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terça-feira, 2 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17305: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (13): o evento, aos olhos de um 'camarada angolano', o Manuel 'Kambuta' Lopes, da Tabanca do Centro


Foto nº 1 > Fachada do Palace Hotel Monte Real, obra dos arquitectos Korrid, pai, Ernesto Korrodi (1870-1944), e filho. Korrodi tem vasta obra espalhada pelo país, e em especial na região de Leiria, sendo um dos paladinos da "arte nova" em Portugal. O hotel e as termas de Monte Real conheceram a sua idade do ouro sob a liderança do proprietário, industrial, escritor e político leiriense Olímpio Duarte Alves (, pai no nosso camarigo Joaquim Mexia Alves).



Foto nº 2  > O Manuel Lopes (ou Manuel Kambuta Lopes), em primeiro plano, à esquerda,  a "indicar a picada" até à majestosa escadaria do hotel onde o pessoal tirou a "foto de família"



Foto nº 3  > À esquerda é o Luís Lopes Jorge, presença regular na Tabanca do Centro, que durante o almoço teve uma animada conversa com o Virgínio Briote. Ao centro o casal Armando Nunes Carvalho e Maria Deolinda, e à direita Joaquim Mexia Alves.


Foto nº 4 >  Da direita para a esquerda: Joaquim Mexia Alves, JERO, Carlos Vinhal e Miguel Pessoa


Foto nº 5 >  Da  esquerda para a  direita: Joaquim Mexia Alves, Carlos Vinhal, José Fernando Delgado Mendonça e Jorge Ferreira (, estes dois últimos "periquitos" nestas andanças; e os dois primeiros. membros da comissão organizadora do encontro).


Foto nº 6 >  O pessoal em amena conversa, à entrada do hotel 


Foto nº 7 >  As nossas "caras metade"...  Sempre, sempre ao lado dos seus bravos... Já mereciam uma estátua em Monte Real, ao fim destes anos todos...


Foto nº 8 > Cinco membros da Tabanca Grande: da esquerda para a direita, Francisco Silva, Manuel Joaquim, Dina Vinhal, Carlos Vinhal e "alfero Cabral"


Foto nº 9 > Uma luzidia representação das gentes do Norte: Isolino Gomes, Joaquim Carlos Peixoto, Jorge Peixoto, Ricardo Figueiredo, José Ferreira da Silva, José Manuel Lopes e José Manuel Cancela


Foto nº 10 > Da esquerda para a direita, JERO ("o último monge de Alcobaça"),  o Jorge Rosales ("régulo" da Tabanca da Linha) e o Rui Pedro Silva, membro nº 666 da nossa Tabanca Grande, desde 12/9/2014, ex-alf mil, CCAÇ 3347 (Angola, 1971), ex-ten mil, BCAÇ 3840 (Angola, 1971/72), e ex- cap mil, CCAV 8352 (Guiné, Caboxanque, 1972/74).


Foto nº 11 > Com a praia da Vieira ali perto, não podiam faltar os tradicionais "jaquinzinhos" (à revelia da ASAE e dos "euroburocratas" de Bruxelas que "mandam" na nossa terra...)... Mas estes, podemos, garantir tinham as "medidas legais"...


Foto nº 12 > , Monte Real > Palace Hotel Monte Real > XII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 29 de abril de 2017

Fotos: © Manuel Lopes  (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
 

1. O Manuel Lopes (também conhecido por Manuel Kambuta dos Dembos ou Manuel  Kambuta Lopes) é membro da Tabanca do Centro. 

Colabora na revista Karas de Monte Real (de que é editor o Miguel Pessoa)  e no blogue da Tabanca do Centro. É uma figura muito popular entre os camarigos do Centro, vive em Monte Real, e foi combatente em Angola.

