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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Guiné 61/74 - P21705: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (78): CoBrA - Operação Goa: novo álbum de Banda Desenhada: testemunhos precisam-se sobre a Invasão de Goa em 1961, nomeadamente dos ex-prisioneiros de guerra


Anexo B: exemplo de página já desenhada  
do novo álbum de BD (Banda Desenhada) / novela gráfica


CoBrA: Operação Goa

"Esta é uma obra de ficção, em forma de novela gráfica, 
que narra as manobras e artimanhas do CoBrA, 
agência secreta liderada pelo controverso Jorge Jardim, 
que eventualmente levam à resolução da situação 
dos prisioneiros Portugueses detidos em Goa 
após a derrota no conflito militar de 1961 com a India."


1. Mensagem de Marco Calhorda < mcalhorda@gmail.com >

Date: segunda, 28/12/2020 à(s) 16:00
Subject: CoBrA: Operação Goa


Boa tarde,

Antes de mais, espero que tenham tido um bom natal.

Neste preciso momento, eu e o meu parceiro criativo (Daniel Maia – https://danielmaia-art.blogspot.com/) estamos na fase de pré-produção de uma novela gráfica sobre a Invasão Indiana de Goa de 1961 - https://cobraop.com/

Junta-se sinopse [Anexo A] mais  exemplo de página já desenhada [Anexo B]  e gostaríamos de adicionar testemunhos de pessoas que tenham vivido a situação "na pele" [Anexo C].

Eu já me socorri imensas vezes do vosso blogue para fazer pesquisas, incluindo a invasão de 1961, operação Mar Verde, etc., e gostaria de saber se era possível fazer-se um post a solicitar testemunhos (diretrizes em  Anexo C) sobre a Invasão de Goa.

Alguns desses testemunhos seriam posteriormente incluídos no livro como material de apoio e contexto. O fator humano faz com que o publico sinta a história de uma forma mais vivida, real.

Como eu não sou militar, nem participei na Guerra Colonial, assumi que não podia seu eu próprio a fazer tal post. Posso solicitar a vossa assistência por favor?

Fico, desde já, grato pela vossa atenção. Se precisarem de mais esclarecimentos, coloco-me a disposição para vos enviar mais informação ou fazer um zoom/WhatsApp.

Com os melhores cumprimentos,

Marco Calhorda

Anexo A > CoBrA: Operação Goa > Sinopse

Goa, 1961.

Os ventos da descolonização começam a soprar. Portugal está presente na India há mais de 450 anos mas tem uma crescente dificuldade em defender um território situado a mais de 8 mil quilómetros de distância da Metrópole. 

Por um lado, os recursos materiais e humanos são escassos. Por outro, um governo sob uma orgulhosa administração Salazarista que se recusa a adaptar aos novos tempos.

Suportado pelo sentimento internacional do pós-guerra que promove a
autodeterminação de múltiplas nações e, consequentemente, a desintegração dos velhos impérios, o governo nacionalista de Jawaharlal Nehru dispõe de um contexto favorável para anexar Goa à India e assim terminar o processo de integração territorial que havia começado em 1954 com a anexação de Dadra e Nagar Haveli, até então também territórios Portugueses. 

Acresce também o facto de que a India tinha sofrido uma humilhação militar com a China na disputa da zona fronteiriça de Ladakh, pelo que a anexação de Goa serviria o propósito de recuperar algum prestígio político junto da população Indiana.

É neste contexto que o CoBrA (Comissariado contra a Brutalidade Animal) entra em ação nos momentos que antecedem a invasão de Goa pelas forças da União Indiana.

Agência secreta de cariz fortemente Lusitano, leia-se com escassez de meios e
recursos sofisticados, mas abundante em criatividade e técnicas pouco ortodoxas, ao jeito do desenrascanço Português, o CoBrA é responsável pelo planeamento e execução de uma série de atividades clandestinas extremamente audazes em 3 distintos continentes, tudo com o intuito de fortalecer a fraca posição negocial do estado Português nas futuras negociações com a India para definir o futuro de Goa.

Baseada em eventos históricos sobre a invasão de Goa, esta é uma obra de ficção que narra a intervenção do CoBrA, agência secreta liderada pelo controverso Jorge Jardim, para forçar a abertura de canais de comunicação entre os vários intervenientes desta estória, na coação dos poderes políticos, incluindo os Portugueses, a abandonarem considerações imediatistas e oportunismos cínicos em prol do bemestar dos seus cidadãos e, finalmente, no engendrar do repatriamento dos prisioneiros Portugueses detidos em Goa.


