quarta-feira, 5 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17209: Pré-publicação: O livro de Mário Vicente [Mário Fitas], "Do Alentejo à Guiné: putos, gandulos e guerra" (2.ª versão, 2010, 99 pp.) - XIX Parte: Cap X - Miriam quer fazer cumbersa giro com furiel Mamadu


A bela mas estéril Miriam

Foto (e legenda): © Mário Fitas (2016). Todos os direitos reservados
 [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Capa do livro (inédito) "Do Alentejo à Guiné: putos, gandulos e guerra", da autoria de Mário Vicente [Fitas Ralhete], mais conhecido por Mário Fitas, ex-fur mil inf op esp, CCAÇ 763, "Os Lassas", Cufar, 1965/67. Do mesmo autor já aqui publicámos, em 2008, em dez postes, o seu fascinante livro "Pami N Dondo, a guerrilheira", ed. de autor, Estoril, 2005, 112 pp.

[Mário Fitas foi cofundador e é "homem grande" da Magnífica Tabanca da Linha, escritor, artesão, artista, além de nosso grã-tabanqueiro da primeira hora, alentejano de Vila Fernando, concelho de Elvas, reformado da TAP, pai de duas filhas e avô. Foto em baixo, à direita, Tabanca da Linha, Oitavos, Guincho, Cascais, março de 2016]

Do Alentejo à Guiné: putos, gandulos e guerra > XVIII Parte > Cap IX - Guerra 2 (pp. 62-66)

por Mário Vicente

Sinopse:

(i) faz a instrução militar em Tavira (CISMI) e Elvas (BC 8),

(ii) tira o curso de "ranger" em Lamego;

(iii) é mobilizado para a Guiné;

(iv) unidade mobilizadora: RI 1, Amadora, Oeiras. Companhia: CCÇ 763 ("Nobres na Paz e na Guerra");

(v) parte para Bissau no T/T Timor, em 11 de fevereiro de 1965, no Cais da Rocha Conde de Óbidos, em Lisboa.;

(vi) chegada a Bissau a 17:

(vii) partida para Cufar, no sul, na região de Tombali, em 2 de março de 1965;

(viii) experiência, inédita, com cães de guerra;

(ix) início da atividade, o primeiro prisioneiro;

(x) primeira grande operação: 15 de maio de 1965: conquista de Cufar Nalu (Op Razia):

(xi) a malta da CCAÇ 763 passa a ser conhecida por "Lassas", alcunha pejorativa dada pelo IN;

(xii) aos quatro meses a CCAÇ 763 é louvada pelo brigadeiro, comandante militar, pelo "ronco" da Op Saturno;

(xiii) chega a Cufar o "periquito" fur mil Reis, que é devidamente praxado;

(xiv) as primeiras minas, as operações Satan, Trovão e Vindima; recordações do avô materno;

(xv) "Vagabundo" passa a ser conhecido por "Mamadu"; primeira baixa mortal dos Lassas, o sold at inf Marinho: um T6 é atingido por fogo IN, na op Retormo, em setembro de 1965;

(xvi) a lavadeira Miriam, fula, uma das mulheres do srgt de milícias, quer fazer "conversa giro" com o "Vagabundo" e ter um filho dele.

Pré-publicação: O livro de Mário Vicente [Mário Fitas], "Do Alentejo à Guiné: putos, gandulos e guerra" (2.ª versão, 2010, 99 pp.) - XIX Parte: Cap X: Miriam (pp. 61-66)


X Miriam

Cada Povo tem os seus rituais para exorcizar o medo da morte. Mas é a morte que está sempre presente na guerra.

Miriam, sendo fula, apresenta como é natural as características gerais desta etnia. Feições perfeitas cor de ébano, alimenta-se de arroz, fruta, carne,  exceptuando porco, e abusa um pouco da cola. De origem nómada,  convertida ao islamismo, tem regressões ao feiticismo e foi herdada pelo sargento de milícia Aqueba Baldé, homem já de uma certa idade, por morte de seu irmão, conforme a lei e tradição fula. Relativamente nova, sem definição de idade, andará pelos vinte, vinte e um anos. Seios pequenos mas levantados, apesar do uso do pano para os quebrar, é demonstrativo que ainda não teve filhos.

Caracterizando por alto, eis a lavadeira que o chefe dos Vagabundos conseguiu, tendo talvez aqui começado em parte também a alcunha daquele, para furriel Mamadu não desvalorizando também o gosto deste em saber usos e costumes, o seu convívio e relacionamento com o pessoal nativo. Era habitual ver o furriel falando e convivendo com os soldados da milícia.

Tantas vezes o cântaro vai à fonte até que… ou antes, tantas vezes a roupa foi lavada, que Vagabundo começou a estranhar o extremo esmero com que sua roupa era tratada sem reclamação ou exigências de melhor remuneração. A lavadeira um dia mais afoita e atrevida, atacou directamente Vagabundo:


Furiel!... tu é Mamadu, home balente, bó na bai na mato e cá tem medo, Miriam gosta de furiel. Eu sabo tu é branco, a mim preto! Miriam quer fazer cumbersa giro com furiel Mamadu!

Vagabundo poderia esperar tudo menos isto! Grande morteirada! Havia normas e conceitos que,  como graduado responsável,  tinha de respeitar. Além do mais, Miriam,  para todos os efeitos,  era mulher do sargento da milícia e tudo traria problemas que teriam reflexos em toda a CCAÇ 763.

Sejamos claros! Não seria coisa que desgostasse ao furriel, porque apesar de ser negra, Miriam não era nada de desperdiçar, com a agravante da inexistência de formas dos militares,  naquela situação no mato, resolverem carências de sexo em termos normais. E como se dizia: "ao fim de quinze dias na Guiné, as negras começam a ficar brancas”!

Vagabundo, a princípio,  não ligou e mandou a lavadeira ter cabeça, criar juízo. Mas Miriam continuou insistindo. O furriel, para evitar problemas,  foi falar com o sargento da milícia e informou-o que prescindia dos serviços da mulher e que ela não tinha juízo. Aqueba ouviu, olhou de uma forma resignada para Mamadu e disse:


- Furiel!... a mim sabe desse cumbersa todo! Miriam cá tem cabeça, Miriam fala a mim desse coisa todo! Mim recebe esse mulher de irmon meu. Eu, home belho, furiel, não pode dar a ela filho, ela quer filho de home branco e quer ser de furiel minino qué Mamadu! Qui na bai na mato, cá tem medo, home balente. 


O furriel viu de imediato o filme todo!... Apesar de ter o conhecimento de, na etnia, a mulher conceder favores sexuais facilmente, em que grande complicação se meteria ainda por cima com aquela ideia louca do filho.

Mas o velho milícia insistiu:


-Cá tem porblema! Furiel cá fala desse cumbersa, a mim cá fala tabem! Si Aqueba firma na Catió, Miriam firma ali no Cufar; si Aqueba firma na Cufar, Miriam firma na Catió. Furiel Mamadu faz como tu sabe!

Sim senhora!... Desta simples forma se viu Vagabundo usufrutuário do corpo de Miriam.

