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domingo, 15 de abril de 2007

Guiné 63/74 - P1664: Composição da CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/74) (Sousa de Castro)


Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Xime > 1972 > Militares da CART 3494, em passeio despreocupado pela tabanca do Xime. O Sousa de Castro é o segundo a contar da esquerda para a direita.

Foto: © Sousa de Castro (2005). Direitos reservados.

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > Campa do José Maria da Silva e Sousa, que morreu afogado no Rio Geba, em 10 de Agosto de 1972. Era soldado da CART 3494, pertencente ao BART 3873. Este batalhão, sedeado com a respectiva CCS em Bambadinca (1972/74), tinha três unidades de quadrícula no Sector L1: CART 3493 (Mansambo, 1972/1973); CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/1974); CART 3492 (Xitole, 1972/74).

Foto: © Sousa de Castro (2007). Direitos reservados.

1. Mensagem, de 5 de Fevereiro último, do nosso tertuliano nº 2, o Sousa de Castro (2006) (ex-1º cabo de transmissões da CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/74).


Carissímos ex-combatentes:

Junto a seguir listagem do número de elementos que formaram a CART 3494 (Guiné 1971/1974, Xime e Mansambo). Também uma foto da campa de um soldado que ficou enterrado em Bambadinca, curiosamente esta campa da foto passou em imagens da RTP por ocasião da última reportagem sobre os cemitérios no Ultramar (1). De referir que não consta nos ficheiros os nomes dos Sold Manuel Salgado Antunes e Sold Abraão Moreira Rosa. Estes dois desapareceram de vez no Rio Geba quando iam para uma operação ao Mato Cão.

Abraços, Sousa de Castro

2. Posto e nome do pessoal que compunha a CART 3494:
(Assinalam-se, a negrito, e com o respectivo endereço de e-mail, os que pertencem à nossa tertúlia)

Cap Art Victor Manuel da Ponte Silva Marques
Cap Art António José Pereira da Costa (Agosto de 1972)
Cap Mil Luciano Carvalho da Costa (Novembro de 1972)
Alf Mil Art Acácio Dias Correia
Alf Mil Art António José Serradas Pereira
Alf Mil Art Eduardo A. P. Oliveira
Alf Mil Art João P. R. C. Guimarães
Alf Mil Art Joaquim Silva Martins
Alf Mil Art José Henrique Fernandes Araújo
Alf Mil Art Manuel Barbosa Carneiro
Alf Mil Art Manuel Jorge Martins Gomes
Maurício Viegas
Josué Chinelo Fortunato
1º Sarg Art Carlos de Sousa Simões
1º Sarg Art Orlando Bilro Bagorro
Fur Mil Alim Abílio do Carmo Alves de Oliveira
Fur Mil Inf António de Sousa Bonito
Fur Mil Art António Espadinha Carda
Fur Mil Art Cláudio Manuel Marques Ferreira
Fur Mil Art Inácio José Carola Figueira
Fur Mil Art João António David Godinho
Fur Mil Jorge Alves Araújo
Fur Mil Art José Agostinho B. Vilela Peixoto
Fur Mil José Fernando da Costa Padeiro
Fur Mil Svc Mat José Carlos Mendes Pinto
Fur Mil Enf José Luís Carvalhido da Ponte
Fur Mil Art Luciano J. M. de Jesus
Fur Mil Trms Luís Coutinho Domingues
Fur Mil Art Manuel Benjamim Martins Dias
Fur Mil Art Manuel da Rocha Bento (Morto em combate em 22 de Abril de 1972
Fur Mil Mário Maria Neves
Fur Mil Inf Raul Magro Sousa Pinto
1º Cabo Abílio Soares Rodrigues
1º Cabo Adelino Alves Pereira
1º Cabo Adriel da Costa Lourenço
1º Cabo (Enfermeiro) Alcindo Joaquim Pereira da Silva
1º Cabo (Condutor) Alcino Rodrigues da Costa
1º Cabo (Condutor) Amandino Carvalho dos Santos
1º Cabo António Augusto de Jesus Santos
1º Cabo António dos Santos Pinheiro
1º Cabo António Francisco Leite Avelino
1º Cabo António João Mendes Morais
1º Cabo (Radiotelegrafista) António Manuel Sousa de Castro
1º Cabo (Padeiro) Carlos Bento Fialho
1º Cabo Carlos José Pereira
1º Cabo Diamantino de Oliveira
1º Cabo Fernando Manuel da Silva
1º Cabo (Enfermeiro) Fernando Monteiro Botelho Gomes
1º Cabo Fernando Silva
1º Cabo Francisco Adolfo Pereira Ribeiro
1º Cabo Francisco da Costa Pereira
1º Cabo Jacinto Dias Nunes
1º Cabo (Cozinheiro) João Domingos de Sousa Machado
1º Cabo Joaquim da Silva Oliveira
1º Cabo Joaquim Neves Carvalho
1º Cabo Joaquim Olimpo Milheiro da Volta e Silva
1º Cabo José do Nascimento Ramos
1º Cabo José Mano Sebastião
1º Cabo José Martins Mendes
1º Cabo Laurentino Bandeira dos Santos
1º Cabo Lúcio Damiano Monteiro da Silva
1º Cabo (Cripto) Luís Fernando Pereira Romão
1º Cabo Manuel Amorim do Alto
1º Cabo (Morteiro 81 mm) Manuel da Cruz Ramos
1º Cabo Manuel de Medeiros
1º Cabo Manuel de Sousa Monteiro
1º Cabo Manuel Fernando Valente Marques da Cruz
1º Cabo Manuel Gonçalves
1º Cabo Manuel Lopes de Azevedo
1º Cabo Manuel Pais Moreira
1º Cabo Paulo José Pereira Martins Cândido
1º Cabo Vasco Alfredo de Matos Miranda
Soldado Abel Maia de Pinho Campos
Soldado Abraão Moreira Rosa (desaparecido no Rio Geba em 10-08-1972)
Soldado Adão Manuel Gomes da Silva
Soldado Adílio do Carmo Alves de Oliveira
Soldado Adriano Almeida da Conceição
Soldado Alcides de Sá Pinto Castro
Soldado Alcino Rodrigues da Fonseca
Soldado Alfredo Barbedo Pereira
Soldado Alvarinho Moreira da Silva
Soldado Álvaro dos Santos Ferreira
Soldado Amândio Martins Domingues
Soldado (Radiotelegrafista)António Alves Ramos
Soldado António Augusto Cardoso
Soldado António da Costa
Soldado António da Costa Valentim
Soldado António de Jesus Matias
Soldado António de Oliveira Fonseca
Soldado António dos Santos Azevedo
Soldado António dos Santos Reis
Soldado António Fernando Martins Correia
Soldado António Ferreira Lopes
Soldado António Gomes de Azevedo
Soldado António Jorge Gomes
Soldado (Condutor auto) António Júlio Peixoto
Soldado António Pereira Pinto
Soldado António Soares da Silva
Soldado Armando Alves Dias
Soldado (Trms Inf) Augusto de Oliveira Meireles
Soldado Augusto Vieira Fidalgo
Soldado Carlos Alberto Carvalho da Cunha
Soldado Carlos Dias da Silva
Soldado Carlos dos Santos Monteiro
Soldado Carlos Duarte Teixeira
Soldado Carmindo de Oliveira Moreira
Soldado Carmindo Franklim Tavares da Silva
Soldado Celestino da Cunha Rodrigues
Soldado Cesário Mendes de Pinho
Soldado David Fernandes
Soldado (Aux Cozinheiro) Dionísio Dantas Fernandes
Soldado Eduardo Barata Santos
Soldado Eduardo João de Oliveira Ferreira
Soldado (Trms Inf) Emílio Lima Tojal
Soldado Fernando José Pereira de Almeida Ramos
Soldado Fernando Loureiro de Sousa
Soldado Fernando Martins Teixeira
Soldado Francisco da Costa Ferreira Inocêncio
Soldado Gregório Caetano dos Santos
Soldado Ilídio Ferreira Amaral
Soldado Ismael de Oliveira Pires
Soldado Jaime da Costa Latada
Soldado (Cozinheiro) João da Silva Torres
Soldado João de Almeida Pereira Cardoso
Soldado João Ferreira Gomes
Soldado João Pereira Rodrigues
Soldado Joaquim Carlos Gomes Cerqueira
Soldado Joaquim da Costa Macedo
Soldado Joaquim de Jesus Fernandes
Soldado Joaquim Lino Monteiro
Soldado Joaquim dos Santos Dias
Soldado Joaquim Gomes de Azevedo
Soldado Joaquim Manuel Lino Monteiro
Soldado Joaquim Moreira de Sousa
Soldado Joaquim Pereira de Sousa Ferreira
Soldado Joaquim Torres da Trindade
Soldado Jorge Manuel Marques da Costa
Soldado José de Sousa Monteiro
Soldado (Trms Inf) José do Espírito Santo Vicente
Soldado José Duarte Neves de Campos
Soldado José Fernando da Cruz Moreira
Soldado José Fernando Moreira Dias
Soldado José Gomes Leopoldino
Soldado José Gonçalves de Almeida
Soldado José Joaquim Terra
Soldado José Jorge Antunes Dias
Soldado José L. P. Santos
Soldado José Maria da Silva e Sousa (morto no Rio Geba em 10 de Agosto de 1972)
Soldado Lícinio de Almeida Pereira
Soldado Licínio Domingos Andrade
Soldado Luís Carlos Soares de Oliveira
Soldado Luís dos Santos
Soldado Manuel Adão Freitas
Soldado Manuel Alberto de Almeida
Soldado Manuel Carlos da Silva
Soldado Manuel Carvalho de Sousa
Soldado Manuel da Fonseca Gonçalves
Soldado Manuel da Silva
Soldado Manuel da Silva Amorim
Soldado Manuel de Jesus da Costa
Soldado Manuel de Sousa Monteiro
Soldado Manuel Dias Jeremias
Soldado Manuel Gonçalves da Costa
Soldado (condutor auto) Manuel Guedes Ferreira
Soldado Manuel Henrique Moreira
Soldado Manuel José Gomes
Soldado Manuel Martins Mendes
Soldado Manuel Nunes Pereira
Soldado Manuel Óscar de Almeida
Soldado Manuel Paiva Duarte Almeida
Soldado Manuel Pedrosa Alves do Couto
Soldado Manuel Salgado Antunes (desaparecido no Rio Geba em 10 de Agosto de 1972)
Soldado (Trms Inf) Mário Campos Marinho
Soldado Mário Rodrigues Nascimento
Soldado Nelson Marques Cardoso
Soldado Ricardo de Almeida Teixeira
Soldado Ricardo Silva do Nascimento
Soldado (Radiotelegrafista)Rogério Tavares da Silva
Soldado Salvador Pinto Carriço
Soldado Sérgio Ferreira Fernandes
Soldado Silvério Augusto Mano Reverendo
Soldado Silvino Vaz da Rosa e Silva
Soldado Victor Manuel Ferraz da Rocha Cardoso
Soldado Virgilio Duarte

TOTAL: 184 HOMENS

________

Nota de L.G.:

(1) Vd. post de 2 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1488: Vídeos (1): Reportagem da RTP sobre os talhões e cemitérios militares no Ultramar (Jorge Santos)

domingo, 2 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11663: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (9): Faltam três dias para fechar as inscrições... E já somos 123 à mesa!


Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013)


1. Mensagem da Comissão Organizadora do VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande:

Prazo limite para inscrições - 4 de Junho

Aceitam-se desistências até ao dia limite das inscrições.

Fora desse prazo os inscritos faltosos serão responsabilizados pelas despesas imputadas à sua não comparência.

P'la Organização do Encontro,
Carlos Vinhal

2. Até 1 de junho, a 3 dias de fechar as inscrições, tínhamos já 123 tabanqueiros (incluindo acompanhantes) inscritos no nosso próximo convívio anual que vai ser, como é sabido, em Monte Real, no próximo dia 8, sábado (*).  

A todos/as, estamos muito obrigados pela amizade e camaradagem com que nos honram, aceitando o nosso convite para a festa  da nossa Tabanca, pelo oitavo ano consecutivo (o I Encontro Nacional realizou-se na Ameira, Montemor-O-Novo, em 2006). 

Como se pode ver pela figura acima, a proveniência geográfica dos inscritos é sensivelmente igual à dos anos anteriores, com destaque para a malta que vem da Grande Lisboa, do Grande Porto e da Região Centro (cerca de 85% do total). Temos gente de todo o país, de norte a sul, de leste a oeste. Pena é que as regiões autónomas dos Açores e da Madeira não estejam representadas, desta vez. (O que não é bem assim: temos o Henrique Matos que representa duas regiôes, a de nascimento, os Açores; e a de adoção, o Algarve, o sul...).

Em contrapartida, vamos ter connosco o Manuel Dias Pinheiro (, nosso tabanqueiro desde 22/8/2012)
e a esposa, a viverem atualmente em Madrid. São os nosso dignos representantes da "diáspora".

E, também como acontece todos os anos, temos camaradas, "piras", que vêm ao nosso encontro pela primeira vez. Cite-se por exemplo o  João Martins ( e a esposa Graça Maria). Vamos ter ainda, como já é habitual, também os nossos escritores que vão lançar os seus últimos livros, da parte da tarde. É o caso,  este ano,  do Manuel Maia e o José Saúde...

Como acontece todos os anos também, há camaradas
que não podem vir, por razões de calendário ou
outras, de força maior, e nomeadamente de saúde. Muito nos alegra saber que, mesmo convalescentes, acabados de superar uma situação delicada de saúde, há camaradas que arranjaram força e coragem para se juntar ao resto do pessoal!...

Foi o caso, por exemplo, do Victor Tavares (um dos nossos heróis de Guidaje, ex-1º cabo paraquedista, CCAÇ 121/BCP 12, BA 12, 1972/74). Foi o Paulo Santiago que nos deu a feliz notícia, anteontem, dia 31: "Boa Tarde Vinhal, Miguel... Podem inscrever o Victor Tavares,acabei de almoçar com ele e mais dois Páras. Está a recuperar bem. Miguel: Não é necessário crachá para o Victor. Manipulei o meu e fiz outro com o nome dele. Recebam um abraço. P. Santiago".

Não poderia esquecer os "repetentes", os "fidelíssimos"... Alguns, como o António Santos, são tão fãs do Encontro Nacional da Tabanca Grande que até trazem a família completa: mulher, filhos e netos... É de se lhes tirar o quico!

Até Monte Real., dia 8. Um fraterno Alfa Bravo. L.G.
_________________


LISTA DOS 123 MAGNÍFICOS, QUE ATÉ 1/6/2013 DISSERAM QUE VÃO ESTAR EM MONTE REAL, EM 8 DE JUNHO DE 2013, NO NOSSO VIII ENCONTRO NACIONAL

Agostinho Gaspar - Leiria (C)
Alberto Branquinho - Lisboa (GL)
Alcídio Marinho e Rosa - Porto (P)
Alvaro Vasconcelos e Lourdes - Baião (N)
António Augusto Proença, Beatriz e Sofia - Covilhã (C)
António da Costa Moitas e Maria dos Anjos - Grijó / V. N. de Gaia (GP)
António Estácio - Lisboa (GL)
António Fernando Marques e Gina - Cascais (GL)
António Garcez Costa - Lisboa (GL)
António José Pereira da Costa e Isabel - Mem Martins / Sintra (GL)
António Manuel Sucena Rodrigues e Rosa Maria - Oliveira do Bairro (C)
António Maria Silva - Sintra (GL)
António Martins de Matos - Lisboa (GL)
António Pimentel e acompanhante - Figueira da Foz (C)
António Sampaio e Clara - Leça da Palmeira / Matosinhos (GP)
António Santos, Graciela, filhos e netos - Caneças / Odivelas (GL)
António Sousa Bonito - Carapinheira / Montemor-o-Velho (C)
Arlindo Farinha - Almoster Avz / Alvaiázere (C)
Augusto Pacheco - Maia (GP)

C. Martins - Penamacor (C)
Carlos Paulo e Lourdes - Coimbra (C)
Carlos Pinheiro e Maria Manuela - Torres Novas (C)
Carlos Pinto e Maria Rosa - Reboleira / Amadora (GL)
Carlos Vinhal e Dina Vinhal - Leça da Palmeira / Matosinhos (GP)

David Guimarães e Lígia - Espinho (GP)
Delfim Rodrigues - Coimbra (C)

Eduardo Campos - Maia (GP)
Eduardo Magalhães Ribeiro e Carlos Eduardo - Porto (GP)
Eduardo Moreno - Vila Real (N)
Ernestino Caniço - Tomar (C)

Fernandino Leite - Maia (GP)
Fernando Súcio - Vila Real (N)

Henrique Matos - Olhão (S)
Hugo Eugénio Reis Borges - Lisboa (GL)
Humberto Reis e Joana - Alfragide / Amadora (GL)

João Alves Martins e Graça Maria - Lisboa (GL)
João Marcelino - Lourinhã (S)
João Santos - Porto (GP)
Joaquim Carlos Peixoto e Margarida - Penafiel (GP)
Joaquim Mexia Alves - Monte Real / Leiria (C)
Joaquim Nunes Sequeira e Mariete - Colares / Sintra (GL)
Joaquim Sabido e Albertina - Évora (S)
Jorge Araújo e Maria João - Almada (S)
Jorge Cabral - Lisboa (GL)
Jorge Canhão e Maria de Lurdes - Oeiras (GL)
Jorge Loureiro Pinto - Sintra (GL)
Jorge Picado - Ílhavo (C)
Jorge Rosales - Monte Estoril / Cascais (GL)
José Araújo dos Santos - Figueira da Foz (C)
José Armando F. Almeida - Albergaria-a-Velha (C)
José Augusto Ribeiro - Condeixa (C)
José Barros Rocha - Penafiel (GP)
José Casimiro Carvalho - Maia (GP)
José Eduardo Oliveira - Alcobaça (C)
José Fernando Almeida e Suzel - Óbidos (C)
José Manuel Cancela e Carminda - Penafiel (GP)
José Manuel Lopes e Luísa - Régua (N)
José Ramos Romão e Emília - Alcobaça (C)
José Saúde - Beja (S)
José Zeferino - Chamusca (C)
Juvenal Amado - Fátima / Ourém (C)

Luís Graça e Alice - Alfragide / Amadora (GL)
Luís R. Moreira - Cacém / Sintra (GL)

Manuel Carmelita e Joaquina - Vila do Conde (GP)
Manuel Dias Pinheiro e Maria Inicia - Madrid / Espanha (Estrang)
Manuel Domingos Santos - Leiria (C)
Manuel Gonçalves e Maria de Fátima - Carcavelos / Cascais (GL)
Manuel Joaquim e Deonilde - Agualva Cacém / Sintra (GL)
Manuel Lima Santos e Maria de Fátima - Viseu (C)
Manuel Maia - Moreira / Maia (GP)
Manuel Vaz - Beiriz / Póvoa de Varzim (GP)
Miguel e Giselda Pessoa - Lisboa (GL)

Paulo Santiago - Aguada de Cima / Águeda (C)

Raul Albino e Rolina - Vila Nogueira de Azeitão / Setúbal (S)
Ribeiro Agostinho e Elisabete - Leça da Palmeira / Matosinhos (GP)
Ricardo Sousa e Georgina Cruz - Lisboa (GL)
Rui Silva e Regina Teresa - Sta. Maria da Feira (N)
Rui Trindade Doutel Guerra Ribeiro - Lisboa (Gl)

Simeão Ferreira - Monte Real / Leiria (C)

Victor Tavares - Recardães / Águeda (C)
_________________

Nota do editor:

Último poste da série > 25 de maio de 2013 >  Guiné 63/74 - P11629: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (8): Estamos a poucos dias de fechar as inscrições

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11679: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (10): Últimas informações

VIII ENCONTRO NACIONAL DA TABANCA GRANDE

8 DE JUNHO DE 2013

PALACE HOTEL DE MONTE REAL



Fechadas que estão as inscrições para participação no VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande, e a pouco mais de 24 horas do acontecimento, deixamos aqui as últimas informações.

