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sábado, 21 de outubro de 2006

Guiné 63/74 - P1197: Ameira: Operação Almançor, ou paródia aos nossos planos de operações (Aires Ferreira)

Montemor-O-Novo> Ameira > Hotel da Ameira > 14 de Outubro de 2006 > O Aires Ferreira, ao centro, ladeado pelo Manuel Perereira, à sua direita, e pelo Vitor Junqueira, à sua esquerda. Na segunda fila: Vacas de Carvalho, Neves (amigo de Julião Martins, emoresário com negócios na Guiné-Bissau) e Humberto Reis.

Foto: David Guimarães (2006) (pormenor)


I. Texto que já circulou pela tertúlia e que se julga oportuno e interessante divulgar no blogue, porque dá um toque de saudável humor e irreverência a este grupo de cotas que recusam ser um clube de qualquer coisa (ex-combatentes, saudosistas, últimos soldados do Império, heróis ou vilões, vítimas de stresse pós-traumático ou títulos quejandos). O autor é o Aires Ferreira. A peça é um paródia, logo, uma homenagem (aos nossos majores de operações, aos nossos planos de operações, às nossas operações)...

Amigos & camaradas (e em especial os que foram à Ameira, em Montemor-O-Novo, no dia 14 de Outubro de 2006):

Lamentavelmente só agora li esta mensagem do Aires Ferreira. As minhas desculpas, camarada!... O texto fazia todo o sentido ser divulgado no contexto do nosso encontro na Ameira, no dia 14 passado... Estive lá com com ele (um bocadinho...), e nem sequer me passou pela cabeça que ele pudesse ser uma pessoal com um sentido de humor tão especial, muito fino...

Antes de a publicar no blogue, achei que a nossa tertúlia merecia conhecer, em primeiro mão, esta peça, de fino humor e recorte literário, de mais um valoroso (e valioso) tertuliano...


II. Peça (humorística) do Aires Ferreira (ex-alf mil, CCAÇ 1686 / BCAÇ 1912; Mansoa, 1967/69) (1):

LUÍS GRAÇA & CAMARADAS DA GUINÉ > OP ALMANÇOR I (2)

ORDEM DE OPERAÇÕES Nº 01

Ref: Carta 1/50.000 Évora / Montemor

1. Situação

a) Força IN

(1) Localização: - Informações de detidos, referem a existência do Acampamento da Ameira, localizado em Montemor 9 N 40 E e vários anexos com população desarmada.

(2) Efectivo do Acampamento: - Cerca de 20 homens e 15 mulheres.

(3) Armamento: - 6 espingardas aut. FN cal. 20, 2 pistolas cal. 6.35mm, 2 Esp. de pressão de ar, 13 fisgas e 12 arcabuzes.

(4) Constituição: Edifício térreo, piscina, campo de jogos, picadeiro e arrecadações diversas.

(5) Segurança: - Um posto de sentinela com 2 elementos, junto ao caminho novo que vai dar ao acampamento principal.

(6) São de admitir as seguintes possibilidades ao IN, por ordem de prioridade:

(a) Furtar-se ao contacto, após curto período de resistência no acampamento. (Fuga para Évora).

(b) Emboscar as NT no regresso da acção.

(c) Emboscar as NT na sua progressão para o objectivo.

(d) Desenfiar todas as garrafas com mais de 15 anos.

b) Forças Amigas

- Nada

2. Missão

- Fomentar a amizade entre os camaradas da tertúlia.
- Realizar acções ofensivas a fim de capturar elementos rebeldes, aniquilando as suas instalações e meios de vida, nomeadamente despensas e garrafeiras.
- Pesquisar informações tendo em vista a realização de novas operações.

3. Execução
- As forças envolvidas, progridem separadamente até ao CAFÉ DO MONTE e após a reunião de todo o efectivo, serão constituídos três destacamentos, Alfa e Beta e Gama. O dest. Gama procede à picagem da estrada entre a EN 114 e a entrada do acampamento, em H-1 e integra-se no dest. Beta. O Dest. Alfa lança de imediato um golpe de mão sobre o objectivo e faz um prisioneiro que entrega ao dest. Beta. O prisioneiro conduz, voluntariamente ou não, de imediato, ambos os destacamentos ao bar do acampamento, que será obviamente tomado com pouca resistência por parte do IN.

Segue-se o almoço até às 5 da tarde, hora a que se verificará o " Toque de Ordem" e parte das forças envolvidas regressarão às suas Unidades.

O dest. Alfa (-) pernoitará no acampamento principal e assegurará a sua ocupação até 14h/15 Out.

4. Instruções de Coordenação:
- Designação da Operação: Almançor 1
- Dia D: 2006.10.14
- Hora H: 12.00
- Carregadores: Não permitido. GNR/BT
- Alimentação: Feijoada de Lebre, tipo III
- Transmissões: Telemóvel


Quartel em Lisboa, 11.10.2006

O Of. Operações

________________

O Comandante

______________

Cumprimentos
Aires Ferreira

_____

Nota de L.G.

(1) Vd. posts de:

28 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P1002: Um novo recruta, Aires Ferreira (BCAÇ 1912, CCAÇ 1686, Mansoa, 1967/69)

15 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1075: O soldado desconhecido de Mansoa (Aires Ferreira, CCAÇ 1686, BCAÇ 1912)

2 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1139: A fantástica estória do soldado Fernandes, da CCAÇ 1686, Mansoa (Aires Ferreira)

(2) Referência a Al-Mansur, o poderoso califa de Córdova (c. 948-1002), recordado em Montemor-o-Novo, pelo Rio Almançor, que atravessa o concelho, e o Café Almansor... O próprio Paulo Raposo costuma usar, por graça, o pseudónimo Rei Almançor...

sexta-feira, 28 de julho de 2006

Guiné 63/74 - P1002: Tabanca Grande: Um novo recruta, Aires Ferreira (BCAÇ 1912, CCAÇ 1686, Mansoa, 1967/69)


Guiné > Mansoa > CCS do BCAÇ 1912 (1967/68) > O capelão, Mário de Oliveira, alferes miliciano, entre soldados. Viria a receber ordem de expulsão da Guiné em 8 de Março de 1968.

Foto: © Padre Mário da Lixa (2003) (com a devida vénia...)



Guiné > Região do Oio > Mansoa > 1968 > Um periquito em Mansoa... Também o Paulo Raposo passou por Mansoa, nos primeiros meses da sua comissão, devendo ter conhecido e privado com o Aires Ferreira. Era Alf Mil Inf, com a especialidade de Minas e Armadilhas, da CCAÇ 2405, pertencente ao BCAÇ 2852, unidade que foi depois colocada na Zona Leste, Sector L1 - Bambadinca, em Galomaro e Dulombi.

Foto: © Paulo Raposo (2006)



1. Temos aqui mais um ‘recruta’: o Aires Ferreira, que pede autorização para fazer parte da nossa caserna, a maior caserna virtual da Net - pelo menos, em português (esta nossa mania de querermos ser os maiores…). Há aqui uma surpresa, no final, para um tertuliano muito especial… Quanto ao Aires: É, pá, entra cá dentro, que lá fora está uma brasa… L.G.

2. Mensagem do Aires Ferreira:


Caro Luís Graça

Cá vim parar. Era inevitável. Há uns tempos, através de um qualquer link, descobri este notável blogue e desde então tenho lido com emoção tudo o que aqui se escreve, embora na situação de desenfiado.

Hoje, resolvi deixar essa situação, pelo que solicito a necessária autorização para me alistar na Tertúlia.

