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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Guiné 63/74 - P15240: Inquérito "on line" (5): Resultados provisórios, num total de 117 respostas: parece haver uma sobrerrepresentação dos "spinolistas" (75%), em relação aos "schulzistas" (5%) e aos "bettencourtistas" (5%)... Comentários de José Colaço, Raúl Azevedo, Veríssimo Ferreira e Francisco Galveia

Com-chefe, gen inf Arnaldo Schulz
(1964/68): tem 32 referências no nosso blogue
A. Inquérito "on line", no nosso blogue, iniciado em 9 do corrente e que se prolonga até 15, 5ª feira (*): 


"Dos 3 últimos com-chefes do CTIG, aquele de que tenho melhor opinião é... Arnaldo Schulz (1964/68), António de Spínola (1968/73) ou Bettencourt Rodrigues (1973/74) ?"...


Respostas provisórias (n=117)


1. Arnaldo Schulz (1964/68)  > 7 (5%)



2. António de Spínola (1968/73)  > 88 (75%)




3. Bettencourt Rodrigues (1973/74)  > 7 (5%)


4. Nenhum deles  > 9 (7%)


5. Não sei / não tenho opinião  > 6 (5%)



Respostas recebidas [diretamente, no blogue, "on line",sob a forma de "voto" no canto superior esquerdo]:

117 [até às 19h00 do dia 11/10/2015, domingo]

Dias que restam para responder:

3 [até 15/10/2015, 5ª feira, 15h32]

Com-chefe, gen cav António Spínola (1968/73): 
tem mais de 200 referências no nosso blogue


B. Alguns comentários curtos deixados pelos nossos camaradas que nos leem (*):


José [Botelho] Colaço [ex-sold trms,  CCAÇ 557, Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65]:


(...) Inquérito só aos últimos três governadores,  Shulz, Spínola e Bettencourt? E porque não aos últimos quatro, o comandante Vasco António Martinez Rodrigues,  penso eu,  não pode ser ignorado e sair incólume, pois foi no seu mandato de governador da Guiné 1962/64,  que a guerra da Guiné se "declarou". Bem se sabe que o Vasco Rodrigues, governador geral,  não tinha o tanta responsabilidade a nível militar como os seus sucessores,  devido as chefias militares estarem a cargo de um chefe militar, na altura o brigadeiro Fernando Louro de Sousa,  e segundo se consta deu origem à exoneração de ambos. (...)



Raúl [Manuel Bivar de ] Azevedo [ex-cap mil, 2ª C / BART 6522, Susana, 1972/74]


(...) O meu voto vai para António de Spínola (**), baseado em experiência pessoal, visitou a minha Companhia variadas vezes. Um militar exemplar. (...)


Omis Syrev Ferreira  [, 1º nome escrito ao contrário do Veríssimo Ferreira, é o seu "user name"  no Blogger; ex-Fur Mil, CCAÇ 1422 / BCAÇ 1858, Farim, Mansabá, K3, 1965/67]


Com-chefe, gen inf [José Manuel]
Bettencourt Rodrigues (1973/74):
rem cerca de 3 dezenas de referências 
no nosso blogue


(...) Aquele que conheci e atendeu justos pedidos, que a Secção de Funerais e Registo de Sepulturas fez, foi o Sr Gen. Schulz. Ouviu o que tínhamos para dizer, concordou e nem uma vírgula acrescentou. E foi a partir daí que às famílias dos militares falecidos deixou de ser pedida qualquer contribuição (6 mil escudos) à época. (...) 


Francisco [Monteiro] Galveia [ex-1º cabo cripto, CCAÇ 616 (Empada, 1964/66)9


(...) A minha resposta é 1 - Arnaldo schulz (1964/1966)

Visitou-nos (à CCaç 616) em Empada e Ualada (batizada por nós por Rancho da Ponderosa), onde estava permanentemente um pelotão nosso. Aguém dos presentes lhe disse que
ali tudo era feito a braços, não havendo também lá mulheres... Ele teve
esta expressão: "Então aqui é tudo feito à mão". (...) 

