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sábado, 30 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24715: Facebook...ando (38): António Medina, um bravo nativo da ilha de Santo Antão, que foi fur mil na CART 527 (1963/65), trabalhou no BNU em Bissau (1967/74) e emigrou para os EUA, em 1980, fazendo hoje parte da grande diáspora lusófona - Parte III: de sintex pelo rio Cacheu e afluentes, até às ilhas de Pecixe e Jeta


 Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3 

 Guiné  > Região do Cacheu >  Rio Cacheu e afluentes >  CART 527 (1963/65)   

Por determinação do nosso comandante do Batalhão de Bula, BCAÇ 507 (Bula, 1963/65), tenente coronel Hélio Felgas, tivemos que fazer reconhecimentos fluvial nos afluentes, estendidos às Ilhas de Jeta e Pecixe (a sul / sudoeste de Teixeira Pinto).

Para isso foi-nos distribuído uma pequena lancha em plástico reforçado, (sintex) com motor fora de borda, manobrado por um cabo e um soldado de Engenharia.

Interessante saber, com exceção do Rio Corubal,  no Sul da Guiné, onde se dá o fenómeno do Macaréu,  à semelhança do Amazonas (recuo das águas para a nascente, criando uma onda de grande porte), os denominados Geba, Mansoa e Cacheu não são rios, mas sim braços de mar que entram pela terra dentro, |  21 de Dezembro de 2013 
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Fotos (e legenda): © António Medina (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da seleção de fotos do álbum do nosso camarada da diáspora lusófona, 
António Medina:

(i) ex-fur mil at inf,  CART 527 (Teixeira Pinto, Bachile, Calequisse, Cacheu, Pelundo, Jolmete e Caió 1963/65), de resto o único representante desta subunidade, na Tabanca Grande;

(ii) de seu nome completo, António Cândido da Silva Medina, nasceu em 26 de setembro de 1939, na ilha de Santo Antão, Cabo Verde (completou há dias 84 anos);

(iii) estudou no liceu Gil Eanes (Mindelo, São Vicente) (o único liceu então existente nas ilhas);

(iv) depois da "peluda", em Bissau, e até à independência, foi funcionário do BNU (Banco Nacional Ultramarino), entre 1967 e 1974;

(v) vive desde 1980 nos EUA, em Medford, no estado de Massachusetts, onde foi bancário;

(vi)  tem página no Facebook (último poste: 30 de outubro de 2022); 
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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 27 de setembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24703: Facebook...ando (37): António Medina, um bravo nativo da ilha de Santo Antão, que foi fur mil na CART 527 (1963/65), trabalhou no BNU em Bissau (1967/74) e emigrou para os EUA, em 1980, fazendo hoje parte da grande diáspora lusófona - Parte II

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Guiné 61/74 - P20262: Tabanca da Diáspora Lusófona (3): Em busca de camaradas da unidade / subunidade a que pertecenceu o ex-alf mil António Vieira Abreu, recentemente falecido (João Crisóstomo,Nova Iorque)


Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3



Foto nº 4

Fotos do alf mil António Veira Abreu, que terá chegado ao TO da Guiné em janeiro de 1967...e de quem não sabemos mais nada: a que unidade/subunidade pertenceu, por onde andou, quem era o seu comandante, a data do regresso,  etc.  Nas fotos nº 1 e 2, vemo-lo num "sintex", possivelmente no rio Geba... As fotos nºs 3 e 4 parecem ter sido tiradas num destacamento por onde terá passado com o seu grupo de combate...

Fotos: © João Crisóstomo (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.]



1. Mensagem do nosso amigo luso-americano João Crisóstomo, e nosso camarada da diáspora, a viver desde 1975 em Nova Iorque,  ex-alf mil, CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67),  régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona (*)

Data - 20 de outubro de 2019, 11h28

Assunto - Fotos do Vieira Abreu

Caro Luis Graça,

A São, esposa do saudoso [António] Vieira Abreu  (`*), enviou-me estas fotos.

Como eu já sabia ele não falava muito da Guiné:


"Bom dia amigo Crisóstomo, o Abreu nunca quis falar do tempo que viveu na Guiné, só queria esquecer, mas julgo que se devia escrever a história dum país que parece que se quer apagar, é assunto que não se fala nas escolas. Tenho poucas fotos vou mandar algumas."

Quanto à unidade (companhia) dele não sei, mas creio não será difícil saber isso. Eu estou confuso *) tinha sido em 1966, mas ele um dia mandou-me uma informação que não corresponde. Devo ser eu que estou enganado a não ser que ele tenha sem querer escrito a data errada. Ele disse:

"Amigo Crisóstomo,  agradeço o teu mail e retribuo os teus votos.Vou reservar a minha participação no vosso encontro. Eu embarquei para a Guiné em janeiro de 1967. Um abraço do amigo Abreu."

É o que pude arranjar. Creio que não será difícil encontrar a info certa.



