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sexta-feira, 13 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23260: Consultório militar do José Martins (73): Procura-se camaradas do 1.º Cabo Atirador do Pel Caç Nat 58, Joaquim da Silva Magalhães, ferido mortalmente numa emboscada no itinerário Canjambari-Jumbembem, no dia 30 de Agosto de 1969

1. Mensagem de Joel Magalhães, com data de 26 de Abril de 2020, sobrinho do 1.º Cabo Joaquim da Silva Magalhães, natural de Santo Tirso, caído em combate no itinerário Canjambari-Jumbembem no dia 30 de Agosto de 1969:

Olá, muito boa noite.
Meu nome é Joel Magalhães.
Com as datas do 25 de abril sempre me vem à memória o meu tio Joaquim da Silva Magalhães, natural de Santo Tirso, Primeiro Cabo, morto em combate na guerra do ultramar, mais concretamente na Guiné.
A família apenas teve a informação na altura que ele terá sido morto numa emboscada! E hoje as minhas pesquisas levou-me até si.
Chegou a conviver com ele, ou conhece alguém que tenha convivido ou presenciado o acontecimento que levou a morte dele?
Desde já lhe digo que admiro e louvo o seu excelente trabalho e arquivos que vai partilhando.

Atentamente,
Joel Magalhães


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2. Mensagem do nosso especialista em Assuntos Militares, José Martins, em 27 de Abril:

Boa tarde para os senhores administradores.
Cá recebi a incumbência, que se me afigura difícil.
Os pelotões, salvo raríssimas exceções, não têm História da Unidade, quanto mais Pelotões de Caçadores Nativos.
Parto apenas com os dados do Volume 8, portanto, muito pouco.
Na informação não tem indicação de unidade a que estava adstrita operacionalmente.
Não há mais mortos nesta operação. Nesta data só em Fulacunda, numa unidade de comandos.
Resta, com base nos meus resumos, o COP 3, um BART e respetiva CART e uma CART independente.

Hoje já não dá para ir ao AHM, veremos amanhã.
Abraços.


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3. Nova mensagem do José Martins, esta com data de 29 de Abril:

Boa tarde
Viagem, em vão, até ao Arquivo Histórico.
Junto texto sobre o que consegui, consultando os elementos que tenho disponíveis em casa, os livros da CECA.

Abraço
Zé Martins


O Pelotão de Caçadores Nativos n.º 58, do Comando Territorial Independente da Guiné, foi criado em Maio de 1967, estando dependente administrativamente do Quartel-General de Bissau e, operacionalmente, da unidade que comandava o sector em que o mesmo se integrava geograficamente.
Foi constituído em Bissau e, em Junho de 1967, foi deslocado para Cacheu, em Agosto desse ano seguiu para Teixeira Pinto onde se manteve até Agosto de 1968, altura em que regressou a Cacheu. Em Abril de 1969 foi para Canjambari e em Novembro desse ano de 1969 foi para Infandre, onde se manteve até Agosto de 1974, quando foi dissolvido.

Este texto surge por nos ter sido solicitado, pelo Joel Magalhães, informação sobre a morte em combate do seu tio e nosso camarada 1.º Cabo Joaquim da Silva Magalhães, NM 01779368, que estava no Pelotão de Caçadores n.º 58, na altura estava em Canjambari, e foi numa emboscada entre Canjambari e Jumbembem.

Numa pesquisa que efectuei nos meus arquivos, tomei nota de unidades a nível de Batalhão e Companhia que poderiam ter estado na área, e consultei as respectivas Histórias da Unidade, no Arquivo Histórico Militar. Nem sempre se tem sorte, e desta vez foi isso que aconteceu: nada encontrei, que pudesse esclarecer ou dar uma pista.
Desta forma, se algum camarada souber qual o Batalhão e/ou Companhia que tenham estado no sector onde se enquadrava Canjambari, nos informe, a fim de se tentar, como sempre fazemos, esclarecer quem se nos dirige, pedindo informações.

Odivelas, 29 de Abril de 2022
José Marcelino Martins


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4. Comentário do editor CV:

Como refere o José Martins, o Pel Caç Nat 58 esteve destacado em Canjambari entre Abril e Novembro de 1969.
Consultando o 3.º Volume da CECA - Dispositivo das Nossas Forças - Guiné, verifiquei que a CCAÇ 2533 foi deslocada para Canjambari em Junho de 1969, onde se manteve até ao mês de Novembro do mesmo ano, altura em que foi substituída pela CCAÇ 2681.
Salvo melhor opinião, é muito provável que o Pel Caç Nat 58 estivesse adstrito à 2533 e que o seu pessoal se lembre desta emboscada, ocorrida em Agosto, da qual resultou a morte do nosso camarada Joaquim Magalhães.
Talvez o nosso camarada Luís Nascimento, ex-1.º Cabo Op Cripto da 2533, nos possa dar uma ajuda.