Anexo C > Notas para testemunho

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Guiné 61/74 - P20587: Agenda Cultural (724): Palestra sobre a Op Mar Verde (22/11/1970) pelo escritor António José dos Santos Silva: Palacete Viscondes de Balsemão, Pr Carlos Alberto, 71, Porto... Sábado, 1 de fevereiro de 2020, às 14h30

Capa do Livro de Banda Desenhada de A. Vassalo (*)


C O N V I T E

DISSERTAÇÃO SOBRE A OPERAÇÃO "MAR VERDE"


Cartaz oficial do evento


Capa do livro do António José dos Santos Silva, "CIOE: DA GUERRA DO ULTRAMAR AOS DIAS DE HOJE" (Lisboa: Nova Arrancada, 2002 173 pp.)


Caras Amigas e Caros Amigos!

Nos 50 Anos (1970-2020) da Invasão da Guiné-Conacri, pelas Forças Armadas Portuguesas, o GRUPO VIRIATOS e ANTÓNIO JOSÉ DOS SANTOS SILVA têm a honra de os CONVIDAR para a Dissertação em cima anunciada. 

Entrada Livre. 

Como em casos similares,  não existem cadeiras que sejam previamente sujeitas a qualquer tipo de marcação.

Melhores Cumprimentos.

GRUPO VIRIATOS
ANTÓNIO JOSÉ DOS SANTOS SILVA (**)
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Notas do editor

(*) O [António M.] Vassalo Miranda, nascido em Vila Franca de Xira, em 1941,  tem seis referências no nosso blogue: foi furriel mil 'comando', participou na Op Tridente, é um veterano da Guiné, c. 1963/65. Passou também por Angola. Como civil, viveu algum tempo em Moçambique, na Rodésia (hoje Zimbábuè) e na República Sul-Africana. É amigo do Virgínio Briote, do João Parreira, do Mário Dias... E é grande criador de banda desenhada  infelizmente com problemas de saúde ocular.  Infelizmente, também, não faz (ainda) parte da  nossa Tabanca Grande.

(**) Último poste da série de 22 de janeiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20583: Agenda cultural (723): Exposição de fotografia do nosso camarada Renato Monteiro, "Festas de N. Sra. da Troia", sábado, 25 de janeiro, 16h00, em Setúbal, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS)

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Guiné 63/74 - P16345: Notas de leitura (863): Os Vampiros, BD de Filipe de Melo e Juan Cavia, Tinta-da-China, 2016 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 21 de Julho de 2016:

Queridos amigos,
Têm sido generosas as críticas a este álbum, a todos os títulos original, não hesito em considerá-lo uma obra de referência. Passa-se em Dezembro de 1972, no Norte da Guiné forma-se uma patrulha que tem como objetivo encontrar uma base do PAIGC dentro do Senegal, saber o que se passa. É uma viagem de horror, andam à solta espíritos malignos, sugadores de sangue, e os militares vão-se transformando, ameaçam-se, uns são devorados, outros interiorizam o Maligno.
É imprescindível olharmos para esta BD com espírito ortodoxo sob pena de categorizarmos o argumento como uma acusação a combatentes. Recomendo vivamente a leitura desta obra superior da banda desenhada.

Um abraço do
Mário


Os Vampiros: um luxo de BD sobre a guerra da Guiné

Beja Santos

Os vampiros nunca saíram de moda, antes de serem personificados pelo Conde Drácula já faziam parte de diferentes mitologias do mal onde pululam hidras, górgonas, lobisomens e figuras fantasmáticas do mundo das trevas. A sua presença na contemporaneidade, com expressão na literatura e no cinema, decorrem naturalmente da atração pelas situações-limite entre o homem e a fera, o belo demoníaco, o sugador que depreda até à queda final. Há, evidentemente, outras dimensões que se podem explorar na procura de uma explicação sobre a moda dos vampiros: há quem diga que esta sociedade competitiva, sem escrúpulos, de triunfadores e predadores excita o imaginário dos vampiros. E o vampiro como homem condenado é a maldade sem perdão.