2. Comentário do editor LG.:

Em relação aos nossos queridos mortos, os nossos camaradas que passaram pelo TO da Guiné que lá morreram (em combate, acidente ou doença), ou que faleceram depois do regresso a casa, já como "paisanas", temos a obrigação (moral) de os não esquecer...

Nesse sentido, agradeço-te muito a ti e à viúva, a tua amiga Purificação (São), a gentileza do envio de algumas fotos do António Vieira Abreu, ex-alf mil, que terá chegado à Guiné em janeiro de 1967, mas de quem não sabemos mais nada: a que unidade/subunidade pertenceu, por onde andou, quem era o seu comandante, que era os outros alferes e restantes camaradas, as operações que fizeram, as baixas que tiveram, a data do seu regresso a casa,  etc. 

Com a publicação destas fotos do álbum da família, pode ser que algum camarada do seu tempo o reconheça e nos dè mais pistas. Vamos também consultar a nossa "base de dados"... Vamos ver quais as unidades/subunidades que chegaram ao CTIG em janeiro de 1967... 

Obrigado pelo teu cuidado. Um abraço fraterno para a tua amiga Patrícia (São),viúva do Vieira Abreu. Já agora, vê se nos mandas o nome completo do teu amigo, condiscípulo e camarada.

________________

Nota do editor:

(*) Vd. poste de 19 de outubro de  2019 > Guiné 61/74 - P20258: Tabanca da Diáspora Lusófona (2): In Memoriam: o meu condiscípulo, amigo e camarada de armas Vieira Abreu: os nossos insólitos encontros e desencontros ao longo da vida, do seminário à guerra, de Saint Germain des Prés (Paris) a Fátima, de Queens à Portela (Lisboa)... até que a sua morte, inesperada, nos vem agora separar de vez (João Crisóstomo, Nova Iorque


[...] A história com o  [António Vieira[ Abreu foi bem diferente, mas muito invulgar: estava eu um dia na Guiné, "no meio duma operação" e, cansado, estava sentado no chão de costas contra o tronco de uma árvore a comer não sei o quê, quando vejo ao meu lado uma cara conhecida que não via há muito tempo e que não esperava ali : era o Abreu, também alferes miliciano numa outra companhia que nesse dia se juntou à nossa, nessa "operação no mato" de que não me recordo mais detalhes.

Como eu, ele tinha saído do Seminário e,  feito o curso em Mafra, ... ali estava... Mas recordo-me bem dos assuntos que o tempo e circunstâncias nos levaram a falar, pois que me surpreendeu com uma mente e visão já mais liberal e mais "arrojada" do que eu, que nessa altura ainda me regia pelo pensar conservador que me tinham encaixado no Seminário.

Depois dissemos "até à próxima" e seguimos cada um para seu lado. [...]

sábado, 10 de novembro de 2018

Guiné 61/74 - P19180: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte L: Viagens pelo rio Cacheu em sintex: abril de 1968 e janeiro de 1969


Foto nº 55 > Viagem de sintex, no rio Cacheu, janeiro de 1969 > O piloto, e à esquerda o Alferes Gatinho, da CART 1744 que estava em São Domingos.


Foto nº 53 > O barco deixando um rasto para trás de água remexida, o nosso Cabo Piloto (não sei o nome dele, mesmo viajando várias vezes com ele).  


Foto nº 54 > Fomos Rio Cacheu abaixo até à sua Foz.


Foto nº 52 > Eu, Virgílio Teixeira, bebendo uma cerveja Sagres, possivelmente bem quente.


Foto nº 51 A > Vista parcial da cidade de Cacheu


Foto nº 51 B > Vista parcial da cidade de Cacheu


Foto nº 51 C > Vista parcial da cidade de Cacheu


Foto nº 51 > Vistas do Cacheu na saída da cidade, é visível que já tem algumas infra-estruturas, como o cais acostável para barcos de pequeno e médio porte, equipado com guindastes e armazéns.


Foto nº 4 > Continuando a viagem e numa posição de eventual fogo...Viagem de sintex de São Domingos - Cacheu, abril de 1968.


Foto nº 6 > Outra perspectiva do rio mais largo, mas ao fundo vai afunilar.


Foto nº 5 > Uma vista do rio que vai entrar numa faixa muito estreita.


Foto nº 2 > O piloto do sintex a descobrir as passagens dos rios. Eu, em primeiro plano, fumando um cigarro.


Foto nº 1 > O sintex  a caminho do Cacheu. Eu, no meio, entre dois soldados operacionais.


Foto nº 3 > Eu, sentado na beira do barco, já de calções de banho.


Foto nº 7 > Aproximação cais da cidade do Cacheu

Foto nº 7A > Aproximação cais da cidade do Cacheu


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) (*)


CTIG - Guiné 1967/69 - Álbum de Temas:

VIAGENS PELO RIO NOS PEQUENOS BARCOS SINTEX

T803 – DE SÃO DOMINGOS AO CACHEU NO SINTEX



ADVERTÊNCIA:

Foi editado neste Blogue, em Janeiro de 2018, um tema controverso, e também dúbio para mim, sob a designação: “Perdidos no Rio”. (**)

Havia algo que não batia certo, comparando as fotos, umas a preto e branco e outras que eram slides a cores, bem como as pessoas envolvidas, as datas, pelo que procurei nas minhas escrituras o que se passava, falei com outros camaradas, e a estória estava mal contada, com uma grande baralhada.

