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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11378: Em busca de ... (221): Camaradas do ex-1.º Cabo Pedro José Gonçalves da 1.ª Secção/3.ª Esquadra do Pelotão de Canhões S/R 1154 (José Martins)

EM BUSCA DE CAMARADAS DE PEDRO JOSÉ GONÇALVES
PELOTÃO DE CANHÕES S/R 1154


1. Mensagem chegada ao nosso Blogue no dia 5 de Abril de 2013, enviada por Vítor Pinheiral, Agente da PSP da Disão da Amadora - Esquadra de Trânsito:

Boa tarde.
Venho por este meio solicitar informação acerca do seguinte:
Na qualidade de Agente da PSP, hoje tive uma ocorrência com um ex-combatente, pertencente ao Pelotão de Canhões sem Recuo 66/68 - Guiné.
A minha questão prende-se com o estado em que encontrei o vosso camarada, o facto de se sentir "perdido" e sem vontade de viver, o gosto e esperança que encontrar os colegas. Perante tal facto, questiono se existe alguma forma de o ajudar!?

Um optimo dia de trabalho!
Com os melhores cumprimentos.
Vitor Pinheiral


2. No mesmo dia o editor de serviço reencaminhou a mensagem ao camarada José Martins, com conhecimento ao Agente Vítor Pinheira:

Caro José Martins
O senhor Agente da PSP, Vítor Pinheiral, fez chegar ao Blogue a situação de um camarada nosso pertencente a um Pelotão de Canhões S/R que esteve na Guiné entre 1966 e 1968.
De acordo com a tua listagem apenas dois Pelotões estiveram lá nesse período, o 1154 e o 1155. Na página do Jorge Santos não há nenhum pedido de contacto destes Pelotões, nem nós temos qualquer referência a eles.
Pergunto-te, já que geograficamente estás mais perto do acontecimento, se poderás fazer alguma pesquisa no sentido de ajudar este nosso camarada.
Eu posso lançar um poste na série "Em busca de..." para ver se aparece alguém que tenha pertencido a algum daqueles Pelotões.

Permita-me senhor Agente Vítor Pinheiral que o cumprimente de modo especial por esta sua iniciativa que poderá ser uma pequeno passo no sentido de ajudar mais um combatente, dos muitos, infelizmente, entregues à sua sorte.
Serviram-se de nós, esqueceram-nos e querem-nos ver mortos, o mais rápido possível, para (tentar) apagar um passado que existiu mesmo e que é parte integrante da História de Portugal. Quer se queira, quer não.
A Guerra Colonial existiu e não foi por os ex-combatentes quererem, foi por causa de uma opção política, discutível como muitas que se tomam hoje em dia.
É meu desejo pessoal que tenha ânimo suficiente para cumprir a sua espinhosa missão em favor da sociedade. Bem haja.

Com os melhores cumprimentos
Carlos Vinhal


3. No dia 6 de Abril obtivemos do nosso camarada José Martins resposta:

Bom dia Carlos
As sub-unidades de nivel inferior a companhia, porque dependentes de um batalhão, normalmente não têm elementos no Arquivo Histórico.
De qualquer forma e como habitualmente, vou iniciar as pesquisas, para ver o que se pode fazer.

Bom fim de semana.
Zé Martins

E para conhecimento esta mensagem envida ao Agente Vítor Pinheiral:

Sr. Agente Vitor Pinheiral
Agradecia, se possível, nos informasse o nome do nosso camarada, para servir de "ancora" nas pesquisa que irei fazer, assim que possível, nas histórias das unidades, no Arquivo Histórico Militar.

Saúdo-o pela iniciativa que teve em nos transmitir o seu sentir perante o quadro que nos apresentou.

Renovo o agradecimento, já feito pelo camarada de armas Carlos Vinhal, e espero que se consiga encontrar, brevemente, uma solução para este (s) caso(s).

Melhores cumprimentos
José Martins


4. Trabalho elaborado pelo nosso camarada José Martins a propósito deste assunto:

Boa tarde.
Venho por este meio solicitar informação acerca do seguinte:
Na qualidade de Agente da PSP, hoje tive uma ocorrência com um ex-combatente, pertencente ao Pelotão de Canhões sem Recuo 66/68 - Guiné.

A minha questão prende-se com o estado em que encontrei o vosso camarada, o facto de se sentir "perdido" e sem vontade de viver, o gosto e esperança de encontrar os colegas.