"Os Vampiros", Tinta-da-China, 2016, é um acontecimento de BD pelo nome do argumentista e do desenhador. Filipe Melo é polifacetado, na música e na BD, Juan Cavia é diretor de arte para cinema e publicidade, é nome sonante do audiovisual. Meteram ombros a um projeto temerário: guerra da Guiné, uma estranha patrulha dentro do Senegal, uma viagem com monstros (na consciência e à solta), uma missão aparentemente formal é dada a um grupo de homens. Metem-se à mata, a viagem marcha de assombro em assombro, o terror é imparável, até ao deslindamento final.

O álbum abre com uma citação do Padre António Vieira, vem mesmo a propósito: “É a guerra aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas, e quanto mais come e consome, tanto menos se farta”. Quem viaja a caminho daquela missão leva imensas dores, estamos em Dezembro de 1972, os militares da missão saem de uma LDP, encontram-se com outros militares que saem do helicóptero, sabemos que o manda-chuva é o Sargento Emanuel Ferreira dos Santos, é um grupo pequeno e tem um guia africano. Em pleno mato sabemos que a missão é atravessar a fronteira para o Senegal e fazer um reconhecimento, confirmar onde é que fica uma base do PAIGC junto à fronteira, enviar as coordenadas por rádio e voltar ao ponto de recolha. Internam-se mato adentro. Surgem as primeiras imagens de atrocidades, há miragens que o leitor ainda não está em condições de descodificar, um atirador furtivo faz a primeira baixa na patrulha, é depois liquidado, reacendem-se imagens de barbárie (corte de orelha); as tropas fazem um alto, há trocas de confidências, alguém se refere ao sargento como o maior carniceiro da Guiné, há pesadelos, e recomeça a viagem, o soldado de nome Totobola gaba-se da sorte que tem tido, pisa uma mina, temos a segunda vítima, os ânimos aquecem, o Sargento Santos manda prosseguir, aparece uma nativa com um filho, repete-se a violência, mãe e filho são abatidos, os militares começam a descontrolar-se e a apontar as armas uns aos outros, há quem tenha pesadelos num períodos de descanso, a marcha prossegue debaixo de chuva diluviana, a patrulha dá com o corpo do guia Sanhá mutilado, a face com uma expressão de horror total, os olhos ensanguentados.

Estamos agora no segundo capítulo, a citação é tirado do livro Moby Dick de Herman Melville: “A loucura humana é a coisa mais matreira e felina que existe. Quando pensamos que desapareceu, pode apenas ter-se transfigurado numa forma ainda mais subtil”. A patrulha aproxima-se da base rebelde, depara-se-lhes uma autêntica carnificina. Atónitos com este banho de sangue, procuram vivos, na escuridão sobressaem olhos sanguinolentos, aparece alguém aterrorizado, é abatido, um dos elementos da patrulha aparece ferido e delirante, o contingente militar percebe que estão cercados por um inimigo invisível, barricam-se nas instalações. Mais pesquisas e encontra-se um outro elemento que teria pertencido ao grupo abatido, encontrara um esconderijo, mais cenas de violência, novamente há camaradas a apontar armas aos seus camaradas. O sobrevivente, que não fala português, consegue uma ligação rádio, o comandante da patrulha dá as coordenadas. A espera continua, o rádio emudecido. Temos agora o terceiro e último capítulo, Zeca Afonso é a citação com os seus Vampiros: “No céu cinzento, sob o astro mudo,/batendo as asas, pela noite calada,/vêm em bandos, com pés de veludo,/chupar o sangue fresco da manada./Eles comem tudo, eles comem tudo,/eles comem tudo e não deixam nada”. Há, durante esta longa espera, diálogos confusos, cortaram a luz do exterior, a força sitiada abre a porta, chegou um jipe com gente armada, tudo vai correr mal. O Sargento Santos desabafa acerca da família que o espera: “O homem de quem elas estão à espera já não existe. Morreu pouco depois de chegar à Guiné”. Amanhece, vem um avião e bombardeia a posição com Napalm. A força militar está praticamente extinta, e aparece um jipe, e no uso da metáfora os autores dão-nos conta de quem sobrevive fica sujeita à condição de vampiro.