Por isso chamo a atenção que algumas das fotos aqui presentes, podem já ter sido editadas no Poste original, por isso as minhas desculpas pela repetição, mas agora o Tema já está organizado.

Fiz um trabalho de reorganização de todas as fotos e slides, pois afinal tinha fotos de viagens ao Cacheu, uma viagem a Varela e outra viagem a Susana, que foi nesta última que nos perdemos dois dias nos rios, braços de rios, e aldeias perdidas no cú de judas.

Vou reproduzir neste Tema – Viagens pelo rio, nos pequenos barcos Sintex - duas de várias viagens efectuadas ao “Aquartelamento” do Cacheu, sendo uma em Abril de 68 e outra em Janeiro de 1969.

O conjunto total dos 3 Temas é:

T801 – De São Domingos a Varela no Sintex

T802 – De São Domingos a Susana no Sintex

T803 – De São Domingos ao Quartel do Cacheu no Sintex


I - Anotações e Introdução ao tema:

Estas viagens eram autorizadas sempre pelo 1º Comandante do Batalhão, quando a iniciativa partia da minha parte, para tratar de assuntos relativos à minha especialidade.

Outras vezes, era nomeado pelo Comando, para comandar a operação, muitas vezes era apenas levantar mantimentos aos outros aquartelamentos, que nos faltavam devido às chuvas, ou ao atraso sistemático dos barcos de reabastecimentos. Era sempre uma operação de ‘Potencial’ risco, e tinha de levar sempre um graduado – normalmente um alferes miliciano.

O barco-banheira, fornecido pela Engenharia denominado Sintex, era em fibra, talvez de vidro, nunca soube, em forma de uma banheira doméstica, em ponto grande, 4 a 5 vezes maior. Era equipada com 2 motores fora de borda, de 50 cavalos cada, funcionando a gasolina.

Não tendo quase equipamentos nenhuns, era de um grande desconforto, tinha umas tábuas de lado a lado para o pessoal se sentar, e que raramente era usado, pois os utentes ou se sentavam na borda do barco, ou deitavam-se no fundo do mesmo, do casco interior, em cima de nada, e dormitando quando era possível. O responsável pelo barco era um Piloto, 1º Cabo de Engenharia, e penso que existiam à volta de 3 a 4 elementos desta especialidade, apesar e só haver um único barco Sintex, que eu me lembre.

Depois tinha de se levar, além de todo o equipamento individual e normal de uma operação, as armas, G3 e carregadores, bem como algumas coisas pessoais, pois podia levar 1,2 e 3 dias ou mais. Fazia parte da guarnição um soldado ou cabo atirador de infantaria, que carregava normalmente uma arma de carregamento de fita, uma MG 60 por exemplo, mais um outro operacional, soldado ou cabo, no total era normalmente uma expedição com 4 homens. Por norma nunca vi qualquer meio de comunicação ou de transmissões, o que era uma chatice quando o piloto se perdia, o que aconteceu pelo menos uma vez comigo.

Os ocupantes levavam a respectiva ração de combate, como era usual nas saídas.

Depois ficava o resto do espaço livre do barco, para carregar os mantimentos e afins, nos regressos da expedição.

Os rios e braços de rio eram muitos, altamente perigosos por natureza, não só devido à Fauna existente nos seus leitos, mas também pelos circuitos de braços de rio facilmente de perder de vista, além do normal perigo de aparecimento de elementos do Inimigo, as suas margens muitas vezes ao alcance de uma granada de mão, e em caso de necessidade de encostar o barco, não era possível, o ‘tarrafo’ das margens não davam possibilidade para desembarcar, só mesmo nos locais já abertos e preparados para esse efeito.

Eram momentos fantásticos, de paisagens e vistas de perder o fôlego, em particular o inesquecível ‘estuário do Rio Cacheu’ ao entrar dentro do Oceano Atlântico. Muito mais largo e imponente do que o existente, o estuário do Tejo em Lisboa.


II – Legendagem das fotos:

A – Viagem feita em Abril de 1968, não tendo possibilidades de saber o dia certo. Este conjunto de fotos foi feito no mesmo dia “Em Abril de 1968, sem data precisa”.

Era uma missão que me agradava imenso, pois ia mudar de ares, conhecer mais e melhor os rios e terreno, os aquartelamentos, os camaradas, as condições de vida da nossa tropa, era um dia entre muitos, diferente dos restantes.

Muitas vezes regressava já de noite, pois às 18 horas era noite cerrada.

As fotos F01 a F07, dizem respeito a uma, de várias vezes, que fiz viagens ao aquartelamento do Cacheu, sendo necessárias julgo que duas horas, para cada sentido.

