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terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Guiné 61/74 - P25103: Blogoterapia (313): Irmãos de armas (Joaquim Mexia Alves, ex-Alf Mil Op Especiais)

Dire Straits - Brothers In Arms - Frame do Youtube, com a devida vénia


1. Mensagem do nosso camarigo Joaquim Mexia Alves (ex-Alf Mil Op Especiais da CART 3492/BART 3873, Xitole/Ponte dos Fulas; Pel Caç Nat 52, Ponte Rio Udunduma, Mato Cão e CCAÇ 15, Mansoa, 1971/73) com data de 21 de Janeiro de 2024:

IRMÃOS DE ARMAS

E de repente extinguiu-se-lhe nos olhos o olhar!

Um daqueles que estava sentado à mesa, bastante mais novo do que todos os outros, ficou admirado e perguntou a quem estava ao seu lado o que se passava com aquele cujo o olhar se tinha alheado.

Respondeu-lhe o que era mais velho e tinha por lá passado:

- Não te preocupes, porque ele foi viajar ao equador, passear nas bolanhas do calor, visitar as matas do horror, caminhar nas picadas da dor e enfrentar a guerra do desamor.
Agora não está cá, está mais longe, está por lá! 
Mas não te preocupes que ele vai voltar, assim que a recordação o deixar.

Já ninguém olhava para ele, porque todos percebiam aquilo que com ele se passava.

Iam conversando, comendo, bebendo, as vozes elevavam-se por cima de tudo o resto e ele continuava com o seu olhar absorto, passeando por onde ninguém já se encontrava. Passado um pouco de tempo o seu olhar ausente, regressou ao presente. 
Havia nos seus olhos uma espécie de lágrimas, uma espécie de dor, uma espécie de torpor, que ele com um abanar de cabeça, quis afastar daquele momento, mas de tal modo, que um daqueles que estava a seu lado lhe perguntou:

- Estiveste por lá agora. não foi?

Ele respondeu com um tom decidido e afirmativo:

- Sim, andei a passear por aquelas picadas, aquelas bolanhas, aquelas matas, onde tantos de nós ficaram, mas onde se construiu a amizade entre nós, que eu ainda não sei explicar.

Olharam-se nos olhos e aqueles que estavam na mesma mesa perceberam o que se passava. Pois, porque os outros que não tinham vivido aquela guerra, não conseguiam perceber o que se tinha passado naqueles breves e profundos momentos.

Olharam-se, sorriram, os olhos marejaram-se de lágrimas e disseram uns aos outros:

- Que aqueles que lá ficaram, estejam connosco agora, enquanto nós aqui estamos celebrando o que passámos.

Todos perceberam que o coração os oprimia, os levava a viver aquilo que já não queriam viver, mas que tinham vivido um dia. Olharam-se nos olhos mais uma vez, pensaram nos que não percebem aquilo que por eles passaram, e num breve momento de silêncio, perceberam que todos eles falavam afinal a mesma língua.

Raios parta a guerra, disseram uns, e os outros anuíram dizendo:

- Raios parta a guerra, que nos mói por dentro, sem sabermos quanto e quando.

Aquele que tinha começado aquele momento, estava ainda meio afastado de tudo o que se passava, porque não sabia o que havia de dizer, não sabia o que tinha sentido, não sabia como se exprimir.

Então um deles, cheio de coragem, levantou a voz e disse:

- Nós somos muito mais do que nós próprios, somos muito mais do que a opinião dos que pensam mal de nós, somos muito mais do que aquilo somos, porque com estas mãos, com este sentido que temos, com este viver que vivemos, somos tudo aquilo que fomos, mais do que ainda somos, mais do que podemos sentir, porque no fundo, meus caros camaradas, nós somos tão só e apenas, verdadeiramente, Irmãos de Armas!

Marinha Grande, 21 de Janeiro de 2024

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Guiné 61/74 - P25075: (In)citações (263): Falemos dos Combatentes Portugueses e da forma como sempre foram tratados (Carlos Pinheiro)


1. Mensagem do nosso camarada Carlos Pinheiro (ex-1.º Cabo TRMS Op MSG, Centro de Mensagens do STM/QG/CTIG, 1968/70), com data de 13 de Janeiro de 2024, trazendo até nós este seu artigo onde fala dos Combatentes de Portugal e da forma como sempre foram tratados pelo poder político:


Falemos dos Combatentes Portugueses e da forma como sempre foram tratados

Sem pretender fazer um tratado sobre os Combatentes, teremos que começar pelo CEP Corpo Expedicionário Português que mobilizou, mal e apressadamente, cerca de 100.000 soldados.
Portugal enviou dezenas de milhar de militares para Angola e principalmente para Moçambique que a Alemanha queria conquistar.