Participou no nosso XII Encontro Nacional, ele e a esposa Hortense (foto à esquerda, cortesia da Karas, nº 10, janeiro de 2017), e estava manifestamente radiante por nos fazer companhia. Através do Miguel Pessoa, fez-nos chegar umas três dezenas de fotos de que selecionámos esta dúzia. Para ele e para a Hortense (na foto nº 7, a falar com a Giselda) vai o nosso abraço camarigo,
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terça-feira, 19 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15989: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (9): Fotos de Manuel Resende - Parte II


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Duas famílias com direito a mesa reservada: o António Santos (à esquerda, 6 pessoas) (Caneças / Odivelas) e o António Osório (à direita, 3 pessoas) (Vila Nova de Gaia)...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Outra família, a do Belarmino Sardinha, com a Antonieta, a Ana e o Pedro (que não aparece na foto) (Odivelas)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Um grupo de peso, todos "mouros" e ligados à Tabanca da Linha (com exceção do Paulo): da direita para a esquerda. o José Rodrigues (Belas / Sintra), o Zé Manuel Matos Dinis (Cascais), Paulo Santiago  (Aguada de Cima / Águeda), o Armando Pires (Algés  / Oeiras) e o Manuel Joaquim (Lisboa).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Damas (Luisa e Alice) e cavalheiro (Zé Manuel Matos Dinis)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > De que é que se estará aqui a falar ? Do Xime e da CART 3494... Tó Zé Pereira da Costa e Jorge Araújo...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O Francisco Batista e o Hélder Sousa (de luto, pela morte de um cunhado)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Dois antigos membros da CCAÇ 12, mas as respetivas "bajudas": o Sucena Rodrigues e o António Duarte...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  O António Faneco (Montijo) e o Victor Tavares (Recardães / Águeda)...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Malta de Leiria, pertencentes à Tabanca do Centro: ao meio o Agostinho Gaspar


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O Rui Pedro Silva (Lisboa) e Manuel Augusto Reis (


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O C. Martins (Penamacor) e o Mário Gaspar (Lisboa), falando inevitavelmente de Gadamael...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O José Barros Rocha (Penafiel) e o Rogé Guerreiro (Cascais).

Fotos: © Manuel Resende  (2016). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:

Vd.postes anteriores:

18 de abril de 2016 > Guiné 63/74 - P15986: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (10): Foto de Jorge Canhão (ex-fur mil at inf, 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74).

18 de abril de  2016 > Guiné 63/74 - P15984: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (9): Fotos de Manuel Resende - Parte I

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Guiné 63/74 - P15754: Fotos à procura de... uma legenda (71): Spínola e Costa Gomes no Cantanhez: fotos do livro de José Moura Calheiros, "A última missão" (1ª ed., Porto: Caminhos Romanos, 2010) (Rui Pedro Silva, ex-cap mil, CCV 8352, Caboxanque, 1972/74)


Foto nº 1 (p. 351)


Foto nº 2 (p. 336)



Fotp nº 3 (p. 337)


Três Fotos do livro de Jose Moura Calheiros [, 2º cmdt do BCP 12, Guiné, 1972/74, na altura major, hoje cor pára, reformado], "A Última Missão", 1ª ed. (Porto: Caminhos Romanos, 2010, 638 pp.). Digitalizadas por Rui Pedro Silva e reproduzidas aqui, com a devida vénia ao autor e editora.

Fotos: © José Moura Calheiros (2010). Todos os direitos reservados. [Edição: Rui Pedro Silva / LG]


1. Mensagem de ontem, do Rui Pedro Silva, membro da nossa Tabanca Grande, ex-alf mil, CCAÇ 3347 (Angola, 1971), ex-ten mil, BCAÇ 3840 (Angola, 1971/72), e ex- cap mil, CCAV 8352 (Guiné, Caboxanque, 1972/74): 


Olá, Luís: O prometido é devido. (*)

Junto envio três digitalizações de fotos do livro do cor pára ref Moura Calheiros. Mantive a legenda que acompanhava, no livro, cada uma das fotos.

Em duas das fotos ]nºs e 3] estão homens grandes da zona com o cap paraquedista Terras Marques [, cmdt da CCP 122 / BCP 12].

Numa das fotos de pé e de boina o cap Carvalho Bicho [, comandante da CCaç 4541/72, sediada em Caboxanque]. [Foto nº 3].

Estas reuniões eram frequentes e tanto aconteciam em Caboxanque como nas povoações da zona, umas mais orientadas para a acção psicossocial outras orientadas para obtenção de informações com algum valor operacional.

Na outra foto [n.º 1] veem-se os generais Costa Gomes e Spínola, o tenente-coronel Araújo e Sá, atrás do alferes que se encontra em primeiro plano e de costas o cap Carvalho Bicho e atrás do gen Spínola e entre este e o tenente coronel Araújo e Sá [, cdmt do BCP 12,] estou eu.