F01 – Depois de preparado, o barco já está a caminho do Cacheu. Estou no meio de dois homens, soldados operacionais, e todos descontraídos.

F02 – O piloto do barco a descobrir as passagens dos rios. Com algum tempo de viagem, já dá para deitar e fumar um cigarro.

F03 – Sentado na beira do barco, já de calções de banho. Esta era uma situação recorrente, para apanhar sol no corpo todo, fazia-se esta asneira, pois o sol queimava a pele, que o diga o Furriel Pinto, que lhe saiu a pele toda do corpo, porque era muito sensível, com pele muito branca.

F04 – Continuando a viagem e numa posição de eventual fogo. Isto são fotos só para guardar de recordação, pois nenhum perigo se avistava.

F05 – Uma vista do rio que vai entrar numa faixa muito estreita. Pode ver-se nitidamente que vamos entrar em zona já de algum perigo eventual.

F06 – Outra perspectiva de um rio mais largo, mas ao fundo vai afunilar. As imagens são praticamente iguais, mas sempre diferentes a cada curva do rio.

F07 – Finalmente o barco chega ao cais da cidade do Cacheu. É uma cidade do interior já de algum luxo e conforto, comparada com outras bem piores. A cidade do Cacheu é uma das mais importantes da Guiné, tem uma fortificação com alguns canhões apenas para decoração, já não funcionam. Aqui era a sede de agrupamento.

B – Viagem feita em finais de Janeiro de 1969, não tendo possibilidades de saber o dia certo.

Este conjunto de fotos foi feito no mesmo dia “Em finais de Janeiro de 1969, sem data precisa”.

As fotos F51 a F55 respeitam a uma das minhas últimas viagens ao Cacheu, pelo meu ainda algum conhecimento, é a viagem já de regresso, de Cacheu para São Domingos.

F51 – Vistas do Cacheu na saída da cidade, é visível que já tem algumas infra-estruturas, como o cais acostável para barcos de pequeno e médio porte, equipado com guindastes e armazéns.

F52 – O autor, Virgílio Teixeira, bebendo uma cerveja Sagres, possivelmente bem quente.

F53 – O barco deixando um rasto para trás de água remexida, o nosso Cabo Piloto (não sei o nome dele, mesmo viajando várias vezes com ele).

A paisagem é um misto de ‘beleza e o desconhecido’ nunca se sabe quando pode aparecer fogo de um lado ou outro, ou ser levantado por um enorme Hipopótamo ou levar uma pancada da cauda de um enorme crocodilo.

F54 – Fomos Rio Cacheu abaixo até à sua Foz, foi o melhor cruzeiro da minha vida, pois por um lado já apanhávamos o ‘clima’ Atlântico, e depois um enorme Estuário que não foi possível ‘meter’ nesta foto, ver as suas margens de um lado ao outro, inesquecível e impressionante.

O Piloto deve ter tirado a foto, e quem vai a conduzir o barco é outro elemento da guarnição. O estuário já está para trás, já demos a volta e vamos a caminho de São Domingos.

F55 – A última foto da viagem, está o Piloto a pilotar, e o Alferes Gatinho, da CART 1744 que estava em São Domingos. Acabou de dormir uma sesta, e agora apareceu. Fiz algumas viagens com ele, segundo se consta, era o menino bonito do nosso Comandante Saraiva, que nesta data já não estava connosco. Jogavam muito à Lerpa à noite.

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BCAÇ1933 / RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».

NOTA FINAL DO AUTOR:

# As legendas das fotos em cada um dos Temas dos meus álbuns, não são factos cientificamente históricos, por isso podem conter inexactidões, omissões e erros, até grosseiros. Podem ocorrer datas não coincidentes com cada foto, motivos descritos não exactos, locais indicados diferentes do real, acontecimentos e factos não totalmente certos, e outros lapsos não premeditados. Os relatos estão a ser feitos, 50 anos depois dos acontecimentos, com material esquecido no baú das memórias passadas, e o autor baseia-se essencialmente na sua ainda razoável capacidade de memória, em especial a memória visual, mas também com recurso a outras ajudas como a História da Unidade do seu Batalhão, e demais documentos escritos em seu poder. Estas fotos são legendadas de acordo com aquilo que sei, ou julgo que sei, daquilo que presenciei com os meus olhos, e as minhas opiniões, longe de serem ‘Juízos de Valor’ são o meu olhar sobre os acontecimentos, e a forma peculiar de me exprimir. Nada mais. #

Acabadas de legendar, hoje,

Em, 2018-11-06
Virgílio Teixeira
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Notas do editor:



6 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18180: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte VII: Perdidos no rio Cacheu, em maio de 1968 (2)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Guiné 61/74 - P18274: Memória dos lugares (374): Gadamael, c.1967/68, ao tempo da CART 1659, 'Zorba' (Manuel Cibrão Guimarães, ex-fur mil, CCAÇ 1620, Bissau, Cameconde, Cacine, Sangonhá, Cacoca, Cachil e Bolama, 1966/68)