Nessa tarde, ao passar pelas moranças onde estavam instaladas as duas secções de milícia, Vagabundo viu Miriam aproximar-se de Aqueba que, sentado, dedilhava um corá, instrumento rústico de cordas. Qualquer coisa segredou que o sargento da milícia começou cantando uma lenga lenga em linguagem fula misturada de crioulo onde as únicas palavras que o furriel entendeu foram:


-Jaramááááá… furiel Mamadu qui na bai na mato e cá tem medo, Jaramááááá!...

O chefe dos Vagabundos falou com o médico e Miriam foi vista pelo tenente obstetra, natural das terras do Mondego.

O tenente médico miliciano entrou na messe de sargentos e pediu ao Lopez um whisky,  o qual mandou pôr na conta de Mamadu. Ao sair encontrou-se com este e disse-lhe:
- Já cobrei a consulta!
- Então!?
- Em perfeita saúde! Entre aspas é claro, tens mais sorte que o Diogo Alves! Há ali uma disfunção hormonal qualquer, pelo que ela não tem ovulação, sofre de amenorreia crónica!
- Palavra?
- Pela conversa que tive e para teu bem, e mal dela, coitada, pois ela disse-me o que queria! Aliás o que quereria! Dado não ser possível, convém não lhe falares nisso. É melhor a ignorância e ilusão por vezes, que uma grande vida. Deixa-a viver na esperança, que assim vive feliz. Não vale a pena criar problemas psíquicos que geralmente nestes casos resultam em grandes complicações. Entendido? Vamos beber mais um para afastar o mosquito?
- OK! Mas volto a pagar eu!
- ripostou Vagabundo.

Nada de anormal no reino de Cufar. Esta parelha era vista muitas vezes de volta do copo de bambu, sempre com a desculpa do mosquito. O que é certo é que não constava que tivessem tido paludismo, talvez porque o remédio faria efeito.

Numa das ocasiões em que Miriam estava em Catió, o 2º Grupo de Combate foi fazer o abastecimento. Mamadu solicitou a Almeida para ficar um tempinho em Priame,  só para um “converse”, pois o Chico Zé e o Tambinha não se importavam e desenrascavam a secção com o cabo Cigarra, enquanto ele não chegava.
-Está bem! Mas qualquer dia tens de me deixar dar uma volta na bicicleta! 
- gozou o alferes com o seu furriel.

-É pá, quando quiseres, não sou eu o dono!

Mal soube da passagem da coluna,  Miriam correu, como de costume para ver quem vinha: ou era o dono da roupa e haveria festa, ou teria tristemente mandar por alguém. Mal reconheceu o grupo de combate, naquele dia desapareceu. O furriel Mamadu desceu da viatura e cumprimenta o pessoal conhecido e não, com o tradicional “Corpo di bó tá bom?” Contornou as primeiras moranças de Proame e dirigiu-se para a casa de Aqueba Baldé. 


Entrou na casa e o cheiro de plantas perfumadas habitualmente queimadas quando da sua visita, encheu-lhe as narinas. Chamou por Miriam mas esta não respondeu, pelo que foi entrando. Quando estava ao centro da morança, apareceu-lhe Miriam completamente vestida, com vestimenta de ronco azul às ramagens, de saia e corpete tapando unicamente os seios. Pelo odor e luzir da pele como ébano polido notava-se que se tinha preparado com óleo de flores.

-Bó cá fala com furriel Miriam? - inquiriu Mamadu.


-Fala, sim, furiel Mamadu, mas dia de hoje tu na bai cum Miriam no Homem Grande a mim quer corpo di bó fechado!


O furriel viu o filme. Temos bruxaria de certeza, pensou. Mas,  curioso como era,  e delirando conhecer os usos e costumes desta misteriosa África , achou que seria o momento oportuno para enriquecer os seus conhecimentos e respondeu:
-Certo, vamos então estar com o Homem Grande!

Miriam pediu ao furriel para a seguir. Atravessaram a estrada Priame-Catió para o lado direito, passando por um campo de mancarra e contornando uma plantação de abacaxis, internaram-se num bananal até atingirem a orla da mata. Aí chegados, Miriam derivou para a esquerda e passados uns dez metros já dentro da mata, disse para Mamadu:
-Jube!

Mamadu,  estupefacto, ficou petrificado. Os seus olhos nunca tinham visto algo assim. Que maravilhosa é a natureza! Indescritível!... Perante o olhar extasiado do furriel, uma das visões mais lindas até aí apreciadas. Entre um círculo de palmeiras e outras plantas arbustivas próprias do clima tropical, aparece um lago de água estagnada, um pântano. A sua superfície está coberta de um rendilhado de nenúfares gigantes, desde o alvo branco ao rosa forte misturados com outras plantas e flores aquático-tropicais. Que paisagem linda este pântano! Nas suas manifestações de actividade, a natureza revela tal imaginação que qualquer hipótese de relato não traduz na plenitude os seus surpreendentes efeitos.

Miriam acordou Vagabundo daquele sonho e continuou a conduzi-lo pelo estreito carreiro, agora transformado pela vegetação, em túnel, obrigando Mamadu a caminhar um pouco vergado. Preocupado o furriel, pegou no braço da lavadeira e informou-a de que se estariam a afastar demasiado da povoação, o que se tornava perigoso. Ela olhou para ele e disse:


-Tu cá tem medo, tu bai fica fechado p´ra bala!
-Merda para isto,  fico fechado para a bala e aberto para o morteiro e RPG! Meto-me em cada uma!



Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (Catió 1967/69)> Álbum fotográfico de Vitor Condeço (1943-2010) > Catió - Vila > Foto 50 > "Lagoa com nenúfares à esquerda na estrada de Catió-Priame".

Foto (e legenda) : © Vítor Condeço (2007) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.


Andaram mais ou menos cinquenta metros, e numa curva do carreiro, apareceu inesperadamente uma pequena clareira, cercada de enormes poilões em cujo centro existia uma palhota onde fumegava uma pequena fogueira, com panelas de ferro de variado tamanho ao redor.

Batendo as palmas, a lavadeira falou em fula ou mandinga qualquer coisa que Vagabundo não entendeu. Passado uns momentos de silêncio naquele arbóreo claustro, por entre a porta da palhota, apareceu uma figura muito seca de carnes, mesmo magríssima, apenas com meio corpo coberto por um pano branco alabastro. Pequeno, cabelo e uma rala barbicha brancos, eis o Homem Grande, pensou o furriel. E era verdade!... Embora parecendo mais uma palhinha ao vento do que gente. Ali estava o milagreiro que fecharia o corpo de Mamadu à bala.

Miriam encetou uma conversa com o velhote, e Vagabundo completamente off, não petiscava nada do que se estava passando. Não entendia nada e aquela porra já o estava a deixar descontrolado. É que não tinha trazido arma nenhuma, nem ao menos uma granada de mão como era seu costume. Embora a confiança na lavadeira fosse total, o filme de ser apanhado à mão começou a exibir-se na sua mente.