Um abraço, Rui




Capa do livro de José Moura Calheiros,  "A Última Missão" (Porto, Caminhos Romanos,
2ª edição, 2011). A 1ª edição de 2010.



2. Mail enviado ao Rui, a 13 do corrente:

Rui: Não tenho aqui o livro do Moura Calheiros, tenho-o no meu gabinete... Digitaliza-me essa foto,  onde tu apareces com o Costa Gomes e o Spínola, o José Moura Calheiros já me autorizou a reproduzir a parte do seu livro relativa à Guiné... Só tenho a 1ª edição (2010). Ele disse-me  que saiu,. em 2011, uma 2ª edição, revista e aumentada.

Fico feliz por teres dado "sinais de vida"!... Completa então a legenda desta e da outra foto (*)...

Um abraço fraterno... Luís

PS - Encontramo-nos em Monte Real, em 16 de abril ? Temos o XI Encontro Nacional da Tabanca Grande... A rapaziada está a ir-se abaixo das canetas, que a vida é uma picada cheia de minas e armadilhas...Como informático, preciso do teu bom conselho sobre este património riquíssimo, o blogue, que é de todos nós... Faço cópias de segurança, regularmente, mas o nosso servidor é o Blogger da Google, uma das mais poderosas e influentes megaempresas do mundo...

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Nota do editor:

(*) Vd. poste de 13 de fevereiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15743: Fotos à procura de... uma legenda (70): Spínola e Costa Gomes em Caboxanque, com o Cap Cav Carvalho Bicho, outros oficiais, um milícia e o chefe da tabanca (Rui Pedro Silva, ex- cap mil, CCAV 8352, Caboxanque, Cantanhez, região de Tombali, 1972/74)

terça-feira, 7 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14441: (Ex)citações (270): Não confundir a CART 6250/72 (Mampatá, 1972/74) com a CART 6250/73, comandada pelo cap art António Ferreira da Silva (Cumeré, Caboxanque e Ilondé, maio/out 1974) (Luís Eiras / Rui Pedro Silva / Carlos Coutinho)

1. Mensagem do Luís Leiras (ex-alf mil art, CART 6250/73, Cumeré, Caboxanque e Ilondé, mai/ou 1974) (*):

Caros camaradas,

Estive na Guiné e regressei, fez no passado 16 de outubro 40 anos, apesar disso, todos os factos desse tempo estão perfeitamente vivos na minha memória.

O que referi, está perfeitamente correto, todas as considerações tecidas á volta do tema CART 6250/73 são alheias à minha comunicação.

O crachá da CART 6250 a que pertenci pode ser visualizado em http://carloscoutinho.terraweb.biz/Guine_Paginas/CTIG_Artilharia_Companhias.htm que, como podem ver, é diferente daquele que alguém juntou à minha informação e que pertence a outra Companhia, a 6250/72.

A [CART] 6250/73 era comandada pelo Capitão Ferreira da Silva, tinha como Alferes o Saraiva, o Coentre, eu próprio, os três da Arma de Artilharia e o Alferes Pinho, dos Comandos.

Com esta informação espero poder acalmar o "ruído" á volta deste tema e esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto.

Cumprimentos

Luís Eiras

2. Comentário de Rui Pedro Silva (*)

2.1. Camaradas

Confirmo que a Cart 6250/73, comandada pelo cap art António Ferreira da Silva , substituiu, em Caboxanque, em Maio de 1974, a CCav 8352, que eu comandava. A sobreposição teve uma curta duração. Um mês depois do 25 de Abril fomos supreendidos com a nossa rendição e a colocação no Combis,  num processo muito rápido e relativamente ao qual o pessoal da Cart manifestava algum descontentamento e incompreensão. Para não tornar o comentário muito extenso reservo para um futuro poste o relato desta rendição

Um abraço, Rui Pedro Silva

2.2. Camaradas

Chamo a vossa atenção e muito especialmente ao Luis Eiras para este post datado de 10/09/2009 do operador cripto Mascarenhas. Transcrevo o poste:

CART 6250/73 - GUINÉ

Em serviço na Guiné de Absril a Outubro de 1974, com passagem pelo Cumeré, Caboxanque e Ilondé, o objectivo é de reunir os camaradas da companhia para organizar convívio de confraternização.