Foto nº 1 > Guiné > Região de Tombali > Gadamael   > CCAÇ 1620 > c. 1967/68 > Passeio de "sintex". (Ao tempo ainda não havia o "cais de Gadamael" onde, em 1973, descarregava o batelão BM3, que abastecia Gadamaele  Guileje... Recorde-se que o rio que banhava Gadamael Porto era o Sapo, afluente do Rio Cacine


Foto nº 1 A > Guiné > Região de Tombali > Gadamael  > CCAÇ 1620 > c. 1967/68 > Passeio de sintex. Pormenor. da esquerda para a direita, "eu, o fur at inf da minha companhia, de apelido Viegas,  que está a remar, mais dois militares da minha companhia, de que não me lembro o nome, e  sentado à popa, de bigode, o   2º sargento que respondia pela CART 1659, que estava em Gadamael. Íamos de Sangonhá a Gamadael, em coluna auto. Eu era furriel mecânico auto. Este é um momento de descontração, no rio [Sapo} que  banhava Gadamael... A estrada na altura era transitável de Cacine a Guileje, passando por Cameconde, Cacoca e Sangonhá. De Mejo para Buba é que não... A minha companhia esteve de agosto de 1967 a março de 1968 em Sangonhá, com um pelotão destacado em Cacoca, e que era rendido ao fim de um mês. Em Cacoca ocupávamos as instalações de um comerciante branco, oriundo da região de Aveiro, que se chamava Tonecas. Com a guerra, ele  abandonou Cacoca, e ficou só com o estabelecimento de Cacine. Conheci-o em Cacine. Negociava produtos (frutas, coconote, etc.) com tipos da Guiné-Conacri que iam lá de barco, e tinham salvo-condutos passados pela NT, eram também 'agentes duplos' que davam informações sobre o que se passava do lá da fronteira. Em Cacoca também havia intercâmbios deste género , os tipos da Guiné-Conacri iam lá visitar os parentes e vender e comprar produtos".

Foto (e legenda): © Manuel Cibrão Guimarães (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região de Tombali > Mapa de Cacoca (1960) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Sangonhá, nas proximidades da fronteira com a Guiné-Conacri, tendo a norte Gadamael e Ganturé, e a sul Cacoca e Cameconde  (e a sudoeste Cacine, vd. mapa de Cacine e mapa geral da província)

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2018)




[Foto à direita: Manuel Cibrão Guimarães:
natural de Avintes, V. N. Gaia, vive em Rio Tinto, Gondomar]

1. Continuação da publicação de uma seleção de fotos do
álbum do nosso grã-tabanqueiro nº 766, Manuel Cibrão Guimarães, ex-fur mil, mec auto, da CCAÇ 1620 (Bissau, Cameconde, Cacine, Sangonhá, Cacoca, Cachil e Bolama, 1966/68). (*)

Antes de ir para o Cachil (em março de 1968, e onde esteve até 1/7/1968), a CCAÇ 1620 tinha assumido, em 5 de janeiro de 1967, a responsabilidade do subsetor de Cameconde, rendendo, por troca, a CCAÇ 799 (Cacine e Cameconde, 1965/67), e passando a integrar o dispositivo e manobra do BCAÇ 1861 e depois do BART 1896. É nessa altura que a CCAÇ 1620 tem um pelotão destacado em Cacine.

Em 1 de agosto de 1967, por rotação com a CART 1692, assumiu a responsabilidade do subsector de Sangonhá, com um pelotão destacado em Cacoca, mantendo-se no mesmo sector do BART 1896.

A foto que publicamos hoje, tirada em Gadamael, é do tempo em que a CCAÇ 1620 esteve em Sagonhá (agosto de  1967 / março de 1968). O Manuel Cibrão Guimarães passou, portanto,  sensivelmente o mesmo tempo (7 meses) erm dois sítios do regulado de Cacine: em Cacine e em Sangonhá.


22 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18238: Tabanca Grande (457): Manuel Cibrão Guimarães, ex-fur mil, CCAÇ 1620 (Cameconde, Sangonhá, Cachil, Cacine, Cacoca, Gadamael, 1966/68)... Senta-se à sombra do nosso poilão, no lugar nº 766.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Guiné 61/74 - P18178: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte VI: Perdidos no rio Cacheu, em maio de 1968 (1)



Foto nº 816 > Guiné > Região de Cacheu > Rio Cacheu > Maio de 1968 > Perdidos no rio... mas encontrando por fim uma saída... com regresso a casa, sãos e salvos, a São Domingos... Força comandada pelo alf mil SAM Virgílio Teixeira, CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)... Não sabemos como é que cabiam num sintex, com 2 potentes motores, uam secção (9/10 homens), além dos mantimentos (incluindo uma vaca!) trazidos para São Domingos...



Foto nº 801 > Guiné > Região de Cacheu > Rio Cacheu > Maio de 1968 > Perdidos no rio: o sintex...