Passados aqueles primeiros momentos, o velhote olhou o furriel de forma profunda, como se o seu olhar fosse raio X que trespassasse o corpo do homem. Sorriu, descontraindo um pouco o militar e mandou-o entrar. A lavadeira pediu ao furriel para fazer tudo o que o Homem Grande quisesse, porque ela teria de ficar cá fora. Vagabundo animou e pensou: já que ali estava, os dados estavam lançados, valeria a pena arriscar para ver. Deve ser giro entrar numa sessão de feiticismo e, com a curiosidade espicaçada, Mamadu entrou na palhota.

O velho, por gestos mandou o furriel despir-se e deitar-se sobre uma esteira de fibra vegetal. Começou a falar e a pôr as mãos sobre o corpo do militar. Saía e entrava, seu corpo palhinha estremecia, os braços movimentavam-se para cima e para baixo, sempre falando como que implorando algo a um deus qualquer. Derramou um líquido indefinido sobre o peito do furriel, cobrindo-lhe o corpo com um pano branco colocou-lhe as mãos sobre o peito, o que fez sentir palpitações no coração de Mamadu que regressou ao nevrótico estado inicial.

A palhinha negra deve ter chamado a lavadeira, pois esta entrou e, após uma troca de palavras, o velho saiu e Miriam pediu ao furriel para beber o que o Homem Grande lhe apresentasse. Este entrou com uma meia tigela de coco cujo indecifrável conteúdo, beberragem que o militar teria de tomar,  seria a finalização daquele acto.

O furriel fez negação com a cabeça, mas Miriam insistiu. Querendo livrar-se daquela porra toda, e relembrando os camaradas foçando, carregando as viaturas e com certeza mandando bocas sobre o furriel comendo a lavadeira e eles no duro, resolveu beber a mistela e sair dali o mais rápido possível. Bebeu, vestiu-se, tirou uma nota de cem pesos e meteu-a na mão do velhote palhinha que delirou, ao ver-se com a dádiva de uma nota daquelas na mão.

Saindo da palhota,  Miriam começou a saltitar alegremente na frente do militar e segredou-lhe:
-Agora bala cá entra no corpo de Mamadu!
 

Regresso junto ao pântano, fizeram conversa giro com aquele como fundo. O furriel esquecendo o carregamento e camaradas sentiu-se na obrigação de partilhar alguma coisa com aquela mulher-criança. O corpo de Miriam estremeceu, sentiu algo de novo que nunca tinha conhecido e a lavadeira chorou. As causas ninguém as saberá. No espírito e corpo Miriam nunca mais esqueceria aquele momento em que não houve cor, raça ou fêmea, mas simplesmente foi considerada mulher a corpo inteiro, a quem a sua própria crença e raça tinham castrado, retirando-lhe parte desse estatuto de um ser livre. E acreditou que teria sido o momento do seu sonho.

Pelo contrário o militar sentiu-se safado e triste por utilizar os seus instintos brincando com os sentimentos de um ser humano.

Perdoa, mulher negra, mas o teu sonho não será realizado nem por branco safado nem por outro homem qualquer. Serás eternamente uma flor que não transformará a sua polinização em fruto.

Vagabundo ainda chegou a tempo ao batalhão. O abastecimento estava a meio e nada de anormal tinha acontecido. Abastecimento feito, regresso a Cufar normal. Viagem sem problemas. Se sempre assim fosse, que óptimas férias em África. Não! Não será assim!

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Guiné 61/74 - P17208: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (4): Temos até hoje de manhã 93 inscrições... Ainda faltam 107 para fazermos o pleno... Vamos festejar os 13 anos de existência do blogue!

Infogravura:  © Miguel Pessoa (2017)

I. LISTA DOS 93 INSCRITOS,  ATÉ HOJE DE MANHÃ, PARA O XII ENCONTRO NACIONAL DA TABANCA GRANDE, MONTE REAL, PALACE HOTEL MONTE REAL,  SÁBADO, 29 DE ABRIL DE 2017

Abel Santos - Leça da Palmeira / Matosinhos
Agnelo Macedo e Delfina - Lisboa
Albano Costa e Maria Eduarda - Guifões / Matosinhos
Almiro Gonçalves e Amélia - Vieira de Leiria / Marinha Grande
António Dias Pereira e Teresa Maria - Tomar
António Fernando Marques e Gina - Cascais
António José P. da Costa e Maria Isabel - Lisboa
António Maria Silva e Maria de Lurdes - Sintra
António Martins de Matos - Lisboa
António Vieira - Vagos
Arménio Santos - Lisboa


Carlos Alberto Cruz, Irene e Paulo - Paço de Arcos / Ooeiras
Carlos Cabral e Judite - Pampilhosa
Carlos Vinhal e Dina - Leça da Palmeira / Matosinhos

David Guimarães e Lígia - Espinho
Diamantino Ferreira e Emília -Leiria

Eduardo Campos - Maia
Eduardo Jorge Ferreira - Vimeiro / Lourinhã
Eduardo Magalhães Ribeiro e Carlos Eduardo - Porto
Ernestino Caniço - Tomar

Fernando Jesus Sousa e Emília Sérgio - Lisboa
Francisco José F. Oliveira - Lisboa
Francisco Palma - Cascais
Francisco Silva e Maria Elisabete - Porto Salvo / Oeiras

Idálio Reis - Sete-Fontes / Cantanhede
Isolino Gomes e Júlia - Porto

Joaquim Carlos Peixoto e Margarida - Penafiel
Joaquim Gomes Soares, Maria Laura e Aurora Brito - Porto
Joaquim Mexia Alves, Catarina e André - Monte Real / Leiria
Jorge Cabral - Lisboa
Jorge Canhão e Maria de Lurdes - Oeiras
Jorge Ferreira - Lisboa
Jorge Picado - Ílhavo
Jorge Pinto e Ana Maria - Sintra
Jorge Rosales - Monte Estoril
José Almeida e Antónia - Viana do Castelo
José Barros Rocha - Penafiel
José Casimiro Carvalho - Maia
José Eduardo Reis Oliveira - Alcobaça
José Ferreira da Silva e Maria Vergilde - Crestuma / V. N. Gaia
José Francisco Macedo Neves e Rosa Maria - Guifões / Matosinhos
José Macedo e Goreti - Estados Unidos da América
José Manuel Cancela e Carminda - Penafiel
José Manuel Lopes e Maria Luísa - Régua
José Miguel Louro e Maria do Carmo - Lisboa

Luís Graça - Alfragide / Amadora
Luís Moreira e Irene - Sintra
Luís Paulino e Maria da Cruz - Algés / Oeiras

Manuel Augusto Reis - Aveiro
Manuel José Ribeiro Agostinho e Elisabete - Leça da Palmeira / Matosinhos
Manuel Lima Santos e Fátima - Viseu
Manuel Lopes e Hortense - Monte Real
Mario Vitorino Gaspar - Lisboa
Miguel Pessoa e Giselda - Lisboa

Ricardo Figueiredo - Porto
Rogé Guerreiro - Cascais


II. Camaradas e amigos:

As letras do alfabeto vão de A a Z... A nossa lista (provisória) de inscritos só vai de A (Abel Santos) a R (Rogé Guerreiro)...