1. Acesso ao Palace Hotel de Monte Real

Quanto à forma de chegar, além das coordenadas, para quem tem GPS, N 39º 51' 5,15'' - W 8º 52' 1,87'', aqui ficam duas imagens que poderão ajudar os que vão pela primeira vez:


Para maior facilidade de acesso aconselha-se a utilização da A17 e o abandono na saída nº 3. Vão encontrar-se três rotundas, ao fim das quais  se vai entrar na EN 349 - Rua de Leiria. 
Há placas informativas de Termas de Monte Real. Como alternativa pode-se utilizar a EN 109.

Pormenor de Monte Real a partir da última rotunda

2. Importante:

Não esquecer que amanhã pelas 11h45 vai ser celebrada missa de sufrágio, na Capela das Termas, pelos camaradas caídos em campanha assim como pelos camaradas e amigos tertulianos que nos foram deixando´(n=24), mais recentemente, cumprindo a inexorável  lei da vida.

3. Horário aproximado do repasto:

13h00 - Welcome drink [, copo de boas vindas!]

14h00 - Almoço

17h30 / 8h00 - Lanche [ajantarado]

4. Área cultural:

Após o almoço vamos ter, em local apropriado, uma exposição de livros, cujos autores, como não podia deixar de ser, são nossos camaradas e tertulianos que,  participando do Encontro, autografarão os exemplares ali adquiridos. 

Sem prejuízo de outros camaradas, aos quais peço desculpa, estarão presentes os autores Manuel Domingues, Manuel [Luís] Lomba, Manuel Maia e José Saúde, estes dois últimos com livros editados muito recentemente.

Haverá ainda uma oferta literária aos camaradas,  combatentes (e só a estes),  participantes do Encontro. É um brinde-surpresa. O autor pede, para já, reserva de identidade. Lá ficarão, na altura,  a saber de quem se trata.

5. Lista definitiva dos 135 participantes:

Agostinho Gaspar - Leiria 
Alberto Branquinho - Lisboa 
Alcídio Marinho e Rosa - Porto 
Álvaro Basto - Leça do Balio / Matosinhos 
Álvaro Vasconcelos e Lourdes - Baião 
António Augusto Proença, Beatriz e Sofia - Covilhã 
António Estácio - Lisboa 
António Fernando Marques e Gina - Cascais 
António Garcez Costa - Lisboa 
António José Pereira da Costa - Mem Martins / Sintra 
António Manuel Sucena Rodrigues e Rosa Maria - Oliveira do Bairro 
António Maria Silva - Sintra 
António Martins de Matos - Lisboa 
António Pimentel e acompanhante - Figueira da Foz 
António Sampaio e Clara - Leça da Palmeira / Matosinhos 
António Santos, Graciela, filhos e netos - Caneças / Odivelas 
António Sousa Bonito - Carapinheira / Montemor-o-Velho 
Arlindo Farinha - Almoster Avz / Alvaiázere 
Augusto Pacheco - Maia C. Martins - Penamacor 

Carlos Paulo e Lourdes - Coimbra 
Carlos Pinheiro e Maria Manuela - Torres Novas 
Carlos Pinto e Maria Rosa - Reboleira / Amadora 
Carlos Vinhal e Dina Vinhal - Leça da Palmeira / Matosinhos

David Guimarães e Lígia - Espinho 
Delfim Rodrigues - Coimbra 
Diamantino Varrasquinho e Maria José - Ervidel / Aljustrel

Eduardo Campos - Maia 
Eduardo Magalhães Ribeiro e Carlos Eduardo - Porto 
Eduardo Moreno - Vila Real 
Ernestino Caniço - Tomar

Felismina Costa, João, Cláudia e Hugo - Agualva / Sintra 
Fernandino Leite - Maia 
Fernando Súcio - Vila Real 
Francisco Silva e Elisabete - Lisboa 

Hélder V. Sousa - Setúbal 
Henrique Matos - Olhão 
Hugo Eugénio Reis Borges - Lisboa 
Humberto Reis e Joana - Alfragide / Amadora

João Alves Martins e Graça Maria - Lisboa 
João Marcelino - Lourinhã 
João Sesifredo e Celestina - Redondo 
Joaquim Carlos Peixoto e Margarida - Penafiel 
Joaquim Luís Fernandes - Maceira / Leiria
Joaquim Mexia Alves - Monte Real / Leiria 
Joaquim Nunes Sequeira e Mariete - Colares / Sintra 
Joaquim Sabido e Albertina - Évora 
Jorge Araújo e Maria João - Almada 
Jorge Cabral - Lisboa 
Jorge Canhão e Maria de Lurdes - Oeiras 
Jorge Loureiro Pinto - Sintra 
Jorge Picado - Ílhavo 
Jorge Rosales - Monte Estoril / Cascais 
José Armando F. Almeida - Albergaria-a-Velha 
José Augusto Ribeiro - Condeixa 
José Barros Rocha - Penafiel 
José Casimiro Carvalho - Maia 
José Eduardo Oliveira - Alcobaça 
José Fernando Almeida e Suzel - Óbidos 
José Ferreira da Silva - Crestuma / V. N. Gaia
José Manuel Cancela e Carminda - Penafiel 
José Manuel Lopes e Luísa - Régua 
José Ramos Romão e Emília - Alcobaça 
José Saúde - Beja 
José Zeferino - Chamusca 
Juvenal Amado - Fátima / Ourém 

Luís Graça e Alice - Alfragide / Amadora 
Luís R. Moreira - Cacém / Sintra 

Manuel Carmelita e Joaquina - Vila do Conde 
Manuel Dias Pinheiro e Maria Inicia - Madrid / Espanha 
Manuel Domingos Santos - Leiria 
Manuel Domingues - Lisboa 
Manuel Joaquim e Deonilde - Agualva Cacém / Sintra 
Manuel Lima Santos e Maria de Fátima - Viseu 
Manuel Luís Lomba e Luís Manuel - Faria / Barcelos 
Manuel Maia - Moreira / Maia 
Manuel Santos Gonçalves e Maria de Fátima - Carcavelos / Cascais 
Manuel Vaz - Beiriz / Póvoa de Varzim 
Miguel e Giselda Pessoa - Lisboa

Paulo Santiago - Aguada de Cima / Águeda

Raul Albino e Rolina - Vila Nogueira de Azeitão / Setúbal 
Ricardo Sousa e Georgina Cruz - Lisboa 
Rui Silva e Regina Teresa - Sta. Maria da Feira 
Rui Trindade Doutel Guerra Ribeiro - Lisboa

Silvério Lobo e Rodrigo - Matosinhos 
Simeão Ferreira - Monte Real / Leiria

Victor Tavares - Recardães / Águeda

6. Para outras informações:~

Consultar o poste de 25 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11629: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (8): Estamos a poucos dias de fechar as inscrições

Os organizadores do Encontro:

Carlos Vinhal
Joaquim Mexia Alves
Luís Graça
Miguel Pessoa

7. Telefone do nosso SOS Monte Real (na eventualidade de alguém se perder): 

J. Mexia Alves (Comissão Organizadora):  962 108 509
____________

Nota do editor:

Último poste da série de 2 DE JUNHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11663: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (9): Faltam três dias para fechar as inscrições... E já somos 123 à mesa!

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Guiné 63/74 - P16665: Inquérito 'on line' (79): Com 60 respostas, até ontem às 18h, e a dois dias de "fecharem as urnas", temos apenas 11 casos de deserção no CTIG... Precisamos de chegar às 100 respostas... e nomear a(s) companhia(s), no CTIG, em que tenha havido um ou mais casos de desertores, antes do embarque e/ou depois do embarque: depoimentos, precisam-se!


Foto nº 1


Foto nº 2

"O Homem a Quem Chamaram G3"... O fuzileiro António Trindade Tavares,  o célebre G3, que desertou em 1968... Acabou por apanhar cinco anos de prisão pelo crime de deserção... Aqui no forte de Elvas, s/d (foto nº 1). Nasceu em Lisboa (em 1944) (foto nº2).

Fotos da página do Facebook, do seu livro, com a devida vénia. Sobre o autor e o livro, clicar aqui para saber mais:

"A história de António teria tudo para ser igual a tantas outras. Nascido em Lisboa durante os tempos de racionamento da Segunda Guerra Mundial e pobreza do Estado Novo, criou-se e cresceu pelas ruas de Alcântara e do bairro do Alvito, entre cowboiadas, tiro aos pardais, pancadarias, gazeta à escola e trabalho infantil até ser chamado para a Guerra Colonial. 

"Como tantos outros Fuzileiros, viu-se na Guiné tentando chegar vivo até ao fim do seu tempo de tropa, mas umas rodadas de cerveja com as pessoas erradas desviaram-lhe a vida do curso previsto. A partir deste momento ficou para sempre conhecido como G3, um nome que jamais o largaria, a personificação da resistência anti-fascista, traições à pátria de Salazar e terrorismo militar. Hoje, meio século depois, a sua história é finalmente contada." (Fonte: Sítio do Livro).

Vd. também a qui a nota de leitura que o  Mário Beja Santos fez sobre o livro.