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Nota do editor

Último poste da série de 26 DE AGOSTO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22487: Consultório militar do José Martins (72): Quem ainda não recebeu o cartão de antigo combatente, por favor contacte o Balcão Único da Defesa... Mais de 200 mil já receberam

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Guiné 61/74 - P22499: Paz & Guerra: memórias de um Tigre do Cumbijã (Joaquim Costa, ex-Furriel mil arm pes inf, CCAV 8351, 1972/74) - Parte XV: Férias em julho/agosto de 1973... e o teste da cerveja


Foto nº 1 > Guiné > Meados de 1973 > Não é uma  Dornier, uma DO –27.  mas um Cessna CR-GBE... Foi numa aeronave destas que o Joaquim Costa deixou Aldeia Formosa, "com a adrenalina (boa) nos limites a caminho de férias"...  
Mas esta foto não é dele, nem dos seus companheiros de viagem que alugaram uma avioneta civil para chegar a Bissau a tempo de apanharem o avião da TAP e poderem gozar a tão merecida de licença de férias na Metrópole. 

Esta foto é do  Luís Nascimento, aqui  o mais alto, o segundo a contar da esquerda, membro da nossa Tabanca, ex-1º cabo cripto, CCAÇ 2533 (Canjambari, 1969/71).A avioneta era TAGP - Transportes Aéreos da Guiné Portuguesa (voos internos), mas cada um dos 3 viajantes transportam já um saco de viajem de mão, oferta da TAP. No núcleo museológico da Tabanca dos Melros, pode ver-se um exemplar deste saco, oferta do nosso camarada Carlos Silva.

Foto (e legenda) : © Luís Nascimento (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > c. 1972/4 > Imagem do Cessna, vermelho, pilotado pelo Comandante Pombo, dos Transportes Aéreos Civis da Guiné (TAGP) em que o nosso camarada Álvaro Basto fez várias viagens entre o Xitole e Bissau, nos anos da sua comissão (1972/74). Se calhar foi na mesma aeronave ecom o mesmo mítico piloto, que o Joaquim Costa viajou até Bissau para apanhar o avião da TAP.

Foto (e legenda): © Álvaro Basto (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]





Joaquim Costa, ontem e hoje. Natural de V. N. Famalicão,
vive em Fânzeres, Gondomar, perto da Tabanca dos Melros.
É engenheiro técnico reformado.


Paz & Guerra: memórias de um Tigre do Cumbijã (Joaquim Costa, ex-Furriel mil arm pes inf, CCAV 8351, 1972/74) (*)

Parte XV - Férias... e o teste da cerveja


Passado pouco tempo depois de todos estes acontecimentos extraordinários (a entrada em Nhacobá, a morte de um soldado e o ferimento grave de um camarada alferes, queda de Guileje, etc, …) chegou a minha vez de gozar as tão esperadas férias.

No dia anterior à partida para Bissau, com a ansiedade nos limites, procuro a minha “mala de cartão”, que trouxe de casa, para analisar o estado da minha roupa de civil. Ao retirá-la debaixo da cama de ferro, fico na mão apenas com a pega. Reparo que a mala praticamente desapareceu, assim como a roupa e outros haveres. Estava tudo podre da humidade. Dado o pouco tempo que estaria em Bissau já tinha assumido que teria de viajar com a roupa militar. Felizmente houve tempo e lá consegui comprar umas calças e uma camisa.

A pressa de partir era muita, pelo que não dava para esperar pela coluna Aldeia Formosa - Buba, e o avião da TAP tinha dia e hora marcada, pelo que, com colegas de outras companhias, “fizemos uma perninha” e alugamos uma avioneta civil, dos TAGP,  para nos levar de Aldeia Formosa a Bissau.

Viagem inesquecível, dada a loucura do piloto tudo fazendo para nos colocar em pânico com manobras estilo campeonato mundial da “Red Bull Air Race”, argumentando, contudo, que tais manobras, visavam apenas evitar veleidades ao IN em nos atingir com a sua nova arma: o míssel terra-ar Strela. (**)



Já dentro do avião da TAP constatei que afinal havia hospedeiras (bem giras e simpáticas...) e tratamento VIP com direito a uma malinha muito “catita”  (, parecida com a da foto acima, cortesia do Núcleo Muselógico da Tabanca dos Melros; foto: LG) e whisky de borla.

A chegada ao Porto, já que em Lisboa apanhei logo avião para a Invicta (sempre ouvi dizer que o melhor de Lisboa era a autoestrada para o Porto, embora para mim continuem a ser os pasteis de Belém), foi uma sensação que jamais conseguirei descrever: poucas horas depois de sair daquele inferno encontro um país sereno, despreocupado, falando de futebol, jornais sem uma única referência ao que se estava a passar em África.