Recorde-se que as inscrições fecharão no dia 23 de abril, domingo, ou quando se atingir o número máximo de lugares da sala (200). Enfim, ainda estamos a meio gás, ou seja, a 45% da lotação da sala Dom Diniz do Palace Hotel Monte Real...

Mas, por favor, não deixem as inscrições para o fim... Sabemos que este ano há vários camaradas (e amigos/as), que muito estimamos, e que não poderão vir, por "conflito de agendas" (outros encontros e convívios, casamentos, batizados, férias, etc.).  Mas isso acontece todos os anos... Fazemos, em todo o caso, questão de ter a sala cheia...

Recorde-se que, com a realização do XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, em Monte Real, Leiria, no sábado, dia 29 de abril de 2017 (*), comemoramos o nosso 13.º aniversário!...

Treze anos a blogar são seis comissões na Guiné!... Por outro lado, o "slogan" do Encontro Nacional da Tabanca Grande, é "orar, comer.. e amar em Monte Real" (**)... Entenda-se: continuar a partilhar memórias e afectos, honrar os mortos e os vivos, celebrar a vida, a amizade e a camaradagem, reforçar o que nos une sem ignorar o que nos pode separar...

Camarada e amigo: independentemente de seres membro da Tabanca Grande, se já te inscreveste ou tens intenção de te inscrever no nosso XII Encontro Nacional, traz outro camarada ou amigo contigo!... Serás recebido de braços abertos!...

A comissão organizadora:

Joaquim Mexia Alves
Luís Graça
Miguel Pessoa
Carlos Vinhal
_________________

Notas do editor:

(*) Vd. postes anteriores da série:

16 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P16959: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (1): Primeiras informações

7 de março de  2017 > Guiné 61/74 - P17112: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (2): Abertura das inscrições que terminam: (i) a 23 de abril; ou (ii) ou quando se atingir a lotação da sala (200 lugares)

25 de março de 2017 >  Actualização das informações e publicação da primeira listagem dos inscritos

(**) Vd. poste de 4 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17207: O nosso livro de estilo (10): proverbíário da Tabanca Grande, edição revista e aumentada

terça-feira, 4 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17207: O nosso livro de estilo (10): proverbíário da Tabanca Grande, edição revista e aumentada


Guiné > Região de Cacheu > Bula > Pel Rec Panhard 1106, "Os Cavaleiros Blindados" (1966/68) > "Os bravos não se medem aos palmos", parece querer dizer o fur mil cav António Barbosa (na foto à direita)... Natural de Gondomar, hoje reformado da Polícia Judiciária ("Judite"), é um dos nossos 739 grã-tabanqueiros que sabe  cultivar o sentido de humor... Pertence também à Tabanca Pequena de Matosinhos.

Foto: © António Barbosa  (Gondomar) (2010). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



A escassas semanas do  13º aniversário do nosso blogue (23/4/2017) e da realização do XII Encontro Nacional da Tabanca Grande (29/4/2017), está na altura de reeditar os nossos provérbios (e outros lugares comuns do nosso humor de caserna), agora em lista revista e aumentada... Esta lista, aberta,  é património de toda a Tabanca Grande.

A última edição era de 9/7/2015 (*). E muitos dos nossos "periquitos" ainda não a conheciam... Na altura eramos 693 grã-tabanqueiros, hoje somos já 739, entre vivos (686) e mortos (53).



O NOSSO PROVERBIÁRIO

A blogar é a que a gente se entende.

A 'roupa suja' lava-se na caserna, não na parada.

Ainda pior do que o inferno da guerra, é o inverno do esquecimento dos combatentes.

Amigo do seu amigo, camarada do seu camarada. 

Amigo traz amigo e amigo fica.

As nossas queridas enfermeiras paraquedistas: os anjos que desciam do céu.

Até aos cem, ainda se aguenta, depois dos cem, só com água benta. 

Até aos cem é sempre em frente!... E depois dos cem, é só para quem for resistente e resiliente...




'Bazuca': o que fazia mal ao fígado, fazia bem à alma.

Beber a água do Geba.

Boa continuação da viagem pela picada da vida!... Cuidado com as minas e armadilhas!


Cabral só há um, o de Missirá e mais nenhum.

Camarada e amigo... é camarigo!

Camarada não tem que ser amigo: é o que dorme no mesmo buraco, na mesma cama, no mesmo abrigo.

Camarada, que a terra da tua Pátria te seja leve!

Combatente um vez, combatente para sempre!

Dão-se lições de artilharia para infantes.

Desaparecidos: aqueles que nem no caixão regressaram.

Desarmados, jubilados, reformados, aposentados mas não... arrumados.

É proibido fazer juízos de valor sobre o comportamento de um camarada (do ponto de vista operacional, disciplinar, ético, moral, social).

E quem não bebeu a água do Geba, nunca poderá entender a vida, o conteúdo e o continente das estórias cabralianas.

E também lá vamos facebook...ando e andando.

Encontro Nacional da Tabanca Grande: orar, comer.. e amar em Monte Real!

Entra e senta-te à sombra do nosso poilão. 

Estás com o bioxene. [Estás com os copos.]

Estás porreiro ou vais p'ró carreiro !?...

Estorninhos e pardais, aqui somos todos iguais.

Exorcizar os nossos fantasmas.

'For the Portugese Armed Forces from Scotland with love'... [Da Escócia com amor, para as Forças Armadas Portuguesas.]

Guerra do Ultramar, guerra de África, guerra colonial (, como se queira).

Guerra ganha, guerra perdida ? Camarada, não percas tempo com a discussão do sexo dos anjos...

Guiné, de floresta verde e de chão vermelho.

Guiné ? ... Não era pior nem melhor, era diferente. 

Há comentadores e comentadores: alguns são como o peixe e o hóspede, ao fim de três dias fedem...

Havia os desertores, os refratários, os faltosos... e nós.

Humor com humor se (a)paga.

In Memoriam: para que não fiques, pobre camarada, na vala comum do esquecimento.

Lá vamos blogando, recordando, (sor)rindo, e às vezes cantando, gemendo e chorando!

Lá vamos contando (e cantando) os quilómetros pela picada da vida fora!

Lembra-te, ó português: bandeira dos cinco pagodes, é na loja... do chinês!

Luso-lapão só há um, o Zé Belo, e mais nenhum.

Mais morto de alma do que vivo de corpo.

Mais vale andar neste mundo em muletas, do que no outro em carretas.

Mais vale um camarada vivo do que um herói...morto!

Melhor que as bajudas, era a 'água de Lisboa' que nos fazia esquecer as bajudas.

Meu pai, meu velho, meu camarada. 

Miguel & Giselda, o casal mais 'strelado' do mundo.

Muita saúde e longa vida, porque tu, camarada, mereces tudo.

Não deixes que o teu espólio de memórias vá parar à Feira da Ladra.

Não deixes que sejam os outros a contar a tua história por ti.

Não é o Panteão Nacional, é melhor, é... a Tabanca Grande. 

Não fazemos a História com H grande, mas a História não se fará sem a nossa... pequena história.

Nem medalhas ao peito nem cicatrizes nas costas.

Ninguém leva a mal: em cima o camarada, em baixo o general.