É certo que Portugal, como aliado da Inglaterra tinha apresado dezenas de navios alemães nos nossos portos e essa terá sido uma das razões para que a Alemanha atacasse Moçambique de forma feroz. Morreram na guerra em Moçambique dezenas de milhar de militares portugueses, a maior parte dor doença na medida em que não iam preparados para aqueles climas e os serviços de saúde eram exíguos e quanto a armamento nem é bom falarmos.

Entretanto, em 1917 foram também para França outros milhares de Soldados portugueses, também sem condições, sem preparação e sem armamento conveniente e foram mesmo carne para os canhões dos alemães enquanto viviam, ou sobreviviam nas trincheiras.

Porque a miséria era muita em todos os aspectos, em 1921 foi criada a Liga dos Combatentes chamada da 1.ª Grande Guerra, a fim de auxiliar os sobreviventes, especialmente os feridos e doentes, as viúvas e os órfãos dada a miséria que grassava no país.

Como a 1.ª Grande Guerra nunca ficou bem resolvida, em 1939 rebentou a 2.ª que durou até 1945, mas nessa não tomámos parte, apesar do país ter sofrido fome e miséria a rodos enquanto outros se encheram de dinheiro à custa do trabalho escravo na pesquisa do dito volfrâmio que era vendido a peso de ouro aos dois beligerantes.

Depois, em 1961 rebentaram as guerras de África que duraram até 1974, na Guiné, em Angola e em Moçambique já depois da Índia se ter tornado independente da Inglaterra em 1947 e ter começado a invadir os enclaves de Dradá e Nagar Aveli em 1954 no chamado Estado da Índia Portuguesa e em 18 de Dezembro de 1961 ter invadido por terra, mar e ar os enclaves de Goa, Damão e Diu e tornados presos todos os militares portugueses sobreviventes, porque ainda houve alguns mortos, apesar das nossas forças em nada se pudessem comparar com as Forças Indianas.

As Nossas tropas foram presas e seguiram para campos de concentração depois do Governador Vassalo e Silva não ter respeitado a Ordem de Lisboa para que resistíssemos até ao último homem.

O regresso a Portugal desses militares aconteceria em Maio de 1962, com uma ponte aérea de Goa para Carachi, no Paquistão. Daí, os militares foram transportados em navios até Lisboa.
À chegada, foram chamados de traidores. Oito oficiais, incluindo o governador-geral, foram demitidos como era a política da época, sem mais comentários.

Isto é um pequeno resumo, muito resumido, do que as nossas forças armadas ali passaram até serem repatriadas como acima se refere.
Mas nessa altura já estavam em marcha as três Guerras de África, Guiné, Angola e Moçambique, mas também tínhamos tropas em Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e até em Macau e Timor, com as dificuldades inimagináveis, em territórios com climas tórridos e escaldantes, sem estradas, sem pontes, sem pistas de aviação, sem quartéis, sem nada.

Foram os nossos soldados, que para além de combaterem o inimigo, também foram construindo algumas estradas, inventando algumas pontes e algumas pistas de aviação, e construindo alguns barracões para servirem de quartéis, outros aproveitando antigos celeiros que também passaram a servir de quartéis e normalmente viviam cercados de arame farpado, muitas vezes cheios de minas e armadilhas, para que se evitassem incursões indesejáveis.
Muitos viveram em abrigos subterrâneos cobertos por troncos imensos de árvores, tempos infinitos debaixo do chão como foi o caso da CCAÇ 1790 que viveu nessas condições em Madina do Boé até que um dia houve ordem para abandonarem o local e depois deu-se a tragédia da jangada que se virou e onde morreram largas dezenas de soldados.

O material de transportes, pelo menos nos primeiros anos, eram as velhas GMC e os Jipões da 2.ª Grande Guerra. Era a guerra.