Mergulhei nesta nova realidade, aproveitando ao máximo estes 30 dias, tropeçando aqui e ali no processo de reaprender a viver na dita civilização.

Na primeira noite em casa, depois de um dia bem passado com amigos, deitei-me cedo com a sensação de me deitar numa nuvem protegido por anjos celestiais... e sem rede mosquiteira: - Dorme, “meu anjo”, que hoje com toda a certeza não haverá flagelação nem ataque ao arame e nós estamos aqui para te proteger…

À meia noite, já em sono profundo, ouço rebentamentos muito perto, dou um salto na cama e estilhaço o candeeiro de mesinha de cabeceira à procura da minha G3. Havia festa numa aldeia perto com o tradicional fogo de artifício à meia noite. A minha mãe vem ver o que se passava, muito preocupada, enquanto eu já refeito, tentava acalmá-la inventando uma desculpa esfarrapada para os estilhaços do candeeiro no chão. Não obstante aquele aparato, foi uma sensação tão agradável saber que afinal estava em casa, em segurança, com a proteção dos meus anjos celestiais. Dormi como um justo.

No Minho, durante o Verão, todos os fins de semana há festa, pelo que lá me fui adaptando... tendo partido só mais um candeeiro...

Fui reaprendendo a viver na dita civilização e a matar saudades da maravilhosa gastronomia Minhota (fazendo esquecer o arroz com estilhaços e as rações de combate) : Bom cozido à portuguesa (feito pela minha santa mãe); boas feijoadas (na tasca da Sara Barracoa,  em Famalicão); uns rojões à minhota (no Tanoeiro, em Famalição); bom cabrito à Serra D’Arga e o “Pica no chão” (em Viana); uns magníficos rojões com arroz de sarrabulho (na magnífica Vila mais antiga de Portugal - Ponte de Lima); um Polvo assado na Brasa (na Bagoeira, em Barcelos). intercalado com um bom bife com batas fritas onde calhava...

A praia: o picadeiro da Póvoa de Varzim, cheio de emigrantes falando francês (mas os palavrões eram em português!), onde visitei, a seu pedido, a casa do nosso colega e amigo alferes de artilharia (o homem do fogo amigo) levando-lhe um “miminho” da mamã.

Ainda deu tempo para uma incursão pelo alto Minho: Viana, a bela Caminha, Cerveira (terra adotiva do escultor José Rodrigues e um dos fundadores da Biemal em 1978), e a maravilhosa praia do Moledo (muito frequentada pelas elites, como Vitorino de Almeida, o grande percursor dos festivais de verão, como o mítico festival de Vilar de Mouros e mais recentemente de Durão Barroso, ainda à procura, com uma lupa, das armas de destruição maciça no Iraque).

Esta incursão pelo Alto Minho terminou (aliás, era o objetivo principal), num baile de garagem junto à praia do Cabedelo , em Darque, Viana do Castelo, local onde nasceu (em 1974) a discoteca mais badalada no país e em Espanha - a mítica Luziamar.

Depois do regresso da Guiné fiz de Viana a minha segunda casa (comprando um andar no edifício mais mediático do país – o Prédio do Coutinho), onde a ida ao Luziamar era obrigatório. Esta mítica discoteca, hoje em ruínas, faz parte das minhas boas memórias.

Umas incursões à Invicta: rever amigos nos míticos cafés da cidade (o Estrela, o Piolho, o Magestic, o Ceuta…), cinema (relembrando as sessões duplas do tempo de estudante - uma “Coboyada” para o “macho” e um romance para a “garína”), um magnifico fino, com um pratinho de bolachas salgadas na antiga fábrica da cerveja e no final do dia umas tripas no restaurante Abadia ou na Casa Aleixo (Ramiro, o seu último proprietário, foi do meu pelotão nas Caldas da Rainha, fazendo também o caminho das pedras da Guiné, bem retratado na sua correspondência de guerra exposta nas paredes do restaurante), uma referência da cidade que não resistiu à pandemia. Felizmente o Abadia ainda existe e recomenda-se.

E, ainda, assistir a um jogo de futebol no estádio das Antas, descarregando todo o stress de guerra.

O meu grande problema surgia sempre que pedia uma cerveja, a primeira porção do líquido era lançado ao chão (gesto “pavloviano”) para certificar se esta estava em bom estado (obrigatório na Guiné este teste,  dado que grande parte das cervejas chegavam já estragadas - se fizesse espuma estava boa,  se não fizesse estava estragada). Lá me desculpava ao proprietário com a chegada recente da Guiné, que nunca convenci. Embora gostasse de beber cerveja da garrafa, comecei a intercalar com finos para evitar problemas.