Nada ao nível das artes da banda desenhada tinha acontecido entre nós com um traço tão plausível, um estudo tão apurado do mundo tropical, do horror da guerra, dos transportes militares, do caminhar dentro da mata, podendo-se discutir se os ambientes de floresta podem ser totalmente identificados com as lalas e matas guineenses. Há o jargão intenso da caserna, a despeito de alguém dizer “tudo bem”, expressão que ninguém usava naqueles tempos. A arte, convém esclarecer os mais céticos e exigentes no tratamento do que foi aquela guerra, tem liberdades, metáforas e bizarrias que não devem ser encaradas como ofensas a quem combateu. Ninguém imagina um grupo tão pequeno a fazer aquela incursão no Senegal; não se pode fazer uma leitura literal daqueles vampiros e aos exageros da barbárie. Tomando como referência as citações dos três capítulos, a guerra foi aquele monstro que quanto mais comia menos se fartava, põe todos os homens contra todos os homens, e em que a loucura se transfigura porque há patrulhas, flagelações, inimigos imprevisíveis, minas, muitas minas, é um terreno de eleição para que o homem se sinta moldado no papel de sugador, de besta insaciável. A propósito de uma história que nesta banda desenhada ocorre em Dezembro de 1972, no Norte da Guiné, até parece ajustado lembrar aquele coronel do filme Apocalypse Now que vive empolgado com o horror e no horror é justiçado por ter quebrado todas as normas por que se rege a instituição militar.

“Os Vampiros”, de Filipe Melo e Juan Cavia são um marco miliário na BD portuguesa. Aquela guerra da Guiné atingira a monstruosidade de que quanto mais consumia tanto menos se fartava.



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Nota do editor

Último poste da série de 25 de julho de 2016 > Guiné 63/74 - P16329: Notas de leitura (861): “Capitães do Fim… do Quarto Império”, por António Inácio Nogueira, Âncora Editora, 2016 - Para entender a pátria exausta: os Capitães do Fim do Império (3) (Mário Beja Santos)

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15101: Notas de leitura (755): A revista Visão e a BD da guerra colonial (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 6 de Outubro de 2014:

Queridos amigos,
Foi graças ao Carlos Pedreño Ferreira que tive acesso a esta jóia da BD que se publicou em Portugal entre 1975 e 1976. Não escondia ser um projeto alternativo, alguns dos seus colaboradores eram ambientalistas antes do tempo, espadeirando contra as centrais nucleares, não esquecer que a opinião pública iria ser incendiada pelo projeto de Ferrel, morto no embrião.
Creio ter sido a primeira vez que a guerra colonial teve tratamento em BD. O pouco que se encontra na net sobre a revista “Visão” é de considerar a iniciativa como altamente meritória, foi um ponto de referência, talvez ingénua, assim passou à história.

Um abraço do
Mário


A revista Visão e a BD da guerra colonial

Beja Santos

Um esclarecimento prévio: a revista Visão de que vamos falar era um quinzenário surgido em Abril de 1975 e que se destinava a divulgar e promover uma nova banda desenhada portuguesa. Pretendiam os seus animadores aceitar o desafio para ultrapassar o derrotismo de que não era possível fazer e publicar banda desenhada em Portugal feita pelos portugueses. Escrevia-se mesmo em editorial: “Nós lançámo-nos na aventura da qualidade. Se já leste as histórias que publicamos neste 1º número reparaste com certeza que, quer no texto quer no desenho é lebre o que te estamos a dar e não gato mal disfarçado. A divulgação prioritária de autores portugueses é a nossa aventura. Fazer aparecer de repente argumentistas e desenhadores para suportar uma revista quinzenal num país onde se contam pelos dedos os autores de banda desenhada já publicados é um risco de vulto. No entanto, também o decidimos correr”. Anunciava-se como leitura no número seguinte a biografia de Amílcar Cabral. Aparecia uma BD intitulada “Matei-o a 24”, mostrando uma vítima de stress pós-traumático de guerra. No n.º 2 de “Visão” começava a publicação de Amílcar Cabral, trabalho de dois artistas cubanos argumento de Fidel Moralez e desenho de Vicente Sanchez, encetava-se assim a colaboração entre “Visão” e a Prensa Latina. Prosseguia a publicação de “Matei-o a 24”, seguramente o grafismo de maior qualidade até então dada a estampa de autores portugueses.

A revista era dirigida por Victor Mesquita e entre os seus colaboradores apareciam Machado da Graça, Artur Tomé e Mário Henrique Leiria. Estava instalada na avenida João Crisóstomo, n.º 79, 5º Esquerdo, Lisboa.