Contactar o Operador Cripto Mascarenhas - 96 552 46 27

Um abraço

Rui Pedro Silva

3. Comentários de Carlos Coutinho (*)

3.1. Caros camaradas.

Talvez seja do vosso conhecimento, mas tenho um enorme espólio de Guiões e Distintivos do Ultramar. Não estive na Guiné, mas em Angola, mas isso não obsta que não siga o vosso Blog, quase diariamente. Há a CART 6250 de 72 e a CART 6250 de 73, cujos distintivos são totalmente diferentes. (Há mais unidades com o mesmo Némero, só mudando a data de incorporação ).

Creio que o mal entendido reside aqui. Digam-me como enviar as imagens das 2 Companhias. O distintivo mostrado é da CART6250/72, é em metal pintado, o da CART 6250/73, é mais ou menos oval, tem a legenda GUINÉ no topo, em baixo CART6250 e no meio a granada da Artilharia, é em aluminio.

Atenciosamente,  Carlos Coutinho

3.2. Dou como exemplo de Unidades que após deixaram de ter numeração sequencial, na Guiné:

Bart 6520/72 e 6520/73
Bart 6521/72 e 65221/74
Cart 6251/72 e CART 6251/73.

Há mais uma Unidadee de Caçadores e outra de Cavalaria, há em Angola e também em Moçambique. Isto deve-se que a partir de, mais ou menos de 1970,  a numeração das unidades deixou de ser sequencial, e passou a ter o ano de incorporação adstrito para se diferenciarem. Já havia unidades com o numero 9900 e tal. Se falarem com o camarada Marcelino ele poderá esclarecer estas questões pois também esta a par das listas de Unidades do Ultramar.

4. Comentário do editor L.G.:

Camarada Luís Eiras, obrigado pelos teus esclarecimentos... Estive fora de Lisboa, nas miniférias da Páscoa, e acabei, por sem querer, alimentar a confusão à volta da CART 6250/73... Devia ter pesquisado melhor o assunto, mas não tinha tempo nem acesso à Net. Aqui fica o teu esclarecimento e o meu pedido de desculpas Agradeço igualmente o contributo de outros camaradas como o Rui Pedro Silva e o Carlos Coutinho (*).

Entretanto, diz-nos se sempre pensas vir ao nosso X Encontro Nacional, em Monte Real, no próximo dia 18. O prazo para as inscrições termina na sexta-feira, dia 10. Vai lá estar malta que passou por Caboxanque como o ex-cap mil Rui Pedro Silva, da companhia que vocês foram render, a CCAV 8352.

Um abraço. Luis
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Notas do editor:

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14080: O meu Natal no mato (42): 1971, em Zemba (Angola); 1972, em Caboxanque; 1973, em Cadique (Rui Pedro Silva, ex- cap mil, CCAV 8352, Cantanhez, 1972/74)

Foto nº 1 > Angola, Zemba – Dezembro 1971 - Jantar dos soldados do batalhão

Foto nº 2 > Angola, Zemba – Dezembro 1971 - almoço com Gen Costa Gomes, aqui de costas

Foto nº 3 > Angola, Zemba – Dezembro 1971 - Visita do Gen. Costa Gomes. Em primeiro plano o oficial de dia que agora vos relata este natal.

Foto nº 4 A

Foto nº 4 B

 Foto nº 4 > Angola, Zemba > Dezembro de 1971 > Almoço com o Gen. Costa Gomes.
Aqui estou de costas e em primeiro plano (foto nº 4 A) com a braçadeira da ordem.

Foto nº 5 > Guiné < região de Tombalia < Cantanhez > Caboxanque – Dezembro 1972 - Gen Spínola no perímetro defensivo nos primeiros dias da operação.

Foto nº 5 A > Spínola, de costas e pingalim

Foto nº 6


Foto nº  6A - Guiné > Região de Tombali > Cantanhez > Caboxanque >  Dezembro de 1972 - A minha primeira visão de Caboxanque. Futura placa dos helicópteros e campo de futebol.


Foto nº 7 > Guiné > Região de Tombali > Cantanhez > Caboxanque > Dezembro de 1972 - A “messe” de oficiais  e também a minha primeira “secretária” . Da esquerda  para a direita Alf Pratas e Sousa, Furriel Urbano,  Alf Nobre Almeida e Alf Santos. Ao fundo as tendas  que nos “abrigaram” durante os primeiros meses.  O Alf Duarte deveria estar numa operação.  No centro da mesa o “remédio” para alguns males de  que íamos padecendo por lá.