1. INQUÉRITO 'ON LINE':

"NA MINHA UNIDADE (COMPANHIA OU EQUIVALENTE) NÃO HÁ CASOS DE DESERÇÃO"



Os 60 primeiros resultados (às 18h00 de ontem)


1. Nenhum, na metrópole  > 31 (51%)

2. Nenhum, no TO da Guiné  > 41 (68%)

3. Um, na metrópole  > 11 (18%)

4. Dois, na metrópole  > 3 (5%)

5. Três ou mais, na metrópole  > 2 (3%)

6. Um, no TO da Guiné  > 8 (13%)

7. Dois, no TO da Guiné  > 1 (1%)

8. Três ou mais, no TO da Guiné > 0 (0%


O prazo de resposta ao inquérito termina na 5ª feira, dia 3/112016, às 15h34.


2. Comentários dos nossos camaradas no poste P16655 (*)

(i) Vasco Pires [, falecido ontem, em Porto Seguro, Brasil]

Na minha unidade, o 23° Pel Art, não teve deserção, e continuo achando muito pouco provável havê-la, pois os soldados, que tinham até três mulheres, tinham um poder aquisitivo muito superior à maioria da população. Lamento não ter números concretos para apresentar.


(ii) Luís Graça

Vasco, não tens que "pedir desculpa"... Na minha guineense CCAÇ 12, também não houve deserções...  Primeiro, eles eram todos fulas e tinham um ódio de morte ao PAIGC...  E depois recebiam todos o equivalente a um pré de um 1º cabo metropolitano: 600 pesos (soldados de 2ª classe, do recrutamento local) + 24,5 pesos por dia por serem desarranchados)... O 1º cabo José Carlos Suleimane Baldé, que tinha a 4ª classe, ganhava mais (em patacão) do que o colega metropolitano, por ser desarranchado...

Ao fim do mês, eram cerca de 1.350 pesos, para um simples soldado de 2ª classe (!), "português da Guiné"... Na Guiné na época, era muito dinheiro...  Em escudos da metrópole, e aplicando a taxa de desvalorização de 10% em relação ao peso, eram 1.215 escudos!...  Em 1969, 1.215 escudos equivaleriam hoje a 361,21 € ...

O PAIGC não pagava pré, nem em pesos, nem escudos, nem rublos, nem em dólares, nem coroas suecas... Só prometia, para os vencedores e os sobreviventes, a glória da independência!... O problema é que o heroísmo não enche barriga nem dá para alimentar duas mulheres, no mínimo, e um rancho de filhos...

Os nossos soldados guineenses ganhavam mais do que os médicos cubanos, essa é que é a verdade!... A terem desertado (, o que não me parece que tenha acontecido com companhias africanas como a CCAÇ 12, no final da guerra no TO da Guiné; pode ter acontecido em Angola e em Moçambique...), só poderia ter sido pela clara perceção de que nós, os tugas, os estávamos prontos para os abandonar...

Felizmente, eu não estava lá, no pós 25 de abril, nem assisti a esse momento doloroso da passagem de testemunho da história... Acredito que tenha sido dilacerante para os "últimos soldados do império"... E foi seguramente mais trágico para os nossos camaradas guineenses que apostaram no cavalo errado...


(iii) António Silva

Também estive na Guiné,  na CCaç 2790. Tivemos um desertor, um alferes, que segundo diziam foi de férias de mobilização e nunca mais voltou.


(iv) Joaquim Ruivo

Enquanto estive na Guiné (de outubro de 61 a fevereiro de 64), tive conhecimento de 2 casos de deserção: um alferes miliciano da minha unidade (cabo-verdiano) e um 1ª cabo cripto. Este último, segundo consta,  falava aos microfones duma emissora dum país africano, que não me lembro qual. O 1º cabo cripto deu muitos problemas no sector das transmissões porque tiveram que alterar todos os códigos...


(v) José Cruz

Na minha companhia, CCAÇ 3306,  em Jolmete, houve um desertor, um furriel. Ah! mas conheço um desertor do exército que, depois do 25 de Abril, veio para o país e arranjou colocação como funcionário público. Professor. Eu tive de emigrar.


(vi) [Joaquim ?] Mendes

Correndo o risco de estar a ver mal o inquérito, pergunto-me sobre a sua validade,  dado permitir que vários militares da mesma companhia assinalem o mesmo desertor dando origem a erro grosseiro.
Sugiro que o voto implique referenciar a unidade em causa para assim reduzir a multiplicação dos desertores (que não serão muitos).


(vii) Tabanca Grande (editor)

Camarada Mendes, tens razão... Mas o objetivo da "sondagem" é permitir-nos falar justamente destes casos... Não temos a veleidade de fazer um "estudo científico" sobre o fenómeno da deserção na Guiné... A nossa amostra será sempre "enviesada"... Este não é o instrumento apropriado...

Além disso, esta funcionalidade do Blogger, o nosso servidor, tem muitas limitações técnicas.... Não posso fazer duas perguntas ao mesmo tempo, nem muito menos perguntas abertas: por exemplo, qual foi o nº da companhia?

De qualquer modo, temos em média um membro da Tabanca Grande por companhia... Não haverá grandes riscos de sobreposição... E há companhias que nem sequer estão aqui representadas...

É importante que a malta responda e diga o que respondeu ... Eu já o fiz, na minha CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 não houve desertores, nem antes nem depois do embarque... E aqui não contam os boatos de caserna, o que se ouviu dizer, etc. Queremos factos, casos concretos (se é que os houve, em cada uma das nossas companhias)...


(viii) Luís Graça

Até 1965, haveria "apenas" 9 desertores tugas, que se passaram para o "outro lado"... A fonte (insuspeita) é o 'Nino' Vieira... Será também razoável considerar como desertores uma série de rapaziada, que deixou as nossas forças armadas para se juntar ao movimento liderado por Amílcar Cabral... Estou a lembrar-me de diversos guineenses que frequentaram, com aproveitamento, o 1º Curso de Sargentos Milicianos, em Bissau, em 1959... O caso mais conhecido é o Domingos Ramos, um dos "generais" do PAIGC...

Um dos 3 desertores de Fulacunda, em 1965, era, de seu nome completo, o António Manuel Marques Barracosa [e não Barricosa...], de 23 anos, com o posto de 1º cabo miliciano...

Seria mais tarde, dois anos depois, em maio de 1967, um dos 4 implicados na assalto à agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz, liderado por Hermínio da Palma Inácio, 46 anos, fundador e dirigente da LUAR, com a colaboração de Camilo Tavares Mortágua, 34 anos, e Luís Benvindo, 25 anos.  O assalto, no valor de mais de 29 mil contos na época (c. 146 mil euros, na moeda de hoje), teria sido até então o maior roubo de sempre em Portugal. Julgado à revelia, o Barracosa foi condenado a 13 anos. Perdeu-se aqui o seu rasto...

Os casos de deserção, não na metrópole, mas já no TO da Guiné, são, de facto, poucos ao longo da guerra, de tal modo que os nomes dos desertores são sobejamente conhecidos: Aqui vão mais três:

Manuel Alberto Costa Alfaiate, antigo fuzileiro naval; desertou em fevereiro de 1970; Manuel Fernando Almeida Matos, 1º cabo, chegou à Guiné em janeiro de 1969, participou em várias operações, sobretudo na região de Bula, e desertou em abril; Manuel Veríssimo Viseu, natural de Mértola, nascido em 1946, pertenceu à 15ª Companhia de Comandos, combateu em Jabadá, chegou à Guiné em Maio de 1968; quando a 15ª Companhia de Comandos estava em Cuntima, atravessou a fronteira e apresentou-se ao PAIGC.


(viii) Acácio Jesus Nunes

Na CCaç 2312, apareceu lá um tipo em rendição individual, esteve poucos meses e em Bula pirou-se com a arma. Foi o único e por onde andámos não me constou caso idêntico.  Este meliante foi acusar na rádio Conakry um alferes e o capitão de crimes que nunca se cometeram contra a população. Além de cobarde,  foi aldrabão.


(ix) José Colaço

A maior fuga à guerra não eram os desertores, mas, creio eu e até prova em contrário,  foram os refractários que a partir,  dos 13 anos, mais ou menos,  até serem chamados à inspecção e incorporação nas forças militares,  preparavam a fuga não se apresentando quando eram chamados.

Havia vários estratagemas: muitos dos filhos dos senhores de então eram admitidos como trabalhadores por influências, cunhas na OGMA em Alverca,  e assim se safavam de ir à guerra.
Por isso esta sondagem fica muito carente das fugas da ida à Guerra do Ultramar.


(x) António J. Pereira da Costa

As técnicas de "fuga" de que o Colaço fala eram legais e algumas até tinham reversos, como é o caso da ida para a pesca do bacalhau.

Creio que estamos a falar dos que não foram de todo e não aproveitaram, talvez por não saberem, os diferentes, mas poucos furos da lei.

Ao Jesus Nunes lembro que a propaganda é isto mesmo. O uso de depoimentos e testemunhos "prestados" por desertores faz parte dela. Recordo o depoimento do ten comando graduado  Januário, que desertou em Conakry com o respectivo Gr Comb. Cmds [no decurso da Op Mar Verde, em 22 de novembro de 1970, 1ª Companhia de Comandos Africana / Cmds Africana],  antes de serem todos fuzilados, que está nesta linha. Não temos ideia nenhuma das informações que prestaram ao In e como é que elas lhes foram sacadas.

Não sei se o desertor, isto é, o que foge para o In ou para outras regiões, depois de incorporado, não terá de ter uma boa dose de coragem. É cortar com tudo e recomeçar, sem poder voltar atrás... Houve camaradas nossos que foram recambiados da Suécia, por não terem aceitado colaborar, mesmo indirectamente, com os guerrilheiros.

Estes são pontos a considerar na apreciação do problemas. De qualquer modo, parece-me que já avançámos ao fixarmos a diferencia entre desertor, faltoso e refractário.