Foto nº 801 A > Guiné > Região de Cacheu > Rio Cacheu > Maio de 1968 > Susana > Perdidos no rio: o sintex... Detalhe: em primeiro plano, o alf mil SAM Virgílio Teixeira,  cmdt da força (CCS/BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69


Foto nº 802  > Guiné > Região de Cacheu > Rio Cacheu > Maio de 1968  > Susana > Perdidos no rio: o sintex... Detalhe: em primeiro plano, o alf mil SAM Virgílio Teixeira,  cmdt da força (CCS/BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)... Apreensivo mas não amedrontado...



Foto nº 815  > Guiné > Região de Cacheu > Rio Cacheu > Maio de 1968 > Perdidos no rio:  aguardando ajuda em Susana...


Foto nº 803  > Guiné > Região de Cacheu > Rio Cacheu > Maio de 1968  > Susana > Perdidos no rio: o sintex... Detalhe: em primeiro plano, o alf mil SAM Virgílio Teixeira,  cmdt da força (CCS/BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)..., bebendo uma cerveja Cristal.


Foto nº 804  > Guiné > Região de Cacheu > Rio Cacheu > Maio de 1968  > Susana > Perdidos no rio: o sintex... O pessoal dormitando (1)...


Foto nº 817  > Guiné > Região de Cacheu > Rio Cacheu > Maio de 1968 > Susana > Perdidos no rio: o sintex... O pessoal dormitando (2)...


Foto nº 813  > Guiné > Região de Cacheu > Rio Cacheu > Maio de 1968  > Perdidos no rio: estuário e foz do rio Cacheu...


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do  nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69):


Fotos, de 801 a 817: Fazem parte da minha colecção especial e do capítulo  ‘perdidos no rio’ [, de iremos publicar dois ou três postes].

Foi uma missão que o nosso novo comandante, após a evacuação do meu comandante inicial, tenente coronel Saraiva,  ter sido evacuado por ferimentos em combate, não encarou bem comigo, nem eu com ele, e então deu-me como missão ir comandar um sintex até Susana para carregar alguns mantimentos, pois o nosso aquartelamento [, em São Domingos,]  estava sem nada, após uma tempestade tropical ter destruído quase tudo o que era perecível.

Até uma vaca viva veio no pequeno barco. Só que no regresso, e após uma visita a Varela, uma praia lindíssima mas abandonada, quando regressamos passados uns dias, o piloto perdeu-se naquele emaranhado de dezenas de rios e braços de rio, e sem rádio – nem telemóvel, naquele tempo... – fomos parar a uma aldeia indígena felupe, muito atrasada, nem sei o nome, e por lá ficamos. 

Até ser dada a nossa falta por lá ficamos a esperar até de manhã. Veio um heli e localizou-nos e fomos encaminhados para um local onde o piloto já conhecia melhor, e assim chegamos a São Domingos, a salvo, de sermos comidos vivos, pelos felupes ou pelos jacarés…

Este episódio não consta na História da Unidade, pois soube mais tarde que o comandante, coronel Renato Xavier, ficou aflito, por ter dado esta responsabilidade a um oficial não operacional, e assim, apesar de todos tomarem conhecimento, nunca foi divulgado nem escrito, foi um sonho ou pesadelo. Mas não me lembro de ter ficado amedrontado. 

Ficaram as várias fotos que tenho desta aventura no Norte da Guiné, e na fronteira com o Senegal até Cabo Roxo, que visitamos também. Não foi tudo mau, mas poderia ser!

Deu tempo para conhecer também o estuário e foz do rio Cacheu, muito maior do que o Tejo. Uma coisa deslumbrante, pois estamos quase em cima do Atlântico e o clima é muito melhor.

(Continua)

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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Guiné 63/74 - P12191: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (74): José Macedo, ex-1º cabo, CCAÇ 798 (Gadamael, 1965/67), descobre o nosso blogue quando estava a digitalizar fotos do seu álbum... E pede o contacto do ex-alf mil Manuel Vaz


Guiné > Região de Tombali > Gadamael > CCAÇ 798  (1965/67) > O José Macedo  é o primeiro da esquerda, sentado na borda de um barco sintex... O  terceiro é o Capitão Anacoreta Soares, "quando íamos a pesca,. à granada ofensiva, para o rancho e para umas caldeiradas para o pessoal".

Foto (e lgeenda)  © José Macedo (2013). Todos os direitos reservados.



1. Mensagem do nosso leitor (e camarada) Josè Macedo:


Data - 22 de outubro de 2013, 20:51
Assunto - Um abraço do tamanho do Mundo




Caro Amigo e Sr. Luís Graça

Se poder contactar o ex-alferes Martins Vaz, envie-lhe um abraço do tamanho do Mundo, da parte de:

José Macedo ( ex- 1º cabo 3430/64,   CCaç 798,   Gadamael- Guiné 1965/67).

Se tiver o endereço de e-eail dele, muito agradecia que me fosse facultado afim de entrar em contacto com o mesmo. Sucede que,  há dias atrás.  estive a digitalizar todas as minhas fotografias e não sei que me deu  na “mona ", quando estava a introduzir as mesmas no  nosso PC e procurei na Net, "CCaç 798, Guiné",,, para meu espanto,  dei com o vosso blog e com fotos de Gadamael e até uma, na qual estou incluído.