No n.º 7, primeira quinzena de Outubro de 1975, surge uma nova BD, “Angola 1971”, com inegável interesse. A cooperação com Cuba é uma constante e aos poucos apagam-se as referências à guerra colonial, outras guerras vão surgindo para delícia dos leitores. E um dia, após onze números publicados, extinguiu-se, não se sabe o que levou à dissolução do projeto, se as turbulências de 1975, se o preço da revista, se o desencontro dos leitores com o tipo de projeto alternativo em que se alcandorava a publicação. E dizemos projeto alternativo porque se fazia uma crítica severa à energia nuclear e claramente à sua rejeição em Portugal. Também alternativa ao acolher opiniões como as de Mário Henrique Leiria, um dos escritores mais irreverentes do seu tempo.

Aqui fica o registo de um projeto de vida efémera, mas foi provavelmente aqui que pela primeira vez se pôs a guerra colonial em BD, como se vai mostrar:





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Nota do editor

Último poste da série de 7 de setembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15081: Notas de leitura (754): “Etnia, Estado e Relações de Poder na Guiné-Bissau”, por Carlos Lopes, Edições 70, 1982 (2) (Mário Beja Santos)

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P14990: Notas de leitura (746): O “Ericeira”: nos primórdios da BD sobre a guerra colonial (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 27 de Agosto de 2014:

Queridos amigos,
Acho que chegou a hora para fazermos algum esforço de recolha da BD e a Guiné em particular.
Já aqui foram feitas referências a trabalhos de A. Vassalo, que não esconde a sua admiração pelas façanhas de Alpoim Calvão. Há seguramente mais.
A revista Visão, importantíssima na BD, deu-lhe espaço e muito digno.
A seguir se fará menção a um interessante trabalho de A. Vassalo sobre a LDM 203, várias vezes esteve para soçobrar e, qual Fénix Renascida, voltou às rias da Guiné, e um dia foi desmantelada.
Ficarei agradecido a quem me puder ajudar com sugestões e empréstimos.

Um abraço do
Mário


O “Ericeira”: nos primórdios da BD sobre a guerra colonial

Beja Santos

O acervo da BD na temática da guerra colonial não para de crescer, parece-me que chegou a hora de juntarmos esforços para a coligir na íntegra, ou quase. Já aqui foi feita a referência a obras de A. Vassalo, caso da Operação Mar Verde. Nos seus empréstimos recentes, o nosso confrade Carlos Pedreño Ferreira chamou-me à atenção para estas duas páginas sobre o “Ericeira”, adaptação e desenho de Baptista Mendes publicadas na revista da Armada, Fevereiro de 1972.

O “Ericeira” era Eduardo Henriques Pereira, nascido na Ericeira em 1946. Ofereceu-se muito jovem com voluntário da Armada, aparece na Guiné no Destacamento de Fuzileiros Especiais n.º 9, estamos em 1964. Cedo dá sinais de destemor, finda a primeira comissão, ofereceu-se novamente como voluntário para a Guiné, foi incorporado no DFE n.º 7. Regressa com uma Cruz de Guerra e vários louvores. E três meses depois está a caminho de Angola onde veio a falecer. Como escreve o autor, “no dia do seu funeral”, o comércio da Ericeira encerrou as portas e, pode dizer-se, todo o povo da terra lhe prestou a última e justa homenagem, incorporando-se no funeral.
Recorde-se o “Ericeira” e as suas duas comissões na Guiné.




Oxalá outros confrades deem sugestões para mais referências à BD.
Em breve aqui se mencionará de A. Vassalo, a saga, por ventura única, da LDM 2003.
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Nota do editor

Último poste da série de 7 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P14979: Notas de leitura (745): Um dia diferente, da autoria do ex-Alf Mil Médico Aníbal Justiniano da CART 494, extraído do livro "Missão Guiné 63-65 Companhia de Artilharia 494”, escrito por Augusto Carias, Adelino Gomes e Aníbal Justiniano (Coutinho e Lima)

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14438: Notas de leitura (700): “Operação Gata Brava": A BD original de António Vassalo Miranda (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 9 de Junho de 2014:

Queridos amigos,
Este criador de BD não é um nome estranho no blogue, já foi mencionado a propósito de outro trabalho “Operação Mar Verde”.
Tem um traço esplêndido, a ilustração é acompanhada de um texto sugestivo, trama dinâmica que assegura uma leitura absorvente. Bom seria que os nossos confrades abrissem os cordões à bolsa e mostrassem o que têm de BD e as guerras em África.
Foi graças à gentileza da Associação dos Comandos que tive acesso a esta preciosidade. A BD precisa de ser acarinhada. Tem reais potencialidades para chegar a um outro público que não o dos devoradores de livros.