_______________


Notas do editor:




(**) Vd. 11 de outubro de 2015 > Guiné 63/74 - P15236: O Spínola que eu conheci (32): A primeira vez que comi caviar, foi com ele, em Bambadinca (Jaime Machado); um militar que eu admirava (João Alberto Coelho); em Antotinha, formámos o pelotão e batemos-lhe a pala no campo de futebol, em tronco nu: estávamos a jogar à bola, quando chegou de heli (Carlos Sousa)

terça-feira, 28 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11640: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (12): tese de doutoramento em estudos africanos, em curso, sob a orientação do professor e nosso tabanqueiro Eduardo Costa Dias (ISCTE): Lúcia Bayan quer entrevistar camaradas que estiveram no chão felupe e em especial em Suzana



Guiné > Região do Cacheu > Susana > Junho de 1972 > Dia de ronco... dia da morte do comandante do PAIGC, Malan Djata, cuja cabeça foi cortada por elementos da população, felupe, após a sua captura na sequência de um ataque falhado ao aquartelamento de Susana. Segundo esclarecimento, dado pelo Luís Fonseca  "naqueles momentos foi de todo impossível determinar o 'autor' da decapitação". Foi tudo num ápice: um graduado da CCAV 3366 que assistiu à cena não pode fazer para evitar a mutilação (ritual) do cadáver de um inimigo.
Foto (e legenda): © Luís Fonseca (2007). Todos os direitos reservados.


1. Mensagem de Lúcia Bayan, com data de 21 do corrente:

De: Lúcia Bayan
Data: terça-feira, 21 de Maio de 2013,  19:28
Assunto: Pedido de ajuda

Caro Senhor,

Encontro-me a fazer o doutoramento em Estudos Africanos, do ISCTE, sendo orientada pelo prof. Costa Dias. O meu trabalho incide sobre a sociedade felupe. Estou a dar continuidade a um projecto iniciado com o meu mestrado, também em Estudos Africanos no ISCTE e também orientado pelo prof. Costa Dias. Regressei há cerca de um mês da minha terceira ida ao terreno e pretendo regressar no início do próximo ano.

Considero que neste momento já tenho conhecimentos razoáveis desta sociedade, para o que muito contribuiu algumas informações retiradas do seu blogue. No entanto, tenho ainda muitas dúvidas sobre o passado recente deste povo, pelo que gostaria muito de conversar com colegas seus que tenham estado no quartel de Suzana.

Apelo pois para a sua boa vontade para me proporcionar contacto(s) com alguns seus colegas que tenham estado colocados neste quartel e que estejam dispostos em partilhar comigo os seus conhecimentos.

Grata pela atenção, fico à espera ansiosamente da sua resposta.

Os melhores cumprimentos,

Lúcia Bayan
Tel.: 96 135 31 30

2. Comentário de L.G.:

O Prof Eduardo Costa Dias é um velho amigo e companheiro de lides académicas. É, além disso, um grande amigo do povo da Guiné-Bissau e um conhecer profundo dos seus usos e costumes, da sua grande riqueza e diversidade culturais. Honra-nos com a sua presença na Tabanca Grande. Por outro lado, o nosso blogue é (e quer continuar a ser) uma fonte de informação e conhecimento (*) não só para os portugueses como para os guineenses e demais comunidades lusófonas. O pedido de Lúcia Bayan vai ter, por certo, resposta por parte dos nossos generosos e solidários tabanqueiros que passaram pelo chão felupe. Entre eles cito, por ordem
alfabética, e correndo o risco de omitir mais alguém:

(i) Delfim Rodrigues [,ex-1.º cabo aux enf, CCAV 3366 / BCAV 3846, Suzana e Varela, 1971/73]: reside em Coimbra; trabalha (ou trabalhava, não sei se está reformado) em estudos de mercado, na recolha de dados / trabalho de campo;

(ii) Luís Fonseca [, ex-fur mil trms, CCAV 3366 / BCAV 3846, Suzana e Varela, 1971/73]; reside em Vila Nova de Gaia; é um estudioso da sociedade felupe tendo publicado diversos postes na série Cusa di nos terra, sob o subtítulo Suzana, chão felupe, que listamos abaixo (**)

