Foto nº 1 > A mascote do pessoal, o "Pifas", um macaco-cão... acorrentado
Foto nº 2 > "Selvajaria", escreveu o fotógrafo... posando para a fotografia com o "Pifas", de rabo para o ar...
Foto nº 3 > Pequeno macaco-cão, que fazia parte dos "amigos"...
Foto nº 4 > Sem legenda...
Foto nº 5 > Sem legenda...
Foto nº 6> Sem legenda...
Guiné > Região de Tombali > Cufar > CCAÇ 4740 (1972/74) > 1973 > Macaco(s)...
Fotos (e legendas): © Luís Mourato Oliveira (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
1. Mais fotos do álbum do Luís Mourato Oliveira, nosso grã-tabanqueiro nº 730, que foi alf mil inf, de rendição individual, na açoriana CCAÇ 4740 (Cufar, 1973, até agosto) e, no resto da comissão, comandante do Pel Caç Nat 52 (Stor L1 , Bambadinca, Mato Cão e Missirá, 1973/74). (*)
Lisboeta, tem raízes na Lourinhã, pelo lado materno. Durante a sua comissão no CTIG foi sempre um apaixonado pela fotografia... Fotografou quase tudo... até o pobre do macaco-cão, a quem o pessoal da CCAÇ 4740 chamava o "Pifas" , certamente por analogia com a mascote do Programa (radiofónico) das Forças Armadas...
Naquela época, havia, nos nossos aquartelamentos e destacamentos, macacos-cães (babuínos) em cativeiro, que serviam de mascote ao pessoal metropolitano (Mascote, segundo o dicionário Priberam é um "amuleto cuja figura dá felicidade, segundo a crença popular")...
1. Mais fotos do álbum do Luís Mourato Oliveira, nosso grã-tabanqueiro nº 730, que foi alf mil inf, de rendição individual, na açoriana CCAÇ 4740 (Cufar, 1973, até agosto) e, no resto da comissão, comandante do Pel Caç Nat 52 (Stor L1 , Bambadinca, Mato Cão e Missirá, 1973/74). (*)
Lisboeta, tem raízes na Lourinhã, pelo lado materno. Durante a sua comissão no CTIG foi sempre um apaixonado pela fotografia... Fotografou quase tudo... até o pobre do macaco-cão, a quem o pessoal da CCAÇ 4740 chamava o "Pifas" , certamente por analogia com a mascote do Programa (radiofónico) das Forças Armadas...
Naquela época, havia, nos nossos aquartelamentos e destacamentos, macacos-cães (babuínos) em cativeiro, que serviam de mascote ao pessoal metropolitano (Mascote, segundo o dicionário Priberam é um "amuleto cuja figura dá felicidade, segundo a crença popular")...
O pobre do macaco-cão, se chegasse ao fim da comissão, passava de companhia para companhia... Nalguns casos, mais cruéis, acabava guisado no tacho ou assado no espeto...(*). Noutros casos, não menos cruéis, o pobre do babuíno até conseguia chegar a aldeias e vilas recônditas da nossa pacata terra, trazido, às escondidas ou às claras, pelos primeiros soldados que foram mobilizados para o ultramar (, há babuínos em toda a África, embora os Angola e Moçambique sejam de uma espécie diferente dos da Guiné)...
Na época não se falava ainda de (nem as pessoas se preocupavam com) os "direitos dos animais". Nem havia sequer partidos (políticos) dos animais... Muito menos havia partidos, a favor das pessoas, quanto mais dos animais...
Conhecendo o Luís Mourato Oliveira, como eu o conheço, um pessoa de grande sensibilidade socioecológica (**), ele por certo nunca tiraria hoje uma foto como a nº 2 (vd. foto acima)... Não é por acaso que ele próprio a rotulou de "selvajaria"... quarenta e tal anos depois. (***)
2. O macaco-cão ou "babuíno da Guiné" (papio-papio, segundo a designação científica) habita na África Ocidental, nas savanas e florestas secas da Guiné, Guiné-Bissau, Gâmbia, Senegal, Mali e Mauritânia.
É uma espécie considerada "Quase Ameaçada" (sigla "NT -Near Threatened", da Lista Vermelha da IUCN, a União Internacional para a Conservação da Natureza). A categoria NT precede as categorias criticamente em perigo, em perigo ou vulnerável...
Atualmente, devido à desflorestação, à agricultura extensiva, à pressão demográfica, à caça e ao comércio ilegal, o macaco-cão está perto de se enquadrar (ou será enquadrado num futuro próximo) nas categorias seguintes da escala, que vai de "Não ameaçado" a "Extinto"... Há 30 anos atrás, o macaco-cão era considerado como "não ameaçado"...Nesse espaço de tempo, os seus efetivos poderão ter sido reduzidos de 20% a 25%. Muitos de nós chegámos a ver bandos de 100 a 200 indivíduos: eram tratados como "nossos amigos", avisando-nos da proximidade (ou não) da presença do IN...