Um abraço do
Mário


Operação Gata Brava: A BD original de António Vassalo Miranda

Beja Santos

A BD na guerra colonial tem dado provas de boa saúde, artistas meritórios revelam sucesso mas carecem de chegar ao grande público. Entre os nomes mais destacados desta expressão artística temos António Vassalo Miranda, de quem já fizemos referência. Para o conhecer melhor, o Google faz dele uma cabal apresentação e das suas obras mais representativas.

Falemos hoje do seu álbum "Operação Gata Brava", prova inegável do seu indiscutível talento. A BD ilumina os factos fundamentais que levaram Alpoim Calvão novamente ao Sul da Guiné onde destruiu um barco que tinha sido capturado pelo PAIGC no início da guerra, uma operação de grande arrojo e heroísmo.

Em 5 de março de 1970, os serviços de Radiotelegrafia em Bissau apanharam uma mensagem de Quitáfine para Boké, ficava-se a saber que o navio ia em breve recolher o agente Marcel a Kadigne. Calvão já afundara o “Patrice Lumumba” e aprisionara alguns dos seus elementos. Virá a descobrir-se que o barco que recolherá o agente Marcel era o “Bandim”, capturado pelo PAIGC em maio de 1963 na região de Cacine. Calvão é transportado pelo patrulha “Lira”, vai em direção à foz do rio Cacine. São arreados dois zebros, os botes com oito homens mergulham na noite, aproximam-se do canal e pelas 5h30 da manhã os botes anicham-se no tarrafo onde ficam emboscados. Já fora assim na Operação Nebulosa, em que se afundara o navio-motor Patrice Lumumba. Ali ficam, enquanto a Força Aérea informa que Bandim já partira de Kadigne.

Para movimentar a história, o autor, durante a longa espera, põe os militares a conversar sobre proezas anteriores e figuras de porte excecional. São lembrados os Furriéis Miranda e Artur Pires, o Cabo Marcelino da Mata e o Alferes Leonel Saraiva e os episódios vividos na Ilha do Como. Miranda dera provas de ser destemido e dotado de um impressionante sangue frio, como também se comprovou na “passagem do inferno”, que era uma passagem que ligava Cavane, na Ilha do Como, à floresta através de um arrozal. Miranda, aproveitando os intensos bombardeamentos da Força Aérea lança um ataque sobre as linhas inimigas, não desfaleceram mesmo quando um T6 foi atingido.

Entretanto, passam dois guerrilheiros numa canoa, os emboscados deixaram-nos seguir. O Tenente Barbieri insiste com Galvão para que conte mais façanhas da Operação Tridente que ele vai descrever e BD ilustra. A “Tridente” fora a maior escola de guerrilha que houvera até então. Para Calvão, não se soubera tirar partido dos resultados. Tudo começara depois do PAIGC ter anunciado que havia a República Independente do Como. O comandante Paulo Costa Santos propusera a Tridente, e assim tivera origem a operação mais longa, mais dura e a que mais efetivos envolveu e que fora para o narrador a melhor escola prática que nos graduara na arte da guerra. Calvão descreve o desembarque dos fuzileiros em Caiar de colaboração com a CCAÇ 557 e com os Comandos. O PAIGC tentou desalojá-los, em vão. A artilharia, formada por dois canhões 8,8, sediada na base da praia de Caiar, foi batendo com uma precisão admirável as zonas pré-estabelecidas; e a força aérea deu constantemente o seu apoio. Fuzileiros, Paraquedistas e Comandos e Exército, foram devassando o reduto defensivo do PAIGC. Calvão continua a sua narrativa relatando casos de heroísmo e desprezo pela morte, e de novo refere o Sargento Miranda, os 1ºs Cabos Marcelino da Mata e Jamanca que tinham ido ao socorro do Sargento Perry. No final da operação, o PIAGC retirou para o continente. O Tenente-Coronel Fernando Cavaleiro passeou-se no interior da ilha acompanhado de meia dúzia de homens. Deixou-se uma pequena guarnição em Cachil Pequeno. É nisto que alguém visa que se está a ouvir um barco, de facto era o navio-motor Bandim a aproximar-se. Inicia-se a caçada, um dos zebros, onde vai Barbieri, ataca por estibordo, Calvão e os seus homens por bombordo.