(iii) [Manuel] Domingos Santos [, ex-fur mil, CCAÇ 1684/BCAÇ 1912, Susana e Varela, 1967/69]; está reformado; não temos informação sobre o local de residência;

(iv) Raul [Manuel Bivar de ] Azevedo [, ex.cap mil, 2ª CART / BART 6522, Susana, 1972/74]

(...) Nasceu em 1943, em Faro, é engenheiro electrotécnico (IST), reformado da EDP desde 2008. Ainda há dias nos escreveu dizendo: (...) Prometo enviar memórias de Susana com muito gosto, aliás já tinha feito essa promessa,mas não tive oportunidade.Teria muito interesse em contactar com a doutoranda [Lúcia Bayana] pois poder-lhe -ia ser útil e para mim era um reviver de memórias inesquecíveis. (...)

Vou pôr a nossa doutorando em contacto com estes camaradas que, por certo, irão responder amavelmente às suas perguntas sobre os felupes. Boa sorte à Lúcia Bayan. Um Alfa Bravo (ABraço) para o Costa Dias. Kasumai, para todos/as. LG

PS - Lúcia: Aqui tem 4 contactos. Faça bom uso deles. Transmita as nossas saudações ao seu orientador. E dê-nos notícias de Susana e dos nossos amigos felupes!... Por outro lado, a nossa Tabanca Grande está aberta para si, se a quiser integrar como "amiga da Guiné". Custo de ingresso: 1 foto + 1 história. Kasumai. Luis Graça

_______________

(**) Alguns dos postes do Luís Fonseca sobre a sociedade felupe:

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Guiné 63/74 - P6962: Tabanca Grande (242): Raul Manuel Bivar de Azevedo, ex-Cap Mil (2.ª CART/BART 6522, Susana, 1972/74)

1. Mais um Camarada se apresenta nesta Tabanca Grande, o Raul Manuel Bivar de Azevedo, que foi Cap Mil da 2ª CART do BART 6522, Susana, 1972/74, que na sua primeira mensagem de 7 de Setembro, enviou as fotografias da praxe, e a promessa de que, brevemente, voltará com mais literatura da evolução operacional da sua companhia e da sua comissão.

Embora tardiamente (são quase 24h00), nesta apresentação, reparamos que o Raul Azevedo completa hoje 67 anos, pelo que, em nome do Luís Graça, seus colaboradores e demais Camaradas tertulianios, aproveitamos esta oportunidade para lhe desejar os maiores votos de longevidade e felicidade, e que esta data se prolongue por muitos e prósperos anos junto da sua querida família e amigos.

Camaradas,
Conforme prometido, no meu e-mail de 31 Julho ao Luís Graça, e como introdução ao meu primeiro contributo ao blogue, passo a descrever sinteticamente alguns dados pessoais e as etapas da minha experiência militar:

Nome: Raul Manuel Bivar de AzevedoNascido em: 09.09.1943
Naturalidade: Faro
Profissão: Engenheiro Electrotécnico (IST), reformado da EDP desde 2008Estado Civil: Casado/4 filhos
Morada: Lisboa

- Incorporação em Julho de 1971,na Escola Prática de Infantaria em Mafra.

- No final do 1º ciclo de instrução fui seleccionado para o CCC (Curso de Comandante de Companhia).

- 2º Ciclo de instrução já integrado no CCC.

- Terminado o 2º ciclo fui destacado para Angola (Dez.71) para estágio operacional, integrado na Cart 3374 sediada no Bom Jesus do Úcua. O estágio durou 4 meses e durante esse período participei em variadas operações, na zona operacional (Dembos). A actividade operacional era intensa e de considerável desgaste físico.

- Terminado o estágio em Angola regressei a Mafra (EPI), para frequentar a parte teórica do CCC já graduado em Tenente Miliciano e que durou cerca de 2 meses.

- Terminado o CCC, fui destacado para o RAL 5, em Penafiel, para dar inicio á formação da 2ª Cart do Bart 6522 com destino à Guiné.