(xi) Vasco da Gama

Também o nosso capitão Vasco da Gama teve o seu desertor.... Convite para revisitar um dos seus postes, da série "Banalidades da Foz do Mondego", de 15/6/2009:

 (...) "Temos os que embarcaram connosco e que deram o salto quando vieram de férias à metrópole. Aconteceu a um furriel da minha companhia, o Pereira, a quem os Tigres designam por furriel fugitivo ou fugitivo, tout court. O seu não regresso à minha Companhia ainda me levou a ser ouvido pelo Pide de Aldeia Formosa que achou estranho o facto de eu não ter desconfiado de nada…

"O fugitivo foi a um dos primeiros convívios da nossa Companhia, alguns anos após o 25 de Abril. Acreditem que nenhum de nós lhe cobrou o que quer que fosse, muito embora nunca mais tivesse aparecido. Conversámos e ele apenas referiu que não conseguia aguentar a situação que a nossa Companhia estava a viver e que tinha tido a oportunidade de se pirar. Eu sei que apenas pensou nele e os outros que se lixem, mas para quê fazê-lo sofrer mais com o nosso julgamento?

"Cada um é como cada qual e quão diferente foi a atitude do nosso José Brás que, de férias em Portugal, recebeu a notícia da morte dos seus camaradas, o Dias e o Oliveira que morreram sem ele em Xinxi-Dari. Nem o pai o convenceu a dar o salto e o Mejo iria continuar a ser a sua pátria por mais algum tempo…. “E sem precisar de dizer-lhe que me sentia miserável por ter deixado morrer aqueles amigos sem a minha presença de arma na mão…” (...)

(xii) Mário Pinto

O fuzileiro António Trindade Tavares,  o célebre G3, que desertou em 1968 do seu destacamento em Bissau... Por acaso já contei a sua história aqui no Blogue. Era meu vizinho aqui no Lavradio.


Guiné > Bissau > 1959 > 1º Curso de Sargentos Milicianos, aberto a "assimilados" > 1ºs cabos milicianos Mário Dias (à direita, na segunda fila, de pé), Domingos Ramos (à esquerda, na primeira fila) e outros... De entre os militares que frequentaram o 1º Curso de Sargentos Milicianos (CSM), em Bissau, em 1959, houve vários casos de deserção para o PAIG

"De cócoras, a partir da esquerda: Domingos Ramos; um outro cujo nome não me lembro mas que também foi para a guerrilha; e depois o Laurentino Pedro Gomes. De pé: não me recordo o nome mas também foi para a guerrilha; Garcia, filho do administrador Garcia, muito conhecido e estimado em Bissau; mais um de cujo nome não me recordo; eu [, Mário Dias]; e mais outro futuro guerrilheiro."

Foto (e legenda): © Mário Dias (2006). Todos os direitos reservados
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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11680: Notas de leitura (489): O Homem a quem chamaram G3, por António Trindade Tavares (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 26 de Fevereiro de 2013: 

Queridos amigos,
Este relato tem momentos assombrosos. Um miúdo do Alvito, farto do trabalho duro, oferece-se aos 17 anos para fuzileiro.
Tira o curso e vai para a Guiné, ainda em 1962. É estroina, estouvado e quer usufruir o que encontra de bom na vida. A seguir à operação Tridente é aliciado por dois polícias marginais e cai nas mãos do PAIGC, sente-se arrastado na corrente. Levam-no para Argel, Amílcar Cabral revela-se simpático e até lhe arranja trabalho.
Acaba nas boas graças do general Humberto Delgado. Depois do assassinato deste, palmilha até Rabat, pede a intervenção das autoridades portuguesas, em Lisboa é acusado de tudo.
De histórias como esta ainda não tínhamos um relato. Ele aqui fica. O livro é fácil de achar.

Um abraço do
Mário


O homem a quem chamaram G3

Beja Santos

“O homem a quem chamaram G3”, por António Trindade Tavares, Edição Vírgula, 2012, é um livro diferente sobre uma situação incomum, e que tem como pano de fundo a guerra da Guiné, ainda na sua fase inicial. O autor, o homem a quem chamaram G3, no arranque da narrativa procura uma síntese: “O que aconteceu a esse homem?

Sabe-se que entrou para o 2º curso da Escola dos Fuzileiros, em 1962, onde se destacou pelas suas qualidades de bom atirador, e que foi enviado num contingente para a Guiné pouco tempo depois. Depois de várias missões no território, é dado como desaparecido ou desertor, em meados de 1964, e volta a aparecer lá para 1965, em Rabat, Marrocos, depois de passado cerca de um ano em Argel, com proximidade ao general Humberto Delgado e aos poucos amigos que lhe eram chegados. Ao reaparecer junto das autoridades portuguesas, em Marrocos, entrega-se voluntariamente na embaixada, solicitando repatriamento e sabendo as consequências que o abordariam.

O que se contou sobre este homem?

Depois de incorporado no contingente destacado para a Guiné, motivado pelo ambiente de violência familiar em que teria sido criado, foi dado como desertor, instigado por uma mulher negra com quem se teria envolvido, uma femme fatale guineense cujas ligações ao PAIGC eram conhecidas. Esta terá sido o engodo que o desviou para lá dos pretos, tendo ficado conhecido como Turra Branco, Capitão G3, Terror das Forças Armadas. Aí terá desviado armamento, traído os portugueses, comandado missões de ataque às tropas portuguesas e dado instruções em campos de treino militar do PAIGC. Já em Portugal, após a sua captura terá sido dado como morto e o seu corpo aparecido a boiar no Tejo, no Mar da Palha. Outra versão é que terá fundado uma célula comunista no Lavradio e passado algum tempo em Moscovo. Onde é que está a verdade?”

Num estilo sincopado, num estilo que não anda longe do romance negro, e com recurso expedito à figura de alguém que lhe houve a história da sua vida, o velho G3 desembucha. Nado e criado no Bairro do Alvito em Lisboa. Tudo em grande indigência, começou a trabalhar desde os 13 ou 14 anos num ferro-velho, para os lados de Alcântara Terra. “No ferro-velho comecei por ajudar o dono. Ia lavando peças num bidão daqueles grandes, de 50 livros, cortado ao meio, com petróleo e uma escova. O patrão é que desmanchava os carros. Depois era com ainda é hoje, guardávamos as peças em prateleiras: alternadores, carburadores, pinhões, caixas de velocidades, motores, cabeças, faróis, tubos de escape”. Aprendeu a ser mecânico, fartou-se, ofereceu-se como voluntário para os fuzileiros aos 17 anos. Quanto às peripécias vividas na Escola, ali ao pé de Coina, levara uma infância a andar pela rua e na brincadeira. Tem saudades da escola onde andou, a Francisco Arruda, lembra os cinemas que frequentou com a miudagem, as maroteiras que pregou.

Agora está reformado, vive sozinho, voltou ao bairro, tem todo o tempo do mundo para contar a um sujeito curioso a sua vida aventurosa entre a Guiné e o norte de África. Pelo que descreve, pintou a manta em Bissau, divertiu-se à doida, nos primeiros tempos fez guardas, depois foi transferido para o Cacheu, fazia escoltas, naquele tempo era uma paz santa. Conheceu a Eugénia, foi paixão assolapada, Eugénia disse-lhe que estava grávida, ele veio para Bissau e passou 65 dias na ilha do Como. No regresso, começou a dar-se com gente suspeita, dois polícias sinistros, Santos Carvalho e Sardinha Crespo, este já expulso da corporação. Nesta narrativa, serão estes homens que o levarão, bêbado que nem um cacho, até à região de Mansoa, aí se estabelece um contacto com guerrilheiros, o fuzileiro G3 vê a vida a andar para trás, entra no mato e depois de muitas andanças chega à presença de Amílcar Cabral, este é informado por Sarinha Crespo que os três querem ir para a Argélia, querem estar ao lado do general Humberto Delgado, o fuzileiro G3 sente-se arrastado pela torrente, depois de uma viagem por metade de África em camionetes desconjuntadas chega a Argel. Nunca chegou a perceber o papel destes dois polícias nesta tramóia. Em Argel, e na companhia de Amílcar Cabral vão falar com Ayala, o secretário do general. G3 refere-se desprimorosamente aos membros da FPLN – Frente Patriótica de Libertação Nacional. Sem nenhuma vocação política, sem nenhuma ideologia, G3 põe-se ao serviço de Humberto Delgado. Amílcar Cabral ainda lhe arranjou trabalho na reparação de navios, mas Ayala queria que estivesse no escritório a ajudá-lo.

Estamos em meados de 1964, G3 vive em casa de Humberto Delgado e da sua secretária, Arajair. O general trata-o por “meu fuzileiro pequeno”. Em 1965, o general e a secretária são atraídos a uma armadilha perpetrada pela PIDE. G3 fica à deriva. Diz o pior possível do comportamento do pessoal da FPLN, vagueia pelas ruas de Argel, morre de fome, anda aos caixotes. Pôs-se a caminho de Marrocos, a viagem foi uma autêntica odisseia. Assim chegou a Rabat, procurou a autoridade consular e entretanto manda uma carta aos pais, é o pai que se mete a caminho, na mesma altura em que ele embarcou para Lisboa. Mal saiu do avião foi algemado, cedo começaram os interrogatórios: que armamento roubaste, que tropas portuguesas mataste ao lado do PAIGC? E ele bem contou, em todos os tons possíveis, o que se tinha passado. A PIDE entrega-o à Marinha. Os interrogatórios tonam-se mais sofisticados, dia após dia, ele descreve parágrafos com intensa vivacidade, momento há em que o leitor pensa que está a ouvi-lo, quase colérico, a repetir perguntas infindáveis. É novamente levado para a PIDE, caiu nas mãos dos inspetores Mortágua e Seixas, ao fim de 5 meses de interrogatórios vai refazer o canastro no hospital da Marinha.