Foto nº 8 > Guiné > Regiãod e Tombali > Cantanhez > Caboxanque – Dezembro de 1972 – Distribuição da refeição pelos grupos de combate, secção por secção. O primeiro da fila a organizar a distribuição é o Alf Duarte.

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Caboxanque > Perímetro defensivo, em esquema  aproximado, sobre imagem actual, do Google Earth (com a devida venia...)

Fotos (e legendas): © Rui Pedro Silva (2014). Todos os direitos reservados [Edição: LG]


Guiné > Região de Tombali > Carta de Bedanda (1961) > Escala de 1/50 mil > Posição relativa de Bedanda, Cufar e Caboxanque (na margem direita do Rio Bixanque, afluente do Rio Cumbijã) 

Infografia:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné   (2014).

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1. Mensagem do Rui Pedro Silva, com data de 22 do corrente:

[Foto à esquerda; Rui Pedro Silva, ex-alf mil, CCAÇ 3347 (Angola, 1971), ex-ten mil, BCAÇ 3840 (Angola, 1971/72), e ex- cap mil, CCAV 8352 (Guiné, Caboxanque, 1972/74)]

Meu Caro Luis Graça:

Junto te envio o relato dos meus três Natais em tempo de guerra. Publicarás se e quando achares conveniente.

Por coincidência em Dezembro de 1972 estávamos a iniciar a operação de reocupação do Cantanhez fazendo agora 42 anos que entrámos em Caboxanque.

Espero que já tenhas recuperado do “percalço” que sofreste e estejas totalmente operacional.

Prometo ser mais assíduo na cooperação com o blog.

Um grande abraço para ti,  para o Carlos Vinhal, o Magalhães Ribeiro e para todos os Homens Grandes da Tabanca.

Boas Festas e Bom Ano de 2015.


2. Três Natais em tempos de guerra

por Rui Pedro Silva

A 21 de Dezembro de 1972 a CCav 8352, que eu comandava, desembarcou em Caboxanque, no âmbito da operação “Grande Empresa”, iniciada a 12 de Dezembro, a qual tinha como objectivo a ocupação do Cantanhez.

O IAO no Cumeré durou 15 dias e logo marchámos para Cufar,  divididos em dois grupos. O primeiro grupo deslocou-se de Noratlas a 19-11-1972 e o segundo de LDG a 21-11-1972 e com ele todo o equipamento para a instalação de uma companhia: do equipamento de cozinha às tendas e colchões pneumáticos, das viaturas ao gerador, das armas e munições às rações de combate, etc.

Para todos nós era seguro que não íamos render uma outra companhia e, ao chegar a Cufar, desde logo ficou claro que não seria aquele o nosso destino. Logo no desembarque recebi instruções para conservar o material carregado nas viaturas e tudo o resto guardado num improvisado “armazém”.

Nesse momento ainda não sabíamos da operação a que estávamos destinados. Nas quatro semanas que estivemos em Cufar realizámos operações de patrulhamento da zona, segurança à pista e ao porto e à construção da estrada Cufar - Catió. Da sede do batalhão, em Catió, vinham insistentes recomendações para nos concentrarmos na segurança da estrada. Havia um claro desentendimento entre os responsáveis em Cufar e a sede do Batalhão. A segurança na estrada mantinha-se 24 horas por dia,  rodando por todos os grupos de combate da companhia de Cufar e da minha e portanto não se percebia a insistência.

A preocupação de Catio resultava do facto de estar em curso uma manobra de diversão procurando atrair o PAIGC para aquela zona,  levando-o a mobilizar os seus efectivos para Cufar e assim garantir uma menor resistência à entrada das nossas tropas no Cantanhez. Esta manobra teve pleno êxito. O PAIGC foi surpreendido com a entrada das nossas tropas em Cadique e Caboxanque,  não oferecendo qualquer resistência nos primeiros dias.

A operação “Grande Empresa” foi muito bem descrita no livro “A Última Missão” do Sr. Coronel Moura Calheiros. Como tive oportunidade de lhe dizer na altura da publicação:

“A sua narrativa permite ao leitor ter uma visão mais abrangente da guerra na Guiné e, ao mesmo tempo, navegar consigo no seu PCA, progredir com os seus bigrupos nas missões mais arriscadas, partilhar a angústia das decisões mais difíceis, confrontar-se com a orientação estratégica do Comando-Chefe, conhecer a actuação da guerrilha, viver a vida de um militar naqueles duros tempos e cumprir a nobre missão de resgate dos militares portugueses falecidos e sepultados na Guiné. Ao ler as paginas deste seu livro revejo e identifico pessoas com quem partilhei uma parte importante da minha vida e situações em que a minha companhia esteve também envolvida e que constituem pedaços da história dos pára-quedistas, das forças armadas portuguesas e do nosso país.”

Recomendo vivamente a leitura deste livro a quem ainda não o fez porque nele revemos, cada um de nós, ex-combatentes, uma parte da nossa história. Cerca de seis meses depois e em resultado da operação “Grande Empresa” existiam 7 novos aquartelamentos:

Cadique,
Caboxanque,
Cafal,
Cafine,
Jemberem,
Chugué
e Cobumba.

O COP 4 comandado pelo Sr. Tenente-Coronel pára-quedista Araújo e Sá, comandante do BCP 12, coadjuvado pelo seu segundo comandante e oficial de operações Major Moura Calheiros,  foi a unidade operacional responsável pela operação.

Mas fiz esta longa introdução para abordar o tema do Natal.

Os quatro dias que mediaram desde a nossa entrada em Caboxanque até ao Natal de 1972, foram preenchidos em ciclópicas tarefas de instalação da companhia, segurança no perímetro defensivo e reconhecimento da zona operacional.

O perímetro tinha cerca de 3,5 Km e só foi possível garantir a segurança de Caboxanque instalando os grupos de combate e cada uma das suas secções ao longo da linha de defesa, ficando a CCav 8352 instalada em metade do perímetro virado a norte e a CCaç 4541 na metade virada a sul. Instalados em valas cavadas em contra relógio, sem arame farpado e apenas separados da mata do Cantanhez por um largo espaço que as maquinas da engenharia terraplanaram, com a ração de combate a alimentar a nossa fome, a noite escura a servir de cobertor e a angústia de podermos ser surpreendidos pelo PAIGC nessa nossa tão frágil posição, assim se encontravam os militares sob meu comando, carregando sob os meus ombros a enorme responsabilidade do que lhes pudesse acontecer naquelas difíceis circunstancias.

No dia de Natal a companhia estava dispersa pelo perímetro de Caboxanque, um grupo de combate tinha saído com um bigrupo paraquedista, em patrulhamento, e em Cufar ainda permaneciam alguns militares da companhia, guardando todo o material que lá tinha ficado. Sem meios frio a funcionar e portanto sem géneros frescos,  as refeições limitaram-se às rações de combate e a uma sopa improvisada com o pouco que diariamente se trazia de Cufar.

Estes foram dias muito difíceis para todos. Numa fotografia que aqui junto podem verificar como eram feitas as distribuições das refeições ao longo do perímetro. Quando o unimog que fazia este serviço chegava junto da última secção já a refeição que transportava estava fria.

Um ano antes, no Natal de 1971, estava em Angola, nos Dembos, na sede do Batalhão Caçadores 3840 sediado em Zemba e na escala de serviço coube-me ser o oficial de dia. Nesse dia o General Costa Gomes decidiu fazer, uma visita ao batalhão. Cumpridas as formalidades da praxe e depois de uma revista ao aquartelamento o General reuniu-se com o comando do batalhão, após o que confraternizou com os oficiais do batalhão num almoço.

Na pista onde o recebi o General Costa Gomes surpreendeu-me indagando se eu não era um dos militares em estágio para o CCC [, Curso Complementar para Capitães]. Dois meses antes alguns dos estagiários que foram enviados para Angola, entre os quais eu me encontrava, foram chamados ao quartel-general onde o General Costa Gomes nos recebeu. Depois de uma breve intervenção sobre a situação em Angola e de nos desejar que o estágio corresse bem,  quis saber de onde éramos e que expectativas tínhamos para o estágio. Quando chegou a minha vez,  disse-lhe que era angolano, nascido no Lobito e que esperava ser colocado nessa cidade. Depois de uma sonora gargalhada, afirmou que no Lobito não havia guerra.