- Formada a Companhia, embarcámos no navio Uíge com destino a Bissau.

- Em Bolama fizemos o IAO durante um mês, com estreia de flagelação no dia da chegada.

- Terminado o IAO, foi destinada à 2ª CART 6522 a zona operacional de Susana no famoso CHÃO FELUPE, rendendo a CCAV 3366.

- Para além da Companhia, tinha o comando do Pelotão de Caçadores Nativos (Pelotão 60), uma Companhia de Milícias Nativos e população armada nas 23 tabancas da área de Susana, com cerca de 1.000 armas (G3 e Mauser) distribuídas.

- Regressámos a Lisboa em Setembro de 1974,após uma parte final, dos 22 meses de comissão, vivida com muita psicologia e equilíbrio, factores que caldearam uma passagem de soberania local emocionada mas serena (arrear definitivamente a Bandeira Portuguesa ao fim de 500 anos é emocionalmente forte). Os variados encontros com os representantes do PAIGC decorreram sempre em clima de respeito mútuo (anexo fotos de encontros com o PAIGC, que em tempo cedi para o livro "Os anos da guerra" do escritor João de Melo).

Tenho muitos relatos e fotos para transmitir e prometo fazê-lo a pouco e pouco e com muito gosto, pois considero importante a memória colectiva que este blogue corporiza. A vivência na área de Susana foi intensa e enriquecedora, pois além da responsabilidade militar e a de apoio humanitário e social à população (cerca de 8.000 Felupes) tinha a escolar e a civil, conforme determinação do Comando Chefe de Bissau.

O Chão Felupe e os Felupes estão e permanecerão para sempre no meu coração como um povo com características nobres, como a coragem, lealdade e amizade, para além de todo o seu património histórico que se perde na noite dos tempos e que desde logo me interessei e que continuo enriquecendo pesquisando a sua história (Djolas, descendentes do antigo império do Mali).

Voltei á Guiné-Bissau em 1997 numa expedição terrestre Portimão - Buba (24 dias de aventura e deslumbramento!). Entrei na Guiné pela fronteira de S. Domingos e feita a picada cheguei a Susana já de noite. Pouco tempo depois estava abraçando um grande amigo e antigo camarada de armas o Cabo Agostinho (Felupe do Pel. 60, meu braço direito local e que me acompanhou sempre durante toda a comissão) e ao qual muito devo do saber e experiência operacional, humana e do conhecimento do mundo Felupe.

Foi um reencontro histórico, carregado de emoção e que jamais esquecerei. Não decorreu muito tempo e vários antigos componentes do Pel. 60 foram aparecendo e todos festejámos o reencontro. Em foto anexa é relatado esse encontro feito por um companheiro da expedição.

A seu tempo relatarei com muito prazer, como antes disse, as minhas memórias na “Felupolândia”, que são muitas, variadas e carregadas de sincero conteúdo humano.

Todos os anos o BART 6522 reúne-se em convívio, sempre em ambiente de alegria e amizade e recordamos as peripécias vividas.

Aproveito para enviar um grande abraço ao António Oliveira Inverno (que comandou o 1º grupo de combate da 2ª CART 6522) e ao Sérgio Faria que comandou a 3ªCART 6522 e que pelo que já constatei entraram na Tabanca Grande.

Por hoje termino.
Até breve, grande abraço e mais uma vez parabéns por esta vossa iniciativa altamente meritória.

Ao modo Felupe… KASSUMAI KAP.



Susana>1974>Com um ancião Felupe

Susana>1974>Encontro com o PAIGC

Susana>1974>Encontro com o PAIGC

Susana>1997>Com alguns elementos do PEL 60, aquando da expedição Portimão - Buba
Reportagem relativa à expedição Portimão - Buba