Segue-se o Tribunal Militar, foi condenado a uma pena de prisão no Forte de Elvas. “Tinha 20 ou 21 anos e ainda tinha 5 anos de prisão pela frente… Uma vida… Lixaram-me a vida… O que mais me lixou, e ainda hoje me deixa danado é a atitude da Marinha… Não me defenderam, eu era um fuzileiro, um deles, e nem sequer uma defesa me deram… Eles bem sabiam que eu não tinha roubado armamento nenhum, que não tinha andado a atacar tropas portuguesas nenhumas… Aí é que eu vi, eles estavam a borrifar-se para mim”. Sairá ao fim do tempo todo, sem descontos. Casou com a madrinha de guerra. Tinha ainda dois anos pela frente, no Alfeite. Rouba comida para levar para casa. Depois, fez a sua vida como pôde, trabalho aqui e ali, nos biscates, na CUF. Aqui foi convidado a juntar-se ao PCP. Foi sol de pouca dura, davam-lhe trabalho, mas não era chamado para as coisas a sério, atirou a albarda ao ar. Foi trabalhar para Israel, o casamento desfez-se, a mulher partiu para França. Ficou só na casa do Lavradio. O irmão pediu-lhe para voltar para o Alvito. Teve uma proposta para ir trabalhar no Jumbo, como operador técnico da secção automóvel, aí vai ficar mais de 15 anos, a vender baterias, a montá-las.

Várias vezes o desafiaram a escrever um livro sobre a sua história. Gostava de voltar à Guiné, lembra o nome de alguns fuzileiros que o marcaram, caso do comandante Patrício. Ainda participa nalgumas almoçaradas com a malta do seu tempo. Teve oportunidade de falar com a filha do general Humberto Delgado. O Ayala fingiu que não o reconheceu. Alguém tinha que escrever esta história. Parece que não tem pés nem cabeça, mas foi assim. Nas almoçaradas, os combatentes de então desabafam. E o relato chega ao seu termo: “A morte ainda não levou tudo. A vida continua a vencer. Ainda somos todos o G3”.
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Nota do editor

Último poste da série de 3 DE JUNHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11666: Notas de leitura (488): “O Mestiço e o Poder – Identidades, dominações e a resistências na Guiné”, por Tcherno Djaló (Mário Beja Santos)

terça-feira, 11 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11693: Notas de leitura (490): República e Colonialismo na África Portuguesa, coordenação de Fernando Tavares Pimenta (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 28 de Fevereiro de 2013:

Queridos amigos,
O conjunto de estudos que esta publicação alberga são surpreendentes e dão-nos a possibilidade de analisar como o republicanismo foi um decisivo elo de ligação entre a Monarquia Constitucional e o Estado Novo no que tange à defesa das colónias.
No contexto do pan-africanismo, Julião Soares Sousa dá-nos uma estimulante leitura da Liga Guineense e do Centro Escolar Republicano de Bissau e as relações tensas e inconciliáveis que a Liga manteve com o Governo da província, a propósito da guerra de Bissau de 1915.

Ensaios de grande qualidade cuja leitura se recomenda, sem qualquer hesitação.

Um abraço do
Mário


Republicanismo e colonialismo na I República: 
A Liga Guineense

Beja Santos

“República e Colonialismo na África Portuguesa”, coordenação de Fernando Tavares Pimenta, Edições Afrontamento, 2012, reúne um conjunto de estudos cujo objetivo é analisar a receção do republicanismo em contexto colonial, nomeadamente a forma como os republicanos foram portadores de mudança ao nível da vida política das colónias portuguesas. É uma leitura que provoca surpresas e ajuda a dissipar equívocos amontoados sobre a chamada negligência republicana quanto ao Ultramar.

Um trabalho de Luís Reis Torgal à volta de António José de Almeida e a sua experiência africana é esclarecedor quanto à continuidade republicana face à conceção do Império, e maca também as distinções face à Monarquia. Começa por observar que a designação de colónias apareceu no século XX. Na Carta Constitucional de 1826, que vigorou até 1910, falava-se de províncias ultramarinas. Implantada a República, a Constituição de 1911 refere “Da administração das Províncias Ultramarinas”. A legislação especial traz títulos como os seguintes Lei Orgânica da Administração Civil das Províncias Ultramarinas, isto em 1914, era ministro das Colónias Alfredo Augusto Lisboa de Lima. Em 1917, num ministério liderado por Afonso Costa, era ministro das Colónias Ernesto de Vilhena foram decretadas as primeiras cartas orgânicas das Províncias relativas à Guiné e depois a Angola. Só após a revisão de 1920 da Constituição se passou ao termo colónia, tendendo a sua organização para um carácter centralizador, com a criação dos Altos-comissários da República para as Colónias. Em 1924 foi criada a Agência Geral das Colónias, que será dirigida até 1932 por Armando Cortesão. O Ministério das Colónias surge logo a seguir à implantação da República, foi um cargo fundamentalmente entregue a militares, do Exército e da Marinha, que pode ser justificado pela experiência que os militares tinham das colónias. O regime dos Altos-comissários desapareceu com a Ditadura Nacional, esta afirmou-se pelo seu espírito centralizador, dando ênfase ao protecionismo dos indígenas. Recorde-se o Regulamento do Trabalho Indígena, datado de Maio de 1911. Mas a revolução de 28 de Maio de 1926 não alterou essencialmente as leis da República. O próprio Ato Colonial, de 1930, reafirmou todo este sistema legal. Tem Reis Torgal propriedade quando diz que no fundo não há diferenças essenciais entre as lógicas coloniais monárquica constitucionalista, republicana, ditatorial e estadonovista.

Uma nova atmosfera vai emergir com o pan-africanismo, houve em Portugal uma sensibilidade precoce para os movimentos defensores dos africanos. Como se pode ler em o Correio de África, de Julho de 1921, a propósito de eleições para deputados e senadores, num manifesto “Ao Povo de África”: “Não confieis de outras mãos que não sejam as dos vossos patrícios africanos o encargo de vos redimires. Só estes é que conhecem os vossos sofrimentos. Só estes poderão lutar pelas vossas aspirações”. No mês anterior surgira a Liga Africana de Lisboa. Multiplicaram-se por toda a Europa congressos pan-africanos, a eles aderiram delegações das províncias da Guiné e de Cabo Verde, a Liga dos Interesses Indígenas de S. Tomé e Príncipe, a Liga Angolana, o Grémio Africano de Lourenço Marques e a Liga Africana de Lisboa. A mudança de terminologia de colónias para províncias ultramarinas só ocorreu no Estado Novo, em 1951, mantendo-se a lei do indigenato na Guiné, Angola e Moçambique (recorde-se que em Cabo Verde nunca houve indigenato).

A diferença substancial entre a política monárquica e política republicana esteve na ideia de Império, já que os republicanos tinham polemizado com os monárquicos, acusando os primeiros os segundos de negligência e amesquinhamento das questões ultramarinas, fundamentalmente na questão do ultimato. Os republicanos estavam indelevelmente ligados a uma conceção nacionalista e imperialista. Reis Torgal lembra "Alma Nacional", o título da revista dirigida por António José de Almeida em 1910, a defesa das colónias pesou profundamente na entrada de Portugal na guerra de 1914-1918. Não é por acaso que no Mosteiro da Batalha estão dois soldados desconhecidos, ali sepultados em 1922, para significar os nossos caídos na Flandres e em África. Muitos republicanos de diferentes matizes estiveram intimamente ligados a África. António José de Almeida, médico em S. Tomé durante 7 anos; Brito Camacho, alto-comissário em Moçambique; Norton de Matos, ministro das Colónias e depois alto-comissário em Angola; Cunha Leal, chefe de brigada na Companhia dos Caminhos de Ferro de Angola, e muitos outros.

Em suma, I República continuou a política colonialista da Monarquia Constitucional. Defenderam-na com rasgo ao tempo em que outras potências europeias punham em causa o domínio português, procuraram melhorar as condições dos indígenas e acusaram os colonos de atos de desumanidade e exploração. Mesmo quando atacaram o clero, não deixaram de elogiar os missionários, como o fez António José de Almeida relativamente a D. António Barroso.

Julião Soares Sousa estudou a Liga Guineense e o Centro Escolar Republicano de Bissau. Havia nestas iniciativas a convicção de que a República iria abrir portas para uma alteração efetiva da condição das colónias. A Liga Guineense surgiu em 25 de Dezembro de 1910, numa assembleia de “nativos da Guiné”, era constituída uma associação escolar e instrutiva, a Liga. Em Junho seguinte foram eleitos os primeiros gerentes. Em 12 de Janeiro de 1911 foi criado o Centro Escolar Republicano, alguns dos membros da sua direção também pertenciam à Liga Guineense. Que se propunha a Liga? Fazer propaganda da instrução e estabelecer escolas; trabalhar para o progresso e desenvolvimento da Guiné; e pugnar para o bem geral dos consócios. E quanto ao Centro Republicano? Criar escolas diurnas para os filhos dos sócios e indigentes; proporcionar aos sócios leituras e distrações nos dias em que as escolas não funcionassem; promover conferências educativas. O Centro integrava nativos da Guiné, cabo-verdianos e portugueses metropolitanos; a Liga só admitia nativos integrados num conjunto de categorias sociais: marítimos, artífices, grumetes e empregos de comércio e indústria. O número de escolas era reduzidíssimo. Marques Geraldes, num texto publicado no Boletim da Sociedade Portuguesa de Geografia, em 1887, referia apenas existirem 3 escolas na província (Bolama, Bissau e Cacheu). Era uma constante de todos os relatórios, a queixa permanente da falta de estabelecimentos de ensino. O historiador guineense analisa detalhadamente a evolução da Liga, como esta intentou colaborar com o Governo da província até radicalizar o seu discurso. Por exemplo criticando a péssima administração da província, censurando as deportações para S. Tomé e Príncipe, isto logo em 1913, altura em que em Bolama era fundado o Grémio Desportivo e Literário Guineense. As relações da Liga com Teixeira Pinto são tensas e inconciliáveis, a Liga será ilegalizada, o detonante terá sido a guerra de Bissau de 1915.