Tomo a liberdade de anexar foto: sou o 1º à esquerda. O 2º á esquerda é  o 1º Cabo 3428/64 Mário, sendo o 3º o capitão Anacoreta Soares, quando íamos a pesca (à granada ofensiva) para o rancho e para umas caldeiradas pró pessoal. 

Acerca do capitão Anacoreta Soares vivi,  com o mesmo, um episódio de Vida, de Homens e de Guerra… Só que por vezes a memoria é curta…

Desculpe-me o incómodo, pelo que apresento as minhas melhores saudações e cumprimentos

Na expectativa de suas prezadas noticias e agradecido

Atentamente

JMacedo

2. Resposta do editor L.G., 
com conhecimento ao Manuel Vaz


Camarada Macedo:

Deixemo-nos de rodeios, os velhos camaradas da Guiné tratam-se por tu. São as regras do nosso blogue para o qual gostaria que entrasses, apadrinhadio pelo nosso Manuel Vaz que está a fazer um trabalho fantástico de recuperação das memórias de Gadamael... 

Aqui tens o mail dele. (...)  Manda-me uma foto tua,  atual, e mais algumas do tempo de Gadamael.

Chamou-me também a atenção um parágrafo da tua mensagem: "Acerca do capitão Anacoreta Soares vivi, com o mesmo, um episódio de Vida, de Homens e de Guerra… Só que por vezes a memoria é curta"…

Pois eu, e os demais camaradas da Tabanca Grande, convidam-te a partilhar essa episódio... Para que a nossa memória de Gadamael e da guerra da Guiné seja cada vez menos curta...

Vejo, pela foto que nos mandaste, que deveria ser prática corrente, em Gadamael e em muitos outros sítios onde havia rios e braços de mar, o recurso à pesca com granadas de sopro... Porque era preciso matar a fominha e diversificar a dieta...Fala também sobre isso, camarada!

Um grande abraço. E se me permiites vou publicar a tua mensagem. Luis Graça

PS - Camarada Macedo, sabemos que o teu capitão miliciano Anacoreta Soares, de seu nome completo Luís Filipe Anacoreta Soares vivia em Matosinhos em 1967/68... Para além da CCAÇ 798 (Gadamel Porto, 1965/67) , comandou também a CCAÇ 1498 (Có, Binar, Bissau, 1966/67). Não sabemos se é vivo. E se continua a viver em Matosinhos. Se sim, um Alfa Bravo para ele.____________

Nota do editor:

Último poste da série > 7 de agosto de 2013 > Guiné 63/74 - P11913: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (73): Como o Micaelense Carlos Cordeiro, encontra Henrique Matos, um jorgense em férias na sua Ilha. (Carlos Vinhal / Carlos Cordeiro)

sábado, 30 de junho de 2012

Guiné 63/74 - P10094: A minha CCAÇ 12 (25): Setembro de 1970: Levando 50 toneladas de arroz às populações da área do Xitole/Saltinho, e aguardando o macaréu no Rio Xaianga (Luís Graça)



Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BART 2917 ( 1970/72) > O Fur Mil Op Esp, do Pel Rec Inf, CCS/BART 2917, no espaldão do Mort 81... Nessa época, Bambadinca não tinha artilharia (só no Xime).








Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BART 2917 ( 1970/72) > Pessoal do Pel Rec Inf (?), CCS/BART 2917, algures a atravessar uma bolanha (ou uma lala).





Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BART 2917 ( 1970/72) > O Fur Mil Op Esp, do Pel Rec Inf, CCS/BART 2917, de costas, algures, numa coluna logística (?).





Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BART 2917 ( 1970/72) > Uma tabanca fula, algures no setor, não identificada, mas presumivelmente do regulado de Badora.




Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BART 2917 ( 1970/72) > Estrada Bambadinca -Mansambo - Xitole - Saltinho (?)




Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BART 2917 ( 1970/72) > Máquinas da TECNIL na abertura da estrada Bambadinca- Xime.






Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BART 2917 ( 1970/72) > Máquina da TECNIL abrindo clareiras na mata...





Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BART 2917 ( 1970/72) > Abertura da estrada Bambadinca- Xime, nas imediações de Bambadinca (ou, melhor, do reordenamento de Bambadincazinha)




Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BART 2917 ( 1970/72) > O Rio Geba ou Xaianga...




Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BART 2917 ( 1970/72) > Uma das raras fotos do fenómeno do macaréu, no delta do Rio Geba...





Imagens de diapositivos digitalizados. Álbum do Benjamim Durães, ex-fur mil op es, Pel Rec Info, CCS / BART 2917 (1970/72). Edição e legendagem: L.G.


Fotos: © Benjamim Durães (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.






A. Continuação da série A Minha CCAÇ 12 (*), por Luís Graça [, foto acima, Bambadinca, 1970] 



...








Fonte: Excertos de CCAÇ 12: história da unidade. Bambadinca, 1971, 
mimeog., pp. 39-40



Sobre este mês (em que a CCAÇ 2590/CCAÇ 12 perfazia 16 meses de comissão), pode ainda ler-se o seguinte na história do BART 2917 (p. 62, do ficheiro da autoria do Benjamim Durães, num total de 182 pp., em formato  pdf):



03.SETEMBRO.70:


Um grupo IN estimado em cerca de 50 elementos abriu fogo; pelas 08H15, de Mort 82, LGFog e armas automáticas, contra o aquartelamento do Xime durante cerca de 15 minutos.


As NT sofreram um ferido muito ligeiro. Houve um outro ferido ligeiro na população.


09.SETEMBRO.70:


Um Grupo de Combate da CART 2716 [, Xitole], que fazia a segurança a uma coluna de reabastecimento vinda de Bambadinca, detectou e levantou uma mina anti-pessoal reforçada com 7 kg de trotil, entre a Ponte do Rio Jagarajá e a Ponte do Rio Pulon em [XIME 7B1-63].


14.SETEMBRO.70:


Efetuou-se o 2º reabastecimento de arroz para as populações da área do Xitole – Saltinho, sem qualquer incidente.


15.SETEMBRO.70:


Um Grupo de Combate da CART 2714 [, Mansambo], quando se deslocava afim de fazer a segurança a uma coluna vinda de Bambadinca (3º reabastecimento de arroz num total de 50 toneladas), seria emboscado por um grupo IN, simultaneamente ao acionamento de uma mina A/P reforçada na Estrada entre Mansambo e Ponte do Rio Timinco em [XIME 8B2-74], escassos minutos antes da coluna Bambadinca – Xitole passar. O accionamento da mina causou a morte a um picador (Mussa Baldé) e feriu gravemente outro.
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Mortos do Ultramara > TO da Guiné > 15 de setembro de 1970


Apelido Nome Posto Ramo Teatro de operações Data Motivo
BALDÉ MUSSÁ BALDÉ Sold Exército Guiné 15/09/1970 Combate
Apelido Nome Posto Ramo Teatro de operações Data Motivo



Fonte: Liga dos Combatentes > Mortos no Ultramar
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Um Gr Comb da CCAÇ 12 que seguia na testa da coluna procedeu depois ao reconhecimento da área, tendo detectado 30 abrigos individuais e a posição dum Mort 82, a 1 Km de estrada.


18.SETEMBRO.70:


Grupo IN de efectivo não estimado abriu fogo, pelas 16H30, de Mort 82, LGFog e armas automáticas sobre o aquartelamento do Xime sem consequência para as NT e população.


Um grupo IN estimado em cerca de 10 elementos abriu fogo da PONTA VARELA, de PM, LROCK e MORT 82 sobre os barcos Badora e Manuel Barbosa, de [XIME 3D4-52], tendo causado um morto (mulher) e 2 feridos muito ligeiros, todos da população.


21.SETEMBRO.70:


Quando uma Secção do Grupo de Combate destacado no Enxalé [, CART 2715,] se dirigia de Porto Velho para o aquartelamento, pelas 19H00, e a cerca de 50 metros deste, a viatura avariou-se tendo então o pessoal que nela seguia começado a empurrá-la nos poucos metros que faltavam, acionando então uma mina conjugada com uma emboscada da qual as NT tiveram 3 feridos graves e a perda de diverso material.


Simultaneamente um outro grupo IN com 200 homens vindos da base de Madina, começou a flagelar o aquartelamento com Mort 82, LGFog e armas automáticas sem consequências para as NT, que reagindo com Mort 81 e artilharia do Xime [, CART 2715 + 20º PEL ART / GAC 7, 10,5 cm, ] puseram o IN em fuga com vários mortos e feridos confirmados pelos numerosos rastos de sangue, ligaduras, algodão e frascos de soro vazios abandonados.


Notícias posteriores de diversas origens admitiam ter morrido nessa acção o Comissário Político António do grupo de André e pertencente ao acampamento Ide Sará.


24.SETEMBRO.70


Grupo IN de efetivo não estimado abriu fogo de Can s/r, Mort 82, LGF e armas automáticas sobre o aquartelamento do Xime. A flagelação inimiga não causou quaisquer espécies de danos, nem materiais pessoais.


29.SETEMBRO.70


Inicia-se a Acção Gruta com 2 Grupos de Combate da CCAÇ 12 que consiste de uma patrulha de reconhecimento entre Finete e São Belchior. Foram reconhecidos entre Saliquinhé e São Belchior vestígios deixados pelo IN após a última ação contra as NT aquarteladas em Enxalé.




Guiné > Zona Leste > Croquis do Sector L1 (Bambadinca) > 1969/71 (vd.
Sinais e legendas).
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Nota do editor:


Último poste da série > 21 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9930: A minha CCAÇ 12 (24): Agosto de 1970: em socorro da tabanca em autodefesa de Amedalai, terra do nosso hoje grã-tabanqueiro J. C. Suleimane Baldé (Luís Graça)