Recorde-se o que aqui escreveu António Rosinha (,um "tuga", privilegiado observador dos primeiros anos da independência da Guiné-Bissau,) sobre o macaco-cão quando este passou a ir à "mesa do rei":
(...) O Com, não o 'avec', mas o macaco, macaco-kom, foi a "ração de combate", por excelência e por necessidade, dos Combatentes da Liberdade da Pátria, pois que, havendo já alguma tradição no consumo desse 'petisco', tornou-se como que prato nacional. Nos primeiros anos de independência, era vulgar ver alguém, caminhando ao longo dos caminhos com um animal amarrado a um pau ao ombro e uma Kalash na mão. O povo compreendia este consumo com a maior naturalidade.(...)
Na época não se falava ainda de (nem as pessoas se preocupavam com) os "direitos dos animais". Nem havia sequer partidos (políticos) dos animais... Muito menos havia partidos, a favor das pessoas, quanto mais dos animais...
Conhecendo o Luís Mourato Oliveira, como eu o conheço, um pessoa de grande sensibilidade socioecológica (**), ele por certo nunca tiraria hoje uma foto como a nº 2 (vd. foto acima)... Não é por acaso que ele próprio a rotulou de "selvajaria"... quarenta e tal anos depois. (***)
António Rosinha |
É uma espécie considerada "Quase Ameaçada" (sigla "NT -Near Threatened", da Lista Vermelha da IUCN, a União Internacional para a Conservação da Natureza). A categoria NT precede as categorias criticamente em perigo, em perigo ou vulnerável...
Atualmente, devido à desflorestação, à agricultura extensiva, à pressão demográfica, à caça e ao comércio ilegal, o macaco-cão está perto de se enquadrar (ou será enquadrado num futuro próximo) nas categorias seguintes da escala, que vai de "Não ameaçado" a "Extinto"... Há 30 anos atrás, o macaco-cão era considerado como "não ameaçado"...Nesse espaço de tempo, os seus efetivos poderão ter sido reduzidos de 20% a 25%. Muitos de nós chegámos a ver bandos de 100 a 200 indivíduos: eram tratados como "nossos amigos", avisando-nos da proximidade (ou não) da presença do IN...
Recorde-se o que aqui escreveu António Rosinha (,um "tuga", privilegiado observador dos primeiros anos da independência da Guiné-Bissau,) sobre o macaco-cão quando este passou a ir à "mesa do rei":
(...) O Com, não o 'avec', mas o macaco, macaco-kom, foi a "ração de combate", por excelência e por necessidade, dos Combatentes da Liberdade da Pátria, pois que, havendo já alguma tradição no consumo desse 'petisco', tornou-se como que prato nacional. Nos primeiros anos de independência, era vulgar ver alguém, caminhando ao longo dos caminhos com um animal amarrado a um pau ao ombro e uma Kalash na mão. O povo compreendia este consumo com a maior naturalidade.(...)
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 17 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16730: Inquérito 'on line': Num total de 110 respondentes, apenas 16% disse que provou (e gostou de) carne de macaco-cão... Pelo lado dos "tugas", o "sancu" está safo... Agora é preciso que os nossos amigos guineenses façam o seu trabalho de casa...
(**) Vd. poste de 17 de agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17677: Fotos à procura de...uma legenda (88): "Pietá"... O fotógrafo indiano, Avinash Lodhi, captou o desespero de uma fêmea de macaco Rhesus que abraça a cria inanimada (Luís Mourato Oliveira)
(***) Último poste da série > 13 de fevereiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18315: Álbum fotográfico de Luís Mourato Oliveira, ex-alf mil, CCAÇ 4740 (Cufar, dez 72 / jul 73) e Pel Caç Nat 52 (Mato Cão e Missirá, ago 73 /ago 74) (25): o fotógrafo e as suas "máscaras"
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 17 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16730: Inquérito 'on line': Num total de 110 respondentes, apenas 16% disse que provou (e gostou de) carne de macaco-cão... Pelo lado dos "tugas", o "sancu" está safo... Agora é preciso que os nossos amigos guineenses façam o seu trabalho de casa...
(**) Vd. poste de 17 de agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17677: Fotos à procura de...uma legenda (88): "Pietá"... O fotógrafo indiano, Avinash Lodhi, captou o desespero de uma fêmea de macaco Rhesus que abraça a cria inanimada (Luís Mourato Oliveira)
(***) Último poste da série > 13 de fevereiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18315: Álbum fotográfico de Luís Mourato Oliveira, ex-alf mil, CCAÇ 4740 (Cufar, dez 72 / jul 73) e Pel Caç Nat 52 (Mato Cão e Missirá, ago 73 /ago 74) (25): o fotógrafo e as suas "máscaras"