A Liga dos Combatentes criada, foi organizada em 1921 e tem vários serviços de apoio aos Combatentes mas vive com orçamentos insignificantes mas mesmo assim mantém dois Lares para Combatentes idosos, um em Estremoz e outro no Porto, certamente com ajudas locais e agora, recentemente, abriu-se-lhe uma oportunidade de criar uma nova unidade no centro do País, mais concretamente no Entroncamento, fruto da oferta da Câmara Municipal do Entroncamento dum terreno para a construção de um Centro de Dia, de uma Creche, de um Lar para Idosos e de uma Unidade de Cuidados Continuados.

Como se pode imaginar, uma obra de vulto que os Combatentes bem merecem e bem precisam.

Claro que a Liga não tem meios para tão grande como útil obra, e ter-se-á candidatado a Fundos da UE, parece que ao PARES, mas exigiram-lhe um projecto da obra, o que é natural. Porém, esse projecto custará cerca de 150.000 euros e parece não haver dinheiro para o projecto até porque não há garantia que o financiamento fosse garantido.
Aliás a Liga, na sua Revista de Dezembro de 2022, no Editorial do Presidente General Chito Rodrigues, denuncia claramente esta situação que põe em risco a construção de uma unidade polivalente para os Combatentes na sua fase final da vida terrena.
Mas não se conhecem respostas ou comentários do poder instituído, o que é lamentável, para quem deu o melhor da sua juventude ao serviço de Portugal.

É assim que os Combatentes são tratados. Aliás já estão habituados a serem bem tratados com a esmola de 70 ou 100 Euros anuais que normalmente recebem em Outubro, sujeita a impostos.
E está tudo bem e ninguém diz nada.
Não temos dinheiro para ajudar os nossos que precisam, mas mesmo assim vamos ajudando outros lá longe, que também precisam, é certo, mas para os nossos não há nada.

É triste, mas é o que temos.

Carlos Pinheiro

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Nota do editor

Último poste da série de 14 DE JANEIRO DE 2024 > Guiné 61/74 - P25069: (In)citações (262): "A Rainha" (Adão Cruz, ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 1547 / BCAÇ 1887, Canquelifá e Bigene, 1966/68)

sábado, 8 de julho de 2023

Guiné 61/74 - P24462: Efemérides (402): No passado dia 1 de Julho de 2023, a União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, Concelho de Matosinhos, homenageou os seus Combatentes mortos na Guerra do Ultramar (Carlos Vinhal)

Cemitério de Perafita, onde decorreu a cerimónia principal de homenagem aos Combatentes da União de Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, mortos na Guerra do Ultramar

O programa deste ano de homenagem aos combatentes da União de Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, mortos na Guerra do Ultramar, teve o seu início pelas 09h45, nos cemitérios das freguesias de Lavra e de Santa Cruz do Bispo com a deposição de uma coroa de flores por parte da Presidente da União de Freguesias, Dra. Lurdes Queirós e do Presidente do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, Tenente Coronel Armando Costa junto do Panteão aos Combatentes Lavrenses e da placa/memorial em Santa Cruz do Bispo, onde constam os nomes dos falecidos daquelas duas freguesias. Igualmente foi feito o toque de homenagem aos mortos pelo clarim dos Bombeiros de Matosinhos - Leça da Palmeira.
Foto 1 - Cerimónia de deposição de coroas de flores junto ao Panteão aos Combatentes de Lavra mortos na Guerra do Ultramar
Foto 2 - Cerimónia de deposição de coroas de flores junto da placa evocativa dos Combatentes de Santa Cruz do Bispo mortos na Guerra do Ultramar
Foto 3 - Placa evocativa da Memória dos Combatentes de Santa Cruz do Bispo mortos na Guerra do Ultramar

De seguida, realizou-se em Perafita, conforme planeado para este ano, a cerimónia militar promovida pelo Núcleo, em colaboração com a União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo – Pólo de Perafita.

Pelas 10H30, iniciou-se a comemoração com a concentração dos participantes em frente ao edifício da Junta, sendo içada a Bandeira Nacional ao mesmo tempo que o Grupo Coral do Núcleo entoava o Hino Nacional e a Guarda de Honra, constituída por um clarim dos Bombeiros de Matosinhos-Leça da Palmeira, pelo Porta Guião do Núcleo e por alguns sócios combatentes, prestava as honras militares à Bandeira Nacional.
Foto 4 - Hastear das Bandeiras no edifício da Junta de Freguesia de Perafita, ao mesmo tempo que era cantado o Hino Nacional por um grupo de sócios do Núcleo de Matosinhos da LC

Posteriormente, os participantes seguiram em romagem ao cemitério local, acompanhando o Porta Guião do Núcleo.