Sou um escrupuloso respeitador das NEPS (lembram-se ?) e, sendo assim, aqui vai a minha apresentação:

Aires Ferreira
Alferes Miliciano de Infantaria - Minas e Armadilhas
BCAÇ 1912 - CCAÇ 1686
Mansoa, 13 de Abril de 1967 a 13 de Maio de 1969

Para apoio a esta petição, parece-me adequada a seguinte história, que tem algo de dramático e que vou contar com o máximo respeito por todos os intervenientes.

MISSA EM CUTIA

Cutia era um destacamento que tinha um grupo de combate e ficava entre Mansoa e Mansabá e entre o Morés e o Sara - Sarauol [vd. carta de Mamboncó].

O Batalhão tinha um Capelão que, um certo Domingo, lá para o fim de 67, resolveu ir celebrar Missa a Cutia. Para isso, arranjou uma escolta de voluntários que, comandados pelo furriel S.S., lá foram, com 2 Unimogs e o jipe do capelão.

A missa foi celebrada e no regresso, um dos Unimogs despistou-se e uma grande parte do pessoal da escolta ficou com ferimentos muito graves, tendo os restantes seguido até Mansoa para pedir auxílio.

Nesse Domingo eu estava de Oficial de Dia ao quartel de Mansoa e desconhecia totalmente este assunto. Cerca da hora de almoço, passava junto à porta de armas, encontrei o Ten. Cor. , o Comandante do Batalhão, que me disse:
- Alferes Ferreira, o seu grupo está todo destroçado na estrada de Cutia, o que está aqui a fazer? Vá já para lá.
- Não posso, estou de serviço - disse eu e apontei a braçadeira.
- Dê cá, eu fico com ela. O piquete vai já atrás de si com a ambulância.

Assim foi. Lá fui, munido da pistola Walther, com um condutor que por ali apareceu e chegámos depressa. A cena era trágica. Havia 5 ou 6 militares gravemente feridos e deitados na berma. O único militar que ali estava capaz de dar uns tiros para defender o local, se o IN por ali aparecesse, era … o Capelão, que de joelhos na estrada, junto ao jipe, fazia as suas orações, de G3 ao lado.

Logo de seguida chegou o necessário auxílio e todos os feridos foram evacuados e tratados.

O Alferes Capelão que faz parte desta história era… o Padre Mário Pais de Oliveira (1), bem conhecido desta Tertúlia e a quem envio um grande abraço.

Se o meu alistamento for autorizado, prometo que envio as necessárias fotos, que não seguem já porque não sei fazer essa operação (por enquanto).

Cumprimentos
Aires Ferreira

_____________

Nota de L.G.

(1) Até à data, o Padre Mário de Oliveira era, ironicamente, o único representante do Batalhão de Caçadores 1912 que, de resto, o expulsou do seu seio.... Vd. posts de:

27 de Junho de 2005 > Guiné 60/71 - LXXXV: Antologia (5): Capelão Militar em Mansoa (Padre Mário da Lixa)

14 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCL: Capelão militar por quatro meses em Mansoa (Padre Mário da Lixa)

17 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCLXV: Foi em plena guerra colonial que nasci de novo (Padre Mário de Oliveira )

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Guiné 63/74 - P1139: A fantástica estória do soldado Fernandes, da CCAÇ 1686, Mansoa (Aires Ferreira)


Guiné > Região do Oio > Mansoa > Jugudul > 1969 > O Alf Mil Aires Ferreira, em Jugudul, a 4 Km de Mansoa, na estrada Bissau-Bafatá. A placa quilométrica assinalava as distâncias para os principais povoações, a leste de Mansoa/Jugudul: Bindoro: 10 km; Porto Gole: 25 km; Enxalé: 47 km; Bambadinca: 62 km; Bafatá: 90km... O troço estava interdito pelo menos até Porto Gole...

Fotos: © Aires Ferreira (2006)

Texto do Aires Ferreira, Alf Mil Inf, com a especialidade de Minas e Armadilhas (CCAÇ 1686, BCAÇ 1912, Mansoa, 13 de Abril de 1967/13 de Maio de 1969) (1)



A estranha estória do soldado Fernandes

Camaradas Luís Graça e Beja Santos, a demora na resposta a este assunto, é apenas devida à minha ausência lá para os lados de Ourém/Leiria por motivos profissionais e de, por lá, não ter acesso à Internet. Aqui ficam as minhas desculpas.

O soldado Fernandes pertenceu à CCAÇ 1686 e o Comandante do seu Grupo de Combate foi o Alf Moreira, que por certo se lembrará destas histórias, muito melhor do que eu.

Lá para o fim de 68, quando a Companhia já tinha uns 18 meses de comissão, a sua actividade operacional foi seriamente reduzida, não só porque estava esgotada, mas também porque houve necessidade de assegurar a ocupação dos destacamentos próximos, que pertenciam ao sector.

O soldado Fernandes - que designarei por Atleta, porque era assim que era conhecido - não era homem dado a grandes meditações e não se enquadrava bem na vida algo sedentária da tropa em quadrícula.

Habituado que estava a uma intensa actividade operacional, passou a organizar, ele mesmo, os seus patrulhamentos, sem dar conhecimento a ninguém. Não sei por quantas vezes se ausentou, talvez umas três ou quatro. Andava sempre com a sua G3 e regressava sempre passados uns dias, como se não tivesse acontecido nada. Não falava no assunto e às perguntas que lhe faziam, respondia sistematicamente com um sorriso envergonhado e um encolher de ombros.

Certo dia, chegou ao Batalhão uma informação dizendo que andava ali na zona um cubano
que assediava tudo o que fosse bajuda ou mulher grande. O Atleta é algarvio e muito moreno.
Quando alguém contou isto na messe, houve gargalhada geral e a exclamação:
- O Atleta!!!

Ninguém apresentou queixa e o assunto morreu.

Passados uns tempos, o Atleta desapareceu de novo e acho que ninguém deu importância ao caso, uma vez que já era quase habitual e era convicção geral que ele voltaria, como sempre fez.

Só que desta vez, apareceu sim, mas passado um mês, ou talvez um mês e meio, e em Mansoa nunca se soube por onde tinha andado ou o que lhe tinha acontecido.

Foi passados 38 anos que através dum Post do Camarada Beja Santos (2), fiquei a saber que o Atleta foi parar ao Destacamento de Missirá e devolvido a Mansoa num DO !

Missirá dista de Mansoa uns bons 60 km, pela estrada Mansoa - Porto Gole - Enxalé - Missirá que, pelo menos no troço Mansoa - Porto Gole, estava interdita, só se passando por lá com uma Companhia e com muita atenção.

Esta estrada passava perto da base do Locher/Changalana,que foi destruída várias vezes e sempre reconstruída nas proximidades. Proporcionou-nos magníficos combates, nos quais participou o Atleta, pelo que conhecia bem esta zona e não acredito que se fosse meter sozinho neste vespeiro.

Aquela história que ele contou, do banho na bolanha, captura pelo IN e fuga, não é verosímil, porque em Mansoa não havia necessidade disso, não havia bolanha onde tomar banho e portanto não havia esse hábito.

Por outro lado, era nossa convicção que se o IN o quisesse apanhar à mão, há muito que o teria feito.

Há que considerar uma outra hipótese, que nos pareceu na altura a mais viável. Por aqueles dias esteve atracada no Rio Mansoa, junto à ponte, uma LDM e claro está, o nosso Atleta não se privou de ir confraternizar com a tripulação e certamente arranjar boleia para qualquer sítio, talvez clandestinamente. Acho que esta é a hipótese mais plausível, ir por via fluvial até lá para os lados de Porto Gole ou Enxalé, que ele conhecia duma operação que fizemos à zona de Mato Cão e daí, então sim, ir a pé até Missirá.

O seu regresso a Mansoa foi muito discreto, nunca soubemos por onde tinha andado e o
Comando do Batalhão optou por silenciar o caso porque de facto não servia de nada punir este soldado, que não devia ter sido mobilizado para a Guiné.