A BD torna-se um documentário poderoso, avassalador, o Bandim cercado, as tropas da Guiné Conacri a ripostar da margem esquerda, sem qualquer efeito. Uma granada de bazuca entra pelo albói da popa e vai explodir no interior da embarcação, o barco perde velocidade, e depois encalha. Trava-se a última batalha, assalta-se o Bandim, todos estão mortos. É impossível tirar dali o Bandim, ele vai ser destruído com petardos de trotil. Assim terminara a operação Gata Brava, os botes afastam-se e noite alta os fuzileiros são recolhidos pelo navio-patrulha Lira. A BD termina com António Spínola a felicitar Alpoim Calvão.

Este é, em síntese, o conteúdo de uma BD muito expressiva produzida por alguém que tem um traço magnífico.


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Nota do editor

Último poste da série de 4 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14432: Notas de leitura (699): “Elefante Dundum – Missão, testemunho e reconhecimento”, por João Luíz Mendes Paulo, edição de autor, 2006 (2) (Mário Beja Santos)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12944: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte VII: Deveres do Cabo da Guarda e Apresentação aos Superiores - ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")

1. Finalização da publicação dos Deveres Militares, edição SPEME de 1969, em banda desenhada com muito humor à mistura, enviado ao nosso Blogue pelo camarada Fernando Hipólito, ex-Fur Mil da CCAÇ 2544, Angola, 1969/71.











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Nota do editor

Poste anterior da série de 5 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P12937: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte VI: Deveres do Cabo de Dia à Companhia - ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")

sábado, 5 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12937: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte VI: Deveres do Cabo de Dia à Companhia - ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")

1. Continuação da publicação dos Deveres Militares, edição  SPEME de 1969, em banda desenhada com muito humor à mistura, enviado ao nosso Blogue pelo camarada Fernando Hipólito, ex-Fur Mil da CCAÇ 2544, Angola, 1969/71.









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Nota do editor

Último poste da série de 30 DE MARÇO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12915: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte V: Plantão à caserna e faxinas regimentais... ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")

domingo, 30 de março de 2014

Guiné 63/74 - P12915: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte V: Plantão à caserna e faxinas regimentais... ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")
























Continuação da reprodução da brochura "Deveres Militares", uma edção do SPEME - Serviço de Publicações do Estado Maior do Exército, 2ª edição, 1969...

A lista dos deveres de um militar é (ou era) longa...Publicamos hoje os deveres de:

(i) Plantão à caserna (nº 4 do art. 81º do antigo RDM - Regulamento de Disciplina Militar, que esteve em vigor até 1977!)... às cavalariças (artº 96º do RDM que estava em vigor do nosso tempo);

(ii) Faxinas regimentais (art. 90º do RDM).

O RDM do nosso tempo, de saudosa memória (!),  foi substituído pelo atual RDM - Regulamento de Disciplina Militar, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 142/77, de 09ABR, com diversas alterações. (Entrou em vigor em 10 de abril de 1977, e foi promulgado pelo então Presidente da República António Ramnalho Eanes),

1. O documento chegou-nos, digitalizado, por intermédio do Fernando Hipólito e César Dias. O Fernando Hipólito [, foto atual à direita, ] é o nosso novo grã-tabanqueiro, com o nº 650...

Recorde-se que ele passou pelo CISMI, Quartel da Atalaia, Tavira, 3º turno, 1968. Foi fur mil, CCAÇ 2544, Angola, 1969/71. Esteve a maior parte do tempo no leste, em Lumege.

Há um blogue sobre Lumege e a malta que por lá passou. E onde o Fernando Hipólitio colabora.  

O nosso novo grã-tabanqueiro mandou-nos, entretanto, e a nosso pedido, a sua foto atual. Auqi temos o Hipólito "de fato e gravata, porque foi a minha farda durante anos, como técnico de vendas de um empresa de tintas de imopressão",

2. O nosso camarada, António J. Pereira da Costa (Tó Zé para os amigos) j´«a nos camou "a atenção para o humor e qualidade dos desenhos. Creio que era de um desenhador que também aparecia no "Século Ilustrado"....Há também uns desenhos destes relacionados com os crimes militares previstos no CJM...