Perante tal facto, questiono se existe alguma forma de o ajudar!?

Um óptimo dia de trabalho!
Com os melhores cumprimentos.

Vitor Pinheiral
Agente nº 7612/151759
PSP - Divisão da Amadora


Este mail foi recebido pelo editor da Tabanca Grande Carlos Vinhal que, de imediato, não só agradeceu o alerta do Agente da PSP, como nos enviou o mesmo para procurarmos saber de quem se trata.

Já sabemos de quem se trata. É o nosso camarada PEDRO JOSÉ GONÇALVES, nascido em 29 de Junho de 1944, a quem foi atribuído o NM 06046965.

Não dispomos de mais elementos sobre este nosso camarada, além dos que nos foram revelados pelo Agente Pinheiral.
Esperamos que este texto chegue ao conhecimento dos seus camaradas de pelotão, ou de qualquer unidade que com ele tenha contactado, ou ainda de qualquer instituição ou a própria autarquia, no sentido de se pensar e tentar encontrar apoio que traga de novo a “vontade de viver” deste nosso camarada.

Será que este apelo vai ser atendido?

Vista aérea de Cufar
Foto: © Jorge Simão (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.

História do Pelotão de Canhões sem Recuo nº 1154

Esta subunidade foi constituída no Regimento de Infantaria nº 2 em Abrantes, com destino a prestar a sua comissão de serviço no Comando Territorial Independente da Guiné.
Embarca cerca das 16H30 do dia 10 de Setembro de 1966, no “Rita Maria”, tendo desembarcado em 20 de Setembro.
Foi deslocada para Cufar, no Sector “S3”, onde chegou em 1 de Outubro de 1966, para efectuar o Treino Operacional sob a orientação da Companhia de Caçadores nº 763, no período de 2 a 18 de Outubro de 1966, que consistiu patrulhamentos apeados e em meios auto, nomeadamente entre Cufar e Catió, assim como a tabancas do sector. A sua acção, apesar de ser uma Pequena Unidade de Armas Pesadas efectuava, além do serviço respeitante à sua especialidade, serviço de reforço às unidades em operação, como atiradores.

Do que consta da história da unidade (cota 2/4/70/10, do Arquivo Histórico Militar), e tendo em conta que o mês de Abril de 1968 não menciona qualquer actividade operacional, pode resumir-se a sua actividade operacional a:

a) Reforço do aquartelamento de Bedanda, onde se encontrava a 4ª Companhia de Caçadores Indígenas, até 31 de Março de 1967, tendo alterado a sua designação para Companhia de Caçadores n º 6, em 1 de Abril de 1967, com uma esquadra, que rodava mensalmente, desde Julho de 1967;

b) Ano de 1966:
23 Patrulhamentos
18 Segurança a itinerários
02 Operações;

c) Ano de 1967:
69 Patrulhamentos
77 Segurança a itinerários
13 Operações;

d) Ano de 1968:
14 Patrulhamentos
16 Segurança a itinerários
02 Operações;

O Pelotão de Canhões sem Recuo nº 1154, apoiou em actividades operacionais as seguintes subunidades:

* Companhia de Cavalaria nºs 1484 (Regimento de Cavalaria nº 7, Lisboa) e 1615, 1616, e 1617 (Regimento de Cavalaria nº 3, Estremoz);

* Companhias de Caçadores nº763 (Regimento de Infantaria nº 1, Amadora), 1621 e 1624 (Regimento de Infantaria nº 2, Abrantes), e 4 e 6 (CTIGuiné);

* Companhia de Artilharia nº 1687 (Regimento de Artilharia Pesada nº 2, Vila Nova de Gaia).

Durante o tempo em que prestou serviço no CTIGuiné, dependeu organicamente do Batalhão de Artilharia nº 1914 (Regimento de Artilharia Ligeira nº 1, Lisboa) e Batalhões de Caçadores nºs 1860 (Regimento de Infantaria nº 15, Tomar) e 1912 (Regimento de Infantaria nº 16, Évora).


Elementos que constituíram o Pelotão:

Comandante
Alferes Miliciano de Artilharia Rogério Caetano Fortunato Valério
* Louvado pelo comandante do Batalhão de Artilharia nº 1913, publicado na Ordem de Serviço nº 78 de 1 de Março de 1968.