Apesar do susto que apanhou e da fome que terá passado, esta não foi a sua última aventura. Houve mais. Sobreviveu, vive no Algarve e em Abril [de 2007], no nosso próximo almoço de confraternização, lá estará seja onde for, em bom convívio com os seus ex-camaradas.

Um abraço a todos os camaradas da Tertúlia.
Aires Ferreira
__________

Notas de L.G.:

(1) Vd. post de 28 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P1002: Um novo recruta, Aires Ferreira (BCAÇ 1912, CCAÇ 1686, Mansoa, 1967/69)

(2) Vd. posts:

15 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1070: Operação Macaréu à Vista (Beja Santos) (10): A visita do soldado desconhecido.

15 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1075: O soldado desconhecido de Mansoa (Aires Ferreira, CCAÇ 1686, BCAÇ 1912)

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Guiné 63/74 - P1946: Estórias de Mansoa (2): um capelão (o padre Mário da Lixa) em apuros na estrada de Cutia (Aires Ferreira)




Guiné > Região do Óio > Mansoa > Cutia > Destacamento de Cutia > c. 1970 > Foto enviada, salvo erro, pelo César Vieira Dias, Ex Furriel Miliciano Sapador, CCS / BCAÇ 2885, um batalhão que esteve em Mansoa e Mansabá desde Maio de 1969 a Março de 1971 (se for outro o dono da foto, que reclame).


Foto: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). Direitos reservados.


Texto do Aires Ferreira, ex-Alf Mil, CCAÇ 1686 / BCAÇ 1912, Mansoa, 1967/69)(1):

Missa em Cutia, por Aires Ferreira

Cutia era um destacamento que tinha um grupo de combate e ficava entre Mansoa e Mansabá e entre o Morés e o Sara - Sarauol [vd. carta de Mambonco].


O Batalhão tinha um Capelão que, um certo Domingo, lá para o fim de 67, resolveu ir celebrar missa a Cutia. Para isso, arranjou uma escolta de voluntários que, comandados pelo furriel S. S., lá foram, com 2 Unimogs e o jipe do capelão.

A missa foi celebrada e, no regresso, um dos Unimogs despistou-se e uma grande parte do pessoal da escolta ficou com ferimentos muito graves, tendo os restantes seguido até Mansoa para pedir auxílio.

Nesse Domingo, eu estava de Oficial de Dia ao quartel de Mansoa e desconhecia totalmente este assunto. Cerca da hora de almoço, passava junto à porta de armas, encontrei o Tenente-Coronel, o Comandante do Batalhão, que me disse:

- Alferes Ferreira, o seu grupo está todo destroçado na estrada de Cutia, o que está aqui a fazer? Vá já para lá.

- Não posso, estou de serviço - disse eu e apontei a braçadeira.

- Dê cá, eu fico com ela. O piquete vai já atrás de si com a ambulância.

Assim foi. Lá fui, munido da pistola Walther, com um condutor que por ali apareceu e chegámos depressa. A cena era trágica. Havia 5 ou 6 militares gravemente feridos e deitados na berma. O único militar que ali estava capaz de dar uns tiros para defender o local, se o IN por ali aparecesse, era … o Capelão, que, de joelhos, na estrada, junto ao jipe, fazia as suas orações, de G3 ao lado.

Logo de seguida chegou o necessário auxílio e todos os feridos foram evacuados e tratados.O Alferes Capelão que faz parte desta história era… o Padre Mário Pais de Oliveira (2), bem conhecido desta Tertúlia e a quem envio um grande abraço.

Aires Ferreira

2. Comentário do editor do blogue:

Esta cena, trágico-cómica, repetiu-se infelizmente muitas vezes na Guiné, devido à frequência de acidentes, graves, com viaturas. A estória tem algo de heróico, insólito e ao mesmo tempo delicioso: estou a imaginar a angústia do capelão, o único homem do grupo em condições de se defender de um eventual da guerrilha, fazendo lembrar os nossos primeiros missionários, a cruz numa mão e a espada noutra, prontos para o martírio (ou o massacre).

Trata-se de um estória que eu recuperei de um poste do Aires Ferreira (1). Quis dar-lhe mais visibilidade e mas ao mesmo tempo fazer também uma singela homenagem aso nossos capelães militares. Muitos camaradas nossos devem-lhes uma palavra de gratidão pelo conforto espiritual e moral que, na missa, na confissão ou na simples conversa de caserna, na dor e na alegria, receberam destes homens, em terras da Guiné.

É uma homenagem a todos eles, independentemente das posições político-ideológicas que tomaram(ou não) perante a guerra, na altura ou mais tarde... A sua tarefa não era fácil, estando o seu múnus espiritual fortemente condicionado pelo seu enquadramento institucional (nem mais nem menos dois pesos pesados, a Igreja Católica e as Forças Armadas, com a PIDE/DGS sempre perto, a vigiar e a zelar pelo "bem da Nação")...

De dois desses homens já aqui falámos, com mais afecto e carinho: o Mário de Oliveira e o Arsénio Puim (3)... Mas a nossa Tabanca Grande está aberta e pronta a acolher o testemunho de outros capelães que queiram aparecer... e até dos sacristães (que os havia em cada CCS de cada batalhão). Ao que parece, só os cangalheiros que vinham expressamente de Bissau para fazer o seu trabalho.

O Rui Felício, (ex-Alf Mil, CCAÇ 2405 / BCAÇ 2852, 1968/70), é o autor da primeira Estória de Mansoa, série que gostaríamos que tivésse continuidade (4). (LG).

_____________

Notas de L.G.:

(1) Vd. post de 28 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P1002: Um novo recruta, Aires Ferreira (BCAÇ 1912, CCAÇ 1686, Mansoa, 1967/69)

(2) Até à entrada do Aires Ferreira, o Padre Mário de Oliveira era, ironicamente, o único representante do Batalhão de Caçadores 1912 que, de resto, o expulsou do seu seio.... Conheci o Mário de Oliveira, em Candoz, Paredes de Viadores, Marco de Canaveses, onde em tempos tinha sido pároco (creio que depois de vir da Guiné, donde fui expulso de capelão militar). Conheci-o no dia do meu casamento, civil, em casa dos meus sogros, em Agosto de 1976. Ele era e é amigo da minha mulher. Passou a ser também meu amigo.

Curiosamente o Nuno Rubim - segundo me confidenciou - encontrou-o há tempos, na Feira do Livro de Lisboa, no stand da sua editora, Campo das Letras (Porto) a a atender os seus leitores e a autografar o seu último livro (Salmos V ersão Século XXI). O Nuno (que se considera, ele próprio, agnóstico) apresentiu-se e ficou a falar com ele pela tarde dentro. Ficou fascinado pela sua personalidade e inclusive foi jantar com ele. No fibnal pediu-lhe para escrever, para o nosso blogue, um texto sobre a organização da assistência religiosa às NT, na Guiné. O Mário prometeu-lhe que sim... Ficamos aguardar com muito interesse e expectativa.