O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!

O nosso maior inimigo: o Alzheimer (de que Deus nos livre!)...

O seu a seu dono: respeita os direitos de autor.

Ó Sitafá, deixa lá, cabeças e rabos de sardinha não são bem a mesma coisa.

O último a morrer, que feche a tampa... do caixão.

Olhe que não, sr. ministro!, olhe que não.

Os bravos não se medem aos palmos.

Os camaradas tratam-se por tu.

Os camaradas da Guiné dão a cara, não se escondem por detrás do bagabaga.

Os filhos dos nossos camaradas, nossos filhos são.

Os nossos queridos 'nharros'...

Para que os teus filhos e netos não digam, desprezando o teu sacrifício: "Guiné ? Guerra do Ultramar ? Guerra Colonial ? Não, nunca ouvi falar!"...

Partilhamos memórias e afetos.

Patrício Ribeiro, o "pai dos tugas" em Bissau.

'Periquito' salta pró blogue, que a 'velhice' já cá está!

P'rós insultos, não há contemplações nem indultos.

Que Deus, Alá e os bons irãs te protejam! 

Quem não faz 69, não chega... aos 100!

Rapa o fundo ao teu baú da memória.

Recorda os sítios por onde passaste, viveste, combateste, amaste, sofreste, viste morrer e matar, mataste, e perdeste, eventualmente, um parte do teu corpo e da tua alma...

Saber resolver os nossos diferendos, os nossos conflitos... sem puxar da G3!

Sempre presentes, aqueles que da lei da morte já se foram libertando.

Siga a Marinha!

Só há três coisas de que aqui não falamos: futebol, política e religião.

Somos uma espécie em vias de extinção.

Soubemos fazer a guerra e a paz.

Tabanca Grande: a mãe de todas as tabancas.

Tabanca Grande: onde todos cabemos com tudo o que nos une e até com aquilo que nos separa.

Tabanca Grande: onde não há portas nem janelas nem arame farpado nem cavalos de frisa

Treze anos a blogar, pois é!, são seis comissões na Guiné! 

Tuga, que Deus te livre da doença do... alemão.


'Um blogue de veteranos, nostálgicos da sua juventude' (René Pélissier dixit).

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Nota do editor:

Guiné 61/74 - P17206: Convívios (792): Encontros com e para a história - O caso do camarada Manuel José Janes - "O Violas" da CCAÇ 1427 (Jorge Araújo)

1. Mensagem do nosso camarada, e colaborador permanente, Jorge Araújo (ex-Fur Mil Op Especiais da CART 3494/BART 3873, Bambadinca, 1971/74), com data de hoje, 13 de Março de 2017,

Caros Camaradas Editores, Luís Graça e Carlos Vinhal:

Segue, em anexo, mais uma História... com história(s) para o espólio da nossa Tabanca Grande.

Com um forte abraço de amizade.
Jorge Araújo


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Nota do editor

Último poste da série de 1 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17196: Convívios (791): XXXIV Encontro do pessoal da CCAÇ 2317, dia 3 de Junho de 2017, no Restaurante Choupal dos Melros, Fânzeres - Gondomar (Joaquim Gomes Soares, ex-1.º Cabo At Inf)

Guiné 61/74 - P17205: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte X: Foram mil e regressaram menos de quinhentos... Recordações do Fernando Pais, emigrado nos Estados Unidos da América





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1. Continuação da publicação da brochura "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE ref José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp. inumeradas, il.) [, imagem da capa, à direita].(*)

José Rebelo, capitão SGE reformado, foi em plena II Guerra Mundial um dos jovens expedicionários do RI I1, que partiu para Cabo Verde, em missão de soberania, então com o posto de furriel (1º batalhão, RI 11, Ilha de São Vicente, ilha do Sal e ilha de Santo Antão, junho de 1941/ dezembro de 1943).

O nosso camarada Manuel Amaro diz do José Rebelo:

(...) "Por volta de 1960, fez a Escola de Sargentos, em Águeda e, após promoção a alferes, comandou a Guarda Nacional Republicana em Tavira, até 1968. Como homem de cultura, colaborava semanalmente, no jornal "Povo Algarvio", onde o conheci, pessoalmente. Em 1969, já capitão, era o Comandante da Companhia da Formação no Hospital Militar da Estrela, em Lisboa." (...).

Não temos informações atualizadas sobre este nosso velho camarada que é credor de toda a nossa simpatia, apreço e gratidão. É pouco provável que ainda hoje seja vivo, mas oxalá que sim, tendo então a bonita idade de 96 ou 97 anos. No caso de já ter morrido, estamos a honrar a sua memória e a dos seus camaradas, onde se incluiram os pais de alguns de nós, mobilizados para Cabo Verde, por este e por outros regimentos.

A brochura, de grande interesse documental, e que estamos a reproduzir, é uma cópia, digitalizada, em formato pdf, de um exemplar que fazia parte do espólio do Feliciano Delfim Santos (1922-1989), que foi 1.º cabo da 1.ª companhia do 1.º batalhão expedicionário do RI 11, pai do nosso camarada e grã-tabanqueiro Augusto Silva dos Santos (que reside em Almada e foi fur mil da CCAÇ 3306 / BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73).


[Foto, à direita,  do então furriel José Rebelo, expedicionário do 1º batalhão do RI 11]


Trata-se de um conjunto de crónicas publicadas originalmente no jornal "O Distrito de Setúbal", e depois editadas em livro, por iniciativa da Assembleia Distrital de Setúbal, em 1983, ao tempo do Governador Civil Victor Manuel Quintão Caldeira. A brochura, ilustrada com diversas fotos, dos antigos expedicionários ainda vivos, tem 76 páginas, inumeradas. Por se tratar de zincogravuras, a qualidade das imagens que reproduzimos, infelizmente, é fraca ou muito fraca.

O batalhão expedicionário do RI 11, Setúbal, com pessoal basicamente originário do distrito, partiu de Lisboa em 16 de junho de 1941 e desembarcou na Praia, ilha de Santiago, no dia 23. Esteve em missão de soberania na ilha do Sal cerca de 20 meses (até 15 de março de 1943), cumprindo o resto da comissão de serviço (até dezembro de 1943) na ilha de Santo Antão.

As páginas que publicamos hoje [de 42 a 45] não vêm numeradas no livro. Destaque para a transcrição de um excerto do diário de um dos expedicionários, Fernando Pais (, entretanto emigrado na América):

"(...) A Ilha [do Sal] é seca, árida e arienta, outras vezes parece terra queimada, da sua origem vulcânica; andamos mil metros, temos a visão da miragem; depois essa miragem desaparece. Aqui não há hortaliças, nem legumes nem frutas, pois que ela não possui água, dado que não chove. A que existe  em pequena quantidade é salobra e salgada; os meus companheiros diziam que ela era boa, digestiva e purgativa, mas no fim de uns três dias tivemos que a deixar, pois as diarreias  de sangue e as fortes dores intestinais e depois as baixas à Enfermaria, onde os medicamentos próprios não abundavan, a tal nos obrigavam.