Quando estava já a habituar-me a esta nova vida (já não me perturbava os fogos de artifício e já não deitava cerveja para o chão, já não assustava os meus amigos com saídas inopinadas da mesa de um café após um foguete), chegou a hora do regresso à Guiné.

O meu conselho aos camaradas que estavam a preparar-se para também partirem de férias era: não façam isso! É muito doloroso, mesmo, mesmo muito doloroso o regresso, sabendo o que nos espera, muito diferente da primeira partida. Sem sucesso, claro!

Continua...
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 25 de agosto de 2021 > Guiné 61/74 - P22482: Paz & Guerra: memórias de um Tigre do Cumbijã (Joaquim Costa, ex-furriel mil arm pes inf, CCAV 8351, 1972/74) - Parte XIV: " Bora lá... para a nova casa, Nhacobá" (Op Balanço Final)

(**) Em mail que nos enviou ontem, às 16h47, esclarecendo algumas dúvidas do nosso editor, o Joaquim Costa escreveu:

"Luís, obrigado pela ajuda. Tens toda a razão. Obviamente a avioneta era dos TAGP e só podia ser um Cessna.

"Quanto ao piloto sei que era alguém muito conhecido na altura, com uma grande pedrada, pelo que, de acordo com o que me dizes só pode ser o Pombo.

"A foto da malinha claro que não é a da época mas foi a que encontrei mais aproximada.

"Quanto às minhas férias foram em 1973, no mês de Julho/Agosto (?). 

"(,,,) Uma vez mais obrigado pelo toque profissional que sempre dás aos meus postes.

"Um grande abraço e até ao dia 11 de Setembro, na Tabanca dos Melros." (...)

terça-feira, 11 de julho de 2017

Guiné 61/74 - P17567: Inquérito 'on line' (121): O aerograma ?... "Era rápido mas não seguro" (José Brás)... "Acabou por justificar a existência do Movimento Nacional Feminino" (António J. Pereira da Costa)... "A malta chegava a solidarizar-se e fretar a avioneta civil para trazer o correio" (Henrique Cerqueira)



Foto nº1


Foto nº 2


Guiné > Região do Oio > Farim > Canjambari > CCAÇ 2533 (1969/71) >

Foto nº 1 > Viagem de avioneta civil, até Bissau, para gozo de licença de férias na Metrópole. O Luís Nascimento é o mais alto, o segundo a contar da esquerda Não se consegue distinguir o logo do saco de viagem: se era o logo da TAP - Transportes Aéreos Portugueses, se era o da TAGP - Transportes Aéreos da Guiné Portuguesa (voos internos). Mas devia ser da TAP, vi um exemplra, no  sábado passado no núcleo museológico da Tabanca dos Melros, oferta do nosso camarada Carlos Silva.

Recorde-se que a 2 de setembro de 1965 foi criado o serviço autónomo Transportes Aéreos da Guiné (TAG), visando a exploração dos transportes aéreos de passageiros, carga e correio naquela província ultramarina. Na realidade foi a criação da primeira companhia aérea da Guiné. O seu nome será posteriormente alterado para Transportes Aéreos da Guiné Portuguesa (TAGP).

Foto nº 2 > Aqueles que se podiam dar ao luxo de uma escapadela até Bissau, ou gozar um mês de licença para férias (em Bissau ou na Metrópole), esqueciam,  por uns tempos, a dura e obscura vida no mato... Dura e obscura mesmo para um 1º cabo cripto, que mal podia ser sair do quartel e não era operacional... Na foto, o Luís Nascimento na "esplanada (sic) do centro cripto", escrevendo uma carta ou mais provavelmente um aerograma... O correio era tão importante que houve companhias que, em caso de atrasos excessivos, chegaram a fretar as avionetas dos TAGP... (*)

Fotos (e legendas) : © Luís Nascimento (2013). Todos os direitos reservados. [Edição  e legendagem complementar:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mais comentários sobre o SPM e o areograma (**)


(i) José Brás


Em Medjo, eram semanas! Ir de Medjo a Guiledje não era coisa que apetecesse, sobretudo quando o DO27 voava à vertical de Medjo abanando a asas. A mensagem dele nessa manobra não era lida apenas pela nossa tropa. o complexo de Salancaur ficava a "meia dúzia de passos" e havia ainda Xim-idari e outras aldeias no Corredor ainda mais perto de nós. Não conto aqui uma maluqueira de "uma vez", porque...