Naquele ambiente que me pareceu de uma certa descontracção, tive o atrevimento de dizer que mais valia prevenir do que remediar, nomeadamente na defesa das zonas onde a guerra ainda não tinha chegado. Com um sorriso bonacheirão deu por findo o diálogo e despediu-se.

Na pista relembrei-lhe então a apresentação que ocorreu dois meses antes. Com um aceno de cabeça, indicando recordar-se do episódio, sorriu e avançou para a visita ao aquartelamento. À tarde terminou a visita mas não as minhas dores de cabeça. Nessa noite, o álcool, nas suas variantes ingeríveis e com os mais variados paladares, bebido com imoderação, fez o seu serviço e eu lá andei, madrugada dentro, numa roda-viva, a apagar fogos que ânimos mais exaltados iam ateando. O problema no dia seguinte foi evitar um relatório muito detalhado do sucedido para evitar um castigo mais pesado para alguns. Foi o meu primeiro Natal na guerra colonial. As três fotografias que envio testemunham esse dia.

O Natal de 1973 foi passado em Cadique para onde a CCav 8352 tinha sido enviada, por um mês, no âmbito da operação “Estrela Telúrica” que envolveu entre outras forças o Batalhão de Comandos. Instalados em condições muito precárias, sempre com grupos de combate em acção, principalmente junto à estrada Jemberem – Cadique, este foi o terceiro e o nosso pior Natal em guerra.

Dois dias antes do Natal um grupo de combate da minha companhia e outro da companhia de Cadique foram emboscados quando vinham render outros 2 grupos de combate da CCav 8352 que eu naquele dia comandava. Em resultado da emboscada houve mortos e feridos entre os militares da companhia de Cadique. A moral do pessoal de Cadique estava a um nível muito baixo e assistimos a alguns actos de desespero, como a recusa a sair para operações ou tentativas de accionar uma granada defensiva junto do comando.

Mas porque este poste já vai longo voltarei a escrever sobre Cadique bem como sobre a operação “Grande Empresa”,  mais tarde.

Sendo o Natal geralmente assumido como uma festa de família,  as circunstâncias em que o celebrámos na guerra retiraram-lhe muito do seu sentido de paz , apesar de sentirmos como nossa família todos os militares com quem estávamos.

Foram assim estes meus três Natais em tempo de guerra.

Boas Festas a todos os tabanqueiros e bom ano de 2015.

Um abraço
Rui Pedro Silva

PS. Com mais tempo identificarei os militares das fotografias.
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Nota do editor:

Último poste da série > 9 de outubro de  2014 > Guiné 63/74 - P13712: O meu Natal no mato (41): Natal de 1972 – CART 3494 (Jorge Araújo)

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14072: Fotos à procura de... uma legenda (50): Que marca de uisque se bebia em Caboxanque, no mítico Cantanhez, no Natal de 1972 ? (Rui Pedro Silva, ex-cap mil, CCAV 8352, 1972/74)


Foto nº 7 B


Foto nº 7 A 


Foto nº 7

Guiné > Região de Tombali > Caboxanque >  Dezembro de 1972 > CCAV 8352 >  Ábum do cpa mil Rui Pedor Silva > Foto nº 7 > A “messe” de oficiais  e também a minha primeira “secretária” . Da esquerda para a direita alf Pratas e Sousa, Furriel Urbano,  alf Nobre Almeida e alf Santos. Ao fundo as tendas  que nos “abrigaram” durante os primeiros meses.

O alf Duarte deveria estar numa operação.  No centro da mesa o “remédio” para alguns males de  que íamos padecendo por lá.


Fotos (e legendas): © Rui Pedro Silva  (2014). Todos os direitos reservados [Edição: LG]


[Foto à esquerda; Rui Pedro Silva ex-alf mil, CCAÇ 3347 (Angola, 1971), ex-ten mil, BCAÇ 384'0 (Angola, 1971/72), e ex- cap mil, CCAV 8352 (Guiné, Caboxanque, 1972/74)]

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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de dezembro de  2014 > Guiné 63/74 - P14071: Fotos à procura de ... uma legenda (49): a escolinha do nosso tempo e a Carta de Portugal Insular e Ultramarino (Luís Graça)