Esquadra de Comando
1º Cabo Manuel Raul Milho Leon
Soldado Estafeta Miguel de Sousa Pedroso
Soldado Radiotelefonista Higino Serra Cruz
Soldado Condutor Auto António Carlos Ramires da Cruz

1ª Secção - Comando
Furriel Miliciano de Artilharia Jorge Alberto Áspera Moniz
Soldado Estafeta Manuel Pinheiro Monteiro
Soldado Condutor Auto Manuel Ruivo da Silva

1ª Secção – 1ª Esquadra
Soldado Apontador Adérito da Costa Pereira
Soldado Municiador Artur Simões Duarte
Soldado Remuniciador David Correia da Silva
* Louvado pelo comandante da Companhia de Caçadores nº 6, publicado na Ordem de Serviço nº 8 de 25 de Fevereiro de 1968.
Soldado Remuniciador António dos Santos Tente

1ª Secção – 2ª Esquadra
1º Cabo Albino Garcia de Freitas
Soldado Apontador José Manuel da Costa Santos
Soldado Municiador João Batista da Costa
Soldado Remuniciador Manuel da Rocha Barreto
Soldado Remuniciador Augusto António Pinela

1ª Secção – 3ª Esquadra
1º Cabo Pedro José Gonçalves
* Louvado pelo comandante da Companhia de Caçadores nº 6, publicado na Ordem de Serviço nº 8 de 25 de Fevereiro de 1968.
Soldado Apontador David Oliveira e Silva
* Louvado pelo comandante da Companhia de Caçadores nº 6, publicado na Ordem de Serviço nº 8 de 25 de Fevereiro de 1968.
Soldado Municiador Artur Moreira da Costa Abrantes
Soldado Remuniciador Abraão Israel da Silva Conceição
Soldado Remuniciador Fernando da Silva Coelho

2ª Secção – Comando
Furriel Miliciano de Artilharia António Rego Simões Pinto
Soldado Estafeta Antero da Silva Pinto
Soldado Condutor Auto Alberto Francisco Lima Tinoco

2ª Secção – 1ª Esquadra
Soldado Apontador Albino Teixeira da Rocha
* Louvado pelo comandante do Batalhão de Artilharia nº 1913, publicado na Ordem de Serviço nº 52 de 1 de Março de 1968.
Soldado Municiador Anastácio Macedo
Soldado Remuniciador Emilio Conduto Carreira
Soldado Remuniciador Joaquim Coelho Morais

2ª Secção – 2ª Esquadra
1º Cabo Manuel Fernando de Sousa
Soldado Apontador António José Alves
* Ferido em combate
Soldado Municiador António Alberto Batista Neves
* Ferido em combate
Soldado Remuniciador Agostinho da Silva e Sousa
* Ferido em combate
Soldado Remuniciador António José Valente

2ª Secção – 3ª Esquadra
Soldado Apontador Manuel Pinto de Oliveira
Soldado Municiador Gabriel Paulino Vicente Peniche
* Louvado pelo comandante do Batalhão de Artilharia nº 1913, publicado na Ordem de Serviço nº 52 de 1 de Março de 1968.
Soldado Remuniciador António Albino Rodrigues Domingues
Soldado Remuniciador José Pereira Barreiro

Extra Quadro Orgânico
Soldado Apontador Abel Gonçalves da Costa
* Integrado no Pelotão em 2 de Novembro de 1967
* Louvado pelo comandante da Companhia de Caçadores nº 6, publicado na Ordem de Serviço nº 8 de 25 de Fevereiro de 1968.

O Pelotão regressou à metrópole em Junho de 1968, finda a sua comissão.

José Marcelino Martins
11 de Abril de 2013


5. Comentário do editor:

Sem entre os nossos leitores houver quem nos possa fornecer elementos que levem a descobrir algum companheiro do nosso camarada Pedro José Gonçalves, ex-1.º Cabo da 1.ª Secção/3.ª Esquadra do Pelotão de Canhões S/R 1154, façam-nos chegar até nós.


Em tempo:
De acordo com comunicação do nosso camarada José Martins, a Unidade a que perteceu o camarada Pedro José Gonçalves é o Pel Canh S/R 1154 e não 1155 como por engano foi indicado.
Carlos Vinhal
13ABR13
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Nota do editor:

Último poste da série de 2 DE ABRIL DE 2013 > Guiné 63/74 - P11334: Em busca de ... (220): Pessoal do Hospital Militar de Bissau, do tempo do meu pai, 1º cabo enf Vitorino Dores Pereira, HM 241, 1965/67 (João Rodrigo Pereira)