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domingo, 15 de outubro de 2017

Guiné 61/74 - P17864: O nosso livro de visitas (194): António Fernando Rouqueiro Ramalho, ex-fur mil at cav, CCAV 2639 (Binar, Bula e Capunga, 1969/71)....Será possível saber do paradeiro da menina Helga dos Reis que eu e o cabo enfermeiro do meu pelotão ajudámos a vir ao mundo, em 6 de janeiro de 1971, na tabanca de Ponta Consolação (Nhinte) ? A estar viva, terá hoje 46 anos

1. Mensagem do nosso leitor e camarada António Ramalho:

Data: 15 de outubro de 2017 às 11:00

Assunto: Guiné 1969/1971

Caro camarada Luís Graça.

Na apresentação do livro  "As Mulheres e a Guerra Colonial", de Sofia Branco,  foi-me sugerido a consulta do seu blogue que apreciei, e onde está o seu endereço,  além de outros contactos.

Por sugestão da autora e sobre um tema que lhe apresentei, sugeriu-me que o contactasse.

Fiz parte da CCAV 2639 (independente de qualquer Batalhão, sob o comando do Com-Chefe) desde outubro de 1969 até setembro de 1971, na zona de Bula, Binar, Bissorã (Bissum), substituída pela 2748 (?),  comandada por Salgueiro Maia.  [O cap cav Salgueiro Maia foi comandante da CCAV 3420, Bula, 1971/73 (LG)]

Já fui convidado para lá voltar, o que recusei pois não quero presenciar a destruição de tudo aquilo que fizemos em prol das populações, nossos compatriotas na altura.

Além da parte operacional, fizemos o reordenamento das tabancas de Capunga, Pete e Ponta Consolação (Nhinte).

Nesta última assisti ao parto,  acompanhado pelo cabo enfermeiro do meu Pelotão.  no dia 6 de
janeiro de 1971, de uma menina que logo a baptizamos como Helga dos Reis.

A tabanca era chefiada por um cidadão chamado Eusébio. Esta menina terá hoje 46 anos, será possível saber do seu paradeiro, estará em Portugal?

Apresento-lhe os meus mais respeitosos cumprimentos.

António Fernando Rouqueiro Ramalho

2. Mensagem posterior do António Ramalho:

Nasci a 3 de Janeiro de 1948, em Vila Fernando, Elvas, mas não sou médico, se tem havido tempo teria sido agrónomo ou veterinário!  ( "O Mirante", semanário regional de Santarém, há anos que mantém esta "gralha" por inúmeras vezes tentei corrigi-la mas pelos vistos ainda se mantéa: não confundir a minha pessoa com um tal António Fernando Rouqueiro Ramalho, de 69 anos, também feitos em 3 de janeiro de 2017, médico, ex-diretor do Centro de Saúde de Azambuja).

Estive nas Contribuições e Impostos de passagem, era muito trabalho para pouco salário! Toda a minha vida estive ligado à indústria agro-alimentar, já na Guiné comíamos frangos com a "minha patente"!... Era a empresa guineense A.M. Correia de Paiva que os importava, lembram-se?

Estive na Guiné como Furriel Miliciano, distinto atirador de Cavalaria,com fraca pontaria!
Obrigado por me ter corrigido o nº da CCAV. do Salgueiro Maio, que foi meu instrutor em Santarém e quis o destino que nos fosse substituir à Guiné.

Envio então a foto que corresponde ao meu nome, muito mais bonita que a anterior!...
Um forte abraço para todos os que consultam o Blogue.

Se o tempo o permitir conto estar na Casa do Alentejo no próximo dia 21/10 [, na apresentação do livro do José Saúde].

3. Nota do editor:

Caro António Ramalho, vejo que és da terra do Mário Fitas. um dos membros séniores ds Tabanca Grande,

Por outro lado, constato que fomos contemporâneos na Guiné, com uma diferença de cinco meses... Eu cheguei à Guiné em finais de maio de 1969, integradao na CCAÇ 2590, futura CCAÇ 12. E regressei a casa em março de 1971.

A Sofia Branco é nossa amiga, e contou com o apoio do nosso blogue  na elaboração do seu livro "As mulheres e a guerra colonial" (Lisboa, A Esfera do Livro, 2015).

Sobre a CCAV 2639 tínhamos até agora 13 referências e dois representantes na nossa Tabanca Grande, o Victor Garcia, ex-1º Cabo Atirador, e o Mário [Jorge Figueiredo] Lourenço, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista. [Esta companhia esteve adida ao BCAV 2868, Bula, 1969/70].