2. De acordo com o que o Raul Azevedo disse no seu texto, entre a Tertúlia Bloguista encontram-se mais alguns Camaradas do seu batalhão:
- o Ricardo Pereira de Sousa, que foi Alf Mil Op Esp/RANGER da 3ª CART do BART 6522, Sedengal, 1972/74, que nos enviou a sua primeira mensagem em 31 de Agosto. Esteve no CIOE, no 2º turno de 1972;
- o nosso Camarada António Inverno, que também foi Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª e 2.ª CARTs do BART 6522 e Pel Caç Nat 60 – S. Domingos -, 1972/74. Esteve no CIOE também no 2º turno de 1972;
- No poste P6004 encontra-se informação sobre o Cap Mil Inf Sérgio Matos Marinho de Faria, de quem, do mesmo modo, o António Inverno é amigo pessoal e que foi o comandante da 3.ª Companhia do BART 6522/72, mobilizada pelo RAL 5 (partiu para a Guiné em 7/12/1972 e regressou à Metrópole em 3/9/1974 - Ingoré e Sedengal, na região do Cacheu, a leste de Farim).

3. Amigo e Camarada Raul Manuel Bivar de Azevedo, cumprindo a praxe, em nome do Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Briote e demais tertulianos deste blogue, te digo aqui que é sempre com alegria que recebemos notícias de mais um Camarada-de-armas, especialmente, se o mesmo andou fardado por terras da Guiné, entre 1962 e 1974, tenha ele estado no malfadado “ar condicionado” de Bissau, ou no mais recôndito e “confortável” bura… ko de uma bolanha.
Tal como o Luís Graça já referiu inúmeras vezes, em anteriores textos colocados ao longo de perto de sete mil postes no blogue, que todos aqueles que constituíram a geração dos “Últimos Guerreiros do Império”, têm alguma coisa a contar da sua passagem da Guerra do Ultramar, que permaneça para memória futura e colectiva, deste violento e sangrento período da História de Portugal, de que nós fomos protagonistas no terreno, em alguns casos só Deus sabe em que condições o fomos.Foram 12 anos de manutenção de um legado histórico que muitos ignoram e, ou, ostracizam por motivos diversos (cerca de 500 anos de permanência), à custa de muito sacrifício, privação de toda a ordem, dor, sangue, sofrimento, morte… que envolveu a movimentação de mais de meio milhão de portugueses em armas.
Como se não tivesse bastado, muitos de nós continuam a sofrer, pelo menos psicologicamente, nos últimos 36 anos com o modo ostracista e laxista como os políticos portugueses nos tratam.
Nós que, nos nossos 21/22/23 anos, demos o nosso melhor, como podíamos e sabíamos, muitas vezes mal treinados e armados, sabe Deus como alimentados e enfiados em autênticos buracos, construídos no lodo, embebidos em pó, lama, suor, mosquitos, etc., completamente hostis e perigosíssimos, sob vários aspectos, onde, além dos combates com o IN, enfrentávamos as traiçoeiras minas e armadilhas, as doenças a apoquentar-nos (paludismos, disenterias, micoses, etc.) e as nossas naturais angústias e temores, próprios das nossas tenras idades.
Nós até nem temos pedido muito, além de respeito e dignidade, que todos nós merecemos pelo que demos a esta Pátria, queríamos, e continuamos a querer, no mínimo, que os nossos doentes, física e psicologicamente, sejam tratados condigna e adequadamente, e o tratamento e acompanhamento dos mais carenciados e abandonados pela desgraçada “sorte” da vida.
Oferecendo-te então aqui as nossas melhores boas-vindas e ficamos a aguardar que nos contes episódios da tua estadia na Guiné, que ainda recordes (dos locais, das pessoas, seus hábitos e costumes, dos combates, dos convívios, etc.) e, se tiveres mais fotografias daquele tempo, que nos as envies, para as publicarmos.
Recebe pois, para já, o nosso virtual abraço colectivo de boas vindas.
Emblema de colecção: © Carlos Coutinho (2010). Direitos reservados.
Fotos: © Ricardo Pereira de Sousa (2010). Direitos reservados.
 ____________
 

Nota de M.R.:
Vd. último poste desta série em:
2 de Setembro de 2010 >
Guiné 63/74 - P6925: Tabanca Grande (241): Ricardo Pereira de Sousa, ex-Alf Mil Op Esp/RANGER (3ª CART do BART 6522 – Sedengal -, 1972/74)