Quanto a mim o aerograma era tão rápido e tão seguro como o outro correio e, dadas as circunstância, sempre o achei rápido mas não seguro

7 de julho de 2017 às 08:27


(ii) António J. Pereira da Costa 


O Mê-Nê-Fê [Movimento Nacional feminino] aparece muitas vezes ligado aos aerogramas.
Contudo, se o respectivo transporte era uma "oferta" - justa e lógica - da TAP aos soldados de Portugal, a produção e distribuição dos aerogramas poderia ter sido feita por outra entidade, nomeadamente pela cadeia logística do Exército.

A rede do Mê-Nê-Fê era pouco densa, pelo que os aerogramas eram distribuídos pelas Juntas de Freguesia e entidades similares.

A "distribuição" de aerogramas era um maneira do Mê-Nê-Fê se sentir útil...

7 de julho de 2017 às 09:34


Havia a experiência da I Guerra Muidial em que o correio não funcionou assim tão bem... e com más consequências.Além disso o governo do tempo,  num dos seus (raros) momentos de lucidez,  descobriu que, sendo o correio um dos grandes sustentáculos do moral das tropas, se não o principal, não quis comprar uma fonte de revolta que não lhe daria popularidade.

E, no fundo, não era uma coisa que onerasse a guerra que era preciso embaratecer, especialmente através das PPP do tempo, a maioria delas retribuídas em género e não em dinheiro.

O Mê-Nê-Fê... associava-se,  justificava a sua existência.


8 de julho de 2017 às 09:57


(iii) Henrique Cerqueira

Na verdade até que o SPM funcionava muito benzinho , talvez melhor (olhando ás condições na época) que hoje,  pelo menos aqui na minha zona.(refiro-me à distribuição dos CTT ).

Reconheço também que o Estado da altura preocupava-se que não faltasse certos apoios "morais" e materiais aos militares destacados nas guerras do ultramar.

Dou o exemplo: tabaquinho, cerveja,whisky, comprimidos LM e o correio... Fosse de avião (DO 27) ou por coluna militar, o correio era das coisas mais indispensáveis em qualquer aquartelamento. Poderia haver fominha de certos alimentos,mas o correio não podia faltar nem que para isso a malta se solidarizasse e fretasse avioneta civil [dos TAGP]] .Era assim que funcionava na minha companhia do Biambe em 1972.

Assim sendo e com todas as condicionantes da altura o SPM era um bom serviço prestado às nossas tropas.

7 de julho de 2017 às 10:12 

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Notas do editor:

(**) Último poste da série > 10 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17565: Inquérito 'on line' (120): Mesmo com ficha na PIDE/DGS, nunca me inibi de escrever cartas e aerogramas, sem autocensura nem receio de represálias... E foram mais de 300!... Contei, a quem gostava, tudo o que acontecia no CTIG no meu tempo (António Graça de Abreu, ex-alf mil, CAOP 1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74)

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Guiné 63/74 - P16600: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXXVI: último poste: relação nominal de todo o pessoal









Guiné > Região do Oio > Canjambari > CCAÇ 2533 (1969/71) > Algumas das fotos que vêm em anexo ao livro "Histórias da CCAÇ 2533".


1. Publicamos hoje o último poste, o 36º,  da série "Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) ", a partir do documento editado pelo ex-1º cabo quarteleiro, Joaquim Lessa, e impresso na Tipografia Lessa, na Maia (115 pp. + 30 pp, inumeradas, com fotografias). (*)

Trata-se de uma brochura, com cerca de 6 dezenas de curtas histórias, de uma a duas páginas, e profusamente ilustrada (cerca de 90 fotos, intercaladas e em anexo). Chegou às mãos dos nossos editores, em suporte digital, através do ex-1º cabo cripto Luís Nascimento, que vive em Viseu, e que também nos facultou um exemplar em papel, para consulta. (É membro da nossa Tabanca Grande desde 20 de dezembro de 2008;  já aqui publicámos também o seu álbum fotográfico.)

Temos a devida autorização de um dos editores,  o Joaquim Lessa  (com quem falámos ao telefone) e autores para dar a conhecer, a um público mais vasto de amigos e camaradas da Guiné, as peripécias por que passou o pessoal da CCAÇ 2533, companhia independente que esteve sediada em Canjambari e Farim, região do Oio, ao serviço do BCAÇ 2879, o batalhão dos Cobras (Farim, 1969/71).

A comissão editorial inclui, além do ex-1º cabo Joaquim Lessa, o ex-capitão inf Sidónio Martins Ribeiro da Silva, os ex-alf mil inf Armando Mota e Timóteo Rosa, e os ex-fur mil Carlos Simões, Fernando Pires, Armando Tavares,  Guilherme Pascoal, Nuno Conceição e Jaime Canas.

O primeiro poste desta série é de 16/4/2014. As primeras 26 páginas são do comandante da companhia, o cap inf Sidónio Ribeiro da Silva, hoje cor ref. Os restantes autores são, por ordem alfabética (entre parêntes, o nº de histórias ou episódios da sua autoria) (pp. 27-111):

Agostinho Evangelista (6)
Armando Mota (10)
Armando Tavares (2)
Avelino Pereira (5)
Carlos Simões (3)
Fernando Pires (9)
Joaquim Fonseca (4)
Joaquim Silva (1)
José Luís Sousa ( 3)
José Tomás Costa (2)
Nuno Conceição (1)
Timóteo Rosa (5)
Victor Borges (1)


De referir. como mera curiosidade, que tanto esta companhia como a CCAÇ 2590 (mais tarde CCAÇ 12) viajaram, juntas no mesmo T/T, o Niassa, em 24 de maio de 1969, e regressaram juntas, a 17 de março de 1971, no T/T Uíge!... Temos, pois, aí uma fantástica coincidência!..

Hoje reproduz-se  a relação nominal do pessoal da CCAÇ 2533 (. Esta companhia teve 3 mortos e 12 feridos em combate).












In Histórias da CCAÇ 2533. Edição de Joaquim Lessa e outros, tipografia Lessa, Maia, c. 2006, pp. 112-115.
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 18 de abril de 2014> Guiné 63/74 - P13005: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte II: Embarque e as primeiras impressões do aquartelamento e tabanca (Sidónio Ribeiro da Silva, hoje cor inf ref)

21 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P13018: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte III: A vida em campanha (Sidónio Ribeiro da Silva, hoje cor inf ref)

6 de maio 2014 > Guiné 63/74 - P13106: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte IV : A vida em campanha (cont.), e a alegria do regresso e dos convívios (Sidónio Ribeiro da Silva, hoje cor inf ref)

10 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13124: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte V: (i) A praxe (a história de uma partida a um alferes pira e que envolve também o cap inf Vasco Lourenço); e (ii) a cabra do mato que chorava (Fernando Pires, ex-fur mil at inf)

14 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13137: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte VI: Canjambari, aquartelamento e tabanca (Fernando Pires, ex-fur mil at inf)

18 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13160: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte VII: (i) Os primeiros dias, a viagem de LDG até Farim, e depois em coluna até ao nosso destino... (ii) O meu primeiro aniversário...(Fernando Pires, ex-fur mil at inf)

30 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13213: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte VIII: (i) os primeiros dias em Canjambari: em mês de santos populares, o batismo de fogo, os primeiros contactos com o IN; e (ii) a santa ingenuidade: um episódio com um cobra venenosa

3 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13231: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte IX: (i) um dia diferente: quando o cantor Horácio Reinaldo veio atuar a Canjambari, no âmbito do Programa das Forças Armadas (PFA); e (ii) um dia inesquecível: aquela mina A/P que estava montada para o fur Fernando Pires...

10 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13267: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte X: (i) o galoque teve o nosso primeiro Pinheiro; e (ii) o pobre do porco que, morto por doença e enterrado, não se livrou da faca e do fogo... (Avelino Pereira)

17 de junho de  2014 > Guiné 63/74 - P13300: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XI: (i) a história de um acidente com uma viatura por causa do "enterro do bacalhau"; (ii) sonâmbulos e "apanhados do clima"; e, por fim, (iii) com minas e armadilhas não se brinca(va) (Avelino Pereira, madeirense)

 23 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13321: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XII: (i) O elogio de Spínola pela elevado aprumo e disciplina da companhia, à chegada ; (ii) a vaca de Cuntima que fugiu de noite; e (iii) a matança dos javalis... (Armando Mota, ex-alf mil, cmdt do 1º pelotão)

30 de junho de 2014 > Guiné 63774 - P13348: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XIII: (i) Está tudo bem com vocês ?, pergunta o gen Spínola; (ii) Indo de viatura a corta-mato, sem GPS, em socorro de camaradas que tinham tido contacto com o IN: e (iii) Uma saída com o pelotão de milícias (Armando Mota, alf mil at inf, 1º pelotão)

7 de julho de 2014 > Guiné 63/74 - P13371: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XIV: (i) a queda granada da bazuca; (ii) samba em Lisboa; e (iii) a caçada dos passarinhos (Armando Mota, ex-alf mil at inf, 1º pelotão)

11 de julho de 2014 > Guiné 63/74 - P13390: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XV: Encontro do sold cond auto João Bento Guilherme com a morte em Lamel, em 14/12/1970... Era natural de Almeirim e pertencia à CCS//BCAÇ 2879 (Farim, 1969/71) (Armando Mota, ex-alf mil, 1º pelotão)

16 de julho de 2014 > Guiné 63/74 - P13404: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XVI: A "sorte de um soldado", transmontano, que não sabia ler nem escrever quando foi incorporado (José Tomás Costa, sold at inf, 1º pelotão)

28 de julho de 2014 > Guiné 63/74 - P13442: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XVII: 4 episódios recordados pelo José Joaquim da Costa Fonseca, ex-sold at inf,1º pelotão entre elas uma dramática saída para o mato em 29 de abril de 1970, ou aquela outra em que o Vieito "perdeu" a G3 na confusão de um ataque ao aquartelamento

31 de julho de 2014 > Guiné 63/74 - P13451: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XVIII: Uma farra a bordo da última LDG, de Farim para Bissau...Uma despedida em grande que ia dando um problema disciplinar prontamente resolvido com bom senso e sabedoria pelo capitão (Carlos Simões, ex-fur mil op esp, 1º pelotão)

5 de agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13463: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XIX: A guerra dos colchões em que também esteve envolvido o Carlos Simôes, ex-fur mil op esp





6 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13854: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXV: (i) o final da comissão em Farim, com os últimos mortos e feridos na zona de Lamel;: (ii) humilhados e ofendidos: regressados á Pátria, somos obrigados a ir a Chaves, num comboio ronceiro, entregar meia dúzia de trapos desfeitos, os restos das nossas fardas ! (Agostinho Evangelista, 1º pelotão)

14 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13893: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXVI: O finório e o 1º sargento (José Luís Sousa, ex-fur mil, 1º pelotão)

1 de dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13962: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXVII: Boas vindas à equipa da RTP que foi gravar as mensagens do Natal de 1969: Benvindos!... Jamgarte!... Welcome!... (José Luís Sousa, ex-fur mil, 1º Pelotão)

2 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14108: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXVIII: (i) Um natal do mato (Timóteo Rosa, ex-alf mil, 4º pel); (ii) a prenda do MNF (José Luís Sousa, ex-fur mill,1º pel)

13 de março de 2015 > Guiné 63/74 - P14355: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXIX: Quando falhava o abastecimento, ainda havia o recurso à "bianda com marmelada"...

18 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14631: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXX: (i) 'fogo amigo' em dia de sexta-feira treze; e (ii) perdido na selva...por uma hora! (Timóteo Rosa, alf mil, 4º Gr Comb)

9 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14717: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXXI: um data para recordar, o dia 1 de abril de 1970, dia das mentiras... (Armando Costa Tavares, fur mil at inf, 3º pelotão)

10 de outubro de 2015 > Guiné 63/74 - P15229: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXXII: o bravo soldado Faria (Armando Costa Tavares, fur mil at inf, 3º pelotão)

6 de julho de 2016 > Guiné 63/74 - P16279: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXXIII - Memórias do Victor Manuel Pereira Borges, 1º cabo, cantineiro e apontador do morteiro 81

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Guiné 63/74 - P16279: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXXIII - Memórias do Victor Manuel Pereira Borges, 1º cabo, cantineiro e apontador do morteiro 81




In Histórias da CCAÇ 2533. Edição de Joaquim Lessa, tipografia Lessa, Maia, s/d, pp. 106.





1. Continuação da publicação das "histórias da CCAÇ 2533", a partir do documento editado pelo ex-1º cabo quarteleiro, Joaquim Lessa, e impresso na Tipografia Lessa, na Maia (115 pp. + 30 pp, inumeradas,  com fotografias). (*)

Trata-se de uma brochura, com cerca de 6 dezenas de curtas histórias, de uma a duas páginas, e profusamente ilustrada (cerca de meia centena de fotos). Chegou às mãos dos nossos editores, em suporte digital, através do Luís Nascimento, que vive em Viseu, e que também nos facultou um exemplar em papel, para consulta.

Temos a devida autorização do editor e autores para dar a  conhecer, a um público mais vasto de amigos e camaradas da Guiné, as peripécias por que passou o pessoal da CCAÇ 2533, companhia independente que esteve sediada em Canjambari e Farim, região do Oio, ao serviço do BCAÇ 2879, o batalhão dos Cobras (Farim, 1969/71).

O primeirop poste desta série é de 16/4/2014. As primeras 25 páginas são do comandante da companhia, o cap inf Sidónio Ribeiro da Silva, hoje cor ref. Tanto esta companhia como a minha CCAÇ 2590  (mais tarde CCAÇ 12) viajaram, juntas no mesmo T/T, o Niassa, em 24 de maio de 1969, e regressaram juntas, a 17 de março de 1971, no T/T Uíge!... Temos, pois, aí uma fantástica coincidência!..

Hoje reproduz-se o texto da autoria do ex-1ºcabo ap mort Victor Manuel Pereira Borges, cantineiro e apontador do morteiro 81 (pp. 103-106). Julgamos que as fotos também sejam dele. Recorde-se que a CCAÇ 2533 teve 3 baixas mortais, uma delas a do alf mil António da Fonseca Ambrósio, morto em combate, no corredor de Lamel, em 21/12/1970, e que é aqui evocado no texto a seguir.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Guiné 63/74 - P14717: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXXI: um data para recordar, o dia 1 de abril de 1970, dia das mentiras... (Armando Costa Tavares, fur mil at inf, 3º pelotão)


Continuação da publicação das "histórias da CCAÇ 2533", a partir do documento editado pelo ex-1º cabo quarteleiro, Joaquim Lessa, e impresso na Tipografia Lessa, na Maia (115 pp. + 30 pp, inumeradas, de fotografias). (*)

Gostamos de recordar (e agradecer o envio de) esta brochura, com cerca de 6 dezenas de curtas histórias, de uma a duas páginas, e profusamente ilustrada (cerca de meia centena de fotos). Chegou às mãos dos nossos editores, em suporte digital, através do Luís Nascimento, que vive em Viseu, e que também nos facultou um exemplar em papel. para consulta.

Hoje reproduz-se um texto da autoria do ex-fur mil at inf, Armando Costa Tavares, do 3º pelotão : uma data para recordar, o dia 1 de abril de 1970, dia das mentiras (pp.99/100).  Recorde-se, para melhor seentender a história,  que o comandnate da CCAÇ 2533, era o cap inf Sidónio Martins Ribeiro da Silva (hoje cor inf ref).



Guiné > Região do Oio > Canjambari > CCAÇ 2533 (1969/71) > Uma saída para o mato, em operações... O melhor era o regresso, "sãos e salvos", se possível já não a pé, mas à boleia, no transporte da "carreira Lar, doce lar",,, (Foto inserida no livro, s/a, s/d).







In Histórias da CCAÇ 2533. Edição de Joaquim Lessa, tipografia Lessa, Maia, s/d, pp. 99/100.

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Nota do editor:

Último poste da série > 18 DE MAIO DE 2015 > Guiné 63/74 - P14631: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXX: (i) 'fogo amigo' em dia de sexta-feira treze; e (ii) perdido na selva...por uma hora! (Timóteo Rosa, alf mil, 4º Gr Comb)

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14631: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXX: (i) 'fogo amigo' em dia de sexta-feira treze; e (ii) perdido na selva...por uma hora! (Timóteo Rosa, alf mil, 4º Gr Comb)

1. Continuação da publicação das "histórias da CCAÇ 2533", a partir do documento editado pelo ex-1º cabo quarteleiro, Joaquim Lessa, e impresso na Tipografia Lessa, na Maia (115 pp. + 30 pp, inumeradas, de fotografias). (*)

Hoje reproduz-se mais dois textos  da autoria do ex-alf mil Timóteo Rosa, do 4º pelotão : (i)  sexta-feira 13  (p, 96); e (ii)  perdido na selva (p. 98)...

Recorde-se que a brochura, com cerca de 6 dezenas de curtas histórias, de uma a duas páginas, e profusamente ilustrada (cerca de meia centena de fotos), chegou às mãos dos nossos editores, em suporte digital, através do Luís Nascimento, que vive em Viseu, e que também nos facultou um exemplar em papel. para consulta. 

Até ao momento, e com muita pena nossa, o Luís Nascimento é o único representante da CCAÇ 2533, na nossa Tabanca Grande, apesar dos convites, públicos, que temos feito aos autores cujas histórias vamos publicando.

Temos autorização dos responsáveis pela edição e pelos autores para dar a conhecer, a um público mais vasto de amigos e camaradas da Guiné, as aventuras e as desventuras vividas pelo pessoal da CCAÇ 2533, companhia independente que esteve sediada em Canjambari e Farim, região do Oio, ao serviço do BCAÇ 2879, o batalhão dos Cobras (Farim, 1969/71). 

O primeiro excerto destas histórias foi publicado em 16 de abril de 2014, com um texto do ex-comandante da companhia, o cap inf Silvino R. Silva, hoje cor ref. 

É oportuno recordar que vão fazer 46 anos, em 24 de maio de 2015, que partimos juntos para a Guiné, no T/T Niassa, a malta da CCAÇ 2590 (futura CCAÇ 12) e os camaradas da CCAÇ 2533, entre outros. Esse facto só o vim a descobrir no nosso blogue, prova de que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!...LG






Alf Iimóteo Rosa, 4º Gr Comb



p.96

p. 97
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Nota do editor:


Último poste da série > 13 de março de 2015 > Guiné 63/74 - P14355: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXIX: Quando falhava o abastecimento, ainda havia o recurso à "bianda com marmelada"...