"Creio que [o ilustrador] tinha o apelido ou assinava Benamor. [Sim, Tó Zé, parece-me o traço do cartunista João Benamor].

E havia também um conjunto de quadros murais onde se davam conselhos à malta do tipo:
"Uma palavra a mais, um amigo a menos" e "Ela é toda ouvidos - e tinha umas orelhas enormes - come e cala-te",

(... ) "Pode ser que a Biblioteca do Exército tenha alguns exemplares que, se passados a pente fino, nos deem qualquer indicação. (comentário ao poste anterior, de 26/3/2014).


É possível que a esta brochura, que temos vindo  a pubicar,  faltem folhas.... O César Dias já nos
explicou que este e outros documentos "são fruto duma 'limpeza' que ele [, Fernando Hipolito,] fez na secretaria da 3ª companhia do CISMI, em Tavira... Vê que até as folhas das notas do nosso pelotão nas várias disciplinas ele conseguiu apanhar do cesto dos papeis." (comentário ao poste anterior, de 26/3/2014).

Ao Francisco Baptista, por sua vez, estas  imagens que publicámos no poste anterior, mexeram com as suas recordações de infância:

 "Tu fazes me regressar ao tempo da tropa do meu pai que, soldado em Mafra e por ter batido num cavalo mais bravio, foi punido, penso que com uma repreensão. Há uma foto dele com essa farda antiga do tempo da 2ª Guerra ou anterior na casa da aldeia. Penso que seria de cavalaria. Agradeço-te também por me ilustrares esse passado." (comentário ao poste anterior, 26/3/2014).


3.  O nome de João Benamor é referido aqui,  neste excerto que publicamos, retirado com a devida vénia, da página na Net do Exército:

(.,..) “O HUMOR NO JORNAL DO EXÉRCITO 1961- 1974” resultou de um desafio lançado a dois jovens soldados com o objectivo de pesquisarem, seleccionarem e exporem caricaturas e cartoons que ao longo do período em apreço pudessem caracterizar a expressão desta arte gráfica no âmbito da sátira, da ironia, da irreverência, ou da crítica social que, entre outros aspectos, reflectissem o dia-a-dia de um meio profissional que, particularmente no período em causa, atravessava e participava na designada Guerra Colonial/Guerra do Ultramar.

"Tratando-se o “JORNAL DO EXÉRCITO” de uma publicação periódica direccionada para a instituição militar a sua difusão era significativa nas Unidades, Órgãos e Estabelecimentos militares, sendo lida por oficiais, sargentos e praças. Apesar da abordagem se debruçar no referido período de guerra, ao contrário do que acontecia nos “jornais de quartel” editados nas antigas colónias, a menção a este conflito é subtil, apenas se inferindo o contexto geográfico apresentado nas imagens. De igual modo, não se vislumbra uma clara critica à situação politico-militar. A temática advertia o leitor sobretudo para aspectos do meio que o militar viria a encontrar nas terras de África.

"Conscientes de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o humor destes Cartoons era utilizado de forma pedagógica para alertar e instruir, em particular este grupo profissional, sobre questões de segurança, sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.   

"A organização militar, a hierarquia ou as condições de vida nos quartéis são alguns dos temas abordados com ironia, deixando ler nas entrelinhas a critica mordaz ou a irreverência com que são caricaturadas as situações. Embora o J.E. publicasse alguns trabalhos de origem estrangeira o grosso dos seus colaboradores, militares ou civis, eram nacionais. Com o traço mais ou menos elaborado, com maior ou menor qualidade, com desenhos que só por si diziam tudo, ou mais dependentes do texto, foi vasto o leque de autores como:

Vicente da Silva,
João Benamor
Zé Manel,
José Antunes, 
Higino, 
Cid, 
Baptista Mendes, 
Al-Cid, 
Majcid, 
Samuel 

e tantos outros que ao longo desse período conseguiram, com o seu humor, instruir e arrancar, no mínimo, sorrisos a quantos folhearam as suas páginas." (...)


[Realce a amarelo e negritos, nossos,  editor L.G.]
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