Foto 5 - Deslocação para o Cemitério de Perafita

Pelas 10H45, já no cemitério junto à placa/memorial onde se encontram os nomes dos combatentes de Perafita que tombaram pela Pátria, realizou-se a cerimónia militar onde três sócios, um de Lavra, um de Perafita e outro de Santa Cruz do Bispo fizeram a chamada de todos os combatentes mortos na Guerra do Ultramar da União das Freguesias, seguindo-se a deposição de uma coroa de flores, pela Presidente da Junta e pelo Presidente da Direção do Núcleo. A cerimónia prosseguiu com os respetivos toques de homenagem aos mortos e, após um minuto de silêncio, foi cantado um salmo pelo Grupo Coral do Núcleo e lida a prece do Exército pelo Vice-Presidente do Núcleo.
Foto 6 - Vice-Presidente da Direcção do Núcleo de Matosinhos da LC, SAj Oliveira, que teve a seu cargo a condução da cerimónia
Foto 7 - Chamada pelos Combatentes de Lavra mortos na Guerra do Ultramar
Foto 8 - Chamada pelos Combatentes de Santa Cruz do Bispo mortos na Guerra do Ultramar
Foto 9 - Chamada pelos Combatentes de Perafita mortos na Guerra do Ultramar

Dando continuidade ao programa traçado, foram proferidas alocuções alusivas ao ato pelo Presidente da Direção do Núcleo e pela Presidente do executivo da Junta da União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo. Por último, o Grupo Coral do Núcleo cantou o Hino da Liga dos Combatentes. A cerimónia militar no próximo ano vai ser realizada em Santa Cruz do Bispo.
Foto 10 - Deposição de uma coroa de flores pelos responsáveis autárticos no Memorial do Cemitério de Perafita
Foto 11 - Deposição de uma coroa de flores pelos Presidente da Direcção e Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Núcleio de Matosinhos da LC no Memorial do Cemitério de Perafita
Foto 12 - Alocução do senhor Tenente Coronel Armando Costa, Presidente do Núcleo de Matosinhos da LC
Foto 13 - Alocução da senhora Presidente da União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, Dra. Lurdes Queirós
Foto 14 - O pequeno grupo de sócios do Núcleo de Matosinhos da LC que interpretou o Hino Nacional, um cântico religioso e o Hino dos Combatentes, no decorrer das cerimónias

Texto e fotos: © Núcleo de Matosinhos da LC
Edição das fotos e legendagem: Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 8 DE JULHO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24461: Efemérides (401): Rescaldo da cerimónia de Homenagem aos Combatentes da União de Freguesias de Ovadas e Panchorra, Concelho de Resende, levada a efeito no passado dia 1 de Julho de 2023 (Fátima Soledade / Fátima Silva)

Guiné 61/74 - P24461: Efemérides (401): Rescaldo da cerimónia de Homenagem aos Combatentes da União de Freguesias de Ovadas e Panchorra, Concelho de Resende, levada a efeito no passado dia 1 de Julho de 2023 (Fátima Soledade / Fátima Silva)

Combatentes homenageados, representando também todos os ausentes


Resende

União de Freguesias de Ovadas e Panchorra

Homenagem aos seus Combatentes - Dia 1 de julho de 2023

A União de freguesias de Ovadas – Panchorra homenageou os combatentes do Ultramar, no dia 1 de julho de 2023, pelas 15h00 com a celebração da Eucaristia a cargo do Padre Abel, na Igreja de Ovadas. Este, durante a homilia, dissertou sobre o padecimento que os combatentes sustentaram aquando do cumprimento do dever em prol da Pátria. A celebração foi abrilhantada pela banda de Música de S. Cipriano-a-Velha, dirigida pelo maestro, professor Carlos.

Durante a cerimónia religiosa foram distribuídas lembranças a cerca de trinta combatentes que lutaram na Guiné, em Angola e em Moçambique e projetados vídeos com as resenhas das experiências dos militares homenageados.

Ainda se destaca a participação sublime da Leonor Macário, neta de um combatente, que leu um testemunho e cantou um poema, textos escritos por ela que relataram a experiência do avô na sua comissão em Moçambique.

Da Liga de Combatentes do Núcleo de Lamego esteve presente uma delegação de associados, salientando-se o Presidente Coronel Valdemar Lima, que usou da palavra, para agradecer aquela sublime homenagem, tendo realizado o desfecho da cerimónia no interior da igreja. O Sr. Coronel salientou, de forma digna, o papel dos combatentes portugueses desde a I Guerra Mundial e consignou o facto de muitos viverem abandonados pelo Estado Português.

Relembrou que apesar de há um ano ter sido aprovado o Estatuto do Antigo Combatente, proposto pela Liga dos Combatentes, não houve mudanças consideráveis e que o valor correspondente ao salário mínimo seria um valor insignificante despendido pelo Orçamento do Estado. Estas palavras receberam, por parte dos presentes, uma afetuosa aclamação de apreço.

Após a celebração religiosa, seguiu-se a inauguração de um Memorial aos Combatentes do Ultramar, no Largo do Pelourinho, onde foi entoado o Hino Nacional por toda a população presente e entidades convidadas.

Nesta homenagem também estiverem presentes o Presidente da Assembleia Municipal de Resende, Dr. Jorge Machado, Vereadores e Presidentes de Juntas de Freguesia do concelho.

Salienta-se ainda a presença e total empenho do Presidente da Junta de freguesia de Ovadas, Manuel Afonso, na merecedora Homenagem aos Combatentes.

No fim da cerimónia foi servida uma deleitosa merenda a toda os convidados e habitantes, no Largo do Pelourinho, perante um cenário paradisíaco e rural, onde só a Natureza e os bons corações imperam.

1 de julho de 2023
Fátima´s

Foto 1 - Exterior da Igreja
Foto 2 - Interior da Igreja de Ovadas
Foto 3 - Responsável pela Homilía Religiosa, Senhor Padre Abel
Foto 4 - Neta Leonor a homenagear o avô
Foto 5 - Banda Musical de S. Cipriano-a-Velha
Foto 6 - Combatente da CCAÇ 1421, as Fátima's, Leonor e Presidente da Junta
Foto 7 - O Senhor Coronel Valdemar Lima e a Leonor, neta de Combatente
Foto 8 - Inauguração do Monumento no Largo do Pelourinho

Fotos e legendagem: © Gentil Pereira
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Notas do editor

Vd. poste de 22 DE JUNHO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24424: Efemérides (399): Convite para as cerimónias de homenagem aos Heróis do Ultramar da freguesia de Panchorra, dia 24 de Junho e freguesia de Ovadas, dia 1 de Julho, concelho de Resende, conforme os programas (Fátima Soledade / Fátima Silva)

Último poste da série de 27 DE JUNHO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24435: Efemérides (400): Rescaldo da cerimónia de homenagem aos Heróis do Ultramar dos lugares de Panchorra e da Talhada, Concelho de Resende, levada a efeito no passado dia 24 de Junho (Fátima Soledade / Fátima Silva)

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24439: Agenda cultural (835): Rescaldo da apresentação do livro "Memórias de um Combatente", da autoria de José Ferreira, antigo Combatente em Angola, levada a efeito no passado dia 25 de Junho de 2023, em Resende (Fátima Silva e Fátima Soledade)

Foto 1 - Livro “Memórias de um combatente”, do autor José Ferreira


1. Mensagem das nossas amigas Fátima Soledade e Fátima Silva, filhas de antigos combatentes do ultramar, enviada ao nosso Blogue no dia 28 de Junho de 2023, com o resumo do lançamento do livro "Memórias de um Combatente", levado a efeito no passado dia 25 de Junho de 2023:

Lançamento do Livro do Autor José Ferreira, “Memórias de um Combatente”

No dia 25 de junho de 2023, pelas 16 horas, no Salão Nobre do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Resende, realizou-se o lançamento do livro “Memórias de um Combatente” do autor José Ferreira, que foi bombeiro antes de assentar praça e cumpriu uma Comissão de Serviço em 1965/1967, como 1.º Cabo Sapador, na Província Ultramarina de Angola.

O Senhor José Ferreira compareceu acompanhado dos seus familiares e amigos. O seu filho, Renato Ferreira e o músico Diamantino Nogueira proporcionaram belos momentos musicais e o neto, Tomás Ferreira, declamou um poema do avô.

O painel participou pela seguinte ordem:

- A moderação dos diferentes momentos e intervenções foi da responsabilidade da representante da “Editorial Novembro”, Dra. Avelina Ferraz;
- Alocução do Presidente da Direção dos Bombeiros Voluntários de Resende, Sr. Joaquim Alves;
- Alocução do Presidente da Assembleia Municipal de Resende, Dr. Jorge Machado;
- Alocução da Dra. Fátima Silva – Apresentação do Projeto “Heróis da Guerra do Ultramar – Resende”;
- Alocução da Dra. Fátima Soledade – Testemunho sobre a origem do livro “Memórias de um Combatente”;
- Encerramento do evento a cargo do Coronel de Infantaria na Reserva, Joaquim Monteiro, Vice-presidente do Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes.

No final foi servido um “Porto de Honra”, proporcionando um convívio muito salutar.


Foto 2 - Dra. Avelina Ferraz, moderadora e representante da editora
Foto 3 - Vista geral do Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários
Foto 4 - Presidente da Assembleia Municipal de Resende, Jorge Machado, e o autor José Ferreira
5 - Filho do autor, Renato Ferreira, e Diamantino Nogueira
Foto 7 - Painel (da esq. Para a dir.) Dra. Avelina Ferraz, Fátima Soledade, Jorge Machado, José Ferreira, Joaquim Monteiro, Joaquim Alves e Fátima Silva
Foto 8 - Elementos da Liga dos Combatentes do Núcleo de Lamego, José Ferreira e o Major Osório.
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Nota do editor

Último poste da série de 17 DE JUNHO DE 2023> Guiné 61/74 - P24406: Agenda cultural (834): Apresentação do livro "Memórias de um Combatente", da autoria de José Ferreira, antigo Combatente em Angola, a ter lugar no Salão Nobre do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Resende, dia 25 de Junho de 2023, pelas 16 horas (Fátima Silva e Fátima Soledade)

terça-feira, 27 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24435: Efemérides (400): Rescaldo da cerimónia de homenagem aos Heróis do Ultramar dos lugares de Panchorra e da Talhada, Concelho de Resende, levada a efeito no passado dia 24 de Junho (Fátima Soledade / Fátima Silva)

Foto 1 - Igreja Matriz da Panchorra


1. Mensagem das nossas amigas Fátima Soledade e Fátima Silva, filhas de antigos combatentes do ultramar, enviada ao nosso Blogue no dia 26 de Junho de 2023, com o Resumo da Homenagem aos Combatentes dos lugares de Panchorra e de Talhada, Concelho de Resende, levada a efeito no passado dia 24 de Junho de 2023:

No dia 24 de junho de 2023, pelas 15 horas, na freguesia de Ovadas- Panchorra, ocorreu maisuma cerimónia de homenagem aos combatentes na Guerra do Ultramar naturais dos lugares da Panchorra e da Talhada. A igreja, junto ao altar, encontrava-se condignamente ornamentada com vinte e dois postais que ostentavam uma fotografia militar e outra atual de cada combatente, acompanhados de uma linda flor branca. Estes registos tinham como pano de fundo, a contrastar, uma linda manta trazida por um combatente há mais de cinquenta anos. A homília esteve a cargo do Sr. Pe. Sérgio, que muito dignificou aquele momento, pois, também confidenciou ser filho de um combatente.

A abertura da cerimónia foi realizada pelo Presidente da Assembleia Municipal, Jorge Machado, também antigo combatente, que partilhou a sua experiência militar no Ultramar ao serviço da Pátria.

Ainda no início da cerimónia, fui exibida uma projeção fotográfica de vinte e dois combatentes naturais daquelas localidades, quase todos a residir em Lisboa. Os mesmos deslocaram-se propositadamente para a cerimónia, pois não poderiam faltar “à cerimónia mais bonita e digna que tiveram até hoje”, disseram.

No momento da Ação de Graças, foi lida a “Oração do Soldado” pelo combatente Salvador Custódio que ostentava a sua farda com mais de cinquenta anos e também foi partilhado um testemunho recolhido junto do combatente Manuel Gonçalves, sendo este o mais velho ex-militar a residir no lugar da Panchorra.

Antes da entrega das lembranças e dos postais, o Presidente da União de Freguesias Ovadas- Panchorra, Manuel Afonso, dirigiu uma mensagem a todos, centrando-se na importância de relembrar todos aqueles que se sacrificaram pela Pátria em cenários tão distantes das suas casas e da família.

Para finalizar, o Sr. Miguel Custódio, na sua qualidade de antigo combatente, realizou o encerramento da cerimónia, partilhando a sua experiência na Guiné, destacando, sobretudo, o papel da mulher enquanto Mãe, Esposa, Filha, ...como pilares cruciais na consecução de uma sociedade.

Num segundo momento, no espaço exterior à Sede da Junta de Freguesia, foi inaugurado um Memorial aos Combatentes. Este importantíssimo momento foi acompanhado pelo cântico do Hino Nacional a cargo da cantora Ana Rodrigues que também abrilhantou a cerimónia religiosa na companhia dos músicos Estevão Mendonça e António da Fonseca.

O momento final foi de confraternização, acompanhado por um reconfortante lanche, num cenário emoldurado pela idílica Serra de Montemuro e pela ímpar arquitetura serrana onde o granito governa.


Foto 2 - Postais onde se encontram representados, individualmente, os combatentes homenageados. Os mesmos colocados sobre uma manta trazida de Angola, há mais de cinquenta anos, por um combatente.
Foto 3 - Estandarte Heráldico da Liga dos Combatentes do Núcleo de Lamego.
Foto 4 - Lembranças oferecidas aos vinte e dois combatentes.
Foto 5 - Da esq. para a dir. – Vice-presidente da Direção da Liga dos Combatentes do Núcleo de Lamego, Coronel de Infantaria Joaquim Monteiro; representante do CTOE, Major Horta; Ex-diretor da Escola secundária e Ex-Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Resende, professor Dias Gabriel e representante do Posto da GNR de Resende, Sargento Mário.
Foto 6 - Dr. Pe. Sérgio, responsável pela homília e filho também de um antigo combatente.
Foto 7 - Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Jorge machado, no momento da abertura da cerimónia.
Foto 8 - Alocução proferida pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia, Manuel Afonso.
Foto 9 - A cantora Ana Rodrigues e os músicos Estevão Mendonça e António da Fonseca.
Foto 10 - Leitura do testemunho de Manuel Gonçalves realizada pela Fátima Silva.
Foto 11 - Presidente da Junta de Freguesia, Manuel Afonso e o combatente mais antigo da localidade da Panchorra, Manuel Gonçalves, no momento da entrega das ofertas.
Foto 12 - Leitura da “Oração do Soldado” realizada pelo combatente Salvador Custódio.
Foto 13 - Imagem geral do interior da igreja.
Foto 14 - Alocução do combatente Miguel Custódio que cumpriu comissão na Guiné.
Foto 15 - Elementos dos órgãos sociais da Liga dos Combatentes do Núcleo de Lamego e o Sargento Mário Soares, em representação do Posto da GNR de Resende.
Foto 16 - Momento em que foi entoado o Hino Nacional.
Foto 17 - Monumento aos combatentes ladeado pelos elementos dos órgãos sociais da Liga dos Combatentes do Núcleo de Lamego; Presidente da Assembleia Municipal, Jorge Machado; o Sargento Mário Soares, em representação do Posto da GNR de Resende, presidente da Junta de Freguesia, Manuel Afonso e as Fátima ́s (Fátima Soledade e Fátima Silva).
Foto 18 - Combatentes homenageados e as Fátima's.
Foto 19 - O combatente Salvador Custódio e a esposa.
Foto 20 - Momento de confraternização em que o Presidente da Junta de Freguesia, Manuel Afonso, e o combatente Manuel Gonçalves selam o dia com a abertura de um bolo.

Legendagem das fotografias: Gentil Pereira

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Nota do editor

Último poste da série de 22 DE JUNHO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24424: Efemérides (399): Convite para as cerimónias de homenagem aos Heróis do Ultramar da freguesia de Panchorra, dia 24 de Junho e freguesia de Ovadas, dia 1 de Julho, concelho de Resende, conforme os programas (Fátima Soledade / Fátima Silva)