"Parece que a desolação e a morte caíram sobre algumas palhotas que enconteri num pequeno morro ao norte da Terra Boa, isto entre a Palmeira e a Pedra Lume" (...)

Para além de 16 mortos, o batalhão expedicionário do RI 11 terá tido um número impressionante de baixas por doença, cerca de metade, segundo o depoimento do nosso autor, o José Rebelo.Ao fim de 20 meses de permanência na Ilha do Sal, e na véspera de partir para a Ilha de Santo Antão, os expedicionários doOnze estavam reduzido a 16 oficiais, 22 sargentos e 460 praças...

Hoje quem escolhe a "ilha paradisíaca do Sal" como destino turístico, não faz a mínima ideia do que era esta "terra do demo" (José Rebelo) há três quartos de século atrás...

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Nota do editor:

Guiné 61/74 - P17204: Parabéns a você (1232): António Dias, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2406 (Guiné, 1968/70); Agostinho Gaspar, ex-1.º Cabo Mecânico Auto do BCAÇ 4612/72 (Guiné 1972/74); Hernâni Acácio Figueiredo, ex-Alf Mil TRMS do BCAÇ 2851 (Guiné, 1968/70) e José Eduardo R Oliveira (JERO), ex-Fur Mil Enfermeiro da CCAÇ 675 (Guiné, 1963/65)




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Nota do editor

Último poste da série de 3 de Abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17200: Parabéns a você (1231): Álvaro Vasconcelos, ex-1.º Cabo Transmissões do STM/CTIG (Guiné, 1972/74)

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17203: Bom dia, desde Bissau (Patrício Ribeiro) (1): um recorte do "Bolamense" (set / out 1963), e duas fotos para recordar: (i) uma visita do João Melo, ex-1º cabo op crito da CCAV 8351, ao antigo quartel de Cumbijã, região de Tombali; e (ii) o ilhéu de Caió, região do Cacheu



Foto nº 1 >  "O homem que mandava nisto tudo... tem a foto no jornal "Bolamense" [, órgão de propaganda regional de cultura e de turismo. setembro e outubro de 1963,  ano VIII. nºs 86 e 87. preço 2$50; propriedade da comissão municipal de Bolama]



Foto nº 2 >  Um antigo militar português (o segundo a contar da esquerda), de visita ao antigo quartel do Cumbijã, região de Tombali... Março de 2017.



[Na realidade, trata-se do nosso camarada e membro da nossa Tabanca Grande, João Melo, ex-1º cabo op cripto,  CCAV 8351,   Tigres de Cumbijã, Cumbijã, 1972/74, companhia que foi comandada pelo cap mil Vasco da Gama, também ele  nosso grã-tabanqueiro; em comentário a este poste o João Reis Melo, escreveu,esta manhã:

"Absolutamente inesquecível e comovente voltar a pisar a terra de Cumbijã! Esta foto, onde estou incluído, foi tirada no passado dia 25 de março de 2017. Embora fosse um desejo que acalentava há mais de 4 décadas o mesmo só foi possível com o apoio indescritível dos grandes amigos Patrício e João Santos. Poderia ter feito esta mesma viagem, podia, mas não seria a mesma coisa... O apoio simbólico que tentei dar à escola de Cumbijã diluiu-se no carinho com que todos nos receberam! Alliu Baldé, o seu atual Régulo e um dos seus filhos, Dura Baldé, foram simpatiquíssimos e deixaram em mim uma (quem sabe?) vontade de voltar"... ]



Foto no 3 > Ilhéu de Caió, a sudoeste da Ilha de Jeta, na região de Cacheu... Março de 2017.

Fotos (e legenda): © Patrício Ribeiro (2017) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do Patrício Ribeiro com data de ontem, às 15h12, 

[Foto à direita: Patrício Ribeiro,  empresário,  português de Águeda,  da colheita de 1947, vivido, crescido, educado e casado em Angola, Nova Lisboa / Huambo;  antigo fuzileiro naval, que retornou ao "Puto" depois da descolonização, fixando-se entretanto na Guiné-Bissau, há 33 anos, país onde fundou a empresa Impar Lda, líder na área das energias alternativas; é um daqueles portugueses da diáspora que nos enchem de orgulho e nos ajudam a reconciliarmo-nos com nós mesmos e afugentar o mau agoiro dos velhos do Restelo, dos descrentes, dos pessimistas; é de há muito tratado carinhosamemte como o ´pai dos tugas´, pelo carinho e apoio que dá aos mais jovens que chegam à Guiné-Bissau, em visita ou em missões de cooperação; de vez em quando lembra-se de nós e mando-nos fotos das suas andanças por estas bandas da África Ocidental: já estava na altura de lhe criar uma série só para ele: vamos chamar-lhe "Bom dia, desde Bissau (Patrício Ribeiro)"...]


Bom dia, bom  domingo, desde Bissau.

Fotos, do mês de Março, tiradas durante as minhas voltas pela Guiné (e às vezes com o contributo da minha nora que é alemâ)...

Enfim, para dar alguma cor ao nosso blogue....

Espero que em Abril apareçam muito mais, já que andam por ai... muitos antigos combatentes com as maquinas fotográficas na mão.

Junto 3 fotos:

1º O homem que mandava nisto tudo... tem a foto no jornal  "Bolamense";

2º Os que nos visitam para recordar, alguém que tirou foto no antigo quartel de Cumbidjã;

3º Os que gostam de praias tropicais, ficam com a foto do Ilhéu de Caió.


Abraço
Patrício Ribeiro
Impar Lda

Guiné 61/74 - P17202: Notas de leitura (943): “O país fantasma”, de Vasco Luís Curado, Publicações Dom Quixote, 2015 (2) (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 15 de Janeiro de 2016:

Queridos amigos,
É uma boa oportunidade de conhecer os acontecimentos angolanos entre 1961 e 1975. É um romance histórico, Vasco Luís Curado não se atém exclusivamente à narrativa dos factos, forja personagens-tipo, desde o funcionário colonial que descobre, desde jovem, qual a dimensão das relações colonialistas naquela próspera colónia, passando pelo delinquente que percorre os três partidos da luta de libertação, até o alferes que depois de duas comissões descobriu o fascínio angolano e pôs uma fazenda a prosperar.
E assistimos à hecatombe da guerra civil, Vasco Luís Curado usa com mestria as cores de que se veste o horror nas colunas em fuga, as cidades reduzidas a escombros por onde revolteiam saqueadores. É uma outra dimensão do fim do Império, e que deixou mazelas que durante anos dava pelo nome de retornados.

Um abraço do
Mário


O país fantasma, por Vasco Luís Curado (2)

Beja Santos

“O país fantasma”, de Vasco Luís Curado, Publicações Dom Quixote, 2015, é um soberbo romance histórico que se inicia com os massacres de 1961 e culmina com a ponte aérea de 1975 e a chegada dos retornados a Portugal.

Há muitos lugares para esta trama, mas o tempo histórico mais influente passa-se na Gabela, onde dois casais partem com milhares de fugitivos à procura de segurança entre o fogo cruzado dos movimentos de libertação já enfronhados na guerra civil.

Havia muita expectativa com os Acordos de Alvor, formou-se um governo de transição com membros dos três movimentos independentistas, previam-se eleições para uma Assembleia Constituinte e a independência estava marcada para o dia 11 de Novembro. Angola encheu-se de rumores e também de ódios. Falava-se num golpe contra independentista, contava-se com a ajuda sobretudo dos mercenários sul-africanos e rodesianos. Assistimos à degradação das relações entre pretos e brancos na Gabela, os três movimentos abriram aqui delegações e preconizam a paz para todos. Mas as tensões cresceram imediatamente, definiram-se zonas de influência para os três movimentos, agravaram-se as discórdias, ao princípio os brancos não eram hostilizados. Alexandre é oportunista que muda facilmente de partido, cobiça a fazenda gerida pelo cunhado, vai instilando os seus ódios. Os três movimentos continuam a emitir mensagens de um futuro de concórdia para Angola:
“Só os brancos que tivessem cometido crimes contra os africanos teriam problemas. Ninguém perguntou como se iriam apurar essas culpas nem o que iria acontecer aos culpados. Os delegados manifestaram que os soldados estavam bem disciplinados pelos comandantes e acrescentaram que não se vingariam de tantos anos de opressão, que os brancos poderiam estar descansados”.
As reuniões entre brancos são muito acaloradas, um deles desabafa:
“Eu não vou perder a minha indústria para os colonistas. Piro-me daqui antes. A coisa piora para o meu lado se descobrem que estive no Exército e combati a guerrilha”.
Um jovem demente, cunhado de Capelo, julga-se em contacto com Jesus Cristo, será assassinado. Quando Capelo leva o cunhado a Luanda, assiste ao estrondo das batalhas entre os guerrilheiros do MPLA e da FNLA, acabaram-se as promessas de concórdia:
“Havia fogo de armas ligeiras em Luanda. Os movimentos emancipalistas erguiam barreiras em avenidas e ruas importantes para exigirem a identificação dos condutores; assim detetavam os militantes rivais e faziam ajustes de contas. Bandos de delinquentes faziam surtidas nos bairros brancos, roubavam casas, escolas, repartições públicas. Sem obedecer aos seus chefes, grupos de guerrilheiros agiam por conta própria e espalhavam o terror”.

Chegara a guerra civil, primeiro nos musseques, depois avançando para o asfalto. Na Gabela, instalou-se a polvorosa, uma coluna de milhares de brancos põem-se em fuga, numa altura em que Porto Amboim e em Novo Redondo já havia combates entre a FNLA e o MPLA. A guerra chegara à Gabela no dia 31 de Julho, nunca mais houve descanso, a toda a hora se ouviam os tiros da artilharia pesada. Ao fim de uns dias de tiroteio, muitos tentaram uma saída coletiva, tiveram que retroceder. Chegou então uma força militar para escoltar a população e, após conciliábulos com os movimentos de libertação, os brancos puseram-se em fuga. Numa atmosfera dantesca em que há roubos das casas comerciais, em que a dona da farmácia oferecia biberons e fraldas, em que Gabela é pasto do saque, a coluna põe-se em marcha, a população das sanzalas assiste, depois irá participar no saque:
“A cidade ainda ali estava, suja, ferida, aguardando os golpes que derrubariam as paredes e os tetos. Uma parte da cidade branca estava metida nos caixotes deixados nas casas. Outra eram as próprias pessoas que fugiam, os seus carros e bagagens. A última era tudo o que não podia ser encaixotado, enfiado num carro ou num avião: as casas, os prédios, os muros, os postes de iluminação pública, os bancos dos jardins, as pedras da calçada e o asfalto das estradas que, cobrindo a terra, era o próprio símbolo da cidade branca, onde pés sempre calçados não tocavam o pé ou a lama. A cidade fragmentava-se em três grandes parcelas, mas estas iam fragmentar-se mais, quando os carros fossem largados junto dos portos e aeroportos e as bagagens se perdessem ou se fossem confiscadas, ou à medida que os refugiados, confluindo na sua maioria para Lisboa, se dispersassem nas regiões e cidades familiares ou por obra de colocações provisórias. O trabalho de fragmentação era infinito”.

A coluna dirigiu-se para a Quibala, vão na coluna 13 mil pessoas, circulam entre os 5 e os 10 quilómetros por hora. Surgem barreiras, é preciso parlamentar, chegaram a Nova Lisboa. Mas nem tudo correu bem:
“Houve pessoas que não tiveram a mesma sorte na estrada Quibala-Nova Lisboa. Uma família parou para fazer alguma necessidade e surgiram guerrilheiros que mandaram todos sair do carro. Uma miúda de 10 anos assustou-se, desatou a correr e foi abatida. Os pais tiveram de seguir viagem com o cadáver. Contaram-se variantes desta história. Alguns elementos da FNLA que integraram a coluna, disfarçados de mulheres ou escondidos em sacos de batatas, foram apanhados e mortos a tiro de metralhadora por elementos do MPLA”.

Em Malange, também se vive no Inferno. Quando Célia, a namorada e Alexandre, aqui chega, já se improvisam posições de defesa, o aeroporto está fechado:
“De todas as partes da cidade chegavam refugiados. O quartel, que tinha espaço para 300 pessoas, acolhia umas 10 mil. A tropa servia esparguete e salsichas. O ar estava empestado com o fumo dos incêndios e do cheiro a putrefação. Como noutros prontos atingidos pela guerra civil, organizaram caravanas de carros, com escolta militar, para levar a população para Nova Lisboa, cujo aeroporto estava a escoar milhares de refugiados para Portugal”.
Célia aproveitou a escolta até Nova Lisboa, dali seguiriam para Sá da Bandeira. O panorama é desolador: carros incendiados na berma da estrada. Numa dessas barragens em que os fugitivos eram obrigados a parlamentar, muitos perdem a cabeça, depois de assistir à brutalidade que exercem sobre as suas famílias, puxam das armas e atiram a matar. Nova Lisboa é igualmente um pandemónio.

(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 31 de Março de 2017 > Guiné 61/74 - P17190: Notas de leitura (942): “O país fantasma”, de Vasco Luís Curado, Publicações Dom Quixote, 2015 (1) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P17201: Consultório militar do José Martins (22): Em busca de informações sobre o local de sepultura do Fur Mil Raul da Conceição Severino da CART 527, falecido em campanha na Guiné em Junho de 1963 (José Martins)




1. Em mensagem do dia 27 de Março de 2017, o nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70),  mandou-nos um texto com o resultado da sua busca para tentar responder à nossa amiga Maria Bonança, que recorreu ao nosso Blogue na esperança de encontrar o local onde estará sepultado o corpo do Furriel Miliciano Raul da Conceição Severino, falecido na Guiné em Junho de 1963:


EM BUSCA DE INFORMAÇÕES

Em 23 de Fevereiro p.p., o nosso administrador/editor Luís Graça, recebeu a seguinte mensagem:

Sr. Luís,
Sou dos Açores e era noiva dum furriel miliciano que fazia parte do grupo dos Açores, mas era natural de Flor da Rosa no Alentejo.
Faleceu em Junho de 1963 e foi enterrado na Guiné. Cheguei a ver a campa, mas não faço ideia do que lhe aconteceu, se o corpo veio para Portugal ou se ficou lá. O nome era Raul da Conceição Severino e tinha 25 anos.
Será fácil saber o que aconteceu?
Agradecida
Maria Bonança

Encaminhada a mensagem, foi necessário consultar, inicialmente, os meus arquivos pessoais.
Foi consultada a respectiva ficha editada nos livros da CECA – Mortos em Campanha e uma consulta à ficha da Unidade. Na ficha da Unidade nada constava e, para tornar mais difícil, a Unidade em apreço não tem, no Arquivo Histórico Militar, qualquer História da Unidade.
Restava apenas, levar ao conhecimento da nossa leitora, o resultado do que, eventualmente, teria acontecido:

Caro Luís
Segue o que consta nos registos:

Raul da Conceição Severino
Furriel Miliciano Atirador, número de identificação militar não referido, solteiro, filho de Domingos Severino e Maria Luísa da Conceição, natural da freguesia de Flor da Rosa, concelho do Crato. Foi mobilizado no Regimento de Artilharia Ligeira n.º 1, em Lisboa, para a Companhia de Artilharia n.º 527, que chegou à Guiné em 4 de Junho de 1962 e deslocada para Teixeira Pinto, em 25 de Junho de 1963, para reforçar o Batalhão de Caçadores n.º 239, com vista à realização do patrulhamentos e batidas na região de Binar.
Consta que faleceu em 18 de Julho de 1963, vítima de acidente de viação, não constando o local do acidente.

Foi trasladado para o Cemitério de Oeiras, e encontra-se no Ossário nº 59, da Liga dos Combatentes, no mesmo cemitério.

Dado a Unidade não ter História da Unidade, qualquer outro elemento informativo, só consultando o processo individual do militar, no Arquivo Geral do Exército.

Nota: Elementos retirados da Resenha Histórica Militar das Campanhas de África, 7.º volume (página 439) e 8.º volume – Livro 1 (página 32).

José Marcelino Martins
23 de Fevereiro de 2017

A possibilidade do corpo deste nosso camarada ter sido inumado, inicialmente na Guiné, e posteriormente trasladado para a Metrópole, não está excluída, já que era prática do Exército desde há muitos anos, e que foi reforçada pela Circular n.º 5/PJ, da 1.ª Repartição do Estado-Maior do Exército, datada de 27 de Fevereiro de 1961.

Quem quiser aprofundar esta matéria, pode consultar a série de textos de minha autoria, intitulada “Os Últimos Anos da Guerra da Guiné Portuguesa (1959/1974)”, especialmente o Poste 13670[1] sobre TOMBADOS EM CAMPANHA, publicados no Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.

O texto foi publicado em nove postes.

Odivelas, 7 de Março de 2017.
José Marcelino Martins
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Notas do editor:

O nosso camarada António Medina, que foi Furriel Miliciano na CART 527, poderá eventualmente acrescentar alguma coisa, quanto a pelo menos ao local e às condições do acidente que vitimou o Raul Severino.

[1] - Vd. poste de 30 de Setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13670: Os Últimos Anos da Guerra da Guiné Portuguesa (1959/1974) (José Martins) (3): Recenseamento, Inspecção e Distribuição de Pessoal; Os Tombados em Campanha e Os Que Foram Agraciados

Último poste da série de 9 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17121: Consultório militar do José Martins (21): Trabalho de investigação do Aspirante de Cavalaria Pedro Nuno Guilhermino Marçal Lopes sobre "A tipologia das Unidades Mobilizadas pela Arma de Cavalaria durante a Guerra de África (1961-1974)" (Academia Militar, 2014)

Guiné 61/74 - P17200: Parabéns a você (1231): Álvaro Vasconcelos, ex-1.º Cabo Transmissões do STM/CTIG (Guiné, 1972/74)

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Nota do editor

Último poste da série de 1 de Abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17194: Parabéns a você (1230): Carlos Pedreño Ferreira, ex-Fur Mil Op Especiais do COMBIS e COP 8 (Guiné, 1971/73)

domingo, 2 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17199: Agenda cultural (551): Apresentação dos livros "Memórias de África - Angola e Guiné", da autoria do Ten-General José Figueiredo Valente e "Memórias do Oriente - Índia, Timor e Moçambique", da autoria do Coronel Luís Dias Antunes, dia 6 de Abril de 2017, pelas 15 horas, na Messe Militar do Porto, sita na Praça da Batalha

Uma tertúlia da Messe do Porto


O nosso camarada Manuel Barão da Cunha, Coronel de Cav Ref, que foi CMDT da CCAV 704 / BCAV 705, Guiné, 1964/66, dá-nos notícia da apresentação de mais dois livros, integrada no 17.º Ciclo de Tertúlias Fim do Império, a levar a efeito na próxima quinta-feira, dia 6 de Abril de 2017, na Messe Militar do Porto.


17.º CICLO DE TERTÚLIAS, PORTO

167.ª TERTÚLIA

6  DE ABRIL DE 2017 - Por causa da Páscoa

Apresentação do livro "Memórias de África - Angola e Guiné", 24.º livro Fim do Império, de Ten-General José Figueiredo Valente, geminado com 2.ª edição do 6.º livro, "Memórias do Oriente", do Coronel Luís Dias Antunes, com os Generais José Figueiredo Valente e Chito Rodrigues.


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Nota do editor

Último poste da série de 28 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17185: Agenda cultural (550): Livro "Escravos em Portugal, Das Origens ao Século XIX", da autoria de Arlindo Manuel Caldeira, A Esfera dos Livros, 2017

Guiné 61/74 - P17198: Memória dos lugares (359): Cachil, ano de 1965, fotos de João Sacôto, ex-Alf Mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619

Cachil - Acesso ao cais

 

1. O nosso camarada João Sacôto (ex-Alf Mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66), enviou-nos estas fotos referentes ao aquartelamento de Cachil que agora publicamos na série Memória dos lugares:



Ilha do Como - Cachil - A cozinha

Ilha do Como - Cachil - A entrada do aquartelamento

Ilha do Como - Cachil - A lixeira

Ilha do Como - Cachil - Alf Mil Sacôto, João Bakar Jaló e Cap. Marques Alexandre (falecidos)

Ilha do Como - Cachil -Alf Mil Sacôto, Alf Mil Gonçalves e Cap. Marques Alexandre (falecido)

Ilha do Como - Cachil - Cap. Marques Alexandre e João Bakar Jaló (falecidos), e Alf Mil Sacôto

Ilha do Como - Cachil - Destruição de documentos

Cachil, Dezembro de 1965 - Alf Mil Sacôto na sua higiene matinal

Cachil - João Bakar Jaló e Cap. Marques Alexandre (falecidos), e Alf Mil Sacôto

Cachil - O início do regresso a casa

Cachil - O Toby, mascote da CCAÇ 617
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Nota do editor

Último poste da série de 31 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17007: Memória dos lugares (358): 85 tabancas, essencialmente fulas e mandingas, do Norte e do Leste, com água de fontenário e bombas solares (Patrício Ribeiro, Impar Lda, Bissau)