Vd. posts de:

27 de Junho de 2005 > Guiné 60/71 - LXXXV: Antologia (5): Capelão Militar em Mansoa (Padre Mário da Lixa)

14 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCL: Capelão militar por quatro meses em Mansoa (Padre Mário da Lixa)

17 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCLXV: Foi em plena guerra colonial que nasci de novo (Padre Mário de Oliveira )

8 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1825: Mário de Oliveira, na Feira do Livro de Lisboa, dia 9 de Junho de 2007

(3) Sobre o ex-Alf Mil Capelão Puim, da CCS do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), vd. posts:

5 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1925: O meu reencontro com o Arsénio Puim, ex-capelão do BART 2917 (David Guimarães)

17 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1763: Quando a PIDE/DGS levou o Padre Puim, por causa da homília da paz (Bambadinca, 1 de Janeiro de 1971) (Abílio Machado)

(4) Vd. post de 31 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P1006: Estórias de Mansoa (1): 'Alfero, água num stá bom' (Rui Felício, CCAÇ 2405)

terça-feira, 25 de março de 2014

Guiné 63/74 - P12897: (De) Caras (16): Quem tramou o alf mil capelão Mário de Oliveira, do BCAÇ 1912 (Mansoa, 1967/69) ?... Não foi o BCAÇ 1912 que expulsou o Mário de Oliveira, a PIDE tinha escritório aberto em Mansoa (Aires Ferreira, ex-alf mil inf, minas e armadilhas, CCAÇ 1698, Mansoa, 1967/69)


Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 1912 (1967/69) >  O alf mil capelão Mário de Oliveira entre soldados da CCS/BCAÇ 1912 e/ou da CCAÇ 1686 (que esteve sempre em Mansoa e a que pertenceu o Aires Ferreira, alf mil inf, minas e armadilhas, e membro da nossa Tabanca Grande) . O Mário de Oliveira viria a receber ordem de expulsão da Guiné em 8 de Março de 1968.

Foto: © Padre Mário da Lixa (2003) (com a devida vénia...)

1. Em toda a história da guerra colonial, no CTIG, houve dois casos de capelães militares que foram "expulsos"... Não sabemos ao certo por quem: (i) o bispo castrense (ii) a hierarquia militar; ou (iii) a polícia política ... Eu diria antes que foram dois erros de "casting" (sem que isto nada tenha de ofensivo para com os visados)...

Um deles é o padre Mário de Oliveira, que será sempre até morrer, o padre Mário da Lixa (*)... Foi capelão do BCAÇ 1912 (que esteve sediado em Mansoa, 1967/69)... Recorde-se que o BCAÇ 1912, mobilizado pelo RI 16, partiu para o CTIG 8/4/1967 e regressou a 16/5/1969.. O cmdt era o ten cor  inf  Artur Afonso Pereira Rodrigues. Subunidades de quadrícula:  CCAÇ 1686 (Mansoa); CCAÇ 1685 (Fá Mandinga, Fajonquito,  Fá Mandinga, Mansoa); e  CCAÇ 1684 (Bissau, Ingoré, São Domingos, Susana, Mansoa).

O outro caso de um capelão "expulso" foi o açoriano Arsénio Puim (que deixou, de resto, o sacerdócio em finais dos anos 70): foi capelão do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72).

Curiosamente, os dois são membros da nossa Tabanca Grande... Mas quantos capelães passaram pela Guiné ? É uma boa pergunta, a que não sabemos,  para já, responder...Seguramente algumas largas dezenas ou algumas centenas, já que, em princípio  havia um capelão por batalhão (c. 600 homens)...

Ora, ao que sabemos, foram apenas estes dois homens, e nossos camaradas,  os únicos capelães a entrar  em rota de colisão com a dupla hierarquia da Cruz e da Espada... Não os queremos nem santificar nem diabolizar, mas apenas ouvir (e saber ouvir) as suas histórias... Felizmente estão os dois vivos e têm inclusive participado em convívios anuais dos respetivos batalhões...

Temos cerca de 6 dezenas de referências a capelães no nosso blogue. Aliás,  temos mais dois capelães  registados no blogue:  o Augusto Baptista e  o Horácio Fernandes (este de resto contemporâneo do Mário de Oliveira)... É pena não haver mais capelães da Guiné a querer dar a cara neste blogue, que está aberto a todos os camaradas que por lá passaram, por aquela "terra verde e rubra"...

A nossa pergunta,  de momento, é: quem tramou  o Mário de Oliveira ? (**) (LG)

2. A este propósito, fomos recuperar o depoimento do Aires Ferreira, ex-alf mil inf, minas e armadilhas, da CCAÇ 1686 (Mansoa), do BCAÇ 1912 (Mansoa, 1967/69). O Aires Ferreira esteve em Mansoa de 13/4/1967 a 13/5/1969, e conviveu, portanto, com o Mário de Oliveira, como se depreende deste episodio que ele já aqui em tempos nos contou, aquando da sua apresentação, em  28/7/2006, à Tabanca Grande:


2.1. Missa em Cutia
por Aires Ferreira


Cutia era um destacamento que tinha um grupo de combate e ficava entre Mansoa e Mansabá  e entre o Morés e o Sara - Sarauol.

O Batalhão tinha um capelão que, um certo domingo, lá para o fim de 67, resolveu ir celebrar missa a Cutia. Para isso, arranjou uma escolta de voluntários que, comandados pelo furriel S.S., lá foram, com 2 Unimogues e o jipe do capelão.

A missa foi celebrada e no regresso, um dos Unimogues despistou-se e uma grande parte do pessoal da escolta ficou com ferimentos muito graves, tendo os restantes seguido até Mansoa para pedir auxílio.

Nesse Domingo eu estava de Oficial de Dia ao quartel de Mansoa e desconhecia totalmente este assunto. Cerca da hora de almoço, passava junto à porta de armas, encontrei o Ten. Cor, o Comandante do Batalhão, que me disse:
- Alferes Ferreira, o seu grupo está todo destroçado na estrada de Cutia, o que está aqui a fazer? Vá já para lá.
- Não posso, estou de serviço - disse eu e apontei a braçadeira.
- Dê cá, eu fico com ela. O piquete vai já atrás de si com a ambulância.


Guiné > Região do Oio > Mansoa > c. 1969/71 >
O destacamento de Cutia. Foto de César Dias
Assim foi. Lá fui, munido da pistola Walther, com um condutor que por ali apareceu e chegámos depressa. A cena era trágica. Havia 5 ou 6 militares gravemente feridos e deitados na berma. O único militar que ali estava capaz de dar uns tiros para defender o local, se o IN por ali aparecesse, era … o Capelão, que de joelhos na estrada, junto ao jipe, fazia as suas orações, de G3 ao lado.

Logo de seguida chegou o necessário auxílio e todos os feridos foram evacuados e tratados.

O Alferes Capelão que faz parte desta história era… o Padre Mário Pais de Oliveira, bem conhecido desta Tertúlia,  e a quem envio um grande abraço.

Aires Ferreira

2.2. Comentário adicional  do Aires Ferreira, com data de 15/9/2006:


Igreja de Mansoa. c. 194/66. Foto de Tony Borié

Luís Graça:  Não foi o BCAÇ 1912 que expulsou o Padre Mário do seu seio. Penso que nem tinha autoridade para o fazer. O que aconteceu, foi que o Padre Mário politizou fortemente as homilias das missas dominicais na Igreja Paroquial de Mansoa e isso criou problemas ao Comando do Batalhão. Além disso, a PIDE tinha em Mansoa um funcionário com escritório aberto.

Sei que o Comando foi por várias vezes chamado a Bissau e por fim o Padre Mário saiu de Mansoa. 

Estávamos em 1967, éramos todos muito jovens e acho que faltou uma pitadinha de bom senso ao Padre Mário, para levar a água ao seu moinho. Ele que me perdoe, mas foi o que pensei na altura.

Aires Ferreira




Guiné > Mapa geral da província (1961) > Escala 1/500 mil  > Região do Oio > Detalhe: posição relativa de Cutia no triângulo Bissorã- Mansabá- Mansoa.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)



Padre Mário da Lixa. Foto da sua página,
aqui reproduzia com a devida vénia
2.3. Sobre a sua experiência na Guiné entre finais de 1967 e princípios de 1968,  como capelão militar, o Mário de Oliveira, disse o seguinte:

(...) "Na guerra colonial, vivi integrado no Batalhão 1912, sedeado em Mansoa. Era o único padre capelão. Havia outro padre em Mansoa, mas na igreja da Missão, com quem sempre dialoguei, durante os quatro meses que lá vivi e actuei. Mas como capelão militar era o único padre no Batalhão.