Um conjunto de estudos da maior importância para a compreensão dos ideais republicanos no contexto da política colonial e colonialista.
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Nota do editor

Último poste da série de 7 DE JUNHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11680: Notas de leitura (489): O Homem a quem chamaram G3, por António Trindade Tavares (Mário Beja Santos)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7641: Ex-combatentes da Guerra Colonial lançam uma Petição Pública On Line (3): Alerta aos camaradas que subscreveram, mas não confirmaram a assinatura (Inácio Silva)

1. Mensagem de Inácio Silva, ex-1.º Cabo da CART 2732, Mansabá, 1970/72, com data de 18 de Janeiro de 2011:

Boa tarde caros Amigos:

SOLICITO A PUBLICAÇÃO DO EMAIL E DA LISTA ANEXA*

A lista anexa contém os nomes dos subscritores que estiveram no Site PETIÇÃO PÚBLICA para assinar a petição mas NÃO CONFIRMARAM A SUA ASSINATURA, tornando nula a sua intenção. Também não deixaram o seu email para poderem ser contactados.

Da consulta à lista das assinaturas da PETIÇÃO "Os ex-combatentes solicitam ao Estado Português o reconhecimento cabal dos seus serviços e sacrifícios", verifiquei que, cerca de 26,5% das subscrições não tem a sua assinatura confirmada. Estes subscritores terão que procurar, na sua caixa do correio, um email enviado pelo PETIÇÃO PÚBLICA que contém um link para a confirmação. Depois de clicar nesse link, receberão um outro email dizendo que a sua assinatura foi confirmada.

Se já não conseguir confirmar a sua assinatura, então a subscrição será considerada nula. Neste caso, poderá efectuar nova nova subscrição. Se o fizer, informe para o email inacio.silwa@gmail.com, para ser retirada a subscrição nula.

Um abraço.
Inácio Silva
ex-CART 2732
Mansabá-Guiné


(*) LISTA DOS SUBSCRITORES CUJA ASSINATURA NÃO FOI CONFIRMADA
(Estes subscritores não deixaram o email disponível)


ABILIO DELGADO
Acácio de Jesus Seabra Conde
Adelino Nuno Marinha dos Reis e Moura
Adérito Caldeira Cordeiro
Albino Antonio Guimaraes Pereira Garcez
Alfredo Aurélio Pereira Monteiro
Amadeu José Martins Gonçalves
Amilcar Joaquim Avó Dias
Ana Maria Andrade
Ana Paula Fernandes Ginja Ferreira
Aníbal Ramos de Melo
Antonio Blayer Soares
António Camões Flores
antonio carvalho rodrigues do nascimento
ANTÓNIO CORREIA
ANTÓNIO DOS SANTOS MAIA
António José Henriques Rodrigues
Antonio Martins Moreira
António Pereira dos Santos
António Rapado Correia
Armando Benfeito da Costa
Armènio Evangelista Mendes Zagalo
Artur Jorge Gorjão da Fonseca Almeida
Carlos Alberto Frade Leitão
Carlos António Carreira da Gama
Carlos dos santos varela
Carlos Jorge Lopes Marques pereira
Carlos Manuel Gouveia Pestana
carlos Parreiras Fernandes
Catarina Joana Branco Gonçalves
Cláudio Francisco Portalegre Trindade
constantino da silva costa
Diamqantino de Almeida Santos
Eduardo Ferreira Campos
Eduardo Guilhermino Evangelista Luis
Elisa conceiçao Almeida Carvalho Leite
Emanuel João de Canha Frazão Afonso
Fernando Artur Esteves Marreiros
Fernando Guilherme Pedras de Freitas
Fernando Manuel Barros Nunes
Fernando Manuel da Silva Cabral
Fernando Manuel Gonçalves Mascarenhas
fernando martins ferreira
FERNANDO SOUSA DE MATOS PIRES
Filipe Manuel Castanho Pinheiro
Filipe Miguel Garcia Fernandes
Firmino da Silva Barros
Francisco Diogo Candeias Godinho
Francisco Gomes da Silva
FRANCISCO JORGE DE PINHO
Frederico Carlos dos Reis Morais
Geraldo dos Anjos Cascais
germano jose pereira penha
Graciano Fernando de Almeida Barbosa
Gualter ALves Vieira
Helder Duarte Rodrigues de Assunção
Helder Lourenço
Humberto Simões dos Reis
joao adelino alves miranda
João Diogo Silva Cardoso
João Elvio Freitas Faria
João Evangelista de Jesus Hipólito
joao Pedro Emauz Leite Ribeiro
Joaquim Antonio Henriques Silvério
Joaquim Augusto Neves Eliseu
joaquim da conceição paiva
Joaquim da Cruz Marques
jose antonio celestino de assis
jose antonio timoteo machado
JOSE AUGUSTO LEITE DE ARAUJO
Jose Conceiçao Batista Afonso
José Fernando Rosa Lopes
José Ferreira da Silva
José Luís Pinto Vieira
Jose Manuel Maia Mendes Sousa
jose manuel moreno de azevedo campos
Jose Paulino silva
jose rodrigues pereira
Jose Sequeira Silva da Venda
jose silva nunes
JOVINO AUGUSTO ARMADA LOURENÇO DA CHÃO
Luis Alberto Pessoa da Fonseca e Castro
luis Francisco Dias Fânzeres Martins
Luis Manuel da Graça Henriques
Luis Manuel Vieira Ferreira
Luís Manuel Vitorino Ribeiro
Luís Rodrigues Cardoso Moreira
Manuel António da Conceição Santos
MANUEL DE CASTRO BARBOSA
Manuel Diogo da Silva Gomes
Manuel Fernandes da Luz
Manuel Jorge de Carvalho Sampaio Faria
Manuel Simões Fernandes
Marcos Vitor Leonardo
Maria Alice Monteiro Grilo
MARIA ARMINDA NEVES CASTRO
Mário Fernando Lima de Oliveira
Mário Macedo Caixeiro
Mário Pedro dos Santos Aguiar
Nádia Filipa Pombo Simão
Raul Armando da Cruz Domingues Ribeiro
Ricardo Jorge da SIlva Mota
Ruy José Cardoso Pereira Branquinho
SANDRA LOURENÇO ALVES
Tiago Miguel Rebelo Tavares
Tiago Miguel Santos Duarte
Vasco de Almeida e Costa
vitor antonio de jesus ferrinho
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 17 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7625: Ex-combatentes da Guerra Colonial lançam uma Petição Pública On Line (2): Informação e incentivo (Inácio Silva / Amaro Samúdio)

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Guiné 61/74 - P23553: Notas de leitura (1478): "Panteras à solta", de Manuel Andrezo (pseudónimo literário do ten gen ref Aurélio Manuel Trindade): o diário de bordo do último comandante da 4ª CCAÇ e primeiro comandante da CCAÇ 6 (Bedanda, 1965/67): as aventuras e desventuras do cap Cristo (Luís Graça) - Parte I: "Os alferes não gostaram do novo capitão. Acharam-no com cara de poucos amigos."






Capa e contracapa do livro "Panteras à solta: No sul da Guiné uma companhia de tropas nativas defende a soberania de Portugal", de Manuel Andrezo, edição de autor, s/l, s/d 
[c. 2010 / 2020] , 445 pp. , il. [ Manuel Andrezo é o pseudónimo literário do ten gen ref Aurélio Manuel Trindade, ex-cap inf, 4ª CCAÇ / CCAÇ 6, Bedanda, jul 1965/ jul 67. ]

Na foto acima, da capa, o "capitão Cristo, sentado ao centro, na casa do Zé Saldanha  [encarregado da Casa Ultramarina, em Bedanda, e onde se comia lindamente, graças aos dotes culinários da esposa, a balanta Inácia] . Por trás, em pé, os alferes Carvalho e Ribeiro e ainda o Zé Saldanha" (legenda, pág. 440).

1. Um exemplar autografado, dedicado ao cor inf ref Arada Pinheiro,   foi-me emprestado por este para leitura e recensão no blogue. 

O teor da dedicatória é o seguinte:  "Ao meu amigo Pinheiro com muito respeito e consideração para que se lembre sempre da Guiné, terra que ambos admiramos. 13/12/2020. Aurélio Trindade. " O Arada Pinheiro esteve no CTIG, como major inf, entre 1971 e 1973. E é um ano mais velho do que o autor, na Escola do Exército (é de 1951).

O livro, composto por cerca de 70 curtos capítulos, pode ser considerado como um "diário de  bordo", embora não datado, do autor (ou do seu "alter ego"), que foi o último comandante da 4ª CCAÇ e o primeiro da CCAÇ 6 (a 4ª Companhia de Caçadores passou, a partir de 1 de abril de 1967, a designar-se por CCAÇ 6 ("Onças Negras"), conforme fichas de unidade que publicamos abaixo).

A intensa atividade operacional é intercalada com pequenas, saborosas (e algumas pícaras=  histórias do quotidiano do quartel, da tabanca e seus "vizinhos"...

Já li as primeiras sessentas páginas, com prazer e apreço. O estilo narrativo é poderoso. Seco, assertivo, direto, às veses quase telegráfico. A escrita é, visivelmente, de um militar, com experiência operacional, e forte espírito de liderança, que quer "chegar, ver e vencer", mas que vai encontrar uma companhia em farrapos (equipada ainda com a velha Mauser, sem fardas novas, mal alimentada, isolada, desmoralizada, mal vista pelo comando do setor, sediado em Catió). 

É decididamente um militar que sabe que uma companhia vale pelo seu comandante operacional, e que quer fazer jus à sua divisa "Aut Vincere Aut Mori"  (Vitória ou Morte). Pelo que nos é dado inferir da leitura das primeiras dezenas de páginas, é um militar de "mão cheia", para usar uma expressão cara ao cor inf ref Arada Pinheiro, e que não regateia apoio aos seus soldados, mesmo que com isso tenha que enfrentar a incompreensão e até a desconfiança da hierarqui militar (em Catió e em Bissau). 

Antes de devolver o exemplar que foi me emprestado pelo cor Arada Pinheiro, quero ver se faço algumas notas de leitura, partilhando-as com os nossos leitores. Julgo que o livro está fora do  mercado livreiro habitual, não sendo de fácil acesso. Não consta, pelo menos, na Porbase (Base Nacional de  Dados Bibli0gráficos). O seu interesse documental, para nós, antigos combatentes da Guiné, é por demais evidente. É um período (1965/67) ainda mal conhecido, e a 4ª CCAÇ tem menos de 20 referências no nosso blogue. Já a CCAÇ 6 (extinta em 20 de agosto de 1974) tem mais de uma centena de referências.

Grande parte da narrativa, que segue um fio cronológico,  é constituída por episódios, entrecortados por muitos diálogos, sendo o principal protagonista o cap Cristo, "31 anos de idade, natural da Beira Alta, nascido e criado entre o duro granito da serra do Caramulo". É casado e pai de três filhos. Partiu no T/T Niassa, de Lisboa, em 30 de junho de 1965, com destino ao CTIG. 

Vai em rendição individual. Tem já duas comissões no Ultramar: Índia e Moçambique (donde acabara de regressar há 10 meses). (...) "Vai triste. (...) À sua frente o desconhecido. Sabe apenas que vai para a Guiné onde a guerra é dura. " (...) (pág. 7). 

Chega a Bissau a 5 de julho de 1965. E no dia seguinte, parte de imediato para Bedanda, de avioneta civil, com o cap Xáxa (a quem vai render), para tomar posse como novo comandante  da 4ª CCAÇ. O cap Xáxa fará as honras da sua apresentação aos militares e aos civis de Bedanda. E rapidamente a guerrilha do PAIGC (e a populaçao sob o seu controlo) vai passar a conhecê-lo e a temê-lo.

As primeiras impressões não foram favoráveis: "Os alferes não gostaram do novo capitão. Acharam-no com cara de poucos amigos. Nem se sequer se atreveram a praxá-lo, uma tradição muito cara à companhia" (...) (pág. 13).

(Continua)


Fichas de unidade > 4ª  Companhia de Caçadores

Identificação; 4ª CCaç

Cmdt (a) : Cap Inf Manuel Dias Freixo | Cap Inf António Ferreira Rodrigues Areia | Cap Inf António Lopes Figueiredo |Cap Inf Renato Jorge Cardoso Matias Freire (membro da Tabanca Grande)| Cap Inf Nelson João dos Santos | Cap Mil Inf João Henriques de Almeida | Cap Inf Alcides José Sacramento Marques | Cap Inf João José Louro Rodrigues de Passos | Cap Inf António Feliciano Mota da Câmara Soares Tavares | Cap Inf Aurélio Manuel Trindade

(a) Os Cmdts Comp são apenas indicados a partir de 1Jan61

Divisa: "Aut Vincere Aut Mori"

Início: anterior a 1jan61

Extinção: 1abr67 (passou a designar-se CCaç 6)

Síntese da Actividade Operacional

Era uma subunidade da guarnição normal, com existência anterior a 1jan61 e foi constituída por quadros metropolitanos e praças indígenas do recrutamento local, estando enquadrada nas forças do CTIG então existentes.

Em 1jan61, estava instalada em Bolama, com um pelotão destacado em Bedanda

Em 8abr61, iniciou o deslocamento para Buba, onde foi colocada temporariamente, a partir de 6mai61. Em 3jul61, foi transferida para Bedanda, mantendo um pelotão em Buba, até à chegada da CCaç 152, em 28jul61.

Entretanto, iniciou a instalação de forças em várias localidades da zona Sul, nomeadamente em Bolama, Bedanda, Cacine, Aldeia Formosa, Gadamael e Tite, as quais foram recolhendo à sede após substituição por outras forças, ou sendo deslocadas, para outras localidades, como Catió, Chugué e Caboxanque

A partir de 25jul61, foi integrada no dispositivo e manobra do BCaç 237 e depois sucessivamente no dispositivo dos batalhões e comandos instalados no sector. Tomou ainda parte em diversas operações realizadas nas regiões de Caboxanque, Chugué, Bochenan, entre outras.

Em 1abr67, passou a designar-se por CCaç 6.

Observações - Não tem História da Unidade. Em diversos documentos, esta subunidade era
muitas vezes designada por 4ª CCaç I.

Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: fichas das unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pp. 625- 626




Fichas de unidade > Companhia de Caçadores nº 6

Identificação:  CCaç 6
Cmdt: Cap Inf Aurélio Manuel Trindade | Cap Inf Renato Vieira de Sousa | Cap Inf Rui Manuel Gomes de Mendonça | Cap Art Ricardo António Tavares Antunes Rei | Cap Inf António Bernardino Fontes Monteiro | Cap Cav Carlos Domingos de Oliveira Ayala Botto | Cap Inf Gastão Manuel Santos Correia e Silva | Cap Inf Jorge Alberto Ferreira Manarte | Cap QEO Elísio José Brandão Alves Pimenta | Cap Mil Inf António Manuel Rodrigues
Início: 01abr67 (por alteração da anterior designação de 4ª CCaç) | Extinção: 20ago74

Síntese da Actividade Operacional

Em 1abr67, foi criada por alteração da designação anterior de 4ª CCaç.

Era uma companhia da guarnição normal do CTIG, constituída por quadros metropolitanos e praças indígenas do recrutamento local.

Continuou instalada em Bedanda, onde detinha a responsabilidade do respectivo subsector e se integrava no dispositivo e manobra do sector do BCaç 1858, ficando sucessivamente na dependência dos batalhões e comandos ali instalados. 

Por períodos variáveis, destacou temporariamente pelotões para reforço de outras guarnições, sendo especialmente orientada para a realização de acções nas regiões de Bantael Silá, Nhai, Bochenan e Flaque Injã, entre outras.

Em 20ago74, sendo substituída na responsabilidade do subsector de Bedanda por forças do BArt 6520/73, foi desactivada e extinta.

Observações -  Não tem História da Unidade.


Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: fichas das unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pág. 630.

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Nota de leitura:

Último poste da série > 22 de agosto de 2022 > Guiné 61/74 - P23544: Notas de leitura (1477): "A Guerra de Bissau, 7 de Junho de 98", por Samba Bari, um guineense diplomado em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada; Sinapis Editores, 2018 (1) (Mário Beja Santos)

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11701: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (15): Monte Real, 8 de junho de 2013 (Parte IV): Mais 'apanhados' do Miguel Pessoa


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > A Giselda Pessoa e o António Martins de Matos, dois camaradas que honraram a Pátria e a FAP no TO da Guiné, entre 1972 e 1974. A Giselda como enefermeira paraquedista e o António como piloto (Fiat G-91 e DO-27).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio >  Dois guineenses ou,  melhor, nativos da Guiné... À esquerda, o nosso tabanqueiro António Estácio, que fez a tropa em Angola; e à direita, Rui Trindade Doutel Guerra Ribeiro, cor ref., filho do Intendente Guerra Ribeiro, já falado aqui no blogue.



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio >  à esquerda, o grande Victor Tavares (Águeda), que está em tratamento de um doença; e à direita, o camarada de Lisboa que veio pela mão do António Estácio: o Hugo Eugénio Reis Borges (a quem convido para integrar também a Tabanca Grande; o Hugo Borges é maj.gen.tef: quando Tenente foi comandante de pelotão do Victor Tavares, na CCP 12/BCP 12).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Dois fidelíssimos tabanqueiros: Henrique Matos, açoriano de Olhão, e Paulo Santiago (Aguada de Cima / Águeda).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > À volta dos livros: Alberto Branquinho (Lisboa) (à esquerda); e José Ferreira da Silva (Crestuma / Vila Nova de Gaia) (que, para o ano, vai lançar também o seu próproio livro de contos, em que é mestre, tal como Branquinho; ouvi dizer que era para o ano, mas o Ferreira da Silva é que pode confirmar...).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > O Joaquim Mexia Alves e a Maria João (que é esposa do Jorge Araújo, doutorada em psicologia, professora do PIAGET).



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Da esquerda para a direita: o Jorge Araújo (Almada) e o João e a Celestina Sesifredo, do Redondo... O João foi 1º  Cabo no Pel Nat Caç 52, no Mato Cão, no tempo do Joaquim Mexia Alves (e passa automaticamente a ser convidado para integrar a nossa Tabanca Grande).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio >  Os meus queridíssimos amigos Gina e António Fernando Marques (, meu camarada da CCAÇ 12, voámos juntos numa GMC em 13/1/1971, à saída do destacamento de Nhabijões, Bambadinca).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio >  Da esquerda para a direita, o Jorge Loureiro Pinto (Sintra), que esteve na região de Fulacunda ("de que pouco se fala no blogue", queixa-se ele); e um outro camarada que, lamentavelmente, não consigo identificar... (Jorge, dá-me uma ajuda,e  manda coisas de Fulacunda para publicar!... Bolas, és professor de história, e o dossiê de Fulacunda ainda está muito vazio, tens razão...).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio >  À direita, o José Saúde (que veio de Beja e aproveitou o ensejo para lançar o seu 5º quinto livro com as suas memórias do Gabu); à esquerda, um outro camarada de cujo nome não me consigo lembrar (Desculpa, camarada!).


 Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio >  Gente que cuida da sua imagem...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio >  O nosso veteraníssimo JERO (e Jero só há um o de Alcobaça, e mais nenhum)... Sempre ativissimo, o último monge de Alcobaça: está a escrever outro livro sobre a sua amada terra... Ficámo-nos de encontrar de novo na reunião anual da Tabanca de São Martinho do Porto... (se o Pepito e a senhora sua mãe, a nossa decana da Tabanca Grande, Clara Schwarz, nos convidarem outra vez este ano)...

Fotos: © Miguel Pessoa (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: LG]

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Nota do editor:

Último poste da série > 11 de junho de 2013 >  Guiné 63/74 - P11695: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (14): Monte Real, 8 de junho de 2013 (Parte III): Os 'apanhados' do Miguel Pessoa