, alfaces….Vindos das hortas de Bissau.

Ninguém que não tenha passado por uma situação destas poderá imaginar o valor que estes vulgares consumíveis assumem numa comunidade como é uma companhia isolada e entregue a si própria. Poder debicar umas escassas folhas de alface ou de couves frescas ponha o quartel em verdadeiro transe…e alvoroço.

Receber o correio trazido directamente pela avioneta estreitava e atenuava infinitamente o sofrimento que se sente quando a vida e o mundo se resumem a um universo de cento e oitenta homens perdidos numa ilhota cercada de rios e bolanhas. 

Renovaram-se casernas, uma para cada pelotão; outra para os oficiais, outra para os sargentos; ergueu-se um bar com tamboretes à volta para os momentos de ócio, idêntico aos de um quartel a sério; a cozinha completamente reformulada, assente num espaço cimentado; aulas de escolaridade, etc.


O tempo decorria serenamente. As noites não. Eram de permanente suspense… e pesadelo. Seriam a pior altura para se sofrer um ataque. Fosse pelo que fosse, isso não chegou a acontecer.

Foram nove meses sossegados os do Cachil. Por isso, foi um momento muito difícil, aquele em que se soube que a companhia iria ser deslocada para Catió. Ficaria a ser a companhia de segurança ao comando do batalhão e de intervenção em todas as operações a desencadear no sul.

Eram muito negras as perspectivas daí para a frente. Como o foi a hora de largar o quartel e entregá-lo à outra que veio render-nos. Pela calada da noite, aproveitando a maré-cheia, fomos levados numa grande LDM, escoltadas ao longe, pelo temível poderio de fogo pesado de uma curveta da Marinha. Talvez a "Orion".

Ao cabo dumas boas horas de escuridão, a navegar aos ziguezagues pelo labirinto hidrográfico do sul da Guiné, ladeados por vastas bolanhas livres ou temíveis florestas densas, a escorrerem sobre as águas, chegámos a Catió.





2- Entrada em Catió

Catió era um pólo administrativo com certo relevo comercial, vinha dos tempos coloniais. Tinha um Administrador de carreira; uma igreja, um mercado, um posto de assistência médica, uns correios e várias casas comerciais. Exploradas por libaneses, sirianos ou emigrantes do continente.

À volta, havia um arco de aldeias populosas de nativos, fulas e mandigas, que nos eram fiéis e favoráveis.  Chefiadas sábiamente, por dois homens grandes cuja palavra ou ordem eram verdadeira lei.

Ordeiramente, foi-se procedendo à instalação das tropas, em sobreposição com as residentes. A receptividade era total. Para a companhia que saía era o luminoso fim da tormenta. Os oficiais ficaram instalados no designado "Sete e meio"- Era a anterior casa do enfermeiro.  Os sargentos nas instalações existentes, junto à parada e à cozinha. Os 
soldados nas casernas da companhia. Tudo era mais confortável e a sério. 


Catió era a importante sede do batalhão que superintendia em todo o sul. Para além da companhia de comando e serviços, tinha três pelotões autónomos: o de transmissões, os de artilharia e cavalaria. Tinha um médico, com os respectivos enfermeiros, a enfermaria e um capelão militar.

A vida decorria à boa maneira dum qualquer quartel no continente. A toque de corneta. Os oficiais dispunham duma boa cozinha e excelente messe, onde pontificavam o comandante-mor – um tenente- coronel- e os oficiais de planeamento de operações.

A hora das refeições era, por artes do comandante, um intencional momento de convívio solene, sempre sob o seu olhar atento e, por vezes, inquisidor. A distribuição na grande mesa comprida, era feita por ordem decrescente de patentes. No topo estava ele.


O primeiro comandante tinha trato afável e era próximo de todos. O tenente coronel Matias. (**) O segundo, que o viria a substituir, era o seu oposto. Um mau carácter, autoritário e desconfiado. A bonomia do capelão e do médico, mais a inesgotável verborreia do oficial de justiça, o M. Fernandes, todos muito bem sediados no batalhão, davam para minorar o ambiente pesado que, sem eles, haveria.

Anedotas, discussões filosóficas, gracejos picantes virados, sobretudo, para o padre, havia de tudo, eram o pano de fundo. No fundo, gerava-se um ambiente agradável. Depois, havia torneios de damas, de poker e xadrês. E até, torneios de voleibol. Enfim, Tudo condimentos que serviam para amenizar as nossas agruras.


Nas horas mortas, dava para, livremente, fazer sala pelos bares públicos da vila. Em descontraída cavaqueira. Aí, era a boa cerveja e o marisco, um açafate de ostras, apanhadas horas antes - o five o’clock -ostra - o amendoim, tudo muito barato. E ainda, de vez em quando e à socapa, uns passeios de jeep pelas aldeias à conversa com os artesãos ou à procura das nossas rutilantes lavadeiras. Sempre com a velha pistola Walter à cintura. Por precaução. Servia para nos dar aquela sensação de longínqua liberdade que não tem preço.

3- Foi só o começo

Não demorou muito, depois da chegada, para sermos chamados para uma magna reunião com os altos comandos. Na sala de operações numa dependência contígua à residência do comandante. Com toda a pompa e circunstância.

Várias filas de cadeiras frente a uma mesa comprida e larga, sobre um estrado bem sobre-elevado. O tenente coronel ao meio do sub-comandante e do oficial de planeamento. Na esquina da sala, à sua direita, desde o tecto até ao chão, pendia uma enorme cortina verde.

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Dadas as solenes boas-vindas à nova companhia, à ordem do comandante, o tal oficial de planeamento procedeu ao correr das cortinas puxando-as por cordões longos de cor dourada. A sala estava medianamente iluminada. Excepto a zona frontal à nossa esquerda. Para onde se dirigia um foco de luz.

Eis que um vasto mapa, de fundo predominantemente verde surgiu aos nossos olhos.  Com rigoroso pormenor, ali estavam as estradas, caminhos, veredas, linhas de água e povoações, cobrindo todo o sul da Guiné, como se fosse um retrato aéreo, que ainda não havia.

Em evidência, muito bem assinalados em traços de tinta, de várias cores, ali estava todo o plano secreto da operação que começaria, na madrugada dessa noite. Garbosamente, em pé, de ponteiro em punho, o oficial começou a expor minuciosamente, e a indicar no mapa, como tudo se deveria desenrolar no terreno.

A facilidade e rapidez com que o ponteiro percorria os longos meandros verdes das bolanhas e florestas e, como, serenamente, nos levava até à zona do Inimigo... parecia querer embalar a nossa fantasia. Tudo fora muito bem delineado, em longas horas de sacrificada concentração, ao mais alto nível, desde a última operação.

Pela entoação vibrante do orador, a lição estava muito bem estudada. Se não houvesse fuga de informações, aquilo ia mesmo ser um grande êxito. Tinha de sê-lo.


- Se não houver mais dúvidas..., desejo-vos boa sorte, uma boa noite... Esta reunião está encerrada. – proclamou sorridente o tenente coronel.

Era este o cenário a que iríamos ter de assistir nos nossos próximos meses. Repetidamente, aí de quinze em quinze dias. Cabisbaixos, um a um, recolhíamos às nossas instalações na companhia. A seguir, seria o acerto entre os oficiais, sargentos e soldados da companhia.

À hora fixada, todos os três pelotões, estariam na forma para a vistoria final e a partida, porta de armas fora. Jamais esqueceremos os olhares compungidos do comandante, do capelão e do pessoal médico a despedir-se à porta de armas, enquanto não se deixasse de ver, por entre o nevoeiro da noite, o derradeiro soldado da companhia em fila indiana.

Tal como de alegres os mesmos olhos haveriam de brilhar, quando, à mesma porta de armas, quando nos viam a regressar.


- Então, como correu?...quantos mataram? Houve baixas? - perguntava, feliz, como que a abraçar-nos, o nosso ingénuo capelão.

Lembrar-me-ei até ao fim dos meus dias da resposta pronta e espontânea do furriel Cunha das transmissões:
- Até rezei, caralho,…senhor padre!
- Ó homem! Não diga carvalho!... Onde é que eles estão? Diga palmeira!


J. L. Mendes Gomes (***)

(Continua)


Fotos (em formato pequeno, de Catió): ©  Victor Condeço (1943/2010) / © Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). Todos os direitos reservados.
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Notas do editor:

(*) Vd. poste anterior da série > 3 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9848: Cartas do meu avô (1): Primeira: No Cachil (J.L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil, CCAÇ 728, Como, Cachil e Catió, 1964/66)

 (**) Ten cor inf Narsélio  Fernandes Matias, comandante do BCAÇ 619: mobilizada pelo RI 1, esta unidade partiu para o TO da  Guiné em 8/1/1964 e regressou a 9/2/1966. Esteve sempre em Catió. Subunidades: CCAÇ 616  (Bissau e Empada); CCAÇ 617 (Bissau, Catió e Cachil); e CCAÇ 618 (S. Domingos e Binar). O ten cor Matias era ilhavense, segundo informação do nosso  camarada e amigo Jorge Picado.



Por sua vez, a independente CCAÇ 728, os Palmeirins de Catió, foi mobilizada pelo RI 16, partiu em 8/10/1964 e regressou a 7/8/1966.  Teve 3 comandantes: cap inf António Proença Varão,  cap cav Ramiro José Marcelino Mourato, e cap inf Amândio Oliveira da Silva.