Seria interessante tu,  António Ramalho, pudesses (e quisesses) juntar-se a nós: somos, desde 2004,  uma Tabanca Grande, já com 755 amigos e camaradas da Guiné... A nossa única missão é partilhar memórias (e afetos) daquele tempo em que lá estivemos fazendo a guerra e... a paz.

Espero poder conhecer-te ao vivo, no próximo sábado, na Casa do Alentejo

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Nota do editor:

Último poste da série >  1 de setembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17717: O nosso livro de visitas (193): Daniel dos Santos, nascido na Praia, Cabo Verde, autor de "Amílcar Cabral: um outro olhar" (Lisboa, Chiado Editora, 2014, 604 pp.)

sábado, 7 de março de 2015

Guiné 63/74 - P14327: Notas de leitura (688): O livro de Sofia Branco, "As mulheres e a guerra colonial", apresentado em Lisboa, na A25A, em 4 de março (Parte I): o Movimento Nacional Feminino e o papel das madrinhas de guerra



Vídeo (4' 48'') >  You Tube > Luís Graça 

Mitó [, Maria Antónia Mendes], vocalista do grupo A Naifa, lê um excerto do livro, p. 50 e ss. (o Movimento Nacional Feminino e o papel das madrinhas de guerra). 





Lisboa, Associação 25 de Abril, 4 de março de 2015 > Sessão de lançamento do livro "As Mulheres e a Guerra Colonial"... Na mesa, da esquerda para a direita, (i) Mitó, vocalista de A Naifa; (ii) a escritora Dulce Maria Cardoso; (iii)  a autora, Sofia Branco;  e (iv) a representante da editora, A Esfera dos Livros.


1. Foi apresentado, no passado dia 4 de março, pelas 19h00, na Associação 25 de Abril,  sita na rua da Misericórdia, 95, Lisboa, o livro "As Mulheres e a Guerra Colonial", da autoria de Sofia Branco (Lisboa, A Esfera dos Livros, 2015, 375 pp.).

A mesa era composta só por mulheres: para além da autora (escritora e jornalista, presidente da direção do Sindicato de Jornalistas, natural da Póvoa do Varzim, nascida no pós-25 de abril),  estava a representante da editora (A Esfera do Livro, com sede em Lisboa), a apresentadora do livro, Ducle Maria Cardoso (n 1964, escritora, que viveu a sua infãncia em Angola), e ainda a Mitó, a  jovem e talentosa vocalista do grupo musical A Naifa.

A sala da A25A foi pequena para tanta gente, na sua maioria mulheres, Mas também alguns ex-combatentes, como era o caso do nosso editor Luís Graça ou de camaradas como o Manuel Joaquim ou o Carlos Matos Gomes (que escreveu um inspirado  prefácio para o livro, pp. 9-16, fazendo um paralelismo entre esta obra e o livro pioneiro de Maria Lamas, de 1948, "As Mulheres do Meu País"), e ainda o José Arruda (presidente da direção da ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas).

Tive o prazer de conhecer pessoalmente a esposa do José Arruda. e ainda  o Ludgero Sequeira, ex-fur mil comando da 38ª CCmds (Guiné, 1972/74), e hoje professor universitário  reformado, e que já fez parte dos corpos sociais da ADFA, tendo sido ferido em Guidaje, em maio de 1973. Presente também, na assistência, a Teresa Almeida, membro da nossa Tabanca Grande, antiga bibliotecária da Liga dos Combatentes,  e que,  depois de ter enviuvado em meados de 2013, está a passar - segundo nos confidenciou - por um mau momento no seu local de trabalho, queixando-se de ser vítima de "bullying".



A Maria Alice Carneiro e a Deonilde de Jesus (, esposa do nosso camarada Manuel Joaquim),  são duas das 49 mulheres cujas histórias são contadas no livro de Sofia Branco.  Como escreve a autora, Sofia Branco, logo na introdução, "mães, irmãs, mulheres e namoradas, filhas, amigas, meras desconhecidas... sem combaterem nem pegarem em armas, as mulheres viveram a guerra colonial como se lá estivessem" (p. 21).

Diversas esposas de antigas combatentes que estiveram no TO da Guiné foram também entrevistadas pela Sofia Branco: cite-se, a título exemplificativo, Natércia Salgueiro Maia,  esposa do cap cav Salgueiro Maia, ou Madalena Mira Vaz, esposa do hoje cor paraquedista ref, e escritor, Nuno Mira Vaz, do BCP 12, ou ainda Dulcinea Cerqueira, esposa do nosso camarada Henrique Cerqueira... Há também, pelo menos, duas antigas enfermeiras paraquedistas: Maria do Céu Policarpo e Maria Cristina Justina da Silva (Não sei se passaram pelo TO da Guiné)...

O livro está dividido em 12 capítulos, cada um tendo o título de uma canção da época da guerra colonial... É pena que não tenha um índice remissivo.  Comtinuaremos a falar deste livro que tem como subtítulo: "Mães, filhas, mulheres e namoradas: a retaguarda dos homens na frente de batalha".

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados

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Nota do editor:

Último poste da série > 6 de março de  2015 > Guiné 63/74 - P14326: Notas de leitura (687): “O Legado de Nhô Filili”, por Luís Urgais, Oficina do Livro, 2012 (Mário Beja Santos)

quarta-feira, 4 de março de 2015

Guiné 63/74 - P14318: Lembrete (10): Apresentação do livro "As Mulheres e a Guerra Colonial", da autoria de Sofia Branco, hoje, dia 4 de Março de 2015, pelas 19h00, na Associação 25 de Abril (A25A), em Lisboa

Lembrete para a apresentação do livro "As Mulheres e a Guerra Colonial", da autoria de Sofia Branco, hoje, dia 4 de Março de 2015, pelas 19h00, na Associação 25 de Abril, Rua da Misericórdia, 95, Lisboa.





OBS: - Três nossas amigas colaboram neste livro, a saber: Deonilde de Jesus (esposa do nosso camarada Manuel Joaquim), Dulcinea Cerqueira (esposa do nosso camarada Henrique Cerqueira) e Maria Alice Carneiro (esposa do nosso Editor Luís Graça).
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Nota do editor

Último poste da série de 25 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13940: Lembrete (9): Convívo de Novembro, e de Natal, da Tabanca do Centro, dia 28 de Novembro de 2014 em Monte Real

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14288: Agenda cultural (378): Acaba de sair o livro de Sofia Branco, "As mulheres e a guerra colonial" (A Esfera dos Livros, 2015, 384 pp.)... Lançamento a 26 de fevereiro, na Póvoa do Varzim (Correntes d'Escritas) e 4 de março em Lisboa (A25A)

 








Press release da editora A Esfera dos Livros. O livro saiu a 20 do corrente. Será também lançado na Póvoa de Varim, terra natal da autora,  a 26 (vd. sítio Correntes d'Escritas). Em Lisboa, será lançado a 4 de Março, às 19h30, na Associação 25 de Abril (A25A).

O nosso blogue colaborou com a autora fornecendo ideias e contactos de camaradas nossos e de amigas nossas (mães, filhas, mulheres, namoradas, madrinhas de guerra de camaradas nossos) que a autora entrevistou. Sofia Branco é jornalista de profissão e presidente do Sindicato dos Jornalistas.

Sobre ela já aqui  em tempos referimo-la como um exemplo, feminino, pioneiro, na abordagem da Mutilação Genital Feminina:

"A Sofia Branco tem-se destacado, nos últimos anos, como jornalista, competente, corajosa, lúcida e empenhada, na investigação e divulgação do problema da Mutilação Genital Feminina na Guiné-Bissau"...

Vd. poste de 15 de setembro de  2008 > Guiné 63/74 - P3208: Pensamento do dia (16): E não se pode exterminá-la ?... A epidemia de cólera em Bissau (Sofia Branco,Público)

Sobre ela escreveu também o Jorge Cabral:

(...) Creio que o impacto dos artigos da Sofia Branco, publicados no Jornal Público em 2002, se deve principalmente à informação de que a Mutilação Genital Feminina ocorreria em Portugal. Também pela Europa as preocupações aumentaram com a possibilidade da prática ser cá efectuada, dada a corrente migratória. Julgo, porém, que toda a Mutilação Genital Feminina é igualmente grave, devendo ser denunciada e combatida, independentemente do lugar onde seja efectuada. A universalidade dos Direitos Humanos impõe-nos que sintamos toda a sua violação, como violação dos nossos direitos. A mutilação de uma menina no Sudão constitui uma ofensa à minha condição de homem livre, até porque a minha liberdade só pode ser assumida em plenitude, num Mundo de Homens e Mulheres Livres. (...)

Vd. poste de 10 de março de 2007 > Guiné 63/74 - P1580: Fanado ou Mutilação Genital Feminina: Mulher e direitos humanos: ontem e hoje (Luís Graça / Jorge Cabral)

Vd. também:

25 de setembro de  2007 > Guiné 63/74 - P2131: Mutilação Genital Feminina: É crime, diz explicitamente o novo Código Penal (A. Marques Lopes / Luís Graça)