"Enquanto não me expulsaram, pude privar de perto com as diversas chefias militares e com as centenas de soldados rasos que davam corpo ao Batalhão. Encontrei homens que estavam na guerra com convicção. A tese oficial do Regime sobre a guerra estava bem interiorizada neles. E eram generosos, à sua maneira, na entrega de si mesmos àquela causa, sem se aperceberem que era uma causa perdida. Mas havia também os que se aproveitavam da guerra, com sucessivas comissões, bem remuneradas, e quase sempre longe dos perigos das frentes de combate. Dizê-lo, não é novidade para ninguém. E havia os oficiais milicianos que, duma maneira geral, estavam na guerra contrariados e cuja preocupação maior era poderem regressar à sua família e à sua terra sãos e salvos" (...).

Fonte: Vd. post de 27 de Junho de 2005 > Guiné 60/71 - LXXXV: Antologia (5): Capelão Militar em Mansoa (Padre Mário da Lixa) (***)

Num outro texto, também publicado na I Série do nosso blogue, em 17/5/2006, o Mário de Oliveira explicou como é que foi apanhado pela armadilha da guerra colonial e o que é que a sua experiência, como capelão militar no CTIG, representou para ele, como homem, cidadão e padre:

(...) Acordei para a Guerra Colonial, quando, em 1967, fui chamado ao Paço episcopal do Porto - tinha então 30 anos de idade e cinco anos de padre, na Diocese, e era professor de Religião e Moral no Liceu D. Manuel II - para ser informado, de viva voz, pelo Bispo-Administrador Apostólico, D. Florentino de Andrade e Silva, de que o meu nome já tinha sido enviado para Lisboa, pelo que, em breve, iria ser chamado a frequentar um curso de capelães militares, na respectiva Academia Militar!
Não me perguntou o Bispo se eu estava disposto a ir, se tinha alguma coisa a objectar. Não me consultou. Apenas me informou e deu-me a ordem de marcha. Como se a Igreja fosse um enorme quartel, onde a generalidade dos seus membros apenas obedece, cumpre ordens dos superiores, auto-apresentados como infalíveis, como donos da verdade, como rostos visíveis de Deus, senão mesmo, o próprio Deus na terra.

A verdade é que eu, nessa altura, embora ficasse mudo de espanto e como que apunhalado no peito, não ousei sequer contradizer o Bispo. E lá fui para a Academia Militar, com mais umas dezenas de outros padres do país, pelos vistos, todos mais ou menos incómodos, por razões as mais diversas, nas respectivas dioceses.

Ao fim de cinco semanas de curso intensivo, fui dado como apto e parti para a Guiné-Bissau, a fim de me integrar, como alferes capelão, no Batalhão 1912, que já operava militarmente em Mansoa, a 60 kms de Bissau.

Hoje, também eu me pergunto: Como é que isto foi possível? Como é que eu nem sequer me lembrei de formular objecção de consciência? Como é que fui logo obedecer a semelhante ordem? (...)

______________

Notas do editor

(*) Da página pessoal do Padre Mário da Lixa, retirámos alguns apontamentos autobiográficos que nos ajudam a entender melhor a o seu percurso como homem, cidadão e padre bem como a sua curta passagem pela Guiné.

(i) Nascido em 1937, na freguesia de Lourosa, concelho de Santa Maria da Feira, numa família da classe trabalhadora, entrou no seminário em 1950;

(ii) Em 1962, foi ordenado padre, na Sé Catedral do Porto, pelo bispo D. Florentino de Andrade e Silva, Administrador Apostólico da Diocese, que substitui o Bispo D. António Ferreira Gomes (1906-1989), exilado por ordem de Salazar em 1959...

(iii) A partir de 1963 foi professor de religião e moral em dois liceus do Porto;

(iv) Em Agosto de 1967 "foi abruptamente interrompido nesta sua missão pastoral pelo Administrador Apostólico da Diocese, por suspeita de estar a dar cobertura a actividades consideradas subversivas dos estudantes (concretamente, por favorecer o movimento associativo, coisa proibida pelo regime político de então)";

(v) Nomeado capelão militar, "sem qualquer consulta prévia, pelo mesmo Administrador Apostólico", viu-se compelido a frequentar, durante cinco semanas seguidas, um curso intensivo de formação militar, na Academia Militar, em Lisboa;

(vi) Em Novembro de 1967, desembarca na Guiné-Bissau, na qualidade de alferes capelão do Exército português, integrado no BCAÇ 1912, com sede em Mansoa;

(vi) Menos de cinco meses depois, em março 1968,  é "expulso de capelão militar, por ter ousado pregar, nas Missas, o direito dos povos colonizados à autonomia e independência", e mandado regressar à sua diocese, sendo "rotulado pelo Bispo castrense de então, D. António dos Reis Rodrigues, como padre irrecuperável ";

(viii) Em Abril de 1968, foi nomeado pároco da freguesia de Paredes de Viadores (Marco de Canaveses);

(ix) Em Junho de 1969 é exonerado da paróquia de Paredes de Viadores pelo mesmo Administrador Apostólico da Diocese do Porto, que o havia nomeado;

(x) Em Outubro de 1969 está a paroquiar a freguesia de Macieira da Lixa (Felgueiras), por nomeação do Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, entretanto, regressado do exílio;

(xi) Em Julho de 1970 é preso pela PIDE/DGS;

(xii) Em Março de 1971 sai da prisão política de Caxias, depois de ter sido julgado e absolvido pelo Tribunal Plenário do Porto;

(xiii) Volta a ser preso pela PIDE/DGS em Março 1973; quando sai em liberdade, em Fevereiro de 1974, é "informado, de viva voz, pelo Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, que já não era mais o pároco de Macieira da Lixa";

(xiv) Em 1975 torna-se jornalista profissional;

(xv) Em Julho 1995, e a convite do jornal Público, "regressou à Guiné-Bissau, onde permaneceu durante uma semana, com o encargo de escrever uma crónica por dia sobre o passado e o presente daquela antiga colónia portuguesa" (...).




Guiné-Bissau > Região do Oio > Mansoa > 1995 >  O jornalista Mário de Oliveira com o padre missionário que foi encontrar em Mansoa.

Foto:© Padre Mário da Lixa (2003) (com a devida vénia...)


(**) Último poste da série > 21 de fevereiro de 2014 >  Guiné 63/74 - P12753: (De)caras (15): O meu primo Agnelo, e meu conterrâneo da ilha de Santo Antão, comandante do PAIGC, com quem me reencontrei no pós-25 de abril, em Bissau, era eu empregado bancário, no BNU - Banco Nacional Ultramarino (António Medina, ex-fur mil op esp, CART 527, Teixeira Pinto, 1963/65, a viver nos EUA, desde 1980)

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Guiné 63/74 - P1074: O Paulo Raposo, o Padre Mário e o Batalhão de Caçadores 1912, Mansoa (Aires Ferreira, CCAÇ 1686)

Texto do Aires Ferreira, Alf Mil Inf, com a especialidade de Minas e Armadilhas (CCAÇ 1686, BCAÇ 1912, Mansoa, 13 de Abril de 1967/13 de Maio de 1969)



Foto: © Aires Ferreira (2006)

Caro Luís Graça e Camaradas da Tertúlia:


Sou muito periquito por aqui. Solicitei a minha inscrição no Post 1002 (1) e não voltei a intervir. Não sei se por causa das férias, se por ter diminuído o entusiasmo inicial.

Enfim, seja como for, cá estou de novo e começo por fazer duas pequenas observações:

(i) A primeira é para o Paulo Raposo que se refere sempre ao Batalhão de Mansoa como sendo o 1911, o que não é verdade. O 1911 fez a viagem connosco no UIGE e fez a sua comissão em Bula. (Salvo erro).

O Batalhão de Mansoa foi o 1912, desde 13 de Maio de 1967 até 13 de Maio de 1969. O seu a seu dono.

(ii) A segunda é para o Luís Graça e reza assim: Não foi o 1912 que expulsou o Padre Mário (2) do seu seio. Penso que nem tinha autoridade para o fazer. O que aconteceu, foi que o Padre Mário politizou fortemente as homilias das missas dominicais na Igreja Paroquial de Mansoa e isso criou problemas ao Comando do Batalhão. Além disso, a PIDE tinha em Mansoa um funcionário com escritório aberto.

Sei que o Comando foi por várias vezes chamado a Bissau e por fim o Padre Mário saiu de Mansoa.

Estávamos em 1967, éramos todos muito jovens e acho que faltou uma pitadinha de bom senso ao Padre Mário, para levar a água ao seu moinho. Ele que me perdoe, mas foi o que pensei na altura.


Aires Ferreira


___________

Notas de L.G.

(1) Vd. post de 28 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P1002: Um novo recruta, Aires Ferreira (BCAÇ 1912, CCAÇ 1686, Mansoa, 1967/69)


(2) Eu tinha escrito o seguinte: "Até à data, o Padre Mário de Oliveira era, ironicamente, o único representante [na nossa tertúlia] do Batalhão de Caçadores 1912 que, de resto, o expulsou do seu seio"... Vd. outros posts sobre o Padre Mário, capelão do BCAÇ 1912 por 4 meses...

Vd. posts de:27 de Junho de 2005 > Guiné 60/71 - LXXXV: Antologia (5): Capelão Militar em Mansoa (Padre Mário da Lixa)

14 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCL: Capelão militar por quatro meses em Mansoa (Padre Mário da Lixa)

17 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCLXV: Foi em plena guerra colonial que nasci de novo (Padre Mário de Oliveira )

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8155: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (14): Lista, de A a Z, dos amigos e camaradas da Guiné, registados na Tabanca Grande até hoje





Montemor-o-Novo > Ameira > 14 de Outubro de 2006 > O nosso I Encontro Nacional > O grupo de camaradas fotografados, por volta da 13h, antes do almoço no Restaurante Café do Monte, na Herdade da Ameira. Ainda não tinham chegado todos... De qualquer foi o ano em que ainda "cabiam todos" na fotografia...Mas vejamos quem estava naquele momento, da esquerda para a direira: 

(i) na primeira fila, António Baia (de óculos escuros, enfermeiro num pelotão de intendência, veio com o Fernando Franco), José Bastos, Pedro Lauret, Lema Santos, Sampedro (foi capitão em Fajonquito, veio com o Manuel Pereira), Manuel Pereira, Aires Ferreira (de óculos escuros), Vitor Junqueira (também de óculos escuros), David Guimarães, José Casimiro Carvalho (de joelhos), Fernando Calado (ex-alf mil, CCS do BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70), Tino Neves, Jorge Cabral e, por fim, Luís Graça; 

(ii) na segunda fila, Carlos Vinhal, Fernando Franco, Fernando Chapouto, Magalhães Ribeiro, Zé Luís Vacas de Carvalho, Neves (um empresário que veio com outro empresário, o Martins Julião, da CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72 ), Humberto Reis (de óculos escuros), Virgínio Briote, Raul Albino...

Faltavam outros de camaradas que foram pioneiros nestas lides, e que por um razão ou outra não estão na foto: lembro-me, por exemplo, do Paulo Santiago, do Carlos Fortunato, do Carlos Santos (que trouxe notícias do Rui Alexandrino Ferreira), do António Pimentel, do Paulo Raposo e do Carlos Marques dos Santos (os dois organizadores do encontro), do António Santos, do Hernâni Figueiredo, do José Martins, do Manuel Lema Santos (ilustre representante da Marinha, juntamente com o Pedro Lauret, dois imediatos da LFG Orion, embora em épocas diferentes), do Rui Felício, do Sérgio Pereira, do Victor David...

Nesse primeiro encontro do nosso blogue, éramos um pouco mais de 50, contando com as nossas companheiras... No último encontro, o V, em Monte Real, em 2010, juntámos 3 vezes mais...




Montemor-o-Novo > Ameira > 14 de Outubro de 2006 > As nossas belas, solidárias e discretas companheiras... Infelizmente, não têm tido o tempo de antena que merecem... Nem sequer constam, a maior parte delas, da lista da nossa Tabanca Grande, mesmo tendo participado em todos ou quase todos os nossos encontros...[ Atrás delas, reconhece-se o Fernando Chapouto e o pira de Mansoa, o nosso ranger Magalhães Ribeiro]...


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2006) . Todos os direitos reservados.


Vd. poste de 15 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1177: Encontro da Ameira: foi bonita a festa, pá... A próxima será em Pombal (Luís Graça)



 Lista (alfabatética dos amigos e camaradas da Guiné, registados na Tabanca Grande até 21/4/2011)


(A) A. Marques Lopes [, foto à esquerda], Abel Maria Rodrigues, Abílio Delgado, Abílio Duarte, Abílio Machado, Acácio Correia, Adelaide Gramunha Marques (ou Adelaide Crestejo), Afonso M.F. Sousa, Agostinho Gaspar, Aires Ferreira, Albano Costa, Albano Gomes, Alberto Antunes, Alberto Branquinho, Alberto Nascimento, Alberto Sousa Silva, Albino Silva, Alcides Silva, Alfredo Reis, Almeida Campos, Altamiro Claro, Álvaro Basto, Álvaro Mendonça, Amadu Jaló (ou Djaló), Amaral Bernardo, Amaro Munhoz Samúdio, Américo Estanqueiro, Américo Marques, Amílcar Mendes, Amílcar Ramos, Amílcar Ventura, Ana Duarte, Ana Ferreira (ou Ana Paula Ferreira), Aníbal Magalhães, Anselmo Garvoa, Antero F. C. Santos (n=36) 



(António) António Alberto Alves, António Almeida, António Azevedo Rodrigues, António Baia, António Barbosa, António Barbosa [Santarém], António Barroso, António Bartolomeu, António Bastos, António Bonito, António Branco, António Branquinho, António Brum, António Camilo, António Carvalho, António Clemente, António Cunha, António Cunha ('Lassa'), António da Costa Maria, António da Silva Batista, António Dâmaso, António Dias, António Duarte, António Estácio, António Faneco, António Garcia Matos (ou António Matos), António Graça de Abreu, António Inverno, António J. Pereira da Costa, António J. Serradas Pereira, António (ou Tony) Levezinho, António Manuel Conceição Santos, António Manuel Oliveira, António Manuel Salvador, António Manuel Sucena Rodrigues, António Marques, António Marquês, António Martins de Matos, António Moreira, António Nobre, António Paiva, António Pimentel, António Pinto, António Rodrigues, António Rodrigues Pereira, António Rosinha, António Sá Fernandes, António Sampaio, António Santos, António Santos Almeida, António Tavares, António Teixeira, António Teixeira Mota, António Varela (n=54)


(Ar) Arlindo Roda [, foto à esquerda ], Armandino Alves, Armandino Santos, Armando Faria, Armando Ferreira Gomes, Armando Fonseca, Armando Pires, Arménio Estorninho, Arménio Santos, Armindo Batata, Arnaldo Sousa, Arsénio Puim, Artur Conceição, Artur José Ferreira, Artur Ramos, Artur Soares, Augusto Silva Santos, Augusto Vilaça (n=18)



(B) Belarmino Sardinha [, foto à direita], Belmiro Tavares, Belmiro Vaqueiro, Benito Neves, Benjamim Durães, Benvindo Gonçalves, Bernardino Parreira, Braima Djaura (n=8)



(Carlos) Carlos Alexandre [, foto à esquerda, 1973, na Ponte Caium], Carlos Américo Cardoso, Carlos Ayala Botto, Carlos Azevedo, Carlos Carvalho, Carlos Cordeiro, Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai), Carlos Farinha, Carlos Fernandes, Carlos Filipe Coelho, Carlos Fortunato, Carlos Geraldes, Carlos Guedes, Carlos Jorge Pereira, Carlos Marques dos Santos, Carlos Mendes, Carlos Nery Gomes de Araújo,Carlos Pinheiro, Carlos Schwarz (Pepito), Carlos Silva, Carlos Sousa, Carlos Valentim, Carlos Vinhal , Clara Schwarz (n=24) 



(Carv) Carvalhido da Ponte, Casimiro Vieira da Silva, Cátia Félix, César Dias, Cherno Baldé, Conceição Brazão, Conceição Salgado, Constantino Costa, Constantino (ou Tino) Neves, Coutinho e Lima, Cristina Allen, Cristina Silva, Cristóvão e Aguiar (n=13) 

(D) Daniel Matos, Daniel Vieira, David Guimarães, David Peixoto, Delfim Rodrigues, Diamantino Monteiro (ou Diamantino Pereira Monteiro), Diana Andringa, Dina Vinhal, Domingos Fonseca, Domingos Maçarico, Durval Faria (n=11) 

(E) Eduardo Campos, Eduardo Costa Dias, Eduardo J. Magalhães Ribeiro, Eduardo Santos, Ernesto Duarte, Ernesto Ribeiro (n=6) 








Guiné > Bissau > 1965 >  "Mascote da companhia em Bissau, nos primeiros dias de permanência na Guiné"... (Foto de Fernando Chapouto, Op Esp, CCAÇ 1426 (Geba, Camamudo, Banjara e Cantacunda, 1965/67).


Foto e legenda: © Fernando Chapouto (2008) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.

(F) Felismina Costa, Fernandino Leite, Fernando Almeida, Fernando Araújo, Fernando Barata, Fernando Calado, Fernando Chapouto, Fernando Costa, Fernando Franco, Fernando Gomes de Carvalho, Fernando Gouveia, Fernando Henriques, Fernando Inácio, Fernando Loureiro, Fernando Manuel Belo, Fernando Moita, Fernando Oliveira, Fernando Teixeira, Ferreira da Silva, Ferreira Neto, Filomena Sampaio, Florimundo Rocha, Fradique Morujão, Francisco Godinho, Francisco Palma, Francisco Santos, Francisco Silva (n=26) 

(G) Gabriel Gonçalves, George Freire, Germano Penha, Germano Santos, Gil Moutinho, Gilda Pinho Brandão (ou Gilda Brás), Giselda Antunes Pessoa, Gualberto Passos Marques, Gumerzindo Silva (n=9)







Guiné > Zona Leste > Sector L1 (Bambadinca)> 1969 ou 70 > Belíssimma vista aérea da tabanca de Samba Juli, sendo visível o perimetro de arame farpado, as valas e os abrigos individuais > Em Fevereiro de 1969, aquando o desastre do Cheche, a CCAÇ 2405 estava sediada em Galomaro, com um pelotão em Samba Juli, outro em Dulombi e um terceiro em Samba Cumbera. Samba Juli fazia parte de um conjunto de tabancas fulas, em autodefesa no regulado do Corubal, ao longo da estrada Bambadinca-Xitole, onde se incluía Dembataco e , Moricanhe (a oeste da estrada), Samba Culi, Sinchã Mamajã, Sare Adé, Afiá, Candamã, entre outras (a leste)... Tudo nomes que ainda ressoam estranhamente nas nossas cabeças: em muitas delas contávamos as estrelas à noite e esperávamos o alvorecer não sem alguma ansiedade....  Neste episódio, passado m Dezembro de 1969, Beja Santos refere a sua ida a Samba Juli, fazer um transporte de doentes, com o seu Pel Caç Nat 52, agora destacado em Bambadinca e morrendo de saudades de Missirá ... A lealdade dos fulas(ou a sua aliança política com os tugas contra o PAIGC) era paga com estes e outros serviços... (LG)



Foto: © Humberto Reis (2006) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné Direitos reservados

Vd. poste de 1 de Fevereiro de 2008 >  Guiné 63/74 - P2498: Operação Macaréu à Vista - II Parte (Beja Santos) (18): Operação Punhal Resistente





(H) Hélder Sousa, Henrique Cabral, Henrique Cerqueira, Henrique Martins de Castro, Henrique Matos, Henrique Pinto, Herlander Simões, Hernani Acácio Figueiredo, Hugo Costa, Hugo Guerra, Hugo Moura Ferreira, Humberto Reis (n=12)

(I) Idálio Reis, Inácio Silva, Isabel Levy Ribeiro (n=3)



(J) J. Armando F. Almeida, J. C. Mussá Biai, J. L. Mendes Gomes, J. L. Vacas de Carvalho, J. M. Pereira da Costa, Jacinto Cristina, Jaime Machado (n=7) 

(João) João Bonifácio, João Carlos Silva, João Carreiro Martins, João Carvalho, João Crisóstomo, João Dias da Silva, João Graça, João Lourenço, João M. Félix Dias, João Melo, João Miranda, João Pinho dos Santos, João S. Parreira, João Santos, João Seabra, João Santiago, João Varanda (n=17) 

(Joaquim) Joaquim Fernandes, Joaquim Gomes de Almeida (o "Custóias"), Joaquim Guimarães, Joaquim Macau, Joaquim Mexia Alves, Joaquim Peixoto, Joaquim Pinheiro, Joaquim Sabido, Joaquim Soares, Jochen Steffen Arndt (n=10)

(Jorge) Jorge Araújo, Jorge Cabral, Jorge Caiano, Jorge Canhão, Jorge Coutinho, Jorge Félix, Jorge Lobo, Jorge Narciso, Jorge Picado, Jorge Rijo, Jorge Rosales, Jorge Rosmaninho, Jorge Santos, Jorge Silva, Jorge Simão, Jorge Tavares, Jorge Teixeira, Jorge Teixeira (Portojo) (n=18)

(José) José Afonso, José Albino, José Barreto Pires, José Barros, José Bastos, José Belo, José Brás, José Cancela, José Carlos Ferreira, José Carlos Neves, José Carmino Azevedo, José Casimiro Carvalho, José Colaço, José Corceiro, José Cortes, José Crisóstomo Lucas, José da Câmara, José Eduardo Alves, José Eduardo Oliveira (JERO), José Ferreira da Silva, José Figueiral, José Firmino, José Francisco Robalo Borrego, José Gonçalves, José Jerónimo, José Luís Vieira de Sousa, José Macedo, José Manuel (Josema, ou José Manuel Lopes), José Manuel Dinis, José Manuel Pechorro, José Manuel Samouco, José Marques Ferreira, José Martins, José Moreira, José Nunes, José Paracana, José Pedro Neves, José Pedrosa, José Pereira, José Pinho da Costa, José Quintino Romão, José Rocha (ou José Barros Rocha), José Rodrigues, José (ou Zé) Teixeira, José Vermelho, José Zeferino (n=46) 

(Ju) Júlia Neto, Júlio Abreu, Júlio Benavente, Júlio César, Júlio Faria, Juvenal Amado, Juvenal Candeias (n=7) 

(L) Leopoldo Amado, Lia Medina, Libério Lopes, Luís Borrega, Luís Camões, Luís Candeias, Luís Carvalhido, Luís de Sousa, Luís Dias, Luís Faria, Luís Fonseca, Luís Graça [Henriques], Luís Guerreiro, Luís Jales, Luís Marcelino, Luís Miguel da Silva Malú, Luís Moreira, Luís Nascimento, Luís Paiva, Luís R. Moreira, Luís Rainha (n=21) 

(Manuel) Manuel Abelha Carvalho, Manuel Amante, Manuel Amaro, Manuel Bastos Soares, Manuel Bento, Manuel Carmelita, Manuel Carvalhido, Manuel Carvalho Passos, Manuel Castro, Manuel Correia Bastos, Manuel Cruz, Manuel Domingues, Manuel G. Ferreira, Manuel Henrique Quintas de Pinho, Manuel João Coelho, Manuel Joaquim, Manuel Maia, Manuel Marinho, Manuel Martins, Manuel Mata, Manuel Melo, Manuel Moreira, Manuel Oliveira Pereira, Manuel Peredo, Manuel Rebocho, Manuel Reis, Manuel Resende, Manuel Rodrigues, Manuel Santos, Manuel Sousa, Manuel Tavares Oliveira, Manuel Traquina, Manuela Gonçalves (Nela) (n=33)






Guiné > Bissau > Bissalanca > BA12 > A chegada do hospital, em maca, do Ten Pilav Miguel Pessoa, após ter o seu Fiat G-91 ter sido abatido por um, Strela, em 25 de Março de 1973 sob os céus de Guileje, e recuperado no dia seguinte pelas NT. Do lado direito, a Enf Pára-quedista Giselda Antunes. Foto do Srgt Coelho, da secção fotográfica da BA12.


Vd. poste de 4 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3839: FAP (4): Drama, humor e... propaganda sob os céus de Tombali (Miguel Pessoa, Cor Pilav Ref)

Foto : © Miguel Pessoa (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados



(Mar / Mig) Maria Clarinda Gonçalves, Maria Joana Ferreira da Silva, Maria Teresa Almeida, Mário Armas de Sousa, Mário Beja Santos (ou Beja Santos), Mário Bravo, Mário Cláudio [pseudónimo de Rui Barbot Costa], Mário Cruz ("Shemeiks"), Mário de Oliveira (Padre), Mário Dias (ou Mário Roseira Dias), Mário Fitas (ou Mário Vicente), Mário Migueis, Mário Pinto, Marisa Tavares, Marta Ceitil, Martins Julião, Maurício Nunes Vieira, Melo Silva, Miguel Pessoa, Miguel Ribeiro de Almeida, Miguel Ritto, Miguel Vareta (n=22)

(N) Natalino da Silva Batista, Nelson Domingues, Nelson Herbert, Norberto Gomes da Costa, Norberto Tavares de Carvalho, Nunes Ferreira, Nuno Almeida, Nuno Dempster, Nuno Rubim (n=9) 

(O/P/Q) Orlando Figueiredo, Orlando Pinela, Osvaldo Pimenta, Pacífico dos Reis, Patrício Ribeiro, Paula Salgado, Paulo Lage Raposo (ou Paulo Raposo), Paulo Reis, Paulo Salgado, Paulo Santiago, Pedro Cruz, Pedro Lauret (n=12)

(R) Raul Albino, Raul Azevedo, Raul Brás, Regina Gouveia, Renato Monteiro, Ribeiro Agostinho, Ricardo Figueiredo, Ricardo Sousa, Ricardo Teixeira, Rogério Cardoso, Rogério Chambel, Rogério Ferreira, Rogério Freire, Rosa Serra, Rui A. Santos, Rui Alexandrino Ferreira (ou Rui Ferreira), Rui Baptista, Rui Esteves, Rui Felício, Rui Fernandes, Rui Gonçalves, Rui Santos, Rui Silva (n=23)



Fotos Falantes III > Foto 29 > Candamã > 1969 > O Torcato Mendonça e o seu Gr Comb, CART 2339 (Mansambio, 1968/69)

Foto: © Torcato Mendonça (2007) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


(S/T) Sadibo Dabo, Santos Oliveira, Sérgio Pereira, Sérgio Sousa, Silvério Lobo, Sílvio Abrantes (Hoss), Sousa de Castro, Susana Rocha, Tina Kramer, Tomané Camará, Tomás Carneiro, Tomás Oliveira, Tony Grilo, Tony Tavares, Torcato Mendonça (n=15) 






Guiné > Região de Tombali > Catió > Foto 3A - Vila de Catió > Vista aérea da Rotunda e Avenida de Catió antes de 1967.  O edifício à esquerda na foto era a escola primária que em 1967 já tinha sido modificado. 



Vd. poste de 19 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6616: In memoriam (44): Victor Condeço (1943-2010), um camarada discreto, amável, afável, prestável, generoso (Luís Graça / Benito Neves / Juvenal Amado)





Fotos (e legenda): © Victor Condeço (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.  [O Vitor foi um dos camaradas que deixou, com saudade, o seu lugar vago, em 2010, à volta do poilão da Tabanca Grande]




(V/X/W/Z) Valentim Oliveira, Vasco da Gama, Vasco Ferreira, Vasco Joaquim, Vasco Santos, Victor Alfaiate, Victor Alves, Victor Barata, Victor David, Victor Garcia, Victor Tavares, Virgínio Briote, Vítor Cordeiro, Vítor Junqueira, Vítor Oliveira, Vítor Raposeiro, Vítor Silva, Xico Allen, Zé Carioca (ou José António Carioca), Zélia Neno (n=20) 



Camaradas que da lei da morte se foram libertando: 



Alfredo Dinis Tapado (1949-2010)

António Domingos Rodrigues (1947-2010)
Carlos Rebelo (1948-2009)
França Soares (1949-2009)
Humberto Duarte (1951-2010)
João Barge (1945-2010)
Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010)
José (ou Zé) Neto (1929-2007)
Rogério da Silva Leitão (1935-2010)
Victor Condeço (1943-2010) 



Total dos membros registados da Tabanca Grande (em 21/4/2011)= 491 (É possível que possa haver uma ou outra falha, involuntária, nos nossos registos)



Últimas dez entradas (da mais recente para a menos recente): 


Jorge Coutinho, Manuel Abelha Carvalho, Armandino Santos, Florimundo Rocha, Susana Rocha, Manuel Sousa, Francisco Henriques, José Rodrigues, José Barros, Manuel Bento.

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Nota do editor:

Último poste da série > 22 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8152: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (13): O Blogue faz parte da minha identificação (Hélder Sousa)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9205: In Memoriam (100): O pessoal da CAÇ 1686 do BCAÇ 1912 está de luto (Aires Ferreira)


 

1.   O nosso Camarada Aires Ferreira, ex-Alf Mil At Inf da CCAÇ 1686/BCAC 1912 – Mansoa -, 1967/59, enviou-nos uma triste mensagem.

O pessoal da CAÇ 1686 do BCAÇ 1912 está de luto

Camaradas,

É com  grande tristeza que participo o falecimento do  Sr. Ten.Cor./GNR  JOSÉ DE MATOS CORREIA BARRADAS, ocorrido no passado dia 9.12.2011.

Foi o Comandante da CCAÇ 1686/BCAC 1912 desde Abril de 67 até Maio de 69, em Mansoa.

Comandou a sua Companhia em cerca de 50 operações na zona do Oio (Sara-Sarauol, Locher-Changalana, Morés, Cubonge, etc.).

Cumpriu com valentia as missões que lhe foram atribuídas e pelo seu bom senso granjeou grande amizade e respeito junto de todos os seus subordinados.

Perdemos o nosso COMANDANTE, mas acima de tudo perdemos um AMIGO.

“QUE DESCANSE EM PAZ COMANDANTE… ATÉ SEMPRE”

Aires Ferreira
Alf Mil At Inf da CCAÇ 1686/BCAC 1912

Emblema de colecção particular: © Carlos Coutinho (2011). Direitos